Desafios da Educação Contemporânea

Simone Bérgamo, | sab, 22/10/2011 - 15:08
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Mudança é um dos temas constantes nos eventos e congressos de educação, sendo freqüente ouvirmos histórias com metáforas que comparam as instituições de Ensino de antigamente com as de hoje, ressaltando o fato de estarem praticamente da mesma forma. Entender a resistência e a necessidade de perceber esse processo é o ponto fundamental para uma percepção mais ampla do mundo moderno. O professor, peça fundamental nesse momento, assume assim mais um desafio, tirar o aluno da passividade, indo de encontro à metodologia enraizada na sociedade, na qual a repetição e a memorização eram os pontos centrais.

As transformações, desde a era agrícola, passando pela era industrial até a era da informação, estão presentes em todos os campos e em todas as áreas. O profissional de hoje, diferente do profissional do passado, precisa estar antenado a essas transformações, devendo estar pronto para propor novas estratégias, bem como definir metas em cima de situações novas.

O conhecimento necessário para potencializar as suas idéias é internalizado pelo sujeito, mas são os desafios propostos pelo professor que vão promover a busca de competências e habilidades próprias para a resolução dos problemas.

E, nesse cenário de tantas mudanças, qual é a melhor maneira de avaliar? Esse é o nosso maior desafio. O maior desafio das escolas e dos educadores está em proporcionar um espaço que priorize a ação nos alunos, mediados por profissionais que, além de possuírem um olhar voltado para as mudanças, também utilizem a avaliação como elemento próprio da aprendizagem. Uma avaliação que estimule a resolução de problemas, pautada na busca constante de possibilitar ao aluno um espaço para o pensar.

O modelo do passado que exige a memorização de acontecimentos, conceitos, datas e fatos, necessariamente não possibilita ao aluno uma reflexão sobre determinado conhecimento. As atividades desenvolvidas no ambiente escolar devem ter ligação direta com as atividades na vida comum, proporcionando uma constante reflexão das mais possíveis experiências realizadas mostrando como é eficaz deixar que o aluno faça, descubra e conclua, assim a aprendizagem virá naturalmente.

É imprescindível que o professor compreenda como o aluno elabora e constrói o conhecimento, respeitando assim as diferenças e valorizando a cidadania. Contextualizar fatos possibilita ao aluno a percepção de como utilizar os conteúdos trabalhados nas disciplinas, de forma prática e necessária, contribuindo para a elaboração de estruturas que permitirão uma aprendizagem significativa.

A avaliação que se adapta a essas transformações fundamenta-se no processo de aprendizagem em seus aspectos sociais, cognitivos e afetivos e na aprendizagem significativa. São os registros escritos, de forma individual e sistemática, que possibilitarão essa ação.

Dessa forma, a avaliação contribui para o desenvolvimento da capacidade do aluno, convertendo-se numa ferramenta pedagógica, permitindo uma melhora na qualidade do ensino e ampliando o espaço para que o aluno construa a própria história. Nós professores somos cúmplices dessa jornada, parceiros do processo que nos permite também aprender. A valorização tão necessária que buscamos deve partir da nossa própria conscientização, do nosso desejo em mostrar que somos professores. 

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