Empreendedorismo: dor e remédio

Janguiê Diniz, | qua, 10/02/2021 - 10:33
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Costuma-se definir empreender como criar soluções para problemas atuais. Vem da identificação de uma “dor” – entendida como algo a ser sanado – e o desenvolvimento de um “remédio”. Tarefa que exige, acima de tudo, atenção e dedicação. Abrir mais uma empresa, qualquer um pode abrir; estabelecer um empreendimento que, de fato, cause real transformação é para os mais dispostos.

É preciso também ressaltar que todos podem desenvolver o espírito empreendedor, basta que este seja estimulado adequadamente. Costumo conceituar o empreendedorismo como a atividade de “transformar pensamentos em ação e sonhos em realidade”. Tudo começa de uma ideia, e deve se concluir com a atitude. Para essa ideia inicial, o empreendedor precisa identificar um problema a resolver. Como fazê-lo? É preciso ter uma visão muito ampliada e uma capacidade de percepção desenvolvida. Por vezes, simples acontecimentos do dia a dia são um “start” para uma oportunidade de empreender. Experiências pessoais, observações da realidade em que a pessoa está inserida, relatos de terceiros, tudo isso pode servir de inspiração. Por que é preciso resolver tal problema? Quais os benefícios de desenvolver uma solução? Qual o impacto disso na sociedade? Essas perguntas ajudam a refletir.

Depois de identificada a tal dor, é hora de se fabricar o remédio. Assim como um fármaco real, a solução para a dor de que falamos tem que ser idealizada, pesquisada, projetada, desenvolvida, testada, adequada, para, enfim, ser posta no mercado. Todo esse processo parece demorar muito, mas o ideal é que seja feito de forma célere. É preciso, no menor tempo possível, desenvolver um protótipo do produto ou serviço em questão e validá-lo. Assim, é possível rapidamente fazer correções e adequar às reais necessidades do público consumidor. Mesmo depois do tal “remédio” pronto e lançado, é preciso continuar a perceber as reações do público e suas necessidades, para realizar eventuais modificações e atualizações. Tudo, no fim, depende do usuário.

Todo empreendedor precisa ser, de fato, um visionário. Perspicaz, atento e ágil, ele deve antecipar tendências e saber identificar oportunidades. Assim, ele não só cria maneiras de gerar emprego, trabalho e renda, mas também, e mais importante, deixa sua marca na realidade em que está inserido. É sobre criar e transformar coisas relevantes e de impacto social.

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