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O número de crianças e adolescentes acolhidos em abrigos no Estado do Rio de Janeiro em decorrência do uso abusivo de álcool e drogas cresceu 720% nos últimos cinco anos, como mostra o 9º Censo da População Infanto-juvenil Acolhida no Estado do Rio de Janeiro, realizado semestralmente pelo Módulo Criança e Adolescente (MCA) do Ministério Público Estadual (MP-RJ).

Em 2007, quando foi realizado o primeiro censo, apenas 23 dos 3.732 abrigados (0,6%) apresentavam essa como a principal causa de acolhimento. Em 2012, o número aumentou para 166 - ou 6,7% dos 2.464 abrigados atualmente - tornando-se o 5º principal motivo de acolhimento. Se somados os casos em que o uso de entorpecentes pelos pais ou responsáveis pelos menores seja o motivo do acolhimento, o número de casos relacionados a problemas com drogas e álcool sobe para 326, representando 13% das ocorrências.

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A promotora Gabriela Brandt, gestora do MCA, aponta a disseminação do crack como o principal responsável pelo aumento no número de casos. "O crack é uma droga devastadora, que traz prejuízos num curto espaço de tempo, e é uma droga muito barata, atingindo a população mais vulnerável". O Censo mostrou também que os casos de negligência (23,7%) e abandono (13,27%) continuam sendo os principais fatores de risco, seguidos por crianças e adolescentes em situação de rua (8,97%) e maus-tratos contra os menores (7,26%).

O Estado do Rio possui atualmente 218 instituições de acolhida, sendo 72 delas na capital. Das 12,7 mil crianças e adolescentes que já passaram por essas instituições desde que o censo foi iniciado, em 2007, metade delas foi reintegrada às famílias e 19,2 % foram colocadas em famílias substitutas. Outras 19,1% (2.432 jovens) fugiram dos abrigos.

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