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Representantes do Bom Senso FC criticaram, nesta terça-feira (5), na Câmara dos Deputados, o projeto de Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (PL 5.201/2013), que propõe a renegociação das dívidas dos clubes de futebol brasileiros com a União. A principal queixa dos atletas é sobre o mecanismo estabelecido pelo projeto para controlar as contrapartidas oferecidas pelos clubes beneficiados.

Um documento distribuído pelo Bom Senso aos congressistas afirma que a fragilidade da proposta em tramitação está em quatro pontos principais. O primeiro deles é a exigência apenas de certidões negativas de débito para comprovar estar com pagamentos em dia. Em seguida, é criticada a "baixíssima frequência de fiscalização, apenas uma vez ao ano". O terceiro ponto criticado é a "ausência de indicação de quem será o responsável pela fiscalização".

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Por fim, o Bom Senso critica o estabelecimento de só um tipo de punição a clubes na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, o rebaixamento. Entre os signatários do documento estão o goleiro Dida, os zagueiros Juan e Paulo André e o meia Alex, que esteve presente à reunião na Câmara dos Deputados. Entre as sugestões feitas pelo Bom Senso estão o acréscimo de multas e de proibição a inscrição em campeonatos entre as punições.

Eles também querem a responsabilização criminal de cartolas que descumprirem a lei. Apesar da presença de Alex e de outros jogadores na reunião, a apresentação das propostas de mudança no projeto de lei foi feita aos políticos pelo sociólogo Ricardo Borges Martins, diretor-executivo do Bom Senso FC. Estiveram presentes à audiência os deputados Otávio Leite (PSDB-RJ), relator do projeto, Romário (PSB-RJ), Alessandro Molon (PT-RJ) e Chico Alencar (PSOL-RJ). O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) também participou.

"O Congresso está prestes a conceder um parcelamento de 25 anos para que os clubes de futebol tentem mais uma vez pagar as suas dívidas fiscais, estimadas em R$ 4 bilhões", diz o documento do Bom Senso. "A grande questão é que estas contrapartidas [para a renegociação das dívidas] serão inócuas e não ajudarão em nada o futebol brasileiro", afirma o texto. Para resolver a questão, os atletas querem que suas sugestões sejam incorporadas por Otávio Leite ao projeto.

O PL 5.201/2013 está na pauta do plenário da Câmara dos Deputados nesta semana. Mas, segundo o deputado Vicente Cândido (PT-SP), o mais provável é que a proposta seja votada apenas em setembro, porque ainda é preciso fazer ajustes. Ele disse que pedirá ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) que coloque em votação apenas o pedido de urgência para o projeto nesta semana. A proposta em si, ficaria para depois.

Jogadores engajados ao Bom Senso FC foram na manhã desta terça-feira à Brasília para fazer pressão a fim de que a Lei de Responsabilidade do Esporte, na pauta do dia na Câmara, seja votada na sessão desta tarde. Também queriam incluir alguns novos pontos no relatório. O grupo de atletas se reuniu com o deputado federal Romário (PSB-RJ), que esteve à frente das "manifestações" nesta manhã, assim como o também deputado e autor do substitutivo do projeto, Otávio Leite (PSDB-RJ).

Os atletas gostariam de fazer alguns ajustes à lei e por isso discutiram isso com os parlamentares. O Bom Senso gostaria de ver "mão mais pesada" em relação ao controle para punir os clubes que não honrarem suas folhas de pagamentos e dívidas com a União. Acham que a parte da lei que aborda esta punição é branda. Usaram a palavra "frouxa".

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Os clubes sofreriam fiscalização anual, com pena de rebaixamento em caso de irregularidades. O Botafogo, por exemplo, seria um sério candidato a perder pontos e cair no Brasileirão dada sua crise financeira atual. A única forma de o Bom Senso saber dessas pendências seria por meio da Certidão Negativa de Débito.

"Fui escolhido pelos jogadores do Bom Senso e pelo senador Randolfe para liderar um movimento suprapartidário a fim de moralizar o futebol e o esporte de modo geral. Fiquei honrado pelo convite. As causas do Bom Senso serão, com certeza, apoiadas por mim, pelos senadores Randolfe e Álvaro Dias, e pelos deputados Miro Teixeira, Otávio Leite, Chico Alencar e André Figueiredo aqui no Congresso Nacional", disse Romário, por meios de suas redes sociais.

O time do Bom Senso em Brasília é de peso: Alex (Coritiba), Dida (Internacional), Roberto (Ponte Preta), Marcus Vinícius (sem contrato), Washington (ex-jogador), Fabinho (ex-jogador), Juan (Internacional), Gilberto Silva (sem contrato), Barcos (Grêmio), Ricardo Berna (sem contrato) e Lucas Madalosso (sem contrato).

O goleiro Rogério Ceni fez um desabafo ao defender o calendário apresentado nesta segunda-feira à tarde pelo Bom Senso FC, movimento de atletas que cobra melhorias no futebol brasileiro. "Queremos emprego para os jogadores de futebol que jogam apenas três meses e não têm mais jogos. Queremos emprego para quem leva o futebol como entretenimento para milhares de pessoas", disse o goleiro, lembrando que a grande maioria dos clubes não tem um calendário com atividade durante o ano todo.

Indignado, o goleiro são-paulino também fez comparações entre o futebol e a situação política do País. "Precisamos de pessoas que tenham sangue nas veias para defender o esporte. Quando os políticos querem aprovar aqueles projetos promíscuos, é o futebol que ilude o povo. Como um País que vai organizar uma Olimpíada tem atletas que precisam fazer vaquinha na internet para custear seus treinamentos?", provocou o goleiro, que também fez críticas à CBF. "Por que tudo tem de passar pela CBF?", questionou.

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Para corrigir a falta de atividade dos clubes menores, o grande problema do calendário brasileiro na visão do Bom Senso, o movimento quer reduzir sensivelmente os campeonatos estaduais, criar um novo modelo de disputa para a Série C e a Série E, uma nova divisão para os clubes menores. O formato das Séries A e B seria mantida.

A Série E seria com 432 times e seria disputada em um formato regionalizado, ou seja, os clubes seriam divididos de acordo com o local de origem, o que reduziria os custos logísticos. A Série D, que teria apenas 48 equipes, também seria disputada em formato regionalizado.

Com a presença de seus principais líderes, entre eles, os jogadores Alex, Juan, Fernando Prass e Dida, o Bom Senso FC, movimento que cobra melhorias no futebol brasileiro, promoveu um seminário em São Paulo no início da tarde desta segunda-feira para anunciar as propostas para o fair-play financeiro dos clubes. O documento é o mesmo apresentado ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo, na semana passada, e que recebeu elogios.

Entre os projetos para a implantação do chamado "Jogo Limpo Financeiro" está a criação de uma entidade reguladora para representar os interesses dos clubes, garantir o cumprimento dos contratos de trabalho, padronizar demonstrações financeiras, entre outras ações. Essa entidade seria formada por membros do governo, da CBF e também dos clubes com um período de criação de um ano e meio e início das atividades a partir de 2016. Os custos deste órgão é de R$ 3 milhões, custeados pelos próprios participantes.

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"Essa entidade não vai punir ninguém. Seu objetivo é regular o mercado, como em qualquer outro setor. A ideia é proteger os clubes e evitar o colapso financeiro", afirmou Pedro Daniel, consultor de conteúdo do Bom Senso FC.

O goleiro Fernando Prass afirmou que os jogadores estão preparados para reduzir salários, se for necessário. "Todo mundo vai ter de fazer sacrifícios. Corremos esse risco, de diminuir os salários, mas não vemos problemas. No primeiro momento, estamos preparados para isso. Mas quem dita o salário não é o jogador e sim o mercado", disse o jogador do Palmeiras. "Por outro lado, clubes mais equilibrados financeiramente podem ter ganhos maiores. O processo é o inverso", completou o goleiro.

A embaixadora do futebol feminino brasileiro, Marta, fez um apelo para que o Bom Senso FC também represente a modalidade que por anos vem pedindo melhores condições no Brasil. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira na sede da Fifa, em Zurique, a finalista da Bola de Ouro da entidade defendeu uma aliança com os organizadores do grupo que questiona a gestão do futebol nacional.

"Isso tem de ser analisado", disse Marta, admitindo que o futebol feminino precisa de mais apoio. "Se for para o bem do futebol feminino, temos de explorar essas situações que podem trazer melhorias para a modalidade", insistiu. "Estamos sempre visando o bem do futebol feminino", completou.

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Marta tem usado os palcos da Fifa nos últimos anos para pedir melhores condições para o futebol feminino no Brasil. Mas seus apelos não têm sido correspondidos pela CBF. O atual campeonato nacional é deficitário, pena para encontrar apoio financeiro e a CBF recusou uma oferta do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que ofereceu ajuda do governo federal para a modalidade entre as mulheres. O motivo: queria manter a independência da instituição.

"Não queremos cair no esquecimento", disse Marta. "É um momento para colocarmos nossas reivindicações e brigar um pouco mais por um espaço dentro de nosso País", disse. "Está claro que o futebol feminino pode evoluir no mundo. Por que não no Brasil?", questionou.

Marta acredita que a Copa do Mundo de 2014 pode trazer benefícios para o futebol feminino também. Mas tem uma leitura diferente de muitos na Fifa sobre o que ocorreu na Copa das Confederações. "As polêmicas sempre existem. Mas na Copa das Confederações foi tudo perfeito e tudo tranquilo. No final, deu tudo certo", disse. "Acho que vai acontecer o mesmo na Copa", completou.

Só um ponto seria considerado pela jogadora como um fator negativo para o Brasil: ver Lionel Messi levantar a taça da Copa no Brasil, em julho, com a camisa da seleção argentina. "Até 'passo mal' com essa pergunta. Seria um pesadelo", disse.

PROTESTO - Marta ainda se queixou da violência nas manifestações no Brasil. "Sou a favor do progresso. Tudo é valido. Mas depende de como estão fazendo as reivindicações", disse, apontando para a forma "negativa e destrutiva" de alguns protestos. "A essas pessoas eu não me juntaria. Mas aqueles que querem um futuro melhor, sim", completou.

O Bom Senso FC publicou nesta terça-feira (17), na página oficial do Movimento no Facebook, uma carta aberta ao presidente da CBF, José Maria Marin. No texto, o grupo de jogadores critica principalmente o calendário brasileiro, mas ataca diretamente Marin e a CBF. E reclama também do julgamento no STJD que mandou a Portuguesa para a Segunda Divisão e livrou o Fluminense.

"O Campeonato Brasileiro terminou de forma melancólica, dentro do tribunal! A frase: 'Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas' não poderia se encaixar melhor nessa situação. A justiça desportiva se torna protagonista e o resultado de campo fica para trás. Sem discutir o mérito de quem está certo ou errado, a conclusão final é de que a CBF é que deveria ir para a segunda, terceira, quarta divisão", diz o texto, já quase no seu final.

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A carta, porém, ataca principalmente a gestão da CBF e ironiza declarações dadas por Marin nos últimos dias. Os atletas afirmam que não são "apenas um grupo de jogadores", mas sim mais de mil, num grupo democrático. E ironizam: "Sabemos que o senhor não está acostumado com essa tal democracia e até entendemos que seja difícil se adaptar, faz pouco tempo...", numa referência à atuação de Marin durante a ditadura.

O texto critica principalmente o calendário, sempre ironicamente. "O senhor conseguiu resolver todos os problemas do calendário do dia para a noite. Foi só limitar o número de jogos dos jogadores e não dos clubes e pronto, eis que melhoraremos a qualidade no espetáculo. Ou seja, a saída escolhida é o mesmo que encontrar um burro dentro de sua sala e pedir para trocarem o sofá, pois algo lhe parece estranho."

O grupo continua: "Não nos diga que o senhor (Marin) tem orgulho do calendário de apenas quatro meses de competição para a maioria dos clubes do Brasil. Talvez o senhor dê pulos de alegria quando vê a formula de disputa do Campeonato Paulista de 2014, que pode fazer com que um time seja campeão e rebaixado ao mesmo torneio", escrevem os jogadores, que não se atentaram a uma mudança de regulamento que barra essa anomalia no estadual de São Paulo.

"Desconfiamos até que o êxtase o atinja quando o senhor percebe a extraordinária estratégia de um time precisar ser desclassificado de uma competição nacional (Copa do Brasil) para se classificar para um torneio internacional (Copa Sul-Americana)", prossegue.

O Bom Senso em seguida provoca: "Quanta genialidade! Responda-nos uma coisa: É justo que os times percam seus melhores jogadores quando há partidas das seleções simplesmente porque o campeonato daqui não para nas datas Fifa? Responder não parece ser seu forte, não é mesmo?"

O grupo encerra a carta refutando as especulações de que as férias do futebol esfriariam o Bom Senso. "E antes que nos perguntem, as férias têm nos feito muito bem. Em janeiro nos vemos por aí", garantem os jogadores, que já disseram que a greve é iminente para o começo do ano que vem.

O Bom Senso FC fez neste sábado (7), no início da última rodada do Brasileirão, a sua manifestação mais dura. Em nota publicada na página do grupo no Facebook, os jogadores afirmam que não realizarão nenhum tipo de protesto nos jogos de domingo (8), em respeito aos clubes e aos torcedores. Mas que a greve no início de 2014 é "iminente".

Os jogadores foram diretos. Para não haver paralisação no futebol brasileiro cobram duas coisas. A primeira é alteração no calendário 2015, "aumentando o número de jogos dos times do interior e reduzindo o número de partidas das equipes da elite".

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Já a segunda exigência é a implantação do fair play fiscal e trabalhista defendido pelo grupo. O Bom Senso lembra ainda que já divulgou, em 27 de novembro, os termos que deseja ver na regulamentação.

Naquela ocasião, o grupo cobrou, entre outras cosias, que seja criada uma agência reguladora que deve fiscalizar o pagamento de salários a jogadores. Se houver atraso salarial, o clube ficaria impossibilitado de contratar novos atletas.

Pela proposta do Bom Senso, se o valor devido aos atletas não for saldado até o final de um ano, a proposta pedida prevê que "o clube ficará impedido de disputar competições no ano subsequente, ficando rescindidos, automaticamente, os contratos de todos os atletas, por culpa única e exclusiva do clube, sem prejuízo do pagamento das verbas rescisórias e demais valores devidos".

Ainda de acordo com o grupo de jogadores, a greve seria uma resposta à "falta de respostas e ao descaso em garantir melhorias para o futebol brasileiro" e contaria com o respaldo da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), que nesta semana demonstrou apoio público ao Bom Senso. "Estamos buscando o diálogo insistentemente, mas não há qualquer sinalização por parte da CBF de que mudanças ocorrerão", diz a nota deste sábado.

Protestos - De acordo com o Bom Senso, "por respeito ao torcedor, aos clubes e ao futebol" o grupo não fará nenhum tipo de manifestação nos jogos deste domingo, que valem ou vaga na Libertadores ou briga contra o rebaixamento.

Depois de receber pelo menos duas cobranças públicas dos jogadores do Bom Senso FC, por falta de ação contra o atraso no pagamento de salários a atletas e por não defendê-los na montagem do calendário de 2014, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) decidiu passar a apoiar integralmente os pleitos apresentados pelo Bom Senso. Em nota, o sindicato ainda recomenda greve no início da próxima temporada.

No comunicado publicado no site da Fenapaf, a entidade diz que resolveu se posicionar depois de "já ocorridas todas as manifestações e ainda não contando com qualquer resposta das entidades que dirigem a atividade no País, especialmente a CBF".

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A união entre Fenapaf e Bom Senso vem três dias depois de o sindicato organizar, em São Paulo, um simpósio sobre mudanças no futebol. O evento teve a presença de atletas profissionais, representantes das entidades sindicais, dos clubes, do Ministério do Esporte, CBF e Rede Globo. Paulo André, um dos líderes do Bom Senso, esteve presente.

Na sexta-feira passada, os atletas do Bom Senso se queixaram publicamente do sindicato. "Os jogadores recolhem todas as taxas para esta entidade, dando sustentação à mesma, mas lamentam o fato de não existir nenhum suporte oficial, técnico ou jurídico para proteger os profissionais do Náutico, expostos e ameaçados pelo presidente do clube", reclamava o Bom Senso, dizendo "estranhar o silêncio e a total falta de ação do sindicato" enquanto os jogadores do Náutico ameaçavam greve.

Antes, logo que o grupo foi criado, o sindicato saiu em apoio aos jogadores, mas levou um duro golpe. "Os integrantes do Bom Senso não reconhecem a legitimidade da Fenapaf na reunião (com a CBF, a respeito do calendário 2014). Até porque, em nota oficial datada de 19 de setembro, a própria Fenapaf afirmou que teria encerrado as negociações sobre as férias dos atletas, em atitude absolutamente descompassada com os interesses dos jogadores que, inclusive, levaram à própria criação do Bom Senso", registrou o grupo, em nota oficial emitida em 22 de outubro.

Nesta quinta, porém, a Fenapaf saiu em apoio às causas levantadas pelo Bom Senso. Cobrou "um calendário de competições que permita a maior participação de todos os clubes brasileiros", defendeu o fair play financeiro, e sugeriu até mesmo que os jogadores entrem em greve.

"A Fenapaf solicitará a todos os sindicatos estaduais para que, através de assembleias em seus estados, recomendem todos os atletas profissionais de futebol em atividade no País, a total paralisação de quaisquer atividades, a partir de 19 de janeiro de 2014, caso os clubes de futebol brasileiro estejam inadimplentes", diz o comunicado.

O Bom Senso FC se pronunciou oficialmente nessa quinta-feira (5) para descartar a possibilidade de liderar uma greve na rodada final do Campeonato Brasileiro, marcada para o próximo final de semana. O grupo de jogadores que luta por melhorias no futebol nacional acabou com esta possibilidade ao falar sobre os atrasos de salários na Portuguesa.

Avisado sobre os atrasos na noite da última quarta-feira, o Bom Senso FC informou: "Assim como no caso envolvendo o Náutico, o movimento dá total apoio e suporte necessário para seus colegas de profissão. Em contato com jogadores do clube, foi repassado ao grupo que existe uma negociação para acerto dos valores pendentes de maneira amigável".

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Em seguida, a nota oficial avisou que, em decisão tomada em conjunto com os jogadores da Lusa, o movimento de atletas destacou que sequer "cogitou" greve para a última rodada, tendo em vista as importantes disputas envolvendo vários clubes neste momento decisivo do Brasileirão.

Apesar disso, o Bom Senso fez questão de enfatizar que o novo caso envolvendo a Portuguesa serve para o grupo deixar um "alerta ligado" para 2014. "Vários clubes da elite do futebol brasileiro estão vivendo as mesmas dificuldades dos já citados, o que continua demonstrando a urgência de implementação do Fair Play Fiscal e Trabalhista. A cada dia temos mais provas concretas dessa necessidade através de fatos, não de meras suposições", destaca a nota oficial desta quinta-feira.

Em seguida, o comunicado mantém o tom crítico ao criticar a falta de uma "fiscalização" eficiente para que os clubes se empenhem e se planejem de forma correta para firmar seus compromissos com os jogadores. "Passou da hora de todas autoridades e entidades envolvidas no esporte, CBF e governo, solucionarem esta questão. Estamos prestes a ingressar em ano de Copa do Mundo e, ao invés de vermos mais profissionalismo e correção no futebol, presenciamos diariamente casos de puro amadorismo. Temos que dar um basta nisso", finaliza a nota oficial.

Na noite da última sexta-feira, o Bom Senso se manifestou de forma oficial para descartar uma possível greve dos jogadores na penúltima rodada do Brasileirão. Antes disso, o grupo havia ameaçado paralisar a competição por conta da situação do Náutico, no qual os atletas também sofrem por causa de atrasos salariais. Porém, o grupo descartou essa possibilidade após o anúncio da diretoria do clube pernambucano de que um acordo com os jogadores foi estabelecido.

O Bom Senso FC nasceu no fim de setembro a partir de cinco propostas centrais: calendário, férias, pré-temporada, Fair Play Financeiro e participação dos atletas nos conselhos técnicos das entidades que administram o futebol. A princípio, a política não fazia parte da pauta do movimento, mas, passados dois meses de sua fundação, a união dos atletas mexeu com as estruturas da cartolagem e pode provocar mudanças profundas no jogo político que rege a CBF - a eleição para presidente está marcada para abril.

Ao pedir mudanças no calendário, e consequentemente nos Estaduais, o Bom Senso mexeu em um tema que rende - e muito - votos. Para atender os atletas, que têm forte apelo popular e ganharam o apoio da torcida com seus protestos antes dos jogos, a CBF teria de desagradar os presidentes de federações, que formam a maior parte do seu colégio eleitoral, composto por 47 pessoas: 27 presidentes de federações e 20 presidentes de clubes da Série A do Brasileiro.

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A estratégia do presidente José Maria Marin e de seu vice e fiel escudeiro Marco Polo del Nero, então, foi tratar apenas do Fair Play Financeiro e "empurrar com a barriga" o tema calendário a fim de não perder votos. O problema é que o Bom Senso não se deu por satisfeito e ameaça fazer greve se as suas reivindicações não forem atendidas, aumentando ainda mais a pressão em cima da CBF.

Por outro lado, as federações exigem da entidade o compromisso de que os Estaduais sejam mantidos do jeito que estão. Sem respostas para os dois lados, Marin e Del Nero permitem que a oposição, capitaneada por Andrés Sanchez (ex-presidente do Corinthians) e Francisco Novelletto (presidente da Federação Gaúcha), ganhe terreno e se articule para chegar com mais força no pleito de abril.

Chegou-se até a se cogitar a possibilidade de a eleição ser antecipada para janeiro, a fim de atrapalhar os planos da oposição - o estatuto da CBF diz apenas que o pleito precisa ser realizado no ano anterior ao fim do mandato e não estipula uma data fixa. Marin garante que isso não passa pela sua cabeça e que sua prioridade é não prejudicar os preparativos para a Copa do Mundo. "Vou cumprir o estatuto da CBF. A eleição está marcada para abril e será em abril. Eu tenho uma Copa do Mundo para entregar é isso que vou fazer", alega.

Hélio Cury, presidente da Federação Paranaense, é um dos cartolas que pendem para o lado da oposição. "Já fui procurado pelo Rubinho (Rubens Lopes da Costa Filho, presidente da Federação do Rio de Janeiro), o Novelletto e o Andrés Sanchez", admite.

Principal articulador do bloco de oposição, Sanchez enfrenta enorme resistência por ser ligado ao Corinthians. Ele, então, resolveu abrir mão de sua candidatura para apoiar um nome que possa atrair mais eleitores. Novelletto é o mais cotado, mas Rubinho também é visto com bons olhos.

O grupo de indecisos é grande. E é sobre esses eleitores que tanto Marin como a oposição concentram os seus esforços. Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Bahiana, é um dos alvos de disputa dos dois grupos. "Quero aguardar as propostas que possam ter os candidatos para melhorar o futebol do Norte e do Nordeste. Hoje, é como se Norte e Nordeste não existissem."

As duas regiões representam atualmente 19 votos (16 federações e três clubes). O número pode variar de acordo com o acesso ou descenso de times na Série A.

De olhos nesta importante fatia do eleitorado, a CBF promoveu neste ano a Copa Nordeste e em 2014 passará a organizar a Copa Verde, que terá a participação de 16 clubes de 11 estados. A ideia de criar a Copa Verde foi de Del Nero, como aliás foi dele também a iniciativa de levar a Chevrolet para patrocinar nada menos do que 20 campeonatos estaduais este ano. "Com a Copa Verde estamos dando emprego a milhares de pessoas e dando atividades para clubes e jogadores", gaba-se Marin.

Isso, no entanto, não é suficiente para garantir o voto de Rodrigues, por exemplo. O baiano pede mais garantias a Marin. "Reconheço que ele está olhando para nós, consolidou a Copa do Nordeste e criou a Copa Verde. É um avanço, mas queremos uma solução de continuidade, um calendário estratégico de longo prazo, para a gente poder chegar no patrocinador e dizer: ‘Hoje temos a Copa do Nordeste e daqui a cinco anos continuaremos a ter’".

CONFETES - Mas se tem gente que não se dá por satisfeita, outros são só elogios à dupla Marin-Del Nero. É o caso de Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana. "Somos muito leais e o Marin atendeu a todas as demandas do Nordeste. Ele mudou as Séries D e C do Brasileiro sem nenhum questionamento. O mesmo aconteceu quando buscamos apoio para criar a Copa do Nordeste. Não entendo, dentro da ótica da lealdade, como uma federação do Norte ou do Nordeste pode trair esses compromissos e deixar de reconhecer a evolução que a gente teve com ele", diz.

Além da criação de novos campeonatos, a CBF agrada o seu eleitorado com alguns mimos. É comum Marin levar presidentes de federações e de clubes para acompanhar jogos da seleção no exterior. A partir desta segunda-feira, os presidentes de federações desembarcarão na Costa do Sauipe, litoral norte da Bahia, para acompanhar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo. Todos ficarão hospedados em um luxuoso resort.

O Bom Senso acompanha cada passo da entidade. O zagueiro Paulo André, do Corinthians, um dos líderes do movimento, já avisou que o grupo não apoiará nenhum candidato, mas faz questão de participar do debate. Os atletas querem saber as propostas dos candidatos e sonham que o futuro presidente tenha visão e preparo não só para só organizar as Séries A e B do Campeonato Brasileiro e cuidar da seleção, mas, principalmente, para conduzir o futebol brasileiro. Por enquanto não apareceu ninguém com esse perfil.

A escalada de protestos do Bom Senso FC deu uma desacelerada na 37.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Se na semana anterior os jogadores até se sentaram no chão, de braços cruzados, em protestos contra o calendário do futebol nacional e a favor do fair play financeiro, desta vez a ação foi mais discreta.

No jogo que abre a 37.ª rodada, entre Fluminense e Atlético Mineiro, no Maracanã, as duas equipes se colocaram frente a frente, em cima do círculo central, e os jogadores permaneceram por menos de um minuto com os braços cruzados, imóveis.

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Mas o protesto acabou tendo pouco impacto. Parte porque a torcida do Fluminense manteve os cânticos de apoio ao time, que luta contra o rebaixamento. Parte porque garoava no Maracanã e alguns jogadores não conseguiram ficar parados, com frio, mostrando necessidade de manter o aquecimento.

Cerca de meia hora antes do jogo, o grupo postou no Facebook um pedido para que a torcida apoie os protestos na rodada. "Gostaríamos que aqueles que apoiam o movimento e estejam no estádio, cruzem os braços, aplaudam os atletas, deem seu incentivo de alguma forma. O torcedor será um dos principais beneficiados se as propostas do Bom Senso forem atendidas", escreveram os jogadores.

Há semanas na ofensiva, o Bom Senso FC pela primeira vez se pronunciou de forma defensiva neste sábado (30). Depois de uma série de "notas oficiais", desta vez o grupo de jogadores usou a página deles no Facebook para emitir uma "nota de esclarecimento" explicando por que reagiu contra a diretoria do Náutico pelo atraso de salários e não faz o mesmo com outros clubes que também estão em débito com atletas.

"O Bom Senso esclarece que só emitiu a nota oficial, demonstrando apoio e solidariedade aos atletas profissionais do Náutico, após a coletiva de imprensa dos jogadores e após as desastrosas declarações do presidente Paulo Wanderley, onde ele desqualificava, desrespeitava e ameaçava os atletas do próprio elenco", diz o texto do grupo.

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O comunicado continua: "Sabemos que outros clubes de futebol no Brasil estão com salários e direitos de imagem atrasados, mas não é função do Bom Senso fiscalizá-los ou cobrá-los por isso. O movimento não faz distinção entre clubes, regiões ou dirigentes", garante o Bom Senso.

A nota é uma resposta às críticas ao Bom Senso, que se fortaleceram principalmente em Pernambuco. A reclamação era de que o grupo agiu contra o Náutico, mas ignora que clubes do Sudeste do País atrasa pagamentos - Vasco e Botafogo são dois exemplos constantes. Mas o grupo garante que só agiu em apoio à queixa pública de jogadores do Náutico, algo que vascaínos e botafoguenses nunca fizeram.

REIVINDICAÇÕES - No texto deste sábado, o Bom Senso volta a cobrar o fair play financeiro, indicando que entende e aceita a redução de salário. "Há de se cortar na carne para resgatar o prestígio e a beleza do nosso futebol. Na carne do atleta, do clube, das federações e da confederação. Da maneira como está, não está bom para ninguém, muito menos para você, torcedor brasileiro", aponta o grupo.

O Bom Senso FC emitiu comunicado na tarde desta sexta-feira (29) cobrando da Federação Nacional dos Atletas Profissionais (Fenapaf) uma postura mediante a situação dos jogadores do Náutico. Na quinta, os atletas do clube, liderados pelo volante Martinez, denunciaram que estão sem receber salários e ameaçaram entrar em greve.

"Os jogadores recolhem todas as taxas para esta entidade, dando sustentação à mesma, mas lamentam o fato de não existir nenhum suporte oficial, técnico ou jurídico para proteger os profissionais do Náutico, expostos e ameaçados pelo presidente do clube", reclama o Bom Senso, dizendo "estranhar o silêncio e a total falta de ação do sindicato neste momento".

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Na quinta, o capitão do Náutico, Martinez (ex-Palmeiras e Corinthians), liderou os atletas alvirrubros em entrevista coletiva e revelou a falta de pagamento de salários a atletas que estão no departamento médico do clube. Todos os jogadores do Náutico se reuniram no protesto.

"Jogadores machucavam e não recebiam. Muitos até tentavam voltar antes para pagar as contas", disse Martinez, fazendo duras críticas à diretoria. "Vi que a presidência só culpava os jogadores, não é dessa maneira que funciona o futebol. Tivemos muitos problemas."

O volante não quis falar em greve, mas admitiu que, se os pagamentos não forem feitos até esta sexta-feira, o grupo estudaria não entrar em campo domingo contra o Vasco. Em seguida, ainda na noite de quinta-feira, Martinez foi atacado pelo presidente do Náutico, Paulo Wanderley.

"Foram todos (os jogadores) pressionados pelo Martinez. Estavam constrangidos na entrevista, porque algumas pessoas do grupo não queriam estar lá. Quero deixar claro para a nossa torcida que o Náutico é muito maior que ex-atleta (Martinez). É um cara de pau", disse Wanderley, à ESPN Brasil.

O Bom Senso respondeu pouco depois, já quase na madrugada, e prometeu paralisar o Campeonato Brasileiro "IMEDIATAMENTE (grafado em letras maiúsculas pelo grupo) caso exista alguma tentativa de retaliação aos atletas e o não pagamento da dívida".

"Os jogadores estão cobrando o justo e o que é devido pelo clube. Aguardamos soluções urgentes", escreveu o grupo, criticando "a repercussão interna e as ameaças públicas sofridas pelos profissionais".

CRÍTICAS - Esta não é a primeira vez que o Bom Senso se coloca contra a Fenapaf. Logo que o grupo foi criado, o sindicato saiu em apoio aos jogadores, mas levou um duro golpe. "Os integrantes do Bom Senso não reconhecem a legitimidade da Fenapaf na reunião (com a CBF, a respeito do calendário 2014). Até porque, em nota oficial datada de 19 de setembro, a própria Fenapaf afirmou que teria encerrado as negociações sobre as férias dos atletas, em atitude absolutamente descompassada com os interesses dos jogadores que, inclusive, levaram à própria criação do Bom Senso", registrou o grupo, em nota oficial emitida em 22 de outubro.

Quem imaginava que o Náutico seria o menos importante dos figurantes das últimas rodadas do Brasileirão estava completamente enganado. De rebaixado, o clube virou protagonista do que pode ser uma revolução no futebol brasileiro depois de os jogadores entrarem em conflito com a diretoria por conta do atraso no pagamento de salários.

Já no fim da noite de quinta-feira, quase madrugada adentro, o Bom Senso FC reagiu à posição da diretoria do Náutico e prometeu paralisar o Campeonato Brasileiro "IMEDIATAMENTE(grafado em letras maiúsculas pelo grupo) caso exista alguma tentativa de retaliação aos atletas e o não pagamento da dívida".

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A crise surgiu porque, após o treino de quinta-feira no Náutico, o capitão do grupo, o jogador Martinez (ex-Palmeiras e Corinthians) liderou os atletas alvirrubros em entrevista coletiva e revelou a falta de pagamento de salários a atletas que estão no departamento médico do clube. Todos os jogadores do Náutico se reuniram no protesto.

"Jogadores machucavam e não recebiam. Muitos até tentavam voltar antes para pagar as contas", disse Martinez, fazendo duras críticas à diretoria. "Vi que a presidência só culpava os jogadores, não é dessa maneira que funciona o futebol. Tivemos muitos problemas."

O volante não quis falar em greve, mas admitiu que, se os pagamentos não forem feitos até esta sexta-feira, o grupo pode estudar não entrar em campo domingo contra o Vasco. O problema é que o Náutico já avisou: não irá pagar a dívida.

"Deram o prazo para a direção fazer esse pagamento até amanhã (sexta-feira) e esse salário não vai ser pago amanhã porque o clube não tem condições no momento", disse, ao SporTV, o gerente de futebol do clube, o ex-jogador Lúcio Surubim, revelando que o Náutico promete pagar tudo entre 5 e 10 de dezembro.

Surubim, porém, admitiu que parte dos jogadores recebeu salários e outros não. "Demos preferência aos jogadores da casa. Não deu para pagar todo mundo. O presidente preferiu pagar alguns, mas o ideal seria pagar todo mundo", comentou Surubim. "Não precisa ser tão radical. Tantos clubes com dois meses, três meses atrasados", alegou o dirigente, que ainda defendeu o Bom Senso, criticando os "exorbitantes" salários pagos a jogadores e treinadores.

O Bom Senso, porém, promete agir caso uma solução não seja encontrada. "Os jogadores estão cobrando o justo e o que é devido pelo clube. Aguardamos soluções urgentes", escreveu o grupo, criticando "a repercussão interna e as ameaças públicas sofridas pelos profissionais".

Líderes do Bom Senso FC analisaram nesta segunda-feira a proposta de Fair Play Fiscal e Trabalhista feita pela CBF em conjunto com a Comissão de Clubes, formada por Atlético Mineiro, Corinthians, Vitória, Coritiba, Flamengo e Internacional, e divulgada no último domingo. É esperada para esta terça uma resposta do movimento dos jogadores.

A reportagem apurou que o grupo não ficou satisfeito com o projeto apresentado pela CBF. A queixa é que a proposta é superficial e vários pontos defendidos pelo Bom Senso FC não foram atendidos. São eles: definição de um índice regressivo de prejuízo dos clubes para os próximos anos; alteração da legislação para limitar o valor pago de Direito de Imagem aos atletas; escolha de uma agência ou auditoria independente que fiscalize mensalmente a comprovação do pagamento de todos os assalariados dos clubes; e punição não só ao clube, mas também aos dirigentes em caso de atraso de salários.

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Esses pontos foram cobrados pelo Bom Senso FC em nota divulgada na semana passada. O grupo avalia que o Fair Play Financeiro proposto pela CBF e a Comissão de Clubes é "frágil". Por isso, não estão descartados novos protestos nas 37.ª e 38.ª rodadas do Campeonato Brasileiro. A possibilidade de decretar greve também é discutida pelo movimento.

A sugestão apresentada no último domingo prevê, após aprovação por unanimidade no Conselho Arbitral, a inclusão no regulamento geral das competições de punições aos clubes maus pagadores. Estabelece que 24 horas antes de cada rodada, os clubes deverão apresentar certidões de débitos relativos aos tributos federais e à dívida ativa da União, débitos previdenciários e do FGTS. Por rodada em que a certidão não for apresentada, o clube perderá três pontos.

DISQUE-DENÚNCIA - O mesmo vale para o atraso de salários, 13.º, férias remuneradas e direitos de imagem. A CBF abrirá uma espécie de Disque-Denúncia para receber reclamações dos jogadores que não estiverem com os vencimentos em dia. Após a queixa ser protocolada, o clube terá no máximo 24 horas para apresentar os comprovantes de pagamento, caso contrário perderá três pontos. Se na rodada seguinte o clube conseguir quitar a sua dívida, não sofrerá nova punição, mas os pontos perdidos não serão recuperados.

A proposta de Fair Play Fiscal e Trabalhista elaborada pela CBF foca, principalmente, o parcelamento das dívidas dos 24 maiores clubes do Brasil, estimadas atualmente em R$ 2,5 bilhões. Como a ideia visa parcelar o valor em 20 anos, a partir de 2014 o montante, acrescidos de juros, chegaria a um total de R$ 4 bilhões.

A previsão é que as receitas dos clubes ganhem impulso em 2016, em função de novos contratos de TV, receita das novas arenas, planos de sócio-torcedor e marketing. Assim, a proposta é que a amortização das dívidas acompanhe gradativamente o crescimento do faturamento. As parcelas aumentariam a cada ano e a maior parte do valor devido seria paga no período de maior receita, entre os anos de 2027 a 2034.

Os clubes também criticam o Proforte, projeto que, segundo os dirigentes, "pressiona a capacidade de pagamento dos clubes" sobretudo de 2016 a 2027, o que "certamente geraria inadimplência".

Conforme prometido pelo movimento Bom Senso FC, os jogadores voltaram a fazer protestos no começo dos jogos da 36ª rodada do Brasileirão. Na noite deste sábado, a manifestação simbólica dos atletas já pôde ser vista nas duas primeiras partidas: Vasco x Cruzeiro, no Maracanã, e Criciúma x Vitória, no Estádio Heriberto Hülse.

No Maracanã, os jogadores de Vasco e Cruzeiro ficaram todos sentados em campo, com os braços cruzados, antes do apito inicial do árbitro. Foram apenas alguns segundos de protesto, assim como aconteceu no Heriberto Hülse, onde os times de Criciúma e Vitória apenas tocaram bola de um lado para o outro até começar a disputa de verdade.

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A expectativa é de que os protestos dos jogadores continuem acontecendo em todos os demais jogos desta 36ª rodada do Brasileirão, que será completada neste domingo. Assim, o Bom Senso espera mostrar a união do movimento e também atrair a atenção da CBF para as suas reivindicações para melhorar o futebol brasileiro.

Essa é a terceira vez que o Bom Senso organiza manifestações em jogos do Brasileirão, repetindo o que já fez na 30ª e 34ª rodadas. E o grupo, que já contabiliza a adesão de mais de mil jogadores do futebol nacional, promete continuar os protestos, sendo que existe até mesmo a ameaça de provocar uma paralisação geral.

Entre as principais reivindicações do Bom Senso estão um calendário mais equilibrado e a adoção do fair play financeiro (punição para clube e dirigentes devedores). O grupo já teve reuniões com a CBF para discutir mudanças, mas reclama de um certo descaso da entidade com as propostas que apresenta para o futebol brasileiro.

A abertura da 34ª rodada da Série A foi marcada por uma grande polêmica. O Bom Senso FC, movimento formado por vários jogadores brasileiros que reivindicam melhores condições de trabalho – como férias de 30 dias e a existência de tempo suficiente para a realização de uma boa pré-temporada – “atacou” novamente na noite da última quarta-feira (13).

Os jogadores entraram em campo segurando uma faixa que continha os seguintes dizeres: “Amigos da CBF, e o Bom Senso?”. Além disso, antes da partida começar, eles se reuniram no centro do gramado e conversaram durante cerca de dois minutos. No jogo entre São Paulo e Flamengo, apesar do árbitro Alício Pena Júnior ter ameaçado punir os atletas das duas equipes com cartão amarelo, os atletas não se abateram e continuaram com a manifestação. Após o início da partida, eles passaram aproximadamente um minuto tocando a bola de um lado para o outro do campo.

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As reinvindicações do Bom Senso FC projetam a diminuição do número de lesões - devido ao desgaste físico - e os atletas teriam a garantia de um maior tempo de descanso, garantido por lei a todos os trabalhadores brasileiros. Apesar da tentativa de proibição do protesto por parte dos árbitros, a página do Movimento no Facebook assegurou a continuidade da manifestação. Portanto, segue-se a luta pela elaboração de calendários com rotinas menos exaustivas.

*Por Márlon Diego

Os jogos da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A realizados nesta quarta-feira (13) foram marcados por protestos do Bom Senso FC, movimento de jogadores insatisfeitos com o calendário do futebol brasileiro. Além dos braços cruzados, a manifestação teve ainda faixas na entrada em campo dos times que diziam: "Amigos da CBF: E o bom senso?" e trocas de passes de um clube para o outro.

Os protestos foram mais intensos nas partidas das 21h50, considerado horário nobre da televisão aberta, nos jogos de Coritiba x Corinthians e São Paulo x Flamengo. Este foi o segundo ato de reivindicação dos jogadores, o primeiro deles foi na 30ª rodada. Na ocasião, atletas dos dois times se abraçaram no centro do gramado por cerca de um minuto.

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As reclamações e cobranças dos jogadores à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se referem ao calendário, visando gerar atividades para toda a temporada para clubes pequenos, fim de jogos em datas Fifa e pré-temporada adequada.

Além disso, controle das dívidas dos clubes, para que os salários de jogadores e criação de uma comissão fixa para discutir questões técnicas do futebol. A confederação já prometeu que em 2015 serão 30 dias de férias e 30 de pré-temporada, mas os atletas querem mais.

Um dos líderes do movimento Bom Senso FC, o zagueiro Paulo André, do Corinthians, anunciou nesta terça-feira (5), durante um seminário sobre negócios do futebol, que os jogadores farão novas manifestações contra o calendário do futebol brasileiro. No mês passado, atletas das séries A e B se abraçaram durante um minuto antes das partidas como forma de protesto. "Até o fim do ano, teremos surpresas. Vocês vão ver", disse.

Uma reunião realizada na última segunda-feira serviu para os atletas definirem os próximos passos do Bom Senso FC, entre eles, estas manifestações. "Faremos novas manifestações para mostrar o nosso descontentamento e preocupação com os caminhos do futebol brasileiro", garantiu o zagueiro.

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No próximo dia 21, os atletas participarão de uma audiência pública em Brasília. "Existe um plano político de manutenção de poder, e não um plano esportivo", criticou Paulo André.

O zagueiro também pediu maior empenho dos clubes nos debates sobre o futebol nacional. "O Bom Senso FC não quer o melhor apenas para os atletas, mas para o futebol brasileiro. Sei que os clubes têm medo de retaliação de cima para baixo, mas eles são muito importantes."

O Bom Senso FC voltou a se mostrar insatisfeito com a postura da CBF em relação as suas demandas para as próximas temporadas do futebol brasileiro. Após reunião realizada na última segunda-feira (4), o grupo de jogadores disse lamentar, nesta terça, a falta de interesse da entidade em discutir alguns pontos do calendário de 2015.

O movimento se mostrou preocupado com a quantidade de jogos disputados por times menores durante o ano e com a realização de partidas no Brasil nos mesmos dias reservados pela Fifa para jogos entre seleções, as chamadas "data Fifa". A coincidência de jogos causa "prejuízo técnico nas competições", apontou o Bom Senso.

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Segundo o grupo, que conta com alguns dos principais jogadores do Brasil, estas demandas ainda não receberam a devida atenção da CBF. Na reunião com a entidade, na semana passada, o Bom Senso obteve avanços, como a definição de 30 dias de férias e 30 dias de pré-temporada, sem jogos em janeiro, a partir de 2015 - em 2014, a mudança foi considerada inviável por causa da Copa do Mundo.

Outra demanda diz respeito ao chamado Fair Play Financeiro, que prevê punição para os clubes que tiveram atraso no pagamento de impostos e salários. A discussão, mais complexa, envolve a direção dos clubes e até o governo federal. E, se for atendida, só deve entrar em vigor daqui a alguns anos, quando os times conseguirem ajustar suas contas.

A nota divulgada pelo Bom Senso nesta terça foi assinada pelos jogadores presentes na reunião de segunda: Alessandro (Corinthians), Alex (Coritiba), Bruno (sem clube), Edu (sem clube), Fahel (Bahia), Edu Dracena (Santos), Fernando Prass (Palmeiras), Juan (Internacional), Júlio César (Corinthians), Lúcio Flávio (Paraná), Paulo André (Corinthians) e Paulo César (sem clube).

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