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Jogadores de diferentes clubes do futebol brasileiro divulgaram nesta segunda-feira (4) um vídeo em que pedem união da classe para que a volta ao trabalho ocorra de modo seguro em meio à pandemia do coronavírus e também para contestar possíveis mudanças na legislação. O material foi divulgado pela Federação Nacional de Atletas Profissionais (Fenapaf).

No vídeo, os jogadores deixaram claro que só apoiam a retomada das atividades e das competições se receberem o aval das autoridades médicas. Nesta terça-feira (5), Internacional e Grêmio vão realizar treinos em seus CTs. Já uma reunião da FPF definiu que não há data para a volta do Campeonato Paulista e dos treinos, algo que ocorrerá apenas de modo conjunto e com a liberação das autoridades sanitárias do Estado.

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Um projeto de lei de autoria do deputado federal Arthur Oliveira (DEM-BA) prevê uma série de benefícios aos clubes em função do período de crise, incluindo o congelamento do pagamento do Profut. O artigo mais incômodo aos jogadores é o que fala da redução de 50% da cláusula indenizatória em casos de rescisão dos contratos. Mas o deputado Julio Delgado (PSB-MG) publicou emenda para derrubar essa cláusula.

"Brasil, é hora de união de todos. Somos um povo, uma nação, temos diferentes realidades na nossa classe. A maioria só trabalha três vezes por ano. 95% de nós recebemos menos do que dois salários mínimos. Mudar as leis sem ouvir a gente? Isso não é legal. Estamos aqui e precisamos ser ouvidos com atenção. Afinal de contas, somos uma democracia. O povo brasileiro ama e quer o futebol de volta, nós também amamos e queremos voltar. Nossas famílias precisam de nós. Somos todos pelo trabalho, mas precisamos pensar na saúde de todos nós. Trabalho seguro, grandeza da nação. Com fé, venceremos essa partida juntos!", afirmam os atletas no comunicado.

O vídeo conta com as participações de Diego e Everton Ribeiro (Flamengo), Fernando Prass (Ceará), Alecsandro (CSA), Leandro Castan (Vasco), Fernando Henrique (Santo André), Réver e Victor (Atlético-MG), Nenê e Hudson (Fluminense), Bruno Alves (São Paulo), Marinho (Santos), Léo e Fabio (Cruzeiro) e Felipe Melo (Palmeiras).

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) passará a observar um intervalo mínimo de 66 horas entre as competições para a participação de cada jogador. A decisão vem de um acordo firmado na terça-feira (27) pela CBF com a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas. 

O caso teve início em 2013, quando a Fenapaf ajuizou uma ação civil coletiva solicitando que a CBF interferisse para que fosse respeitado um intervalo de 72 horas, ou alternativamente de 66, pois foi observado que a tabela de jogos do Campeonato Brasileiro daquele ano não respeitava o tempo de descanso dos jogadores sem nenhuma justificativa aparente, o que, de acordo com a Fenapaf, prejudica a recuperação muscular e fisiológica dos jogadores. A CBF alegou, na época, que não era sua função regular a atividade dos clubes ou dos atletas em situação regular mesmo diante de situações que ferissem o seu regulamento por não ser a empregadora dos jogadores.  

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Em dezembro de 2014, o juízo da 8ª Vara do Trabalho de Campinas julgou a solicitação da Fenapaf parcialmente procedente e condenou a CBF a inserir o intervalo mínimo de 72 horas entre as partidas disputadas pelo mesmo clube, na organização do calendário de jogos oficiais em campeonatos nacionais e internacionais de sua responsabilidade em território nacional sem exceção e sob pena de multa.

As duas entidades recorreram da decisão, levando à assinatura do acordo e extinguindo o processo. Em caso de descumprimento, pela CBF, voltará a valer o intervalo de 72 horas e será aplicada uma multa de R$ 25 mil, revertida a entidades de relevância social relacionada ao esporte indicada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).  

A decisão entrará em vigor a partir de 2018. Para o restante dos jogos coordenados pela CBF previstos para 2017, foi decidido que a CBF irá emitir uma resolução, informando as federações estaduais para cumprimento da regra. 

Em caso de descumprimento, os clubes que não respeitarem o intervalo mínimo serão denunciados com base no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) e punidos com perda de pontos.

De acordo com o presidente do TRT de Campinas, desembargador Fernando da Silva Borges, o acordo tem uma grande importância pois “além de contribuir para a preservação da higidez física dos atletas e fortalecer a prática do entendimento entre as partes, amplamente difundida pela Justiça do Trabalho, essa homologação abrange todas as competições coordenadas pela CBF, daí a sua abrangência nacional”.

A CBF afirmou, através dos autos do acordo que “as partes, consensualmente, chegaram às regras que devem nortear os intervalos entre as partidas e o necessário descanso dos atletas”. A Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) considera a assinatura do acordo  um marco histórico para o futebol brasileiro. De acordo com Felipe Augusto Leite, presidente da instituição, os atletas e o futebol brasileiro serão beneficiados pela cooperação entre as entidades federações. “As entidades entraram em entendimento, mostrando efetivamente condições para melhorar o futebol brasileiro, em ações que valorizam os atletas. Quem ganha somos todos nós e principalmente a torcida, com espetáculos de qualidade”, destacou ele. 

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Depois de receber pelo menos duas cobranças públicas dos jogadores do Bom Senso FC, por falta de ação contra o atraso no pagamento de salários a atletas e por não defendê-los na montagem do calendário de 2014, a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) decidiu passar a apoiar integralmente os pleitos apresentados pelo Bom Senso. Em nota, o sindicato ainda recomenda greve no início da próxima temporada.

No comunicado publicado no site da Fenapaf, a entidade diz que resolveu se posicionar depois de "já ocorridas todas as manifestações e ainda não contando com qualquer resposta das entidades que dirigem a atividade no País, especialmente a CBF".

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A união entre Fenapaf e Bom Senso vem três dias depois de o sindicato organizar, em São Paulo, um simpósio sobre mudanças no futebol. O evento teve a presença de atletas profissionais, representantes das entidades sindicais, dos clubes, do Ministério do Esporte, CBF e Rede Globo. Paulo André, um dos líderes do Bom Senso, esteve presente.

Na sexta-feira passada, os atletas do Bom Senso se queixaram publicamente do sindicato. "Os jogadores recolhem todas as taxas para esta entidade, dando sustentação à mesma, mas lamentam o fato de não existir nenhum suporte oficial, técnico ou jurídico para proteger os profissionais do Náutico, expostos e ameaçados pelo presidente do clube", reclamava o Bom Senso, dizendo "estranhar o silêncio e a total falta de ação do sindicato" enquanto os jogadores do Náutico ameaçavam greve.

Antes, logo que o grupo foi criado, o sindicato saiu em apoio aos jogadores, mas levou um duro golpe. "Os integrantes do Bom Senso não reconhecem a legitimidade da Fenapaf na reunião (com a CBF, a respeito do calendário 2014). Até porque, em nota oficial datada de 19 de setembro, a própria Fenapaf afirmou que teria encerrado as negociações sobre as férias dos atletas, em atitude absolutamente descompassada com os interesses dos jogadores que, inclusive, levaram à própria criação do Bom Senso", registrou o grupo, em nota oficial emitida em 22 de outubro.

Nesta quinta, porém, a Fenapaf saiu em apoio às causas levantadas pelo Bom Senso. Cobrou "um calendário de competições que permita a maior participação de todos os clubes brasileiros", defendeu o fair play financeiro, e sugeriu até mesmo que os jogadores entrem em greve.

"A Fenapaf solicitará a todos os sindicatos estaduais para que, através de assembleias em seus estados, recomendem todos os atletas profissionais de futebol em atividade no País, a total paralisação de quaisquer atividades, a partir de 19 de janeiro de 2014, caso os clubes de futebol brasileiro estejam inadimplentes", diz o comunicado.

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