Talvez muitos saibam o que é o Google Glass e tenham até a ciência das suas especificações. Mas é fato que poucos têm a oportunidade de ter os óculos inteligentes da companhia de Mountain View em mãos, mais especificamente no rosto. O gadget futurista traz à disposição de quem o usa a sensação de estar em um filme de ficção científica, onde personagens utilizam realidade aumentada para captar e distribuir informações, como em Homem de Ferro, por exemplo. Nós do LeiaJá tivemos o privilégio de experimentar o dispositivo que é disponibilizado para poucos e é uma porta de entrada para toda tecnologia projetada para um futuro distante. Quem nos cedeu a oportunidade foi a equipe do Voxar Labs, um dos braços de pesquisa do Centro da Informática da Universidade Federal de Pernambuco (CIn/UFPE).
À primeira vista, o dispositivo parece frágil, pois é muito leve (cerca de 50 gramas). Tê-lo no rosto é uma experiência agradável, anatomicamente falando. Contudo, quem usa óculos devido a algum problema de vista, como a miopia, por exemplo, pode sentir dificuldades, já que a Google, por enquanto, não distribui lentes de grau e a projeção que o gadget reproduz é relativamente pequena.
##RECOMENDA##Ainda sobre a projeção, por ser pequena, ela não atrapalha a visão do usuário. Ali, no canto direito superior do campo ocular, o Google Glass mostra uma tela que pode exibir mapas, fotos, vídeos, previsão do tempo, mensagens e ao mesmo tempo compartilhar tudo na rede, quando existe conexão com a rede Wi-Fi ou 3G, através de um smartphone. Apesar de não possuir um chip para realizar ligações, o gadget pode servir como um headset para atender chamadas quando está pareado com um celular com Bluetooth.
Para controlá-lo não existem mistérios. Tudo é feito através de comandos simples que são mostrados na tela para que nenhum usuário tenha que “adivinhar” o que dizer. Falando as palavras “Ok, Glass” o dispositivo exibe diversas expressões que podem ser utilizadas para realizar as atividades que ele oferece sem precisar usar as mãos, tudo entre a voz do usuário e o gadget. Por exemplo, para fotografar, basta dizer “Take a Picute”, já para gravar vídeos o comando é “Record a Video”. Ainda que só reconheça expressões em inglês, interagir com o dispositivo é muito fácil.
Ainda sobre o controle do aparelho, também é possível navegar entre suas telas através de toques dados com apenas um dedo no sensor localizado ao lado direito do óculos. Com um toque o gadget “acorda” e mostra a tela inicial do sistema. Para “voltar” entre os aplicativos, assim como fazemos em um smartphone, basta deslizar o dedo para baixo. Apesar de na maioria das vezes funcionar bem, o sensor apresentou algumas falhas, o que nos fez ter que repetir alguns toques para que ele respondesse.
E apesar de ser pequeno, o Glass apresenta boa qualidade de projeção. Os vídeos e fotos capturadas parecem ainda melhores do que as divulgadas pela própria Google em clipes promocionais do gagdget. Sua pequena bateria também possui bom desempenho e dura, em média, uma hora quando o aparelho está gravando vídeos sem pausas, o que representaria seu desempenho máximo.
No entanto, para quem não está acostumado com a ideia da tecnologia vestível, o Glass causará estranhamento. Quem o usa está sempre com um olhar “perdido no horizonte”, o que pode dar às pessoas a sensação de que o outro não está prestando atenção em uma conversa, por exemplo, já que entre as duas pessoas vão existir uma série de informações. Contudo, a sensação de ter algo que em pouco tempo poderá mudar a forma de como interagimos com o que está a nossa volta é incrível.
Confira nossas primeiras impressões:
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