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Em razão da proximidade do início do período de seca, o Governo do Distrito Federal (GDF) decretou estado de emergência ambiental em todo o território a partir deste mês. Segundo o Decreto 39.817, publicado no Diário Oficialde hoje (13), a medida deve vigorar até novembro.

Assinado pelo governador Ibaneis Rocha, o decreto estabelece que os órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal deverão adotar as medidas necessárias para prevenir e minimizar as ocorrências e os efeitos dos incêndios florestais.

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Na prática, a declaração do estado de emergência ambiental faculta aos órgãos públicos que integram o plano de prevenção e combate a incêndios, tais como a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, dentre outros órgãos públicos, a adquirir, sem licitação, produtos e serviços necessários ao enfrentamento às queimadas.

Segundo o último relatório da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa), divulgado no início do mês, as chuvas registradas em algumas regiões durante o mês de abril foram 275% maior que a média história destas mesmas regiões do Distrito Federal, o que contribui para aumentar a segurança hídrica no Distrito Federal durante o período seco, que se aproxima.

No entanto, em outras regiões, a quantidade das chuvas dos últimos meses estava até 20% abaixo do esperado para o ano hidrológico 2018-2019.

Mais uma vez neste ano, o tempo seco trouxe sofrimento ao paulistano. Na média, a umidade relativa do ar foi de 19% na tarde desta segunda-feira, 25, na capital paulista, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). As temperaturas máximas registradas pelo órgão estiveram entre 29ºC e 31ºC.

No Aeroporto de Congonhas, com 31ºC, a umidade chegou a 14%. No Campo de Marte, sob a mesma temperatura, foi registrada umidade relativa do ar de 16%. Em Cumbica, um grau menos quente, foi apurado um índice de umidade em 19%.

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O CGE divulgou que a cidade estava em estado de alerta para a baixa umidade relativa do ar desde as 13h40. "Desde o horário, que registrava, em média, 22%, os percentuais de umidade do ar diminuíram ainda mais. Assim como Congonhas, que aferiu 14% às 16h, a estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), localizada no Mirante de Santana, na Zona Norte, registrou 14% às 15h e às 16h", comunicou o órgão, em nota.

O jardineiro Ivanildo da Silva, de 57 anos, afirmou que passou mal com o aumento de temperatura e o ar seco. "Eu já tenho problema de pressão alta, ainda mais com esse calor", contou. "Para quem trabalha na rua é bem mais difícil", disse, depois de sair da UBS Santa Cecília, na região central.

Outra paciente da UBS, a dona de casa Sônia Regina Batista de Oliveira, de 57 anos, disse que é comum passar mal em dias com o tempo seco. "Eu até evito sair de casa", contou.

Previsão

"A terça ainda será de tempo seco e ensolarado", comunicou o CGE. "No final do dia aumenta a quantidade de nuvens por conta da aproximação de uma frente fria de fraca atividade. O sistema irá trazer alívio na qualidade do ar e aumento dos índices de umidade, com percentuais de umidade entre 32% e 85%."

De acordo com meteorologistas do Climatempo, há chance até de chuvisco pela noite - 20% de possibilidade de cair 1 mm de chuva. Na quarta também deve chover pela manhã. São 60% de chances de 2 mm de precipitação. "A quarta vai começar com maior quantidade de nuvens em decorrência da propagação da frente fria, que começa a atuar no sul do Estado", explica o CGE, em nota.

Em mais um dia com muito sol e sem nuvens, satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registravam 286 focos de incêndios, na tarde desta segunda-feira, 25, em todo o Estado de São Paulo. A concentração maior ocorria nas regiões de Campinas e São José do Rio Preto.

O número de queimadas desde janeiro deste ano mais que dobrou em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o sistema de monitoramento de queimadas do Inpe, até esta segunda tinham sido registrados 2.517 focos no Estado, enquanto em 2013, até o final de agosto, eram 1.139.

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Na região de Sorocaba, o fogo atingiu nesta segunda-feira uma área de matas nativas à margem da rodovia Antonio Romano Schincariol (SP-127), em Tatuí. Pelo menos cinco hectares foram destruídos. Em Bauru, o fogo atingiu uma área de reflorestamento de pinus pertencente ao Estado. Os bombeiros só conseguiram debelar as chamas na madrugada desta Segunda-feira.

Em Lins, na mesma região, o fogo atingiu um canavial na margem da rodovia Marechal Rondon (SP-300). Pelo menos 100 hectares foram queimados. Uma área de proteção ambiental foi atingida pelo fogo na Vila Jones, em Americana, região de Campinas. Moradores chegaram a deixar as casas, mas as chamas foram controladas antes de atingir residências.

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