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O Internacional perdeu nesta quarta-feira, no Beira-Rio, a chance de abrir vantagem sobre o Fluminense nas oitavas de final da Copa Libertadores. Dátolo errou um pênalti (Cavalieri pegou) e o placar ficou mesmo em 0 a 0 no jogo de ida das oitavas de final. Os dois times terão de lutar pela vitória no jogo da volta, daqui a duas semanas, no Rio. Mas os gaúchos têm a vantagem de poder empatar desde que marquem ao menos um gol fora de casa.

A eficiente marcação do Fluminense e a pouca inspiração do Internacional, que errava passes e recorria aos lançamentos longos tornaram o primeiro tempo morno, sem grandes jogadas de ataque. O time tricolor ao menos conseguiu chutar quatro bolas em direção ao gol, exigindo duas defesas de Muriel, em chutes de Rafael Sobis, aos 12 minutos, e Deco, em cobrança de falta, aos 43, enquanto os donos da casa nem entraram na área dos visitantes.

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A substituição de Dagoberto, contundido, por Jajá, no intervalo, deu um novo ritmo ao Internacional, que sufocou o adversário durante os dez minutos iniciais do segundo tempo. Aos 3 minutos, Leandro Damião girou dentro da área e conclui com perigo. Diego Cavalieri defendeu. Logo depois, Tinga pegou um rebote e mandou uma bomba, mas a bola bateu em um zagueiro e saiu. Aos 10, Leandro Damião foi derrubado por Edinho dentro da área. Dátolo cobrou o pênalti no canto e Diego Cavalieri defendeu.

Depois da chance desperdiçada, o Internacional reduziu o ritmo, o Fluminense voltou a acertar a marcação e o jogo ficou equilibrado de novo, mas em ritmo mais veloz do que o do primeiro tempo. O time carioca criou novas oportunidades, mas não conseguiu marcar seu gol. Aos 13, Rafael Sobis acertou um chute cruzado que Muriel salvou. O Inter respondeu nos acréscimos, com Jô mandando uma bola na trave.

FICHA TÉCNICA:

INTERNACIONAL 0 X 0 FLUMINENSE

INTERNACIONAL - Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Kleber (Fabrício); Sandro Silva, Guiñazu, Tinga e Dátolo (Jô); Dagoberto (Jajá) e Leandro Damião. Técnico: Dorival Júnior.

FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Diguinho (Jean), Deco e Thiago Neves (Lanzini); Rafael Sobis (Marcos Júnior) e Fred. Técnico: Abel Braga.

JUIZ - Paulo Cesar de Oliveira (SP)

CARTÕES AMARELOS - Nei, Sandro Silva, Guiñazu, Tinga, Edinho, Deco e Rafael Sobis.

PÚBLICO - 32.268 (28.152 pagantes)

RENDA - R$ 1.027.010,00.

LOCAL - Beira-Rio, em Porto Alegre.

Já classificado para as oitavas de final, o Corinthians deixou para trás os tempos de vitórias apertadas e atuações mornas na noite desta quarta-feira. Em sua partida de menor importância nesta Copa Libertadores, o time do técnico Tite jogou solto e não teve dificuldade para golear o Deportivo Táchira-VEN por 6 a 0, no Pacaembu, na sua despedida da fase de grupos.

Com a primeira goleada do ano, o Corinthians garantiu a primeira colocação do Grupo 6, com 14 pontos, e assegurou ao menos a terceira melhor campanha desta fase - o Fluminense ficou no topo geral ao vencer o Arsenal, de Sarandí, nesta quarta.

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Eliminado, o Táchira encerrou sua participação na Libertadores com a última posição da chave, com apenas três pontos. A outra vaga do grupo ficou com o Cruz Azul, do México, que chegou aos 11 pontos ao bater o Nacional.

O Corinthians agora vai aguardar os resultados desta quinta-feira para definir sua posição final entre os melhores e descobrir quem será seu adversário nas oitavas de final. O time de Tite tem chance de cruzar com o Internacional na próxima fase.

O JOGO - Com a vaga garantida nas oitavas, o Corinthians fez um início de jogo lento, de seguidas trocas de passe, muita presença no meio-campo e pouca inspiração nos primeiros minutos. Parecia repetir o roteiro morno (e tão criticado) das suas últimas partidas na competição.

O gol de Danilo, de cabeça, em jogada de bola parada, aos 17 minutos, só confirmava a trajetória corintiana na Libertadores. O meia marcou seu terceiro na Libertadores, mantendo a rotina de um gol em cada jogo do time no Pacaembu.

O roteiro, porém, sofreu uma reviravolta aos 26 minutos. Sem se contentar com a vantagem simples no marcador, o Corinthians foi para o ataque e buscou o segundo gol. A jogada se iniciou com Liedson, que puxou ataque do meio-campo e costurou tabela com Paulinho até a área. Avançando pela esquerda, o atacante cruzou rasteiro e o volante só empurrou para as redes.

O segundo gol deixou o time brasileiro ainda mais solto em campo. Já classificado, o Corinthians controlava o jogo com tranquilidade, não era ameaçado na defesa e aproveitava a fragilidade do adversário para se manter no ataque. Aos 32, Liedson percebeu o goleiro adiantado e tentou por cobertura, para fora.

Três minutos depois, a defesa venezuelana deu boa contribuição para o domínio brasileiro. O zagueiro Rouga acertou Danilo em jogada violenta e foi expulso de campo, deixando o Corinthians em vantagem numérica.

Após abrir boa vantagem, Tite decidiu poupar Chicão, com desconforto na perna direita, logo no início da segunda etapa. O zagueiro foi substituído por Welder, que assumiu a lateral-direita e deslocou Edenílson para o meio-campo. O volante ocupou a vaga de Ralf, improvisado no lugar de Chicão. Na sequência, o treinador trocou Danilo, apontando dores na coxa, por Douglas.

As mudanças, no entanto, pouco influíram no ritmo corintiano. Mesmo mais lento, em razão da boa vantagem no placar, o time seguiu controlando a posse de bola, envolvendo o rival. Assim, não demorou para chegar ao terceiro gol. Aos 17, Jorge Henrique recebeu passe de Paulinho na direita e encheu o pé dentro da área. A bola acertou a trave antes de entrar: 3 a 0.

Sem enfrentar resistência, o Corinthians marcou mais dois com facilidade. No primeiro, Emerson bateu firme, sem defesa para o goleiro Rivas, ao aproveitar sobra de cruzamento de Jorge Henrique, aos 24. Dois minutos depois, o mesmo Emerson sofreu falta dentro da área. Liedson errou a cobrança do pênalti, mas anotou o quinto gol corintiano ao pegar o rebote.

Inspirado, Liedson acertou o travessão aos 29 minutos, antes de gerar nova penalidade para o time brasileiro. Ele investia pela direita, dentro da área, quando foi derrubado. Desta vez, Douglas assumiu a responsabilidade da cobrança. E não decepcionou. Bateu firme no canto, cravou o sexto gol corintiano e selou a vitória tranquila, aos 38.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 6 X 0 DEPORTIVO TÁCHIRA

CORINTHIANS - Júlio César; Edenílson, Chicão (Welder), Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique, Emerson (Willian) e Liedson. Técnico: Tite.

DEPORTIVO TÁCHIRA - Rivas; Chacón, Ángel, Rouga e Arocha (Clavijo); Villafraz (Guerrero), Fernández, García, Parra (Díaz); Cásseres e Arias. Técnico: Jaime De la Pava.

GOLS - Danilo, aos 17, e Paulinho, aos 26 minutos do primeiro tempo. Jorge Henrique, aos 17, Emerson, aos 24, Liedson (pênalti), aos 26, e Douglas (pênalti), aos 38 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Parra, Díaz, Chacón.

CARTÃO VERMELHO - Rouga.

ÁRBITRO - Patricio Polic (CHI).

RENDA - R$ 1.624.785,00.

PÚBLICO - 27.379 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

O Fluminense sofreu na noite desta quarta-feira, mas encerrou sua participação na fase de grupos da Copa Libertadores com a melhor campanha. Jogando na Argentina, o time carioca bateu o Arsenal de Sarandí por 2 a 1, com gol no último minuto, e garantiu o primeiro lugar geral.

Agora, o tricolor vai decidir em casa todos os confrontos. Em final dramático, o empate chegava a deixar o Fluminense em segundo lugar no grupo 4, atrás do Boca Juniors, mas Rafael Moura, após cruzamento de Lanzini, que acabara de entrar, garantiu a vitória. O gol amenizou o pênalti perdido por Thiago Neves - defendido por um jogador de linha que estava no gol depois da expulsão do goleiro -, aos 40 do segundo tempo.

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Sem contar com o atacante Fred, poupado, o time carioca dominou o começo do jogo. No primeiro minuto, Thiago Neves tentou um golaço, por cobertura, da entrada da área. A bola passou perto, mas saiu. Diego Cavalieri fez duas boas defesas em ataques do Arsenal.

Aos 34, Rafael Sobis, que havia entrado em lugar de Wellington Nem, lesionado, tocou para o lateral esquerdo Carlinhos, que devolveu. O atacante esperou e tocou rasteiro, entre as pernas do zagueiro. Carlinhos bateu de direita, na saída do goleiro, e abriu o placar.

No segundo tempo, Thiago Neves perdeu chance incrível de ampliar, aos 4 minutos. Sozinho na área, bateu em cima do goleiro. A zaga do Fluminense começou a dar muitos espaços e, o Arsenal, a gostar do jogo. Aos 19, González cobrou bem falta e Cavalieri fez linda defesa.

O gol argentino saiu aos 36. Após cobrança de falta, Aguirre dividiu bola com Cavalieri, a bola sobrou para o atacante argentino, que, de frente para o gol vazio, não perdoou. Quatro minutos depois, Rafael Sobis lançou Thiago Neves na área e o meia foi derrubado pelo goleiro.

O árbitro marcou pênalti, Campestrini foi expulso e, como o técnico já havia feito as três substituições, Torres foi para o gol. Thiago Neves cobrou no canto direito e o volante defendeu. Aos 47, Lanzini, que havia acabado de entrar, cruzou na área para Rafael Moura, de peixinho, que marcou o gol da vitória.

Com o primeiro lugar geral garantido, o Fluminense aguarda agora o fim da fase de grupos da Libertadores, nesta quinta-feira, para conhecer seu adversário nas oitavas de final.

FICHA TÉCNICA:

ARSENAL 1 X 2 FLUMINENSE

ARSENAL - Campestrini; González, Gerlo, Cuesta e Trombetta; Torres, Espinoza, Ortíz (Esmerado), Mosca (Blanco) e Caffa (Aguirre); Córdoba. Técnico: Gustavo Alfaro.

FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Bruno, Leandro Euzébio (Gum), Anderson e Carlinhos; Edinho (Lanzini), Diguinho, Deco e Thiago Neves; Wellington Nem (Rafael Sobis) e Rafael Moura. Técnico: Abel Braga.

GOLS - Carlinhos, aos 34 minutos do primeiro tempo; Aguirre, aos 36, e Rafael Moura, aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Caffa; Deco e Rafael Sóbis.

CARTÃO VERMELHO - Campestrini.

ÁRBITRO - Roberto Silvera (URU).

RENDA e PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Julio Grondona, em Sarandí (ARG).

Estudioso que é, Tite sabe que uma boa vitória do Corinthians diante do Deportivo Táchira, nesta quarta-feira, às 21h50, no Pacaembu, trará benefícios para a sequência da Libertadores. Lutando para terminar entre os três melhores da fase de grupos, a ordem é partir para o ataque para buscar dois propósitos: garantir vantagem de decidir em casa até pelo menos as quartas de final e fugir das pedreiras já nas oitavas de final.

O treinador passou algumas horas da última semana analisando as probabilidades de confrontos nas oitavas de final e deduziu que, ganhando nesta quarta-feira, o Corinthians terá um jogo com menos grau de temor para seus torcedores. "Nesse momento, não gostaria de enfrentar um time brasileiro, são muito fortes, consistentes. Também não queria pegar o Boca Juniors, por sua tradição. Mas não fujo do pau. Se tiver de encarar agora, vamos pra cima", afirmou Tite.

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"Nunca abrimos mão da possibilidade de ser primeiro no Paulista. Agora, vamos continuar trabalhando assim, em busca da melhor colocação. Não podemos desistir da possibilidade de buscar o melhor. Vejo a importância de manter o bom futebol, mesmo com a pressão do resultado para uma melhor classificação", afirmou Tite, tentando manter o elenco corintiano motivado mesmo com a classificação para as oitavas de final já garantida. "E já coloquei a pressão no time."

Tite tenta evitar as pedreiras, mas faz questão de não diminuir a força dos outros classificados que pode ter pela frente. Nada, por exemplo, de menosprezar um possível duelo contra o Emelec, que se classificou no sufoco, depois de fazer competição de altos e baixos.

"Eu não queria ter o Corinthians como adversário, mas sei que uma melhor classificação agora não credencia a nada. É um campeonato muito difícil, são dois jogos e, se pega um dia ruim, pode ficar fora", disse Tite. "Carrego exemplos de oito Libertadores que disputei, de resultados da Copa do Brasil e do próprio duelo com o Flamengo em 2010 para não ser surpreendido ou menosprezar alguém".

Com várias opções para escalar o time nesta quarta-feira, Tite optou pelo "melhor do momento" e repetiu a escalação utilizada diante do Nacional, semana passada, no Paraguai, também pela Libertadores. Assim, o meia Alex, de volta aos treinos com bola após se recuperar de contusão muscular, será preservado e fica fora até do banco de reservas diante do Deportivo Táchira, para ter mais dois treinos fortes para as decisões que vêm pela frente.

Foi uma mistura de euforia e tristeza quase instantânea. Tão logo terminou o jogo em que o Flamengo derrotou o Lanús por 3 a 0, na noite desta quarta-feira, no Engenhão, os atletas rubro-negros ficaram sentados no gramado à espera de informações sobre a partida entre Olímpia e Emelec, em Assunção. O gol no último minuto que garantiu a classificação do Emelec (venceu por 3 a 2) e eliminou o Flamengo da Libertadores levou Vagner Love às lágrimas. Outros colegas dele também choravam em campo. O lateral Júnior Cesar teve de ser consolado.

Poucos segundos antes, todos pulavam e se abraçavam no ritmo da festa da torcida na arquibancada: o Olímpia reagira já nos acréscimos e conseguira empatar. O placar de 2 a 2 em Assunção parecia definitivo e garantia a presença do Flamengo nas oitavas de final.

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A desclassificação precoce pode ter consequências graves na Gávea. O técnico Joel Santana deve deixar o clube e Ronaldinho Gaúcho, muito cobrado pelos torcedores na temporada, vai se reunir com a diretoria na semana que vem para definir seu destino. A tendência é que não siga no Fla no segundo semestre.

Exatamente naquele que pode ter sido um de seus últimos jogos pelo Flamengo, Ronaldinho Gaúcho, enfim, desequilibrou. Ele teve atuação destacada, participou diretamente de dois gols, nascidos a partir de jogadas individuais suas. No terceiro, deixou o marcador tonto com seus dribles. Depois, cruzou para Luiz Antônio completar.

Antes, Welinton abrira o placar, após escanteio cobrado por Bottinelli. Deivid também deixou sua marca, concluindo com chute forte lance que contou com o brilho de Ronaldinho. O primeiro tempo selou a superioridade do Flamengo, com a vantagem de 2 a 0.

O gol de Luiz Antônio, no início do segundo tempo, encerrou a parte que cabia ao Flamengo para tentar a vaga às oitavas de final da Libertadores. O Lanús, já garantido nas oitavas, nem esboçava reação. Restava aos jogadores, à torcida e ao técnico Joel Santana saber do andamento da outra partida do Grupo 2. O Olímpia começou vencendo. Cedeu o empate ao Emelec no segundo tempo, momento em que o Flamengo passou a incentivar o time com total entusiasmo.

Mas, antes mesmo de a partida do Flamengo acabar, o Emelec virou para 2 a 1 e o silêncio imperou no Engenhão. Com o jogo no Rio terminado, atletas e todos da comissão técnica do time carioca aguardaram, no gramado, o desfecho do confronto de Assunção.

Quando a descrença já tomava conta de todos, o Olímpia empatou (2 a 2). A festa parecia completa: havia choro, socos no ar, abraços emocionados e a cena de alguns jogadores do Flamengo em oração. Tudo se desfez em menos de dois minutos, com o último gol do Emelec.

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 3 X 0 LANÚS

FLAMENGO - Felipe; Leonardo Moura, Welinton, Gonzalez e Júnior Cesar; Willians (Muralha), Luiz Antônio, Bottinelli (Camacho) e Ronaldinho Gaúcho; Vagner Love e Deivid (Thomás). Técnico - Joel Santana.

LANÚS - Marchesín; Araújo, Goltz, Bragrieri e Balbi; Fritzler, Pizarro, Gonzalez (Ledesma) e Valeri (Pereyra); Regueiro e Pavone. Técnico - Gabriel Schurrer.

GOLS - Welinton, aos 18, e Deivid, aos 41 minutos do primeiro tempo; Luiz Antônio, aos 5 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (COL).

CARTÃO AMARELO - Welinton e Luiz Antônio.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio do Engenhão, no Rio.

Internacional e Santos fazem um jogo de campeões pela quinta e penúltima rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, nesta quarta-feira, às 21h50, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Líder do Grupo 1, com nove pontos, o atual campeão da competição aposta no talento de Neymar e Paulo Henrique Ganso para repetir a grande atuação da vitória por 3 a 1 da partida de ida, na Vila Belmiro, no dia 8 de março.

Empatados com o The Strongest, da Bolívia, em segundo lugar com sete pontos, os gaúchos, mesmo desfalcados de três importantes titulares - Guiñazu, D'Alessandro e Oscar - prometem anular as principais peças santistas e dar o troco para não correr o perigo de não passar da primeira fase.

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"A vitória é importante para a nossa classificação, além de complicar a vida do Internacional, que é um adversário tradicional e forte", disse Paulo Henrique Ganso, nesta terça, na saída da delegação do Centro de Treinamento Rei Pelé para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde embarcou para a capital gaúcha.

Para o meia, o Santos vai precisar jogar com inteligência para encontrar os espaços e chegar à vitória. "Os três desfalques deles vão fazer um pouco de diferença, mas mesmo assim vamos ter dificuldades porque o técnico deles (Dorival Júnior) conhece bem a nossa equipe e, além disso, a pressão da torcida vai ser grande".

A dúvida do treinador Muricy Ramalho para escalar o time foi desfeita no treino desta terça com a confirmação de Henrique como segundo volante, enquanto Adriano, que nem apareceu no campo, apenas fez exercícios em aparelhos, mas viajou com o time. Elano também não treinou porque foi com a mulher ao Rio de Janeiro para depor no processo que movia contra a atriz Nívea Stelmann e que foi arquivado após a audiência desta terça. O volante se juntou ao grupo à noite, em Porto Alegre.

Com essa formação definida por Muricy Ramalho, o time se torna mais forte ofensivamente, em razão de os laterais, principalmente Juan, terem liberdade para ir ao ataque. O técnico considera Henrique perfeito na cobertura pelos lados do campo, embora com a sua escalação, Arouca seja obrigado a trabalhar mais na marcação.

"Juan sempre foi mais armador do que jogador de marcação, tanto no Flamengo como no São Paulo. Como o Santos tem Neymar que ocupa o lado esquerdo, ele entra pelo meio e também ajuda na armação e chega à frente para finalizar. Juan se encaixou bem no nosso esquema de jogo. E como Henrique faz bem a cobertura dos laterais, não corremos riscos", explicou o treinador. No último treino antes do jogo, Muricy Ramalho posicionou o time em campo e depois orientou jogadores de defesa e atacantes em jogadas de bolas áreas.

INTERNACIONAL - O Internacional tenta tomar a liderança do Santos no Grupo 1 da Libertadores em confronto direto nesta quarta. Se perder, no entanto, corre o risco de cair para a terceira posição, caso o The Strongest, que também tem sete pontos, ganhe do Juan Aurich, ainda sem pontos, no Peru, nesta quinta.

O time colorado não contará com três titulares do meio de campo. O combativo Guiñazu e o habilidoso D'Alessandro estão contundidos. Já Oscar depende está afastado enquanto Internacional e São Paulo discutem quem é o detentor do seu vínculo.

Com tantos desfalques, o técnico Dorival Júnior optou por dar a dois volantes de marcação, Elton e Sandro Silva, a missão de controlar Neymar e seus companheiros e entregou a tarefa da criação para Tinga, que jogará mais adiantado, Dátolo e Dagoberto. Leandro Damião será a referência na área adversária para os movimentos de ataque. O treinador adiantou que o Internacional não fará marcação individual.

Autor do segundo gol do Santos na vitória por 2 a 0 sobre o Juan Aurich, na noite da última quinta-feira, no Pacaembu, Neymar foi o principal destaque do confronto que deixou o time paulista na liderança do Grupo 1 da Copa Libertadores. E, para brilhar, o atacante precisou fugir da violência dos rivais peruanos, fato que virou motivo de reclamação do craque após o confronto.

"O Santos se comportou muito bem, soube jogar e superar as dificuldades diante do adversário. É uma equipe que bate muito e só se defende. O nosso time está de parabéns", afirmou o jogador, que na quarta-feira já havia sentido uma lesão durante treinamento e deixou o campo do CT Rei Pelé chorando.

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Neymar, porém, garantiu que diante do Juan Aurich sofreu mais do que na atividade do dia anterior. "Hoje (quinta) eu saio pior do que ontem (quarta), mas acontece. Se não tivesse pulado umas cinco vezes hoje ali, com certeza estaria no hospital", reclamou o craque, admitindo ainda que precisou dar uma "pipocada" ao fugir de entradas mais bruscas, evitando assim o risco de sofrer uma lesão grave.

Além da violência dos peruanos, o Santos precisou encarar um campo encharcado pela forte chuva que castigou o Pacaembu na noite desta quinta-feira. O fato elevou o desgaste dos jogadores, o que poderá motivar o técnico Muricy Ramalho a poupar alguns titulares neste domingo, contra o Bragantino, na Vila Belmiro, pela 15.ª rodada do Campeonato Paulista.

O meia Ibson, entretanto, garante que os atletas estão dispostos a fazer um esforço extra para estarem em campo no domingo, tendo em vista o fato de que o Santos precisa vencer para seguir com boas chances de seguir lutando para alcançar a liderança do Paulistão. "Isso (atuar ou não diante do Bragantino) não cabe à gente. Cabe à comissão técnica e à fisiologia. Se perguntarem a nós, jogadores, nós queremos jogar", disse o atleta, antes de exaltar a importância do próximo duelo. "O jogo que temos pela frente é tão importante quanto este (diante do Juan Aurich). Vamos ver como vai ser. Temos dois dias para descansar e para a comissão decidir", completou.

O Santos assumiu a liderança isolada do Grupo 1 da Copa Libertadores, na noite desta quinta-feira, ao derrotar mais uma vez o Juan Aurich, do Peru. Após bater o rival por 3 a 1, fora de casa, o time brasileiro venceu por 2 a 0 no encharcado gramado do Pacaembu. Edu Dracena e Neymar marcaram os gols da partida, sob forte chuva.

Com sua terceira vitória na fase de grupos, o Santos chegou aos nove pontos, dois a mais que Internacional e The Strongest - os dois times empataram por 1 a 1, na quarta-feira. O Juan Aurich, por sua vez, segue na lanterna da chave, ainda sem pontuar.

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A forte chuva que atingiu São Paulo nesta noite chegou a causar um apagão em dois refletores no Pacaembu durante o intervalo do jogo. O imprevisto atrasou o início da etapa final em 35 minutos. Com a bola rolando, Neymar garantiu a vitória ao anotar o segundo gol dos santistas aos 13 minutos. Dracena já havia inaugurado o placar aos 14 do primeiro tempo.

O Santos volta a campo no domingo para o duelo com o Bragantino, na Vila Belmiro, pela 15ª rodada do Paulistão. Pela Libertadores, o time santista vai encarar o Internacional, no dia 4 de abril, no Beira-Rio.

O JOGO - Depois de enfrentar a grama sintética na semana passada, o Santos teve que encarar outro obstáculo físico diante do Juan Aurich, nesta quinta: a chuva. Mas, como aconteceu no Peru, o time brasileiro se impôs em campo e conquistou a vitória sem sobressaltos.

O primeiro gol surgiu aos 14 minutos após cobrança de escanteio. Edu Dracena aproveitou rebote do goleiro e, dentro da pequena área, mandou para as redes. O lance consolidou o domínio santista, que fazia um duelo franco entre ataque e defesa.

Os anfitriões já haviam levado perigo aos 6, em rápida articulação na entrada da área. Neymar parou na defesa do goleiro Penny. Aos 18, Arouca mandou rente ao travessão ao arriscar de fora da área.

Acuado, o Juan Aurich se fechava na defesa, deixando os 11 titulares atrás da linha do meio-campo. O Santos controlava o jogo, cercava a área peruana, mas tinha dificuldade em penetrar na boa marcação do rival. O bloqueio deixava o jogo mais lento uma vez que o Santos reduzia o ritmo e evitava arriscar.

A situação só mudou quando o Santos marcou o segundo gol, depois do intervalo ampliado, por conta de um apagão em dois refletores do Pacaembu - o jogo foi reiniciado com 35 minutos de atraso. O time brasileiro fez duas tentativas de fora da área, com Henrique e Ganso, antes do gol de Neymar, aos 13. O atacante aproveitou passe açucarado de Borges e bateu rasteiro da entrada da área, no canto direito de Penny: 2 a 0.

O gol deixou a partida mais aberta. O Juan Aurich passou a se arriscar no ataque e abriu brechas para o Santos. Aos 21, Edu Dracena quase marcou seu segundo gol ao dividir com o goleiro na pequena área e acertar o pé da trave. Dez minutos depois, Borges desperdiçou oportunidade incrível na área. Sem marcação, ele cabeceou para fora, rente à trave.

A medida que o tempo passava, o Santos acumulava chances desperdiçadas no ataque. Aos 34, foi a vez de Neymar levar perigo ao gol peruano. Pela esquerda, ele passou pelo marcador e tentou encobrir o goleiro, em belo lance, mas sem sucesso.

A entrada de Elano no lugar de Ibson, aos 28 minutos, pouco alterou o panorama da partida. O Santos manteve o domínio e, sem ser ameaçado pelos peruanos, administrou a vantagem no placar até o apito final.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 2 X 0 JUAN AURICH-PER

SANTOS - Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Juan; Arouca, Henrique, Ibson (Elano) e Paulo Henrique Ganso; Borges e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho.

JUAN AURICH - Penny; Contreras, Fleitas, Ugaz (Molina) e Minaya; Quina, Ortiz (Valencia), Rojas, Cueto e Kahn; Zuniga (Tejada). Técnico: Diego Umaña.

GOLS - Edu Dracena, aos 14 minutos do primeiro tempo. Neymar, aos 13 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Zuñiga, Arouca, Ugaz.

ÁRBITRO - Patricio Loustau (Argentina).

RENDA - R$ 882.290,00.

PÚBLICO - 24.436 pagantes (26.029 no total).

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

O Internacional tenta manter a liderança do Grupo 1 da Copa Libertadores da América contra o The Strongest, em La Paz, na Bolívia, nesta quarta-feira, às 19h45 (de Brasília). O clube brasileiro tem seis pontos, assim como o Santos e o próprio The Strongest, mas leva vantagem no saldo, de cinco gols contra três do outro concorrente brasileiro e três negativos dos bolivianos.

Apesar da situação, o jogo tem os seus perigos. Uma derrota pode colocar em risco a classificação porque obriga o clube colorado a dois bons resultados nos jogos seguintes - contra o Santos, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, e contra o Juan Aurich, em Chiclayo, no Peru.

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Preocupado com os efeitos da altitude de 3,6 mil metros de La Paz, o Internacional hospedou o seu time em Santa Cruz de La Sierra, a 600 metros do nível do mar, e chegará à capital boliviana apenas quatro horas antes do jogo. Os jogadores serão orientados a reter a bola e a optar pelos toques curtos para poupar energias. Também tentarão controlar a possível correria dos adversários, acostumados ao ar rarefeito.

O meia argentino D'Alessandro, considerado o maestro do Internacional, ainda se recupera de contusão sofrida há dez dias e será substituído pelo também argentino Dátolo. Os volantes Tinga e Guiñazu, poupados do jogo contra o Juventude no último sábado, pelo Campeonato Gaúcho, voltam ao time.

O gramado sintético do Estádio Elias Aguirre, em Chiclayo, no Peru, não impediu que o Santos vencesse o Juan Aurich por 3 a 1 na noite desta quinta-feira e assumisse a segunda colocação do Grupo 1 da Libertadores. Fucile, Paulo Henrique Ganso e Borges marcaram os gols do time brasileiro, que saiu perdendo, jogando mal, mas se recuperou e conseguiu a virada de forma convincente.

Neymar não foi brilhante como na partida anterior da Libertadores, quando fez três gols no Internacional, mas participou ativamente do jogo. Até tentou dar um drible de carretilha, mas preferiu cavar a falta a completá-lo. O melhor santista, desta vez, foi mesmo Ganso, que fez um gol e deu uma assistência.

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O resultado fez o Santos chegar aos mesmos seis pontos que já tinham Internacional e The Strongest (Bolívia). O time santista fica atrás dos gaúchos porque tem pior saldo de gols: cinco a três. Os peruanos, que não pontuaram ainda, seguem na lanterna.

O JOGO - O Santos demorou para achar a melhor forma de jogar no gramado artificial. Enquanto os jogadores de linha tentavam se entender no piso diferente, Rafael não teve tempo de adaptação. Logo teve que trabalhar. Aos 5 minutos, ele defendeu em dois tempos cobrança de falta de Valencia. No lance seguinte, espalmou chute forte de Tejada.

Aos 14, Rafael não teve o que fazer. Tejada recebeu na área, girou fácil sobre Durval e bateu firme, sem a menor chance de defesa para o goleiro alvinegro. O gol adversário não intimidou o Santos, que começava a se encontrar no jogo. O empate veio aos 35, depois que Juan cruzou, Borges não alcançou, e Fucile pegou a sobra para marcar o seu primeiro gol com a camisa do Santos.

A virada sairia ainda no primeiro tempo, com Ganso. O meia bateu falta pela esquerda do ataque, tirando da barreira, e colocou rente à trave direita. O goleiro Penny, parecendo temer trombar com o poste, aceitou. Ganso só havia feito um gol na temporada até então.

Inspirado, o meia quase fez o terceiro no começo do segundo tempo. E seria o "gol que Pelé não fez". Penny saiu jogando errado e a bola caiu para Ganso. O santista arriscou do meio de campo, sem goleiro, mas mandou por cima.

O jogo já parecia na mão dos Santos quando Guadalupe recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso, aos 12 minutos. Aí tudo ficou ainda mais fácil. Até Borges encerrou a má fase. Ganso fez o que se espera dele, deu bela assistência de primeira, o atacante bateu na saída do goleiro e fez apenas o segundo gol dele no ano.

Nos minutos finais, Neymar decidiu aparecer. Quase deu um drible lindo de carretilha: chegou a encobrir o marcador, mas foi para o choque e caiu pedindo falta - o árbitro nada marcou. Aos 41, ele fez jogada individual na área e carimbou o travessão peruano.

FICHA TÉCNICA:

JUAN AURICH 1 X 3 SANTOS

JUAN AURICH - Penny; Guizasola, Guadalupe, Fleitas e Valência; Rojas, Quina, Cueto (Contreras) e Kahn; Zuñiga e Tejada. Técnico - Diego Umaña.

SANTOS - Rafael; Fucile, Durval, Edu Dracena e Juan; Henrique, Arouca, Ibson (Adriano) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Borges (Alan Kardec). Técnico - Muricy Ramalho.

GOLS - Tejada, aos 14, Fucile, aos 35, e Paulo Henrique Ganso, aos 39 minutos do primeiro tempo; Borges, aos 23 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roberto Silvera (Uruguai)

CARTÕES AMARELOS - Guizasola, Fleitas, Valencia, Quina, Contreras, Fucile, Juan e Henrique.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Elias Aguirre, em Chiclayo, no Peru.

Depois de o Corinthians ficar no 0 a 0 com o Cruz Azul, na Cidade do México, na noite da última quarta-feira, em um jogo no qual desperdiçou ótimas chances de vencer a partida, o zagueiro Chicão e o atacante Emerson destacaram que o time corintiano tem obrigação de derrotar o rival mexicano em duelo na próxima quarta, no Pacaembu, pelo Grupo 6 da Copa Libertadores.

O defensor admitiu certa decepção com o empate no México, embora tenha conseguido salvar o Corinthians no final do jogo, tirando uma bola em cima da linha do gol quando o goleiro Júlio César já estava batido no lance. "É um resultado bom, mas poderíamos ter vencido. Jogamos com tranquilidade, eles também. Temos que ressaltar que o Cruz Azul é uma equipe de qualidade, mas no Brasil temos que vencer", enfatizou.

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Emerson, por sua vez, lembrou que o empate não foi um resultado ruim e já era tido como um bom negócio para os corintianos, mas ressaltou que o planejamento prevê a conquista de três pontos na próxima quarta. "O plano é conquistar quatro pontos em dois jogos, o primeiro já foi, agora faltam os três em casa", cobrou.

O atacante ainda mostrou revolta com a atitude dos torcedores mexicanos no final da partida realizada no Estádio Azul. Eles atiraram vários objetos no campo em cobranças de escanteio do Corinthians e também quando os comandados de Tite foram para os vestiários após o fim do confronto.

"Isso é feio, não pode acontecer. Espero que a torcida inteira do Corinthians esteja vendo isso e que não repita estes atos, isso é um grande mau exemplo. Na próxima quarta-feira, no Pacaembu, não existirão essas atitudes", advertiu.

Com o resultado obtido no México, o Corinthians ficou com cinco pontos, na vice-liderança do Grupo 6, enquanto o Cruz Azul está no topo isolado, com sete. Até por isso, uma vitória na próxima quarta é fundamental para as pretensões do time corintiano, que espera fechar a primeira fase da competição continental na liderança desta chave.

Neymar não ficou em cima do muro para responder à sugestão do técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, para que ele jogue pelo menos um ano da Europa antes da Copa do Mundo de 2014. Para o treinador, a transferência seria boa para o desenvolvimento do jogador, além de tirá-lo da exposição excessiva em razão de seus inúmeros compromissos publicitários, única maneira de mantê-lo no Brasil. Antes de embarcar para o Peru, onde o Santos encara o Juan Aurich, Neymar foi objetivo na resposta.

"Desde que subi para o profissional, há três anos querem me mandar embora do Brasil. Mas não vou mudar o meu pensamento. Estou feliz no Santos e quero ficar aqui por mais um bom tempo", afirmou a estrela santista. Nem mesmo ao saber que o conselho agora partiu do técnico da seleção brasileira ele mudou o tom. "Cada um tem sua opinião. Quando achar que tenho que ir embora, eu vou, mas não é o momento. Eu falei que vou ficar até 2014", disse.

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Nos próximos dias, Neymar deverá assinar o 10.º contrato de publicidade, com uma montadora de veículos, o que deverá fazer com que o seu rendimento mensal salte para aproximadamente R$ 3 milhões mensais, superior ao de muitos grandes jogadores que atuam na Europa. Segundo Muricy Ramalho, até agora os compromissos com patrocinadores não estão atrapalhando as atividades profissionais do mais badalado jogador do futebol brasileiro da atualidade.

No embarque do time para o Peru, como os demais jogadores santistas, Neymar admitiu saber muito pouco sobre o Juan Aurich, adversário de quinta-feira pela terceira rodada do Grupo 1 da Copa Libertadores, no estádio Elias Aguirre, em Chiclayo. "Pelo que conversei com Leandro Damião (centroavante do Internacional, que já jogou contra os peruanos) é um time retranqueiro. Amanhã (quarta), o professor Muricy vai nos passar informações e também vamos assistir a alguns vídeos".

Embora já tenha jogado duas vezes em gramado sintético pela seleção sub-17, em 2009, no Mundial disputado na Nigéria, e ter um campo com grama artificial na sua casa em um luxuoso condomínio fechado do Guarujá, Neymar acha que o gramado diferente será um obstáculo a mais. "Às vezes, nas folgas, eu brinco nesse tipo de campo, mas é diferente. Vamos ter que superar mais essa dificuldade. Além disso, como o adversário ainda não jogou em casa pela Libertadores, não sabemos como vai se comportar no seu campo e com apoio da torcida", finalizou Neymar.

O time vai pernoitar na capital peruana e viaja quarta à tarde para Chiclayo, com chegada prevista para as 17h30. No começo da noite, Muricy vai comandar um treino leve de adaptação ao campo do estádio Elias Aguirre. O Santos viajou escalado com Rafael; Fucile, Edu Dracena, Durval e Juan; Arouca, Henrique, Ibson e Ganso; Borges e Neymar. A novidade na delegação é Adriano, que voltou a jogar sábado passado, contra o Mogi Mirim, depois de mais de três parado em razão da cirurgia no tornozelo direito.

Joel Santana sempre rejeitou o rótulo de técnico "retranqueiro". Não gosta do tom pejorativo da palavra, mas admite que, primeiro, procura ajustar os sistemas defensivos de sua equipe para depois pensar no ataque. A ordem é evitar gols antes de tentar fazê-los. Esta vai ser a proposta do Flamengo para o jogo desta quarta-feira, contra o Lanús, a partir das 22 horas, em Buenos Aires, na estreia no Grupo 2 da Libertadores.

Ciente da pressão que seu time vai sofrer no estádio La Fortaleza, com capacidade para 45 mil torcedores, Joel tomou suas tradicionais providências defensivas, mesmo com a equipe sem sofrer gols a seis jogos seguidos (cinco pelo Campeonato Carioca e um pela Libertadores). No meio-de-campo, barrou o jovem e promissor Luiz Antônio em favor do veterano Maldonado.

No discurso, porém, as palavras são fortes e de ousadia. Em entrevista coletiva com a presença de jornalistas argentinos, o técnico recusou fazer um jogo pelo empate e garantiu que vai em busca da vitória. "O Flamengo não joga para 0 a 0. Flamengo é Flamengo, se você já ouviu falar, você sabe. Não somos apenas um clube, somos uma nação. Toda vez que vestimos a nossa camisa, entramos para vencer. O hino já diz isso: vencer, vencer, vencer", avisou o comandante flamenguista.

Mas o torcedor flamenguista pode se preparar para ver um time defensivo nesta quarta-feira. Além da entrada do volante Maldonado, o treinador tem outra dúvida. Como o atacante Vagner Love está suspenso e não pode jogar, o meia Bottinelli foi testado no treino desta terça-feira. No decorrer da atividade, porém, ele cedeu lugar ao volante Airton, no que seria uma formação com quatro homens de marcação no meio-de-campo.

"Vamos definir antes da partida, depois de fazer uma análise melhor. O objetivo não foi ofensivo ou defensivo, mas, sim, uma equipe errando menos. As duas formações me agradaram", justificou Joel, que, se optar pela escalação de Airton, liberaria o meia Ronaldinho Gaúcho para jogar no ataque ao lado de Deivid.

O Corinthians se reencontra nesta quarta-feira com a sua eterna obsessão, a Libertadores, tentando transformá-la numa competição como outra qualquer. "A Libertadores é pequenininha perto do Corinthians", discursou o novo presidente do clube, Mário Gobbi. A estreia diante do Deportivo Táchira, às 22 horas (horário de Brasília), na Venezuela, evidencia os sinais desse novo comportamento corintiano, defendido pela comissão técnica e pela diretoria.

Desta vez, ninguém fala em favoritismo, como foi no ano do centenário (2010). E o fiasco diante do Tolima, no ano passado, ainda está fresco na memória corintiana. Ao contrário de outras edições da Libertadores, a aposta agora é na força do grupo. É no time que, segundo o técnico Tite, tem "alma". Nenhuma estrela foi contratada para se juntar ao campeão brasileiro. O principal reforço, por exemplo, estará no banco de reservas: o meia Douglas.

As últimas participações do clube na Libertadores foram marcadas pela presença de astros, como Carlitos Tevez (2005) e Ronaldo e Roberto Carlos (em 2010 e 2011). Mas há uma ironia: o jogador que foi contratado para ser o "cara" da equipe mal jogou desde que chegou ao clube: Adriano, que nem sequer viajou para a Venezuela e continua fora do time.

O Corinthians "galáctico" do passado na Libertadores virou o Corinthians "operário" de Tite. Trata-se do comandante que tem o grupo nas mãos e põe titulares no banco sem cerimônias, além de ter sobrevivido ao fracasso decorrente da eliminação frente ao Tolima. O técnico diz que, agora, o time tem de mostrar que está mais maduro porque entra na sua terceira participação consecutiva.

"Não podemos jogar numa Bombonera e ver a bola ficar queimando no nosso pé", disse Tite, numa de suas várias entrevistas no CT do Parque Ecológico, citando o temido estádio do Boca Juniors, que, por sinal, volta à competição neste ano.

O elenco que estreia na Libertadores é basicamente o que mesmo venceu o título do Brasileirão. Todos os titulares foram mantidos. Este é outro ponto importante realçado por Tite. Segundo ele, a derrota para o Tolima, na fase preliminar da Libertadores do ano passado, deveu-se, em parte, à saída de alguns jogadores importantes do time. "Nós disputamos a Libertadores de 2011 sem um mínimo de ajuste físico, impossível pelo tempo (de treinamento), e técnico, pela saída do Elias, do William", comparou o treinador.

A Conmebol divulgou nesta sexta-feira as datas e os horários das fases preliminar e de grupos da Copa Libertadores de 2012. O torneio terá início no dia 24 de janeiro, com os primeiros confrontos que definirão as últimas seis vagas nas chaves.

A primeira partida envolverá o Arsenal, da Argentina, e o estreante Sport Huancayo, do Peru. A fase preliminar, que contará com seis duelos no total, será disputada até o dia 2 de fevereiro. Internacional e Flamengo estão entre os times que disputam vagas na fase de grupos.

Os dois times serão os primeiros brasileiros a entrar em campo, ambos no dia 25 de janeiro, quarta-feira. Os cariocas vão enfrentar o Real Potosí na altitude da Bolívia, enquanto a equipe gaúcha receberá o Once Caldas, da Colômbia, no Beira-Rio, ambos os jogos às 22 horas (horário de Brasília). As partidas da volta serão disputadas na quarta-feira seguinte, dia 1º de fevereiro.

A fase de grupos terá início com três partidas no dia 7 de fevereiro. Único time brasileiro em campo neste dia, o Fluminense abrirá o Grupo 4, em casa, também às 22 horas, contra o vencedor do primeiro confronto das preliminares, entre Arsenal e Sport Huancayo. Mo Grupo 5, o Vasco fará sua estreia no dia seguinte. O time jogará em São Januário contra o Nacional, do Uruguai, às 22 horas.

Os paulistas só estrearão na semana seguinte. No dia 15, o atual campeão Santos enfrentará o The Strongest, na Bolívia, às 19h45, pelo Grupo 1. Nesta mesma quarta-feira, o Corinthians, no Grupo 6, vai visitar o Deportivo Táchira, na Venezuela, às 22 horas.

Caso avancem para a fase de grupos, Inter e Flamengo já sabem quando vão entrar em campo em suas respectivas chaves. No Grupo 2, o time carioca enfrentaria o Lanús, na Argentina, no dia 15. Os gaúchos teriam pela frente o Juan Aurich, do Peru, em casa, no dia 9, quinta-feira, pelo Grupo 1.

A última rodada da fase de grupos se encerrará no dia 19 de abril, com quatro jogos. Entre eles, Santos e The Strongest, no Brasil. A Conmebol ainda não definiu quando começará a fase do mata-mata.

Ainda sem definição de datas, a Conmebol divulgou nesta terça-feira a ordem de jogos da Copa Libertadores do ano que vem. E o Fluminense já sabe que irá ter trabalho logo em seu primeiro jogo. Isso porque o time carioca estreia na competição jogando contra o Boca Juniors, em casa, provavelmente no Engenhão. A equipe do Rio só vai a La Bombonera na última rodada.

A tabela, porém, é cheia de erros. Exemplo maior é o do Corinthians, que ainda é chamado pela Conmebol de "Brasil 5". De acordo com o cronograma da Libertadores publicado no site oficial da entidade, o time paulista estreia jogando contra um time do Paraguai, em casa, e depois enfrenta quatro vezes o Cruz Azul antes de fechar a fase de grupos como visitante, no Paraguai.

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O Grupo 1, do Santos, também tem erros. Pelo que divulgou a Conmebol, o atual campeão da Libertadores faz seu primeiro jogo na Bolívia e depois recebe um time vindo da fase preliminar, que pode ser o Internacional. A tabela, porém, aponta dois jogos seguidos do Santos em casa contra os bolivianos e só programa cinco partidas para a equipe vinda da pré-Libertadores.

Pela tabela, o Flamengo, se passar da pré-Libertadores, começa a fase de grupos jogando como visitante contra um argentino, ainda indefinido. Já o Vasco abre o torneio visitando o Nacional do Uruguai. Depois, recebe um peruano e um time vindo da fase preliminar.

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