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Um dos clubes mais temidos e respeitados na Copa Libertadores, com nada menos que seis títulos, o Boca Juniors ficou mais próximos de se classificar para mais uma final da competição continental ao derrotar a Universidad de Chile por 2 a 0, nesta quinta-feira, no estádio La Bombonera, em Buenos Aires, no duelo de ida das semifinais.

Com o resultado, o Boca Juniors pode até perder por um gol de diferença na partida de volta, na próxima quinta, desta vez no estádio Nacional, em Santiago, para avançar à decisão. Caso perca por dois gols de diferença, mas marcando gol, o clube argentino também se classifica. Um novo 2 a 0, mas para a Universidad de Chile, levará a decisão da vaga para a disputa por pênaltis.

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Em campo, com as presenças ilustres de várias personalidades - entre eles o craque Diego Maradona, os atacantes Carlitos Tevez e Martín Palermo (já aposentado) e o tenista Juan Martin del Potro -, o Boca Juniors foi muito superior aos chilenos e logo aos 15 minutos de jogo abriu o placar com o centroavante uruguaio Santiago Silva, que recebeu dentro da área um cruzamento pelo lado direito, dominou a bola, girou o corpo e chutou rasteiro e forte no canto esquerdo do goleiro Johnny Herrera.

Na segunda etapa, a Universidad de Chile avançou um pouco a marcação, mas mesmo assim sofreu com a pressão do Boca Juniors por mais gols. E o time argentino conseguiu mais um, aos 10 minutos, em uma falha de Johnny Herrera, que espalmou para frente um chute de Walter Ervitti e não defendeu o rebote obtido pelo ala esquerdo Sánchez Mino.

Depois de ver diversos goleiros passarem, sem grande sucesso, pela meta corintiana nos últimos anos, a torcida alvinegra está deliciada com as seguidas boas atuações de Cássio. O goleiro, que chegou como terceiro reserva no início da temporada, assumiu a titularidade quando Júlio César foi barrado e vem se destacando. Contra o Santos, novamente brilhou, garantindo a vitória num chute perigoso de Juan.

De um quase desconhecido, Cássio já começa a sentir a fama. "Estou vivendo o momento, sei que mudou bastante, sai na rua, tem o carinho das pessoas, que pedem para tirar foto, e isso é muito bom. Mas tem de ter tranquilidade, saber que precisa continuar jogando para as coisas continuarem assim e para chegar ao objetivo que é ser um ídolo do Corinthians", disse o goleiro, nesta quinta, em entrevista coletiva.

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Com a vitória por 1 a 0 conquistada nesta quarta-feira à noite na Vila Belmiro, o Corinthians joga por um empate, quarta que vem, no Pacaembu, para avançar a uma inédita final de Libertadores. Cássio sabe que será difícil relaxar nesta semana de intervalo entre um jogo e outro.

"Não tem nem como relaxar, tivemos grande resultado, mas nada está definido, está aberto. É continuar treinando, focado para próxima semana tentar a classificação. Temos de continuar fazendo o que vinha no dia a dia, sem mudar nada, estar bem concentrado e tentar melhorar o que não está bem", comentou o goleiro.

Apesar do foco na Libertadores, Cássio não esquece o Brasileirão e quer jogar contra a Ponte Preta, neste domingo, em Campinas. "É complicado (não pensar na Libertadores), tem hora tenta não pensar, mas não tem como. Estamos na semifinal, a gente sabe da pressão, de como torcedor e nós queremos ganhar esse campeonato, não conseguimos ficar 100% focados no Brasileirão. Mas queremos vencer a Ponte Preta e eu estou à disposição."

Um dos principais líderes do atual elenco do Santos, o capitão Edu Dracena está prestes a tentar ajudar o seu time a garantir vaga na final da Copa Libertadores. O zagueiro se prepara para enfrentar o Corinthians, nesta quarta-feira (13), às 21h50, na Vila Belmiro, no primeiro jogo da semifinal da competição continental. E, para que a missão santista ganhe maiores chances de ser cumprida, o defensor torce para que o meia Paulo Henrique Ganso esteja em campo já neste primeiro duelo do mata-mata.

O meio-campista participou normalmente do treino da última segunda-feira (11) à tarde no CT Rei Pelé e, com isso, aumentou suas chances de estar em campo no clássico, depois de ter sido submetido a uma cirurgia no joelho direito no último dia 25 de maio. E Dracena está confiante na possibilidade de ver o companheiro de equipe ao seu lado no gramado neste primeiro embate diante dos corintianos.

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"Não conversei com o Ganso depois do treino (de segunda). O importante é que ele não sentiu nenhum incômodo, e é claro que vamos conversar com ele. A importância dele é muito grande. No Santos todos são importantes, não só o Ganso, mas todos que ficarão à disposição para o jogo. Tomara que ele possa estar junto porque ele é imprescindível. Eu, no lugar dele, iria para o jogo", afirmou o zagueiro.

Dracena não esconde também que está muito ansioso para que a semifinal comece logo e o Santos inicie a sua busca pela classificação para a decisão. "A ansiedade existe. Muita gente está esperando por esse jogo, porque será o campeão brasileiro contra o campeão da Libertadores. Serão dois jogos muito bons. Acho que o frio na barriga e a ansiedade são normais nesse tipo de situação", admitiu.

Já ao falar do duelo tático que será travado entre os técnicos nesta semifinal da Libertadores, o capitão santista elogiou os dois comandantes e destacou o fato de Muricy Ramalho saber trabalhar de forma inteligente a parte mental dos jogadores neste momento de grande tensão para as duas equipes.

"Nunca trabalhei com o Tite, muitos falam que ele é bom treinador, vitorioso e já ganhou vários títulos. São dois excelentes técnicos, mas posso falar mais é do Muricy, pois estou com ele no dia a dia. Ele passa tranquilidade, trabalha bastante, deixa o jogador à vontade até certo ponto e não coloca mais pressão do que o natural numa semifinal que terá os dois melhores times do Brasil", completou.

"Estou pronto para a disputa de dois grandes espetáculos", assim o volante Paulinho, ausência do treino do Corinthians nesta segunda-feira (11), garantiu estar preparado para ajudar o time na batalha diante do Santos na semifinal da Copa Libertadores, cujo jogo de ida será nesta quarta (13), às 21h50, na Vila Belmiro.

Presente em todos os jogos do time da competição, colaborando com importantes gols, o volante vem recebendo tratamento diferenciado por causa de dores musculares nas coxas. O problema, contudo, não vai atrapalhá-lo nos jogos mais importantes do ano.

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Paulinho tranquiliza os torcedores e diz que nada o tira dos clássicos. "Quero dar minha colaboração, ajudar o time com muita garra".

Concentrado desde a segunda-feira (11) no CT do Parque Ecológico, o camisa 8 faz trabalho à parte com o fisiologista Bruno Mazzioti para estar inteiro nesta quarta-feira (13) na Vila Belmiro. A prova de que não terá problemas virá com a participação no reconhecimento do campo da Vila esta noite, com todo o grupo de jogadores.

Paulinho está motivado com o carinho recebido da torcida e com a chance de entrar de vez para a história do clube, conquistando o título mais sonhado pelos corintianos, que até já pediu para os dirigentes que façam o máximo para ele permanecer. O assédio de clubes europeus é grande e o Corinthians, com apenas 10% da fatia do jogador, diz estar de mãos atadas caso os parceiros BMG (dona de 45%) e Pão de Açúcar (tem os outros 45%) quiserem vendê-lo.

"Ele quer ficar aqui, já jurou amor pelo clube, mas não temos muito o que fazer", lamentou o diretor de futebol do Corinthians, Duílio Monteiro Alves. "Mas a vontade do jogador nesses casos conta muito", salientou o dirigente.

As semifinais da Copa Libertadores estão definidas. De um lado, um duelo brasileiro entre Corinthians e Santos. Do outro, a Universidad de Chile se classificou nesta quinta-feira para enfrentar o Boca Juniors, da Argentina, depois de eliminar o Libertad, do Paraguai, com a vitória por 5 a 3 na disputa por pênaltis, após empate por 1 a 1 no tempo normal, no estádio Nacional, em Santiago. Na partida de ida, em Assunção, na semana passada, também houve uma igualdade em 1 a 1.

Nesta quinta, a Universidad de Chile saiu na frente no placar com um gol de falta, que passou por baixo da barreira paraguaia, do meia Díaz, aos 18 minutos do primeiro tempo. Cinco minutos depois, o Libertad conseguiu o empate com um gol contra do zagueiro González, após falta cobrada pelo lado direito do ataque visitante.

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Na semifinal, a Universidad de Chile leva vantagem sobre o Boca Juniors. Assim, a partida de ida, provavelmente no dia 13 de junho, acontecerá no estádio La Bombonera, em Buenos Aires. A volta, na semana seguinte, será no estádio Nacional, em Santiago.

O Santos sofreu uma baixa de última hora. O atacante Borges sofreu um estiramento muscular na coxa esquerda no treino de quarta-feira e não terá condições de enfrentar o Vélez Sarsfield, da Argentina, na noite desta quinta, na Vila Belmiro, pela volta das quartas de final da Copa Libertadores.

O técnico Muricy Ramalho não anunciou nenhum substituto para a vaga do atacante, que seria reserva no duelo com os argentinos. Neymar e Alan Kardec serão os titulares. Com a baixa, o treinador terá apenas Renteria no banco como opção no ataque santista.

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O corte só foi anunciado na tarde desta quinta, embora Borges tenha se machucado na quarta, quando o treino do Santos foi realizado com os portões fechados. O atacante será a segunda baixa do time para o jogo, já que o lateral-direito Fucile ainda se recupera de lesão.

Muricy já confirmou que mandará a campo nesta quinta-feira o mesmo time do jogo de ida, com: Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec.

Depois de ver o Corinthians vencer por 1 a 0 e garantir vaga na semifinal da Copa Libertadores, na noite da última quarta-feira, no Pacaembu, o técnico Cristóvão Borges afirmou que seguirá no comando do Vasco para a disputa do Campeonato Brasileiro e aproveitou para eximir o meia Diego Souza pela grande chance de gol que desperdiçou no segundo tempo do confronto disputado em São Paulo.

O treinador negou que o meio-campista tenha feito uma atuação ruim ao discordar da análise de um repórter durante entrevista coletiva e enfatizou que o time vascaíno desperdiçou outras boas oportunidades de marcar gols no duelo.

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"Não concordo com isso não. Não sentiu (a pressão) não. O que ele (Diego Souza) pode ter sentido, não só ele, como todos, foi o desgaste provocado por esse jogo tão disputado. Ele jogou uma grande partida e essa coisa de perder gol acontece. Assim como perdeu, ele já fez muitos gols importantes para a gente. É coisa do jogo, acontece com qualquer um", disse o comandante, que em seguida, porém, admitiu: "Se a gente fizesse um gol, não só com a chance dele, mas com as cabeçadas que nós demos, teríamos definido o jogo a nosso favor".

Já ao falar sobre a sua atual situação no comando do Vasco, Cristóvão Borges vislumbrou uma nova boa participação no Brasileirão, cuja edição de 2012 começou no último sábado. Em 2011, a equipe carioca ficou com o vice-campeonato nacional e brigou até a última rodada pelo título com o Corinthians, que se sagrou campeão.

"O meu trabalho continua da mesma forma. Tivemos uma participação elogiosa na competição (Libertadores) e vamos agora continuar no Campeonato Brasileiro. No ano passado, a gente passou perto (do título), agora vamos procurar jogar bem como no ano passado, fazer uma campanha boa e melhorar a equipe, que manteve a nossa base. E, se jogarmos do jeito que jogamos esta Libertadores, nos credenciaremos ao título mais uma vez", analisou.

O Santos vai precisar que Neymar volte a ser Neymar, depois da apagada atuação do seu maior talento em Buenos Aires, para despachar o Vélez Sarsfield, da Argentina, nesta quinta-feira, às 20 horas, na Vila Belmiro, e avançar às semifinais da Copa Libertadores. Paulo Henrique Ganso vai fazer uma artroscopia no joelho direito nesta sexta e deverá ficar 20 dias em recuperação, mas está escalado para enfrentar os argentinos.

O jogo desta quinta é o primeiro grande desafio a ser superado pelo tricampeão paulista na principal competição sul-americana deste ano. Como perdeu por 1 a 0 no jogo de ida das quartas de final, será necessário vencer por dois ou mais gols de diferença para ficar com a vaga. Em caso de vitória por 1 a 0, a decisão será na disputa de pênaltis.

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A situação é difícil, mas a classificação continua ao alcance do time que tem Neymar, Paulo Henrique Ganso e Arouca. O que não se pode imaginar é uma resposta semelhante à que foi dada ao Bolívar nas oitavas. Depois de perder em La Paz, na Bolívia, e sofrer com a altitude dos quase 3.700 metros e com as provocações da torcida local, o troco santista foi dado na Vila Belmiro com a goleada por 8 a 0.

Agora, a situação é bem mais difícil porque equipes argentinas sabem como se comportar como visitante, são especialistas na marcação e em cadenciar o jogo, com troca de passes, principalmente quando estão na frente no marcador, como no jogo desta quinta.

Mas o Santos não será apenas Neymar. O treinador e todos os jogadores ouvidos escolheram o lendário Alçapão da Vila para ser o palco da virada. Houve enorme confusão na venda pela internet dos cinco mil ingressos destinados aos sócios do clube, o que indica que o torcedor acredita na reversão da vantagem dos argentinos, vai lotar o estádio e procurar desestabilizar o adversário.

Apesar de Maranhão ter se recuperado de uma leve lesão muscular na coxa direita - atuou no segundo tempo do Santos contra o Bahia, no último domingo -, Muricy Ramalho decidiu manter o volante Henrique improvisado na lateral direita. De resto, o time será o dos últimos jogos, com Alan Kardec ao lado de Neymar no ataque, enquanto que Borges continuará na reserva.

O sonho corintiano de conquistar o título inédito da Libertadores continua vivo. Com um gol de cabeça do volante Paulinho já aos 42 minutos do segundo tempo, o Corinthians derrotou o Vasco por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, e garantiu a vaga na semifinal da competição - no jogo de ida, semana passada, no Rio, houve empate de 0 a 0.

A torcida corintiana fez uma bonita festa, lotando o Pacaembu e empurrando o time durante os 90 minutos da decisão desta quarta-feira. E comemorou a histórica classificação, que já iguala a melhor campanha do Corinthians na Libertadores, repetindo a edição de 2000, quando também disputou a semifinal e acabou sendo eliminado pelo rival Palmeiras.

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A definição do adversário corintiano na semifinal ainda depende dos outros dois confrontos das quartas de final, que acontecem nesta quinta-feira. Se o Santos avançar, haverá um novo duelo brasileiro. Caso contrário, o Corinthians irá jogar com o vencedor de Universidad de Chile e Libertad, porque o Vélez Sarsfield seria obrigado a pegar o Boca Juniors.

Como já era esperado, o primeiro tempo do jogo teve uma intensa disputa pela posse de bola, com muita marcação e disposição dos dois times. Mais recuado, apostando no contra-ataque, o Vasco levou perigo nas bolas paradas de Juninho Pernambucano. A principal delas foi aos 10 minutos, quando o goleiro Cássio teve problemas para conseguir defender.

Empurrado por sua torcida, o Corinthians tentou pressionar no primeiro tempo, mas encontrou dificuldades para superar a marcação vascaína. Mesmo assim, teve duas grandes chances. Aos 19 minutos, após uma sobra dentro da área, o chute de Emerson foi travado na hora por Fagner. E aos 31, Fernando Prass fez linda defesa na forte cabeçada de Paulinho.

No segundo tempo, os dois times retornaram sem alterações. Mas, logo aos três minutos, o Vasco foi obrigado a fazer uma mudança, quando Thiago Feltri sofreu lesão e o hoje meia Felipe entrou para voltar a jogar como lateral. O panorama do jogo continuou o mesmo, com muita luta pela posse de bola e equilíbrio. A tensão, porém, aumentava cada vez mais.

O clima quente dentro de campo contagiou quem estava fora. Nervoso pela não marcação de uma falta, o técnico Tite reclamou muito do árbitro e foi expulso aos 11 minutos. Depois disso, o Vasco teve a melhor chance para marcar o gol. Aos 17, Alessandro falhou feio e Diego Souza ficou sozinho na frente de Cássio, mas o goleiro fez defesa milagrosa.

Empolgado, o Vasco quase marcou também no lance seguinte. No escanteio, Nilton subiu bem e cabeceou forte, mandando a bola no travessão. Depois disso, os dois times mudaram: Carlos Alberto entrou no lugar de Eder Luís, enquanto Willian substituiu Jorge Henrique. Melhor para o Corinthians, que acertou a trave com o chute de Emerson aos 31 minutos.

Após mandar a bola na trave, Emerson foi substituído por Liedson. Mas, apesar das mudanças de Tite, o herói corintiano foi novamente Paulinho, que tem sido o principal jogador do time na temporada. Em cobrança de escanteio de Alex, já aos 42 minutos, ele subiu sozinho na área e cabeceou para fazer 1 a 0, dando a classificação para o Corinthians.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 1 x 0 VASCO

CORINTHIANS - Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Alex e Danilo; Jorge Henrique (Willian) e Emerson (Liedson). Técnico: Tite.

VASCO - Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri (Felipe); Rômulo, Nilton, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Eder Luís (Carlos Alberto) e Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges.

GOL - Paulinho, aos 42 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).

CARTÕES AMARELOS - Jorge Henrique, Alessandro, Paulinho, Emerson, Renato Silva, Nilton, Juninho Pernambucano e Eder Luís.

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

A torcida do Fluminense se acostumou nos últimos anos a ver seu time realizar feitos improváveis. Da fuga do rebaixamento em 2009 até a classificação para as oitavas da Libertadores de 2011, passando pela arrancada para o título brasileiro em 2010. Foi com esse espírito que 36 mil torcedores compareceram ao Engenhão nesta quarta, em busca de mais uma reviravolta. O resultado, porém, não foi o esperado.

O Fluminense honrou a presença da torcida com muita raça e entrega e uma pitada de futebol na primeira etapa. Mas a postura acuada no segundo tempo resultou em um gol sofrido no último minuto e o 1 a 1 significou a eliminação do clube carioca. Santiago Silva foi o herói da classificação do Boca Juniors para as semifinais.

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Pesaram muito os desfalques de Fred e Deco, os mais experientes e de maior qualidade técnica. As ausências nas duas partidas (derrota por 1 a 0 na Bombonera, há uma semana) foram determinantes para ambos os resultados.

A história caminhava para seguir um roteiro de cinema quando Thiago Carleto abriu o placar aos 17, em cobrança de falta que contou com um desvio na barreira. Mais cedo, o lateral-esquerdo, que só jogou por causa da suspensão do titular Carlinhos, havia recebido um telefonema do pai avisando que ele iria fazer um gol de falta, como sonhara.

A postura ofensiva dos brasileiros alimentava ainda mais a esperança do segundo gol diante de um Boca Juniors desestruturado tática e emocionalmente. O copeiro time argentino vinha de sete vitórias seguidas na Libertadores e estava invicto nos jogos como visitante na competição. Mas o Fluminense se notabilizou recentemente justamente em quebrar séries assim.

Os jogadores tricolores entraram imediatamente no clima da partida. Com muita velocidade, impuseram pressão inicial e Rafael Sobis perdeu a chance de abrir o marcador. Aos quatro minutos, em jogada individual, ficou frente a Orión, mas tentou Rafael Moura e Schiavi cortou.

A pressão resultava em faltas na intermediária e foi em uma delas que Carleto tornou profético o sonho do pai. Ele chutou sem a força habitual, mas a bola desviou e morreu no canto direito de Órion.

Com um resultado que forçava a decisão por pênaltis, o Fluminense aliviou ligeiramente o ímpeto e os argentinos faziam cera. Diego Cavalieri não derramou uma gota de suor na primeira etapa.

O jogo ficou muito tenso no segundo tempo, com consequentes erros de ambos os lados e muito contato físico. O Boca aproveitou para controlar a posse de bola diante de um adversário mais temeroso de sofrer um gol do que decidido a fazer o segundo.

Nem mesmo a entrada de Wellington Nem, voltando de lesão, mudou o panorama. Com o domínio das ações, o Boca rodeou a área do oponente que chegou ao gol de empate, em arrancada de Rivero. Seu chute ainda tocou nas duas traves antes de Santiago Silva tocar para as redes aos 45. Frustração para a massa tricolor, que confiava mais uma vez na força do Time de Guerreiros.

FICHA TÉCNICA:

FLUMINENSE 1 x 1 BOCA JUNIORS

FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Thiago Carleto; Edinho, Jean, Wagner (Wellington Nem) e Thiago Neves; Rafael Sóbis (Marcos Júnior) e Rafael Moura. Técnico - Abel Braga.

BOCA JUNIORS - Orión; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Rodríguez; Rivero, Erbes (Sánchez Miño), Erviti (Caruzo) e Riquelme; Cvitanich (Mouche) e Santiago Silva. Técnico - Julio César Falcioni.

GOLS - Thiago Carleto, aos 17 minutos do 1º tempo. Santiago Silva, aos 45 minutos do 2º tempo.

CARTÕES AMARELOS - Jean, Orión, Mouche.

ÁRBITRO - Enrique Osses (CHI).

RENDA - R$ 1.628.740,00.

PÚBLICO - 31.280 pagantes (36.276 no total).

LOCAL - Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro.

O Engenhão não tem o mesmo desenho do La Bombonera, que dá uma sensação de absoluto sufocamento aos visitantes e serve de combustível adicional aos jogadores do Boca Juniors. Mas o Fluminense espera que o apoio de mais de 35 mil tricolores ecoe alto no estádio carioca, a partir das 19h30 desta quarta-feira, e alimente o futebol do time em campo em busca de uma difícil vitória por, no mínimo, dois gols de diferença e a consequente classificação para as semifinais da Copa Libertadores.

"A torcida pode esperar luta o tempo todo. Vi que já foi quase tudo vendido e peço incentivo o tempo todo", cobrou o meia Thiago Neves, sobre quem haverá grande pressão para superar a ausência de Deco e Fred, que seguem afastados por lesão.

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Vencedores do primeiro duelo, há uma semana, por 1 a 0, os argentinos jogam pelo empate e podem até perder por um gol de diferença se balançarem as redes. A necessidade de buscar vantagem elástica precisa ser encarada com cautela pelos tricolores, tanto os que entram em campo como os que ficam nas arquibancadas. "É necessário ter muita paciência porque é um jogo de detalhes. Se for para vaiar, que seja depois do apito final. Precisamos do apoio de todos", reforçou Thiago Neves.

Além de Fred e Deco, os outros desfalques são os volantes Valencia e Diguinho (lesionados) e o lateral-esquerdo Carlinhos, expulso no jogo de ida, em Buenos Aires. Thiago Carleto entra no lado esquerdo. Recuperado de contusão, o atacante Wellington Nem fica no banco e certamente vai ser usado na segunda etapa, principalmente se o placar não for o favorável ao time das Laranjeiras.

O Corinthians pode igualar nesta quarta-feira a sua melhor campanha na história da Copa Libertadores. Se vencer o Vasco, às 22 horas, no Pacaembu, alcançará a semifinal do torneio, o que não ocorre desde 2000. Para isso, basta um resultado positivo diante do time carioca. Empate sem gols leva a decisão para a disputa de pênaltis. Empate com gols ou derrota garante o adversário entre os quatro melhores.

"Essa é a décima Libertadores do clube, mas a terceira com este mesmo grupo. Isso vai dando maturidade, o time vai tendo uma consciência maior. São 90 minutos para construir uma vitória", avisou o técnico Tite. A importância do jogo é evidente. O cobiçado título falta na galeria do clube do Parque São Jorge e a torcida, otimista, esgotou todos os ingressos para a partida com antecedência. Mais do que isso: fez um pacto entre todas as organizadas para que os cantos no estádio sejam unificados.

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Tite lembra que o time está pronto para o duelo decisivo e que nos últimos anos foi ganhando experiência de Libertadores. "Não tem mágica, não é ser mais macho ou dar mais porrada. É imposição técnica, é ser melhor, esse é o fascínio da bola. A equipe já calejou, é 'cascuda', não é mais de principiante. Estamos preparados para enfrentar o Vasco e passar de fase. Depois, vamos por etapas, pois aí é outra conversa", comentou.

O treinador sabe que a Fiel aguarda com ansiedade a partida, que terá um esquema forte de segurança por causa da grande rivalidade das uniformizadas dos dois clubes. Tite está otimista e acredita que o grupo está pronto para fazer história. "A menina dos olhos para todo mundo é a conquista da Libertadores. Para nós também, para os corintianos também. Se for menos de final não adianta, já passamos por isso. O torcedor está na expectativa, sabe da grandeza desta partida e o apoio dele é importante. Temos o privilégio de o torcedor ser assim e contamos muito com ele nesta hora".

Ele lembra que a escalação da equipe será a mesma que enfrentou o Vasco no jogo de ida, em São Januário, com Alex tendo uma função importante na criação das jogadas e também com liberdade para preencher o espaço do centroavante, já que Emerson atuará mais pela esquerda e Jorge Henrique mais pela direita.

Todos sabiam que a missão do Fluminense era difícil. Trazer da La Bombonera, em Buenos Aires, um bom resultado contra o Boca Juniors sem Fred, Deco e Wellington Nem. Mas para eles havia substitutos. Para o lateral-esquerdo Carlinhos, expulso ainda no primeiro tempo, não havia solução e o time tricolor tem que comemorar a derrota por 1 a 0, nesta quinta-feira, com um jogador a menos durante 56 minutos de partida. Para avançar às semifinais da Copa Libertadores, os brasileiros precisarão vencer por dois ou mais gols de diferença, na próxima quarta, no Engenhão.

"O resultado não foi bom. Mas devido às circunstâncias poderia ter sido pior", comentou o goleiro Diego Cavalieri, o principal responsável por evitar um revés por dois ou três gols. Como disse o técnico Abel Braga há uma semana, cada jogo tem sua história e a história do jogo de ida das quartas de final foi a exclusão de Carlinhos por dois lances de irresponsabilidade. Sua saída fez ruir o esquema do treinador, que pretendia explorar os contra-ataques.

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Os tricolores pecaram também, no segundo tempo, por se deixar levar pelo nervosismo e se preocupar mais em reclamar do árbitro José Buitrago, da Colômbia, que em alguns momentos se comportou de forma complacente com os donos da casa, como já havia protestado o Corinthians na partida contra o Emelec, nas oitavas, no Equador, conduzida pelo mesmo juiz. "Perder um jogador na metade do primeiro tempo fica difícil contra o Boca. Ter de jogar contra o juiz fica mais difícil", reclamou Wagner.

A partir da expulsão de Carlinhos, pelo segundo cartão amarelo, aos 34 minutos, qualquer ambição maior que os brasileiros tinham para a partida precisou ser substituída por muita luta em campo. Seriam 56 minutos de muita pressão.

Antes disso, os argentinos já dominavam o duelo, sufocando o Fluminense em seu campo. O lance mais cristalino foi uma conclusão seca de Schiavi, na qual Diego Cavalieri fez uma defesa para colocar no currículo. No fim da etapa, Roncaglia cortou, de costas, cabeçada de Anderson com o braço na pequena área. O árbitro colombiano nada marcou, em lance polêmico.

Preocupado e em dúvida, Abel Braga segurou a alteração até o intervalo. Decidiu por Thiago Carleto em lugar de Rafael Sóbis. A estratégia não deu certo. Cvitanich encontrou Mouche, aos sete minutos, que chutou cruzado e vazou Diego Cavalieri. Aos 30, Schiavi finalizou a um metro do goleiro tricolor, que salvou a pátria à queima-roupa. Com os xeneizes na tentativa do segundo gol, os brasileiros quase empataram nos minutos finais.

O time de guerreiros se comportou como tal diante do panorama inesperado. E conta com o apoio de sua torcida no Engenhão para superar uma equipe experiente e copeira, que certamente não se deixará derrotar por dois gols de diferença com facilidade.

FICHA TÉCNICA

BOCA JUNIORS-ARG 1 x 0 FLUMINENSE

BOCA JUNIORS - Orión; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Rodríguez; Rivero, Erbes (Blandi), Erviti e Riquelme; Mouche e Cvitanich (Araujo). Técnico: Julio César Falcioni.

FLUMINENSE - Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Jean, Wagner e Thiago Neves (Digão); Rafael Sóbis (Thiago Carleto) e Rafael Moura (Marcos Júnior). Técnico: Abel Braga.

GOL - Mouche, aos 7 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Rodríguez e Erviti (Boca Juniors-ARG); Edinho, Wagner e Thiago Carleto (Fluminense).

CARTÃO VERMELHO - Carlinhos (Fluminense).

ÁRBITRO - José Buitrago (Fifa-Colômbia).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (Argentina).

Absoluto no Brasil, tri paulista e atual campeão da Copa Libertadores, o Santos de Neymar vai precisar de sangue frio, maturidade e jogar muito para passar pelo desafio inédito contra argentinos, nesta quinta-feira, às 22 horas (de Brasília), no estádio José Amalfitani, em Buenos Aires. Os adversários serão o Vélez Sarsfield e os quase 50 mil torcedores que não vão parar de cantar nem mesmo se time deles estiver em desvantagem no placar ou sendo dominado.

Por causa de um pênalti desperdiçado pelo centroavante Santiago Silva, o Vélez Sarsfield deixou de cruzar com o Santos na decisão da Libertadores de 2011. Muito antes de o jogo começar, Neymar é o principal assunto entre os argentinos, principalmente por ameaçar o posto de Messi de melhor jogador do mundo, e também em razão de, com apenas 20 anos de idade, ter se tornado a nova referência da seleção brasileira.

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"Espero fazer um grande jogo. Não só eu, mas todo o time do Santos", disse Neymar nesta quarta, antes de embarcar com o pé direito no ônibus do clube que levou o time do Centro de Treinamento Rei Pelé, em Santos, ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP). A fera santista procurou mostrar respeito pelo Vélez Sarsfield, lembrando a boa campanha realizada pelo clube argentino na Libertadores do ano passado. "Vamos ter que entrar espertos não é por ser um time argentino, mas porque o Vélez é uma grande equipe".

Neymar evitou entrar em provocações até mesmo ao ser questionado sobre as declarações do seu marcador no jogo desta quinta, Gino Peruzzi, que teria ameaçado quebrá-lo. "Eu só quero jogar. E para fazer isso, preciso só de um campo e uma bola", respondeu, rindo. Provavelmente Neymar já sabia que a resposta de Peruzzi foi uma brincadeira, ao responder como reagiria se o atacante santista der uma "lambreta" para driblá-lo na partida.

Enquanto a geração de Robinho e Diego (2002) não conseguiu ganhar a Copa Libertadores de 2003 porque o adversário na final foi o Boca Juniors de Riquelme, o Santos de Neymar e Paulo Henrique Ganso já superou adversários de quase uma dezena de países do continente, do México ao Paraguai. Falta apenas um argentino e a sua catimba. E para deixar ainda mais dramático o desafio, o jogo será contra o Vélez que, em três jogos diante dos santistas, ganhou um e empatou dois.

A orientação do técnico Muricy Ramalho é para que o time não fuja de sua nova maneira de jogar e se preocupe em ficar com a bola e obrigar o Vélez Sarsfield a correr. Sem Fucile e Maranhão, contundidos, ele vai manter Henrique improvisado na lateral direita e terá o retorno de Adriano na cabeça de área. "Adriano é importante demais para o time porque joga bem sem a bola e é forte na marcação curta", definiu Muricy. Na frente, Alan Kardec continuará ao lado de Neymar.

O Corinthians corre sério risco de jogar sem patrocínio na camisa contra o Vasco, pelas quartas de final da Copa Libertadores, e também na rodada inicial do Campeonato Brasileiro. Após o fim do acordo com a Hypermarcas (que pagou para estampar suas marcas apenas no jogo diante do Emelec) e o fracasso das negociações com a Hyundai, o clube diz não ter pressa para fechar um contrato.

Há uma semana, os cartolas alvinegros juravam que não havia a menor possibilidade de o Timão entrar em campo de camisa "limpa". Agora, no entanto, o vice-presidente Luis Paulo Rosenberg admite que a chance de isso ocorrer é grande.

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Sem querer abrir mão dos cerca de R$ 50 milhões anuais que pretende receber pela "venda" da camisa, Rosenberg diz que o clube pode perder dinheiro agora, mas vai lucrar no futuro.

"Se vocês (jornalistas) lembrarem quando entrou a Hypermarcas, jogamos quase três meses sem patrocínio. Por quê? Uma situação peculiar do mercado. Tem só um Corinthians e a formação do preço é complicada, pois quanto vale a camisa corintiana?", pergunta o dirigente. "O segundo time aparece 40% menos na TV. É uma negociação dura e a economia brasileira infelizmente não vive o mesmo desempenho de dois anos atrás".

Rosenberg sabe que a demora para fechar um novo contrato inquieta a torcida, que teme ver o clube ficar sem dinheiro para contratar jogadores. Ele usa uma metáfora para pedir calma aos torcedores. "Você tem uma casa bonita e para alugar demora, ela fica uns dois meses para ser alugada. Seu pensamento é o de que quem entrar, que faça manutenção, não pode ser alguém que acha que com só uma cerveja fará festa aqui dentro. Tem de ser bem seletivo. Mas garanto que em questão de semanas teremos novidades".

O dirigente não descarta apelar outras vezes para um patrocínio de ocasião como o da última quarta-feira, mas ele diz que até essa modalidade, em se tratando de Corinthians, custa caro para as empresas interessadas. "Sou contra patrocínio de ocasião se ele interfere negativamente num acordo de longo prazo, se não acho até razoável. Mas ninguém vai colocar nome na camisa do Corinthians por dois merréis (sic). Se for patrocinador que não frequenta futebol, é bom porque é degustação e ajuda mais para frente".

A Conmebol confirmou nesta sexta-feira as datas e os horários dos confrontos das quartas de final da Copa Libertadores. O duelo brasileiro entre Vasco e Corinthians começará a ser disputado na próxima quarta-feira, às 21h50, no Rio de Janeiro.

O jogo da volta está agendado para a quarta da semana seguinte, às 22 horas, no Pacaembu. O Corinthians avançou na competição ao derrotar o Emelec, do Equador, por 3 a 0 no segundo jogo, após empatar sem gols na ida. Já o Vasco precisou dos pênaltis para eliminar o Lanús, da Argentina, na partida da volta.

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Santos e Fluminense iniciarão a busca por uma vaga nas semifinais somente na quinta-feira, contra equipes argentinas. O time carioca vai enfrentar novamente o Boca Juniors, em Buenos Aires, às 19h45. Na sequência, às 22 horas, os paulistas vão duelar com o Vélez Sarsfield, também fora de casa.

A partida da volta do Fluminense, que eliminou o Internacional nas oitavas, será realizada na quarta da semana seguinte, às 19h30. O Santos, que despachou o Bolívar, só jogará na quinta, às 20 horas.

O confronto restante, entre Libertad-PAR e Universidad de Chile-CHI, começará na próxima quarta, às 19h30, no Paraguai. E será decidido na quinta seguinte, em Santiago, às 22h30.

O Santos não tomou conhecimento do Bolívar na noite desta quinta-feira e aplicou um sonoro 8 a 0, diante da sua torcida, na Vila Belmiro, com direito a show de Neymar, Ganso e Elano. Cada um marcou dois gols na maior goleada desta edição da Copa Libertadores.

O placar elástico reverteu com sobras a derrota por 2 a 1 sofrida no jogo de ida, na altitude boliviana, e garantiu o time santista nas quartas de final. O próximo adversário da equipe brasileira será o Vélez Sarsfield, da Argentina. Por ter melhor campanha, o Santos decidirá o duelo em casa.

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A vitória acachapante e o grande desempenho podem ser atribuídos em parte à motivação dos santistas, indignados com o comportamento agressivo da torcida boliviana no jogo de ida. Na ocasião, Neymar foi atingido por uma laranja quando se preparava para cobrar um escanteio.

A goleada embala ainda mais o Santos antes do segundo jogo da final do Paulistão, contra o Guarani, domingo, no Morumbi. O time santista entrará em campo com a vantagem de ter vencido a partida de ida por 3 a 0.

O JOGO - Engasgado com a atitude da torcida boliviana, no jogo de ida, o Santos deu a resposta às agressões dentro de campo nesta quinta. Em noite inspirada, o time brasileiro, com tradicional uniforme branco, dominou desde o início e abriu a contagem logo aos 5 minutos, em chute de Elano de fora da área. A bola fez curva e enganou o goleiro Arguello, mal posicionado debaixo do gol.

O Bolívar até tentou ameaçar a defesa santista nos primeiros minutos, mas as investidas não assustaram Rafael. Enquanto a zaga garantia a vantagem no placar, o ataque bombardeava Arguello sem enfrentar resistências. Aos 19, Henrique escapou pela lateral direita, entrou na área, sem marcação, mas desperdiçou a chance ao bater em cima do goleiro.

O segundo gol acabou surgindo na sequência da jogada. Em bate-rebate na área, Flores chegou a tirar a bola em cima da linha antes de Arguello empurrar Edu Dracena contra um marcador: pênalti. Neymar cobrou com tranquilidade aos 22 minutos e ampliou o placar.

O terceiro, e mais bonito deles, foi resultado da eficiência da dupla Neymar-Ganso. O primeiro cruzou da esquerda e o meia completou de calcanhar para as redes, aos 27. Três minutos depois, foi a vez de Alan Kardec brilhar, ao investir pelo meio, passar pelo marcador e bater no canto: 4 a 0.

Após atuar como garçom, Neymar contou com uma ajudinha do zagueiro Valverde para anotar seu segundo na partida e o quinto do Santos. Aos 36, ele escapou pela esquerda com facilidade, entrou na área e fez cruzamento rasteiro, desviado pela defesa boliviana para as redes.

O intervalo não mudou o panorama do jogo. O segundo tempo teve início semelhante ao do primeiro, com gol de Elano. Ele recebeu passe de Neymar, em mais uma assistência, e finalizou no canto esquerdo de Arguello.

Insaciável, o Santos marcou o sétimo dois minutos depois. Ganso bateu falta com categoria e contou com nova ajuda do goleiro, que pouco se esforçou para fazer a defesa. A facilidade empolgava a torcida, que gritava "olé" das arquibancadas.

Em ritmo de treino, trocando passes com tranquilidade, o Santos cravou o oitavo, com Borges, livre de marcação dentro da área. O atacante, que acabara de entrar, só precisou escolher o canto antes de bater para as redes. Ibson e Felipe Anderson também ganharam uma chance nas vagas de Arouca e Elano.

Mas foi Neymar quem continuou a brilhar em campo. O atacante quase marcou seu terceiro gol ao bater por cima do goleiro, aos 26. Arguello, porém, se recuperou rapidamente e tirou em cima da linha. Mesmo sem marcar, Neymar levantou a torcida com toques de calcanhar, bons passes e até uma carretilha sobre a defesa boliviana.

FICHA TÉCNICA

SANTOS 8 x 0 BOLÍVAR-BOL

SANTOS - Rafael; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca (Ibson), Elano (Felipe Anderson) e Paulo Henrique Ganso; Alan Kardec (Borges) e Neymar. Técnico: Muricy Ramalho.

BOLÍVAR-BOL - Marcos Arguello; Rodríguez, Frontini e Valverde; Álvarez (Siquita), Flores, Cardozo (Miranda), Campos e Lizio; Cantero (Reyes) e Arce. Técnico: Ángel Guillermo Hoyos.

GOLS - Elano, aos 5, Neymar, aos 22 e aos 36, Ganso, aos 27, Alan Kardec, aos 30 minutos do primeiro tempo. Elano, aos 5, Ganso, aos 7, Borges, aos 15 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Campos, Cantero, Flores, Frontini, Valverde.

ÁRBITRO - Martin Vasquez (Fifa-Uruguai).

RENDA - 15.060 pagantes.

PÚBLICO - R$ 535.445,00.

LOCAL - Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP).

O Vasco superou o Lanús nas cobranças de pênaltis pelo placar de 5 a 4, na noite desta quarta-feira, na Argentina, e se classificou para as quartas de final da Copa Libertadores. O triunfo com aproveitamento de 100% nas penalidades veio depois da derrota por 2 a 1 no tempo normal, placar que repetiu a vitória vascaína no jogo de ida, na semana passada.

Com a classificação, o time carioca garantiu mais um confronto brasileiro na competição, contra o Corinthians, nas quartas de final. A equipe paulista avançou ao derrotar o Emelec por 3 a 0, no Pacaembu, também nesta quarta.

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O técnico Cristóvão Borges surpreendeu nesta noite ao deixar o experiente Felipe no banco de reservas, ao contrário do que vinha testando nos últimos treinos. A mudança, porém, acabou se mostrando acertada, uma vez que o substituto de Felipe, Nilton, abriu o placar do jogo com um belo chute de fora da área aos 18 minutos. Na comemoração, ele chorou.

O gol desnorteou o Lanús e praticamente silenciou sua torcida. O time da casa passou a errar muitos passes e pouco ameaçou o goleiro Fernando Prass. Aos poucos, porém, o Vasco recuou e o jogo ficou muito disputado no meio-campo.

Após o intervalo, o Lanús veio para o tudo ou nada. Pavone conseguiu o empate aos 15, numa bobeada da zaga do Vasco, que atuou desfalcada de Dedé. Com uma arbitragem confusa do paraguaio Carlos Amarilla, que não coibia faltas desleais do Lanús, o Vasco perdeu o controle da partida na metade do segundo tempo.

Aos 35, Fernando Prass rebateu para a frente chute de Velazques e Gutierrez desempatou. Até os minutos finais, o Lanús esteve próximo de fazer o terceiro. Mas o jogo acabou com o placar de 2 a 1.

Nos pênaltis, todos os cinco cobradores do Vasco marcaram: Felipe, Juninho Pernambucano, Carlos Alberto, Renato Silva e Alecsandro. Pelo Lanús, Regueiro, Velazquez, Camoranesi e Fritzler converteram. Romero foi o responsável pela cobrança errada, que eliminou o time argentino.

FICHA TÉCNICA:

LANÚS 2 (4) X (5) 1 VASCO

LANÚS - Marchesín; Araújo, Goltz, Braghieri e Velazquez; Pizarro (Gutierrez), Fritzler, Valeri (Romero), Camoranesi e Regueiro; Pavone. Técnico: Gabriel Schurrer.

VASCO - Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Rômulo, Nilton (Felipe), Juninho e Diego Souza (Allan); Éder Luís (Carlos Alberto) e Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges.

GOLS - Nilton, aos 18 minutos do primeiro tempo. Pavone, aos 15, e Gutierrez, aos 33 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Pizarro, Pavone, Fernando Prass, Rodolfo, Braghieri, Thiago Feltri e Fritzler.

ÁRBITRO - Carlos Amarilla (PAR)

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio La Fortaleza, em Lanús, na Argentina.

O Corinthians superou a pressão, ignorou um incômodo tabu e conquistou a vaga nas quartas de final da Copa Libertadores, na noite desta quarta-feira, ao derrotar o Emelec por 3 a 0, em um lotado Pacaembu. O placar, somado ao empate sem gols do jogo de ida, garantiu um confronto brasileiro na próxima fase, entre Corinthians e Vasco.

Fábio Santos, Paulinho e Alex marcaram os gols que encerraram um tabu de 12 anos. O Corinthians não passava das oitavas desde a Libertadores de 2000, quando chegou à semifinal e foi eliminado pelo rival Palmeiras. Foram quatro participações frustradas nos últimos anos. A mais dolorosa foi marcada pela queda ainda na fase preliminar, diante do frágil Tolima, da Colômbia, no ano passado.

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Nas quartas de final, o Corinthians terá pela frente o Vasco, que avançou com uma vitória nos pênaltis sobre o Lanús, na Argentina, também nesta quarta. O duelo foi decidido nas penalidades porque o time da casa venceu por 2 a 1 no tempo normal, de virada, repetindo o placar da vitória vascaína no jogo de ida.

O JOGO - O Corinthians ignorou a pressão no começo do jogo e, empurrado pela torcida, partiu para cima do Emelec nos instantes iniciais. Logo no primeiro minuto, Paulinho apresentou o cartão de visita corintiano ao levar perigo em boa finalização de fora da área.

A tática do abafa deu resultado aos 7 minutos. Alex descolou bom lançamento para Emerson, que cruzou na área para conclusão atrapalhada de Fábio Santos. O lateral trombou com dois zagueiros antes de empurrar para as redes.

Mas o Corinthians, com até 70% de posse de bola, desperdiçou o bom momento no jogo ao recuar logo após o gol. O Emelec aproveitou a chance e passou a pressionar o time brasileiro. Em uma das melhores investidas, Figueroa encheu o pé de fora da área e assustou o goleiro Cássio, aos 17.

Passado o susto, o anfitrião retomou o domínio e reagiu com um bombardeio no ataque, com três lances de perigo em quatro minutos. Aos 21, Paulinho dominou bonito no peito e bateu firme. Dreer fez grande defesa. Na sequência, Willian escorou cruzamento de Emerson quase na pequena área e deixou escapar.

Aos 24, foi a vez de Emerson desperdiçar a chance, ao ser bloqueado pela defesa em rápida escapada pelo meio. Ainda antes do intervalo, o Corinthians quase marcou o segundo em jogada aérea, aos 41 minutos. Danilo ajeitou de cabeça dentro da área para Paulinho cabecear na trave.

Depois de crescer no jogo no final da primeira etapa, o Emelec acelerou o ritmo no segundo tempo e quase empatou no primeiro minuto. Valencia cobrou falta perigosa e exigiu grande defesa de Cássio. Foi a melhor chance dos equatorianos, que só ameaçavam em lançamentos inofensivos pela esquerda, neutralizados com tranquilidade pela defesa brasileira.

Com Alessandro no lugar de Edenílson, machucado, o Corinthians se segurava bem atrás e chegava ao ataque com o volante Paulinho, fator-surpresa. O trunfo corintiano quase marcou o segundo aos 16, ao avançar pelo meio, driblar um marcador e entrar na pequena área. A investida só não foi bem-sucedida porque o volante se enrolou com a bola e parou em Dreer.

Mas Paulinho não desistiu e, três minutos depois, garantiu a vitória corintiana. Após cobrança de falta de Chicão, o volante desviou de cabeça no meio da defesa equatoriana e acertou as redes.

A folga no placar deu tranquilidade ao time e ao técnico Tite, que mandou Douglas e Liedson a campo, nas vagas de Emerson e Willian. Liedson fora vetado do jogo de ida por deficiência física e técnica, mas teve boa participação nesta quarta.

O terceiro gol, no entanto, surgiu dos pés de Alex, em jogada iniciada por Emerson e Danilo. Alex recebeu dentro da área e, cara a cara com o goleiro, mandou para as redes aos 40 minutos, selando o placar.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 3 X 0 EMELEC

CORINTHIANS - Cássio; Edenílson (Alessandro), Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Emerson (Douglas) e Willian (Liedson). Técnico: Tite.

EMELEC - Dreer; Carlos Quiñonez (De Jesús), José Luis Quiñónez, Achilier e Bagüí; Pedro Quiñónez, Gaibor, Fernando Giménez e Valencia (Mera); Mondaini e Figueroa. Técnico: Marcelo Fleitas.

GOLS - Fábio Santos, aos 7 minutos do primeiro tempo. Paulinho, aos 19, e Alex, aos 40 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Pedro Quiñónez, Paulinho, José Luis Quiñónez, Figueroa.

ÁRBITRO - Darío Ubriaco (Uruguai).

RENDA - R$ 2.286.061.

PÚBLICO - 32.577 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Fora da final do Campeonato Carioca - perdeu a decisão tanto do primeiro quanto do segundo turno -, o Vasco entra em campo pressionado nesta quarta-feira, quando enfrenta o Lanús, a partir das 21h50, em São Januário, pelas oitavas de final da Copa Libertadores. Como terminou a fase de classificação da competição continental em segundo lugar no grupo, o time vascaíno vai ter de decidir a vaga na Argentina, na semana que vem. Por isso, precisa abrir vantagem em casa.

O técnico Cristóvão Borges disse não temer pelo emprego em caso de nova eliminação, agora na Libertadores. "Seria como se preparar para a tragédia", afirmou o comandante vascaíno. Mas ele sabe da pressão que virá das arquibancadas em São Januário, principalmente diante da provável retranca argentina. "A torcida pode ficar impaciente, ainda mais porque o Lanús deve jogar fechado. Temos de ter paciência. Mesmo assim, sabemos que vamos contar com a torcida. Ela vai jogar junto."

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O time quer voltar a repetir o bom futebol da semifinal da Taça Rio, contra o Flamengo, que sumiu na final diante do Botafogo. Cristóvão Borges ressaltou como vantagem para o Vasco a boa campanha na Copa Sul-Americana de 2011 - mesmo disputando o título do Brasileirão e depois de ter conquistado o título da Copa do Brasil, o time só foi eliminado na semifinal da competição. "Sentimos o clima de jogar fora de casa também. O mais importante é fazer valer o mando de campo", afirmou o treinador.

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