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O Santos não vai mais jogar em campo neutro o duelo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana contra o Deportivo Táchira. O clube informou nesta sexta-feira que a possível perda de mando após invasão de torcedores contra o Unión Calera foi transformada em multa. Os santistas pagaram US$ 30 mil (aproximadamente R$ 150 mil) à Conmebol e garantiram atuar em sua casa no mata-mata.

Assim que o jogo com o Unión La Calera terminou, dia 18 de maio, também na Vila Belmiro, quatro santistas invadiram o gramado. O Santos agiu rápido, reconhecendo os invasores e até registrou um Boletim de Ocorrências contra eles.

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O Santos ainda entrará na Justiça contra os invasores, buscando o ressarcimento da multa, baseado no Estatuto do Torcedor, que determina "não invadir e não incitar a invasão, de qualquer forma, da área restrita aos competidores", tendo o parágrafo único: "O não cumprimento das condições estabelecidas neste artigo implicará a impossibilidade de ingresso do torcedor ao recinto esportivo, ou, se for o caso, o seu afastamento imediato do recinto, sem prejuízo de outras sanções administrativas, civis ou penais eventualmente cabíveis."

"Será importante termos os nossos torcedores apoiando o time em mais uma decisão. Não seria certo toda a torcida ser penalizada por culpa de quatro irresponsáveis", afirmou o presidente santista, Andres Rueda.

"Vamos acionar legalmente esses invasores, buscando na Justiça o ressarcimento ao clube. Esperamos que isso não se repita, porque uma torcida e o próprio clube não podem ser prejudicados dessa forma por um ato como esse" completou o dirigente, revoltado com o ato de vandalismo.

Em alta na Copa Libertadores e garantido na grande final do Campeonato Gaúcho, o Internacional tem um jogo decisivo, nesta terça-feira (11), que pode encaminhar a sua classificação para as oitavas de final e, de quebra, garantir a liderança do Grupo B. Fora de casa, o time colorado visita o Deportivo Táchira, no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal, na Venezuela, às 19h15 (horário de Brasília), na abertura da quarta rodada.

O Internacional chega embalado para esse duelo. Afinal de contas, nos últimos sete jogos, aplicou cinco goleadas, duas delas na Libertadores e uma delas, inclusive, contra o Deportivo Táchira, por 4 a 0 e depois na última rodada, fez 6 a 1, no Olímpia, do Paraguai. Atualmente está dividindo a primeira colocação do Grupo B com o Always Ready-BOL, ambos com seis pontos, mas os brasileiros ficam na frente no saldo de gols (7 contra 3). O time ainda lamenta a derrota inicial, por 2 a 0, na altitude para o Always Ready.

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Do outro lado, o Deportivo Táchira até estreou bem, vencendo o Olímpia, por 3 a 2, mas depois fez dois jogos fora e não conseguiu mais pontuar, contra os líderes da chave. Por isso, está na quarta e última posição do grupo, com três pontos ganhos e cinco gols negativos de saldo. Não balança as redes desde o primeiro jogo e por isso, uma vaga na Sul-Americana, caso fique em terceiro, também é vista com bons olhos.

O técnico Miguel Ángel Ramírez tem apenas uma dúvida para armar o time titular, mas viajou para a Venezuela com força máxima. Isso porque, o meia Carlos Palacios sentiu uma contusão na perna esquerda no jogo de volta das semifinais do Campeonato Gaúcho, na goleada por 4 a 1 em cima do Juventude, e apesar de ter ido junto com a delegação, será reavaliado momentos antes do inicio do duelo.

Caso não tenha condições de jogo, outros três jogadores disputam a titularidade. O favorito para ficar com a vaga é Marcos Guilherme, substituto mais constante no meio-campo e inclusive foi quem atuou na goleada contra o Olímpia, quando Palacios também ficou de fora. Yuri Alberto e Caio Vidal também estão no páreo.

O recém-contratado atacante Taison retorna ao time titular, afinal ele não está inscrito no Estadual e está atuando apenas nos jogos da Libertadores. O volante Edenilson por sua vez, que saiu sentindo dores de campo no sábado, também está à disposição e será titular. No mais, a base segue sendo a mesma.

"Nosso time está leve, jogando com naturalidade e marcando muitos gols. Aos poucos nós estamos aumentando nossa intensidade e a temporada vai ser muito positiva", disse o lateral Moisés antes do embarque no domingo. A delegação parou em Manaus para o reabastecimento do avião e depois seguiu para a Venezuela. Na segunda-feira fez um treino leve.

Do outro lado, o Deportivo Táchira vem embalado após uma vitória contra o Trujillanos pelo Campeonato Venezuelano e agora lidera o Grupo A da competição nacional. Visto isso, o técnico Juan Tolismano deve manter o time titular que entrou em campo no final de semana e vem trabalhando em especial o setor ofensivo, para que a equipe consiga voltar a balançar as redes na Libertadores.

Já classificado para as oitavas de final, o Corinthians deixou para trás os tempos de vitórias apertadas e atuações mornas na noite desta quarta-feira. Em sua partida de menor importância nesta Copa Libertadores, o time do técnico Tite jogou solto e não teve dificuldade para golear o Deportivo Táchira-VEN por 6 a 0, no Pacaembu, na sua despedida da fase de grupos.

Com a primeira goleada do ano, o Corinthians garantiu a primeira colocação do Grupo 6, com 14 pontos, e assegurou ao menos a terceira melhor campanha desta fase - o Fluminense ficou no topo geral ao vencer o Arsenal, de Sarandí, nesta quarta.

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Eliminado, o Táchira encerrou sua participação na Libertadores com a última posição da chave, com apenas três pontos. A outra vaga do grupo ficou com o Cruz Azul, do México, que chegou aos 11 pontos ao bater o Nacional.

O Corinthians agora vai aguardar os resultados desta quinta-feira para definir sua posição final entre os melhores e descobrir quem será seu adversário nas oitavas de final. O time de Tite tem chance de cruzar com o Internacional na próxima fase.

O JOGO - Com a vaga garantida nas oitavas, o Corinthians fez um início de jogo lento, de seguidas trocas de passe, muita presença no meio-campo e pouca inspiração nos primeiros minutos. Parecia repetir o roteiro morno (e tão criticado) das suas últimas partidas na competição.

O gol de Danilo, de cabeça, em jogada de bola parada, aos 17 minutos, só confirmava a trajetória corintiana na Libertadores. O meia marcou seu terceiro na Libertadores, mantendo a rotina de um gol em cada jogo do time no Pacaembu.

O roteiro, porém, sofreu uma reviravolta aos 26 minutos. Sem se contentar com a vantagem simples no marcador, o Corinthians foi para o ataque e buscou o segundo gol. A jogada se iniciou com Liedson, que puxou ataque do meio-campo e costurou tabela com Paulinho até a área. Avançando pela esquerda, o atacante cruzou rasteiro e o volante só empurrou para as redes.

O segundo gol deixou o time brasileiro ainda mais solto em campo. Já classificado, o Corinthians controlava o jogo com tranquilidade, não era ameaçado na defesa e aproveitava a fragilidade do adversário para se manter no ataque. Aos 32, Liedson percebeu o goleiro adiantado e tentou por cobertura, para fora.

Três minutos depois, a defesa venezuelana deu boa contribuição para o domínio brasileiro. O zagueiro Rouga acertou Danilo em jogada violenta e foi expulso de campo, deixando o Corinthians em vantagem numérica.

Após abrir boa vantagem, Tite decidiu poupar Chicão, com desconforto na perna direita, logo no início da segunda etapa. O zagueiro foi substituído por Welder, que assumiu a lateral-direita e deslocou Edenílson para o meio-campo. O volante ocupou a vaga de Ralf, improvisado no lugar de Chicão. Na sequência, o treinador trocou Danilo, apontando dores na coxa, por Douglas.

As mudanças, no entanto, pouco influíram no ritmo corintiano. Mesmo mais lento, em razão da boa vantagem no placar, o time seguiu controlando a posse de bola, envolvendo o rival. Assim, não demorou para chegar ao terceiro gol. Aos 17, Jorge Henrique recebeu passe de Paulinho na direita e encheu o pé dentro da área. A bola acertou a trave antes de entrar: 3 a 0.

Sem enfrentar resistência, o Corinthians marcou mais dois com facilidade. No primeiro, Emerson bateu firme, sem defesa para o goleiro Rivas, ao aproveitar sobra de cruzamento de Jorge Henrique, aos 24. Dois minutos depois, o mesmo Emerson sofreu falta dentro da área. Liedson errou a cobrança do pênalti, mas anotou o quinto gol corintiano ao pegar o rebote.

Inspirado, Liedson acertou o travessão aos 29 minutos, antes de gerar nova penalidade para o time brasileiro. Ele investia pela direita, dentro da área, quando foi derrubado. Desta vez, Douglas assumiu a responsabilidade da cobrança. E não decepcionou. Bateu firme no canto, cravou o sexto gol corintiano e selou a vitória tranquila, aos 38.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 6 X 0 DEPORTIVO TÁCHIRA

CORINTHIANS - Júlio César; Edenílson, Chicão (Welder), Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique, Emerson (Willian) e Liedson. Técnico: Tite.

DEPORTIVO TÁCHIRA - Rivas; Chacón, Ángel, Rouga e Arocha (Clavijo); Villafraz (Guerrero), Fernández, García, Parra (Díaz); Cásseres e Arias. Técnico: Jaime De la Pava.

GOLS - Danilo, aos 17, e Paulinho, aos 26 minutos do primeiro tempo. Jorge Henrique, aos 17, Emerson, aos 24, Liedson (pênalti), aos 26, e Douglas (pênalti), aos 38 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Parra, Díaz, Chacón.

CARTÃO VERMELHO - Rouga.

ÁRBITRO - Patricio Polic (CHI).

RENDA - R$ 1.624.785,00.

PÚBLICO - 27.379 pagantes.

LOCAL - Estádio do Pacaembu, em São Paulo.

Estudioso que é, Tite sabe que uma boa vitória do Corinthians diante do Deportivo Táchira, nesta quarta-feira, às 21h50, no Pacaembu, trará benefícios para a sequência da Libertadores. Lutando para terminar entre os três melhores da fase de grupos, a ordem é partir para o ataque para buscar dois propósitos: garantir vantagem de decidir em casa até pelo menos as quartas de final e fugir das pedreiras já nas oitavas de final.

O treinador passou algumas horas da última semana analisando as probabilidades de confrontos nas oitavas de final e deduziu que, ganhando nesta quarta-feira, o Corinthians terá um jogo com menos grau de temor para seus torcedores. "Nesse momento, não gostaria de enfrentar um time brasileiro, são muito fortes, consistentes. Também não queria pegar o Boca Juniors, por sua tradição. Mas não fujo do pau. Se tiver de encarar agora, vamos pra cima", afirmou Tite.

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"Nunca abrimos mão da possibilidade de ser primeiro no Paulista. Agora, vamos continuar trabalhando assim, em busca da melhor colocação. Não podemos desistir da possibilidade de buscar o melhor. Vejo a importância de manter o bom futebol, mesmo com a pressão do resultado para uma melhor classificação", afirmou Tite, tentando manter o elenco corintiano motivado mesmo com a classificação para as oitavas de final já garantida. "E já coloquei a pressão no time."

Tite tenta evitar as pedreiras, mas faz questão de não diminuir a força dos outros classificados que pode ter pela frente. Nada, por exemplo, de menosprezar um possível duelo contra o Emelec, que se classificou no sufoco, depois de fazer competição de altos e baixos.

"Eu não queria ter o Corinthians como adversário, mas sei que uma melhor classificação agora não credencia a nada. É um campeonato muito difícil, são dois jogos e, se pega um dia ruim, pode ficar fora", disse Tite. "Carrego exemplos de oito Libertadores que disputei, de resultados da Copa do Brasil e do próprio duelo com o Flamengo em 2010 para não ser surpreendido ou menosprezar alguém".

Com várias opções para escalar o time nesta quarta-feira, Tite optou pelo "melhor do momento" e repetiu a escalação utilizada diante do Nacional, semana passada, no Paraguai, também pela Libertadores. Assim, o meia Alex, de volta aos treinos com bola após se recuperar de contusão muscular, será preservado e fica fora até do banco de reservas diante do Deportivo Táchira, para ter mais dois treinos fortes para as decisões que vêm pela frente.

O Corinthians se reencontra nesta quarta-feira com a sua eterna obsessão, a Libertadores, tentando transformá-la numa competição como outra qualquer. "A Libertadores é pequenininha perto do Corinthians", discursou o novo presidente do clube, Mário Gobbi. A estreia diante do Deportivo Táchira, às 22 horas (horário de Brasília), na Venezuela, evidencia os sinais desse novo comportamento corintiano, defendido pela comissão técnica e pela diretoria.

Desta vez, ninguém fala em favoritismo, como foi no ano do centenário (2010). E o fiasco diante do Tolima, no ano passado, ainda está fresco na memória corintiana. Ao contrário de outras edições da Libertadores, a aposta agora é na força do grupo. É no time que, segundo o técnico Tite, tem "alma". Nenhuma estrela foi contratada para se juntar ao campeão brasileiro. O principal reforço, por exemplo, estará no banco de reservas: o meia Douglas.

As últimas participações do clube na Libertadores foram marcadas pela presença de astros, como Carlitos Tevez (2005) e Ronaldo e Roberto Carlos (em 2010 e 2011). Mas há uma ironia: o jogador que foi contratado para ser o "cara" da equipe mal jogou desde que chegou ao clube: Adriano, que nem sequer viajou para a Venezuela e continua fora do time.

O Corinthians "galáctico" do passado na Libertadores virou o Corinthians "operário" de Tite. Trata-se do comandante que tem o grupo nas mãos e põe titulares no banco sem cerimônias, além de ter sobrevivido ao fracasso decorrente da eliminação frente ao Tolima. O técnico diz que, agora, o time tem de mostrar que está mais maduro porque entra na sua terceira participação consecutiva.

"Não podemos jogar numa Bombonera e ver a bola ficar queimando no nosso pé", disse Tite, numa de suas várias entrevistas no CT do Parque Ecológico, citando o temido estádio do Boca Juniors, que, por sinal, volta à competição neste ano.

O elenco que estreia na Libertadores é basicamente o que mesmo venceu o título do Brasileirão. Todos os titulares foram mantidos. Este é outro ponto importante realçado por Tite. Segundo ele, a derrota para o Tolima, na fase preliminar da Libertadores do ano passado, deveu-se, em parte, à saída de alguns jogadores importantes do time. "Nós disputamos a Libertadores de 2011 sem um mínimo de ajuste físico, impossível pelo tempo (de treinamento), e técnico, pela saída do Elias, do William", comparou o treinador.

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