Tópicos | ex-bispo

O ex-arcebispo australiano Philip Wilson, condenado a um ano de detenção por encobrir abusos sexuais contra crianças, não irá para a cadeia, após um juiz lhe conceder nesta terça-feira (14) progressão para prisão domiciliar.

Philip Wilson, de 67 anos, foi condenado em maio passado por acobertar os abusos do padre pedófilo Jim Fletcher nos anos 70 no estado de Nova Gales do Sul.

Nesta terça-feira, o juiz Robert Stone anunciou que Wilson não precisará cumprir a pena na prisão, diante de sua idade avançada e das más condições físicas e mentais.

Mas Wilson deverá utilizar uma tornozeleira eletrônica, segundo o jornal Newcastle Herald.

Wilson foi padre em Nova Gales do Sul até ser nomeado pelo Papa João Paulo II como bispo de Wollongong, em 1966, e cinco anos depois se tornou arcebispo de Adelaide.

Renunciou ao posto de arcebispo em julho, após o premier australiano, Malcolm Turnbull, pedir ao Vaticano para afastá-lo do cargo.

Um antigo bispo britânico, pelo qual a família real intercedeu para que não fosse acusado, foi condenado nesta quarta-feira (7) a 32 anos de prisão por abuso de menores.

Peter Ball, ex-bispo de Lewes (sul da Inglaterra), se declarou culpado de negligência em cargo público e abusos sexuais contra adolescentes que aspiravam o sacerdócio, delitos cometidos há mais de 20 anos.

O acusado de 83 anos abusou de sua posição para convencer "vários indivíduos a cometer ou se submeter a atos de natureza sexual como se fosse parte de seu austero regime de devoção", repreendeu o juiz.

Ball esteve a ponto de ser culpado em 1993 por estes atos, mas algumas personalidades, incluindo um membro da família real cujo nome não foi divulgado, se manifestaram a seu favor, afirmou durante o juízo.

O ex-bispo descreveu uma vez o príncipe Charles, herdeiro ao trono, como "um fiel amigo". A Igreja anglicana da Inglaterra, da qual Ball fazia parte, pediu "desculpas sem ressalvas".

"É motivo de profunda vergonha e arrependimento que um bispo da Igreja da Inglaterra tenha sido condenado por uma série de delitos cometidos durante 15 anos contra 18 jovens", afirmou a instituição em um comunicado. "Não há desculpas", completou.

O advogado Richard Scorer, que representou várias das vítimas, disse que "é um escândalo que (Ball) tenha demorado tanto para enfrentar a justiça por seus horrendos delitos".

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando