Tópicos | FCH

Rebatendo as declarações do vereador do Recife André Regis que afirmou, nesta terça-feira (4), que o ex-presidente Lula não aproveitou o legado deixado por Fernando Henrique Cardoso, o vereador Jairo Britto (PT) saiu em defesa do petista.  "A gente sabe o caos que estava a economia com a saída de FHC, que chegou até a solicitar a Lula autorização para poder pedir empréstimo ao Fundo Monetário Nacional", disparou.

Jairo também disse que é preciso "discutir verdadeiramente" os fatos. "É preciso passar a limpo o Brasil. Lula não pode ir a um restaurante? No interior, ele encheu de gente. Lula lidera todas as pesquisas para ser o presidente do Brasil, outros não passam de 10%. O outro que voltou para o Senado não chega a um 1%", disse sem citar o nome do senador Aécio Neves (PSDB), que tinha sido afastado do mandato e que voltou recentemente.

##RECOMENDA##

"Fico preocupado com essa discussão de que os outros são ruins e o meu é bom. Conhecemos a verdade. As universidades com FHC foram um verdadeiro caos. É fácil também comparar o desenvolvimento do Nordeste nos oito anos do governo Lula e de FHC", continuou a defender.

O parlamentar disse que o PT, após Lula, voltou a eleger alguém da sigla enquanto o partido de FHC, o PSDB, "não elegeu mais ninguém". "Foi Lula, depois Dilma pela primeira vez e depois pela segunda vez. Infelizmente, o golpe aconteceu".

Na sua explanação final, voltou a se direcionar a André Regis. "Portanto, a gente precisa passar  a política a limpo. É verdade, vereador, que fica difícil com o sistema político, pessoas que tenham  respeito e consideração pela política, que faz da política um trabalho sério, mas sim um discurso sem tendência, mais positivo e proativo. Assim conseguiremos mudar a política no Brasil e aqueles que erraram que sejam condenados", concluiu.

A campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) não saiu do eixo. A estratégia abordada no segundo turno foi investir em abordagens contra o  postulante adversário. Relembrar o passado, desenterrar as falhas da gestão do partido e do próprio candidato tem sido uma constante. E nessa reta final, o discurso permanece o mesmo. 

Em ato de campanha realizado em Uberaba – MG, a presidente Dilma Rousseff voltou a declarar que a oposição representa o retrocesso, pois sob o comando de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) o país bateu recorde de desemprego. “Nós sabemos quem é que no passado desempregou. Sabemos quem é que bateu o recorde de desemprego em 2002: o governo de Fernando Henrique Cardoso”,declarou Dilma, informando que em 2002 o Brasil alcançou a marca de 11 milhões de desempregados, ficando atrás apenas da índia (41 milhões).

##RECOMENDA##

A presidente que também é conterrânea do seu rival, ressaltou que pretende investir em Minas Gerais. "Numa eleição a gente tem de voltar às raízes, olhar de onde e de quem nós saímos e eu saí do berço mineiro, saí dessa terra das Gerais. Temos a única política dos últimos anos de construção de habitação, que é o Minha Casa Minha Vida. Vamos transformar e trazer desenvolvimento para Minas Gerais e vamos à vitória no dia 26", pontuou Dilma Rousseff.

Um das figuras centrais do convenção nacional do PSDB que oficializou a candidatura presidencial de Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso considera que o próximo passo da campanha será o de "popularizar" o tucano entre os eleitores.

A avaliação de FHC ocorreu em conversa com o Broadcast Político logo após a convenção, realizada em São Paulo, neste sábado. Um dos focos do evento foi a tentativa de demonstrar união dos integrantes do PSDB paulista em torno da candidatura de Aécio.

##RECOMENDA##

"O próximo passo é caminhar junto com o povo, o tempo todo. É popularizar mais a campanha", afirmou o ex-presidente. O tucano também falou sobre a decisão da coordenação de comunicação de campanha de explorar o mote da "mudança". "A gente está sentido que o povo quer coisa diferente, quer pôr fim a todo esses desmazelos, à falta de atenção. O Aécio representa isso, pois é uma pessoa querida, empenhada, democrática, que tem energia para levar o Brasil para o futuro", ressaltou.

Após o evento, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-governador José Serra também falaram ao Broadcast Político sobre a participação deles na campanha presidencial do mineiro.

"Vamos trabalhar bastante, o Aécio tem uma boa receptividade em São Paulo. Além disso, acho que campanha é esperança de melhorar o Brasil. O País tem perdido oportunidades, não fez as reformas, ficou caro, com a economia estagnada", disse Alckmin. "É preciso criar uma agenda positiva para o desenvolvimento e avanço da qualidade de vida da população", acrescentou.

Adversário de Aécio dentro do PSDB pela indicação do partido para a disputa presidencial, José Serra disse que participará "no que for necessário" na campanha. "Vou estar na campanha, em São Paulo, ajudando a nacional o tempo todo. No que for necessário, estarei inteiramente disponível para isso".

A aproximação de Aécio com as principais figuras de São Paulo é considerada um das principais "vitórias" por integrantes da cúpula do PSDB de Minas Gerais. Isso se deve ao fato de que, nas eleições de 2010, quando o candidato do PSDB à Presidência foi José Serra, ele perdeu para Dilma Rousseff em Minas Gerais, reduto eleitoral de Aécio e segundo maior colégio eleitoral do país. Na ocasião, chegou a ser criado informalmente o movimento "Dilmasia" composto pela campanha de Dilma e o então candidato ao governo de Minas, Antônio Anastasia (PSDB), que hoje ocupa a coordenação de campanha de Aécio.

"Alcançamos todos os objetivos que foram fixados na pré-campanha. O primeiro deles era unificar o partido. Uma forte inserção em São Paulo é um trabalho que vinha sendo capitaneado", afirmou o presidente estadual de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso acredita que a instauração da Comissão da Verdade, voltada para esclarecer violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, vai permitir abrir as "portas para uma reconciliação".

Ele participou da cerimônia de posse dos sete integrantes da comissão, na manhã desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, ao lado da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes José Sarney, Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Collor.

##RECOMENDA##

"Eu acho que a presidente (Dilma) falou por todos nós, é um dia importante para o Brasil, com esse espírito de reconhecer a verdade, guardar na memória e ao mesmo tempo abrir as portas para uma reconciliação. Aqui é uma questão de Estado, não é política", afirmou Fernando Henrique Cardoso a jornalistas, após a cerimônia.

"Uma coisa é a Justiça, outra a memória. E aqui se trata de ver a memória, a interpretação que cada um dará, mas os fatos são os fatos, a comissão tem de revelar os fatos."

Sancionada pela presidente em novembro passado, a lei que cria a Comissão da Verdade fixa como objetivos do grupo "esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos" ocorridos entre 1946 e 1988 e "promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres".

A lei também estabelece que é "dever dos servidores públicos e dos militares" colaborar com o grupo. As atividades da comissão, ressalta o texto, não terão "caráter jurisdicional ou persecutório". A partir da sua instauração, a comissão terá um prazo de dois anos para concluir os trabalhos e apresentar um relatório.

A Comissão da Verdade é formada por José Carlos Dias, Gilson Dipp, Rosa Maria Cardoso da Cunha, Cláudio Fonteles, Paulo Sérgio Pinheiro, Maria Rita Kehl e José Paulo Cavalcanti Filho.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando