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A poucos dias do encerramento das atividades em Pernambuco, unidades do Extra hipermercado vivem em clima de queima de estoque. No Recife, o centro comercial, pertencente ao Grupo Pão de Açúcar, localizado no bairro do Benfica, Zona Oeste, já apresenta expositores vazios e áreas interditadas.

Enquanto o locutor da rádio da unidade relembra que o encerramento das atividades está prestes a se concretizar, quase que na mesma intensidade, fala dos produtos em promoção, o que instiga ainda mais os clientes.

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Carros e cestas de compras são itens raros no espaço. Mas, isso não é um problema para os consumidores que improvisam com caixas de papelão, baldes e engradados achados no espaço. Movimentação nos caixas, filas a perder de vista. A ordem, segundo os funcionários, é vender tudo e baixar os preços ainda mais.

A unidade, em breve, irá se tornar um Assaí. A mudança não garante a contratação dos mais de 200 funcionários do Extra Benfica. À reportagem, Plínio*, trabalhador do local, conta que uma parte dos contratados foram remanejados para outros estabelecimentos pertencentes ao Grupo Pão de Açúcar. “Só aqui tem mais de 200 funcionários, boa parte já está em outro lugar, foi remanejado. Eu preferi ir no grupo do corte”, relatou.

A informação do remanejamento foi confirmada por *Maria, outra contratada da unidade. Maria diz que os funcionários ainda em atividade no local serão desligados, incluindo ela. Ao LeiaJá, os funcionários apontam o dia 15 de janeiro como último dia. No entanto, de acordo com a assessoria do Extra, a data do encerramento ainda não foi definida.

A única certeza que Maria* tem, além do desligamento, é que nenhum produto pode sobrar. “Os preços vão baixar ainda mais. Vai ter um dia que as coisas serão vendidas a preço de banana”, ressalta.

Segundo a comunicação,  ao ser questionada sobre o destino dos colaboradores, um processo de mapeamento está sendo conduzido pelo grupo para "entender o interesse individual e, desta forma, direcionar os esforços para que a transição seja feita de maneira humanizada". 

No espaço onde está localizado o Extra, unidade Benfica, também funcionam estabelecimentos de vários segmentos. Com o encerramento das atividades, essas lojas também fecharão as portas. "Aqui em baixo já encerrou, a gente só está recolhendo as coisas. Temos até o dia 7 [de janeiro] para recolher tudo",  conta Marina*, funcionária de uma perfumaria.

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Incertezas 

Enquanto uns já sabem os destinos após o fechamento do local, os funcionários terceirizados vivem dias de incertezas. Ao LeiaJá, Diego* relata que não sabe para onde vai, tampouco, se terá o contrato mantido pelo novo dono do espaço.

“Vai fechar tudo. Eu e o pessoal de farda branca e azul somos terceirizados e não sai o que vai ser da gente”. Ele conta esperançoso que espera permanecer no local, mesmo com a troca de marca. “Espero muito isso. Se Deus quiser, a gente vai ser contratado pela nova empresa”, menciona enquanto levanta as mãos em um gesto de súplica aos céus.

Bruno*, que também é contratado por uma empresa terceirizada, conta, sem muita perspectiva, que os dias para a saída do local são sentidos com certa ansiedade, principalmente, pelo medo do desemprego. “A gente escuta sobre deslocamento dos funcionários, mas não tem nada concreto. Meu medo é não ter mais vaga para mim, ficar desempregado”.

Venda

De acordo com informações enviadas pela assessoria do Extra, o acordo firmado entre o Grupo Pão de Açúcar e o Assaí Atacadista consiste na venda de 70 pontos comerciais, onde funcionam unidades do Extra Hiper. O contrato firmado entre as duas empresas ainda tem etapas a serem concluídas. "A lista de lojas envolvidas na operação será divulgada assim que essa informação for disponibilizada ao mercado", explica a comunicação or meio de nota.

O texto enviado à reportagem salienta que independente de qual marca venha a assumir as mais de 100 unidades do Extra Hiper, espalhadas em todo território nacional, "está prevista a geração de empregos. Além disso, pelo perfil da operação, uma loja Assaí gera até o dobro de empregos do que um Extra Hiper - portanto, o movimento de conversão gerará ainda novos postos de trabalho nas cidades contempladas", finaliza. 

O hipermercado Extra foi condenado pela Justiça paulista a pagar R$ 458.240 por constranger um menino negro de 10 anos. O garoto foi levado à uma sala e obrigado a provar que havia pago as mercadorias que estava carregando e mesmo depois de apresentar nota fiscal foi ameaçado por um segurança. O fato aconteceu na unidade que fica na Marginal Tietê, zona oeste da capital, em 2011.

Apesar de o local em questão ser administrado pela Novasoc Comercial Ltda, a decisão judicial alega que não pode ser excluída a responsabilidade da rede como um todo. Além disso, o magistrado que proferiu a sentença disse que “o Extra limita-se, basicamente, a armar que a criança estaria mentindo e que os funcionários estariam falando a verdade”.

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Consta no processo que “a materialidade e autoria do crime de constrangimento ilegal, cárcere privado e injúria, foram devidamente apurados em inquérito policial, não sendo verdadeira a armação de que a autuação ocorreu em virtude daquilo veiculado pela mídia”.

O Extra recorreu da decisão e esta é a segunda vez que a empresa tem seu pedido de recurso negado.

As lojas do Extra Hiper no Nordeste realizam nesta terça-feira (24) o “Madrugadoida”, ação que oferece promoções durante toda a madrugada. Entre às 0h e 6h, vários produtos estarão com descontos de até 50% .

Serão apresentadas ofertas no setor de eletro, como tablets, notebooks e TVs, além de 50% de descontos em brinquedos e 30% em todos os whiskys e vinhos. Também estarão em promoção produtos típicos da ceia de Natal, como bacalhau e azeite. 

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Com informações da assessoria

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