Tópicos | investimento público

   O ex-senador Armando Monteiro (PSDB) comentou sobre o relatório do Tesouro Nacional, nesta segunda-feira (14). O relatório mostra que Pernambuco está nas últimas posições dentre todos os Estados brasileiros no quesito investimento público.

No levantamento, Pernambuco aparece em 17° lugar no volume de investimentos absolutos e cai para a 24ª posição quando considerados os investimentos em relação ao que foi arrecadado (receita corrente líquida). 

##RECOMENDA##

Em investimentos público, Pernambuco ficou em 17° lugar no ranking nacional, com R$ 1,8 bi de recursos investidos. Bahia (R$ 5,6 bi), Alagoas (R$ 3,9 bi), Ceará (R$ 3,8 bi), Maranhão (R$ 2,9 bi) e Piauí (R$ 1,9 bi) ficaram à frente do estado. Em  investimento sobre o que foi arrecadado pelo Estado (receita corrente líquida), Pernambuco despenca para a 24ª posição, com um percentual de 5,6%, metade da média nacional. Piauí aparece com (16,4%), Maranhão (15,8%), Ceará (15,1%), Bahia (12,4%), Paraíba (9%) e Sergipe (5,9%). No Nordeste, apenas o Rio Grande do Norte, com 5,3%, teve índice menor que Pernambuco. 

Críticas

O desempenho foi alvo de críticas do ex-senador Armando Monteiro. "Diferentemente do que o governo alardeia, o desempenho de Pernambuco no que toca aos investimentos públicos estaduais é constrangedor, e demonstra claramente a incapacidade do governo do PSB. Os dados divulgados pelo relatório do Tesouro Nacional, pasmem, indicam que Pernambuco foi ultrapassado largamente por Bahia, Ceará, Alagoas, Maranhão e o Piauí, este último com receita estadual três vezes menor do que a de Pernambuco. Já Alagoas, cuja receita estadual é menos da metade de Pernambuco, investiu mais de duas vezes”, compara. 

O ex- senador ainda pontuou o crescimento da arrecadação. “E mesmo que 2021 tenha sido um ano extraordinário para o conjunto de estados do País, com crescimento de arrecadação de quase 30%, Pernambuco ainda ficou nessa posição vexatória”, cravou.  

O investimento público do Brasil ficou abaixo da média dos países emergentes e da América Latina, nas duas últimas décadas. É o que conclui relatório com avaliação da gestão do investimento público no Brasil, divulgado hoje (30) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

No período de 1995 a 2015, o investimento público no Brasil foi, em média, de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Já os países emergentes registraram 6,4% e os países da América Latina, 5,5%.

##RECOMENDA##

Em 2015, o estoque de capital público era de apenas 35% do PIB, em comparação com a média de 92% das economias emergentes e 86% da América Latina.

O relatório ressalta que há uma grande margem para aumento da eficiência do investimento público no Brasil. O hiato de eficiência do Brasil em relação aos países mais eficientes é de 39%. Esse resultado é maior do que a média observada nos demais países emergentes (27%) ou da América Latina (29%).

O documento propõe um plano de ação que recomenda, entre outros pontos, fortalecer a priorização estratégica do investimento público e desenvolver um banco de projetos de alta qualidade; padronizar os procedimentos de avaliação e seleção de projetos; e o aperfeiçoamento das análises e da estrutura dedicada às concessões e parcerias público-privadas.

O relatório é resultado de uma missão do FMI, solicitada pela Secretaria do Tesouro Nacional, realizada ao longo do segundo semestre de 2017. Foram avaliados 15 temas chaves, relacionados às fases de planejamento, alocação de recursos e implementação de projetos.

Falta de planejamento

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que os investimentos públicos são baixos no país por falta de espaço fiscal. “Se não fizer reforma da Previdência, a tendência é o investimento cair ainda mais”, destacou. Ele avaliou ainda que os investimentos no país são mal planejados, avaliados e executados.

Segundo Mansueto, as obras não têm, por exemplo, um planejamento do fluxo orçamentário. “Uma obra que será executada ao longo de três, quatro anos, não tem planejamento do fluxo orçamentário ao longo desse período. As obras são interrompidas, depois retomadas, e tem de fazer aditamento de contrato, com renovação de custos", declarou.

Além disso, segundo ele, quando há frustração de receitas orçamentárias as verbas dos investimentos, muitas vezes, são sacrificadas" para cumprir as metas fiscais.

A falta de verba para os blocos do Carnaval de Olinda foi motivo de protesto da deputada Terezinha Nunes (PSDB), nesta quinta-feira (27), durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A tucana citou o caso da Troça Carnavalesca Mista Mulher do Dia, segundo boneco gigante mais popular do Carnaval pernambucano, que está ameaçada de não sair por falta de recursos.

Para Nunes, além de ser apontada como uma cidade de obras inacabadas, devido à inércia do poder público municipal, agora Olinda ameaça o brilho do Carnaval Pernambucano. “O descaso com as tradicionais atrações carnavalescas de Olinda passou dos limites e está expondo o Estado a uma situação vergonhosa”,  protestou a deputada ao criticar o fato do município não socorrer a agremiação que precisa de  R$ 20 mil para poder desfilar pelas ruas e ladeiras da cidade. “Não bastasse o vexame no final da semana passado, quando os carregadores dos bonecos se recusaram a participar da corrida dos Bonecos Gigantes por falta de pagamento, agora vem mais essa notícia que nos envergonha”, declarou a tucana

##RECOMENDA##

Segundo a deputada, é preciso que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), cobre do prefeito do município, Renildo Calheiros (PCdoB), uma explicação para os fatos que estão acontecendo, afinal, eles são aliados políticos e o Carnaval de Olinda não precisa passar por esse descaso.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, afirmou nesta terça-feira que o investimento público no Brasil cresceu 51% desde que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado. "O crescimento do investimento tem aumentado duas vezes o que tem crescido o PIB (Produto Interno Bruto)", disse. Miriam defendeu a importância dos investimentos na economia nacional. "É importante perceber como investimento se tornou um dos nossos grandes motores do crescimento", afirmou, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso para discutir o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014.

Ela citou uma pesquisa feita com mais de mil diretores executivos do mundo, que foram questionados sobre quais países têm intenção de investir. De acordo com Miriam, o Brasil foi o terceiro da lista, depois de China e Estados Unidos. "O País é percebido como um País de oportunidades", defendeu. A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão disse que o momento que vive o Brasil é fruto de uma política econômica "que deixou de pensar, exclusivamente, nas crises, em como superá-las, e passou a incorporar a busca do crescimento com redução das desigualdades sociais e regionais no país".

##RECOMENDA##

Miriam afirmou que, nos últimos dez anos, o governo incorporou "novos motores" à economia. Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, em 2000, a economia nacional estava centrada, fundamentalmente, nas exportações. Depois disso, foi incorporado o mercado interno, em 2005. Com o lançamento do PAC, em 2007, conforme Miriam, o novo fator é o investimento. Depois disso, em 2009, o programa Minha Casa, Minha Vida trouxe o fortalecimento do setor de construção civil. "Esse novo modelo foi capaz de fazer algo que nunca aconteceu no País, que é crescer reduzindo desigualdades. Saímos da história de crescer para dividir o bolo. O país cresceu dividindo o bolo, simultaneamente", disse.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando