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Depois de virar "hospedeiro" da Rede Sustentabilidade, cujos candidatos acolherá em 2014, o PSB trabalha para ter no Rio um palanque que sirva à decolagem da chapa Eduardo Campos-Marina Silva. Ainda sem muitas alternativas, os socialistas começam a receber acenos de pré-candidatos ao governo estadual. Lindbergh Farias (PT) sonha com um acordo ainda no primeiro turno. Anthony Garotinho (PR) fala em apoiar três candidatos a presidente - um deles, a própria Marina, se houver a inversão de posições na chapa. O PSB prioriza uma candidatura a governador que não divida apoios a candidatos a presidente e pode optar pelo deputado Miro Teixeira (PROS-RJ).

Na última eleição presidencial, a ex-ministra foi a segunda colocada no primeiro turno de votação no Estado, com 31,52%, à frente de José Serra (PSDB), com 22,53%. A presidente Dilma Rousseff chegou a 43,76%. Além dos votos, o perfil da ex-senadora - com discurso ambientalista, do agrado da zona sul, e referências religiosas, populares em áreas pobres, com forte presença evangélica - torna-a atraente para candidaturas.

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"Quero abrir um espaço de diálogo com o PSB do Rio. Se possível, para estarmos juntos já no primeiro turno. Senão, pelo menos no segundo", disse Lindbergh.

Garotinho avalia que o quadro político ainda está indefinido. Ele revelou que, se o Planalto continuar a, segundo alegou, exclui-lo do palanque do governo federal no Rio, poderá apoiar as candidaturas de Aécio Neves (PSDB) no interior, Dilma na Baixada Fluminense e Marina na capital.

"Meu voto no interior é mais conservador. Na Baixada, mais popular. Na zona oeste da capital, muito evangélico", disse ele. Um possível slogan dessa linha de campanha, segundo disse, seria: "Presidente cada um tem o seu, mas governador é Garotinho".

Um dos principais quadros da candidatura Eduardo Campos no Rio, o deputado Glauber Braga (PSB) afirmou acreditar que a aliança com Marina facilitará a construção de um palanque regional para o candidato a presidente.

"Estudamos uma candidatura própria ao governo, possivelmente do ex-ministro José Gomes Temporão, mas também estamos dialogando com partidos. Nosso interesse prioritário é gerar um palanque para Eduardo Campos", afirmou.

Antigos amigos petistas da ex-senadora Marina Silva, como o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (AC), e o ex-governador do Acre e atualmente secretário de articulação do Ministério da Educação, Binho Marques, manifestaram surpresa com a filiação dela ao PSB. Viana, no entanto, demonstrou preocupação com o "tom" de ressentimento da ex-senadora em relação ao PT. "Esse tom que todo mundo observou não é bom. Ela sempre fez uma política positiva e não de acerto de contas", afirmou Viana ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

Com a inviabilização da Rede, o senador disse que não se surpreendeu com a filiação da ex-petista a um partido político. "Ela queria estar inserida na eleição", concluiu o petista. A novidade, para ele, foi a escolha por um partido que já tem candidato à sucessão presidencial de 2014. "O estranho é ela aceitar, de pronto, a ser vice", completou.

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O vice-presidente do Senado ponderou sobre o discurso antigoverno de Marina no último sábado, 05, quando anunciou sua filiação ao PSB de Campos. "Se estiver fazendo acerto de contas com o PT, aí é lamentável", afirmou.

Já Binho Marques classificou a decisão de Marina como "inusitada". "Eu fiquei surpreso, o Brasil ficou surpreso. Mas não fiquei surpreso pelo mérito, só não imaginava essa possibilidade, que foi muito criativa", resumiu o ex-governador.

Viana e Marques disseram não enxergar Marina como oposição ao governo do PT, uma vez que ela e o presidenciável Eduardo Campos (PSB) já fizeram parte do projeto iniciado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Ela já falou que não é oposição e nem situação", afirmou o antigo companheiro, que não conversa com Marina há 10 meses. Na visão do senador, prova de que a ex-senadora não está na oposição é que ela recusou a se filiar ao PPS, que faz "oposição raivosa" ao governo Dilma Rousseff. "A oposição não se viabilizou e tem de ficar na torcida para que nossos aliados se coloquem como alternativa", comentou.

Marques lamentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tenha negado o registro da Rede, a qual ele contribuiu ao assinar uma ficha de apoiamento. Ele ressaltou que não é possível insinuar que o PT tenha atuado nos cartórios eleitorais para que estes rejeitassem as assinaturas dos apoiadores. "Não tem como o PT ter participado disso", defendeu.

Um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, evitou comentar, nesta segunda-feira, 7, sobre a filiação da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva ao PSB, formando uma aliança com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

"A filiação que me preocupa são os que estão no Enem. Só estou trabalhando com o Enem, temos 7,2 milhões de inscritos, é o trabalho do MEC nesse momento. Agora só trabalho com Enem, Enade e temas do MEC", desconversou Mercadante.

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Conforme informou nesta segunda-feira o jornal O Estado de S.Paulo, o Palácio do Planalto já reavalia a estratégia para a sucessão presidencial de 2014, após o anúncio da aliança entre Marina e Campos. Petistas do primeiro escalão do governo Dilma Rousseff avaliam que a presidente terá de reforçar a tática de construção da imagem de realizadora.

Em mensagem divulgada pelo Twitter e endereçada aos militantes da Rede Sustentabilidade, a ex-ministra Marina Silva admitiu que sua filiação ao PSB é "muito polêmica". Ela também disse que se trata de uma atitude simbólica e que não será uma militante do partido do governador Eduardo Campos.

O vídeo provocou polêmicas nas redes sociais. No trecho em que trata diretamente da filiação, a ex-senadora afirma: "Eu sei que isso ainda é muito polêmico entre nós, mas não tenho dúvida de que essa foi a atitude mais acertada para nos afirmarmos como partido e influenciarmos a política brasileira."

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Boatos. Essa não foi a única polêmica nas redes sociais envolvendo Marina. No dia seguinte ao anúncio da aliança com o PSB, integrantes do partido disseram que estão sendo vítimas de boatos organizados pelo PT na internet. O que mais os incomoda é a versão segundo a qual o governador de Pernambuco poderia privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e até o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Dirigentes do PSB identificaram a afirmação em perfis simpáticos ao governo federal no Twitter. "Se Marina for eleita corremos o risco de ter gente do Itaú na Fazenda e BC? E os juros altos voltarão? BB, CEF e BNDES serão vendidos?", perguntou um usuário do microblog.

O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), rebateu as declarações dos integrantes do PSB. Afirmou que as suspeitas sobre o PT não têm fundamento. Para ele os comentários nas redes sociais não podem ser atribuídos ao partido. "As pessoas estão falando por elas mesmas", afirmou Vargas.

O líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), reclamou pelo Twitter dos ataques à aliança. "É uma cantilena que não tem fundamento", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto já reavalia a estratégia para a sucessão presidencial de 2014 após o anúncio, no sábado, 5, da aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos. Petistas que integram o primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff acreditam que ela terá de reforçar a tática de construção da imagem de realizadora.

A ideia é se opor ao perfil "sonhático" da ex-ministra do Meio Ambiente, que deverá integrar a chapa presidencial do PSB com o governador de Pernambuco. Um ministro de Dilma chega a brincar que ela terá de ser apresentada como a "realizática".

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A parceria entre Marina e Campos, dois ex-ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva, pegou de surpresa integrantes do governo Dilma. Os assessores do Planalto dizem que a presidente apostava que, sem ter conseguido registrar a Rede na Justiça Eleitoral por falta de assinaturas de apoio, Marina iria sair candidata pelo PPS.

No acordo com Campos, inda não está claro quem será o cabeça da chapa. Apoiadores tanto de Marina quanto de Campos dizem que a ex-ministra topa ficar como vice. No anúncio de sábado em Brasília, a ex-ministra afirmou que iria "adensar o projeto de uma candidatura já posta".

Carisma e discurso. No Palácio do Planalto e no PT a avaliação é de que Marina leva para o palanque de Campos o carisma e também o problema de um discurso contra os investimentos na infraestrutura. Agora, a chapa informal PSB-Rede terá de mostrar como é possível garantir o crescimento da economia com a visão "sustentável" de Marina, diz um auxiliar da presidente. Outro problema, segundo esse assessor, é a pressão dos aliados de uma possível candidata a vice que tem mais nome do que Campos - nas pesquisas de intenção de voto, ela está logo atrás de Dilma; o governador de Pernambuco aparece mais abaixo, sem atingir dois dígitos na preferência do eleitorado.

O discurso ambiental, área de Marina, será moldado para que o governo passe a impressão de preocupação ecológica sem, no entanto, ficar paralisado.

Nas avaliações feitas pelo PT, Dilma é imbatível no discurso social, mas há preocupação com a recomposição da base no Nordeste, área de Campos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O acordo no plano federal entre o PSB e a Rede Sustentabilidade de Marina Silva não se reproduzirá de forma fácil nos Estados. Alguns dos quadros que já se engajaram no projeto de Eduardo Campos encontram resistência entre os aliados de Marina Silva. A tendência é encaminhar para uma situação em que os dois grupos não apoiem o mesmo candidato.

Entre os nomes que causam incômodo a integrantes da Rede está o do ex-deputado Paulo Bornhausen, filiado ao PSB e filho de Jorge Bornhausen, um dos fundadores do PFL, atual DEM. O partido de Campos recebeu ainda o apoio para a disputa presidencial de Ronaldo Caiado (DEM), um dos expoentes da bancada ruralista e adversário de Marina em vários debates na área ambiental. O ex-senador Heráclito Fortes (PI) deixou o DEM e se filiou há três dias ao PSB.

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Marina observou que a coligação não significa um apoio a todos os acordos do PSB. "A Rede não está se fundindo, está se dispondo à construção de um processo para mudar o Brasil. Não está dizendo que vai apoiar candidatura X, Y ou Z nesse ou naquele estado. Em 2010 eu apoiei candidatos do PSB, PT, PC do B e vários partidos", observou.

Pedro Ivo, coordenador de organização da Rede e um dos dirigentes que participaram da negociação, disse que já está certo que haverá independência nos Estados. "Somos independentes. Não somos obrigados a apoiar o PSB. Nosso compromisso é apenas com a chapa nacional. Em muitos estados podemos ter posicionamentos diferentes", afirmou.

Outro tema que pode gerar desgaste é a atuação do PSB no novo Código Florestal, proposta que a Rede incluiu até em regras de filiação como um dos motivos para rejeitar a adesão de quem votou de forma favorável à proposta. Na primeira votação, 27 dos 30 deputados do PSB foram a favor do Código. O debate do projeto foi longo e envolveu várias votações. Integrantes da Rede observaram que a posição do novo aliado foi mudando e na última decisão a maioria teria se posicionado contra a proposta.

No campo nacional, a adesão de Marina também deve promover inflexões no projeto presidencial do governador de Pernambuco. Negociações com o DEM e o PV devem ser paralisadas e as adesões de outros partidos deverão passar antes por uma composição com o grupo da ex-senadora.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), comemorou na madrugada de sábado, no Piantella, restaurante frequentado por políticos na capital, o fechamento do acordo com a ex-senadora Marina Silva que começou a ser costurado há mais de cinco meses. Pouco antes, no apartamento de uma assessora do deputado Walter Feldman, agora no PSB, no bairro do Sudoeste, Marina selou a aliança para a disputa presidencial de 2014, deixando claro sua disposição em ser a candidata a vice na chapa de Campos, relataram pessoas que participaram do encontro.

Campos e Marina iniciaram a aproximação em abril, quando o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a discussão no Congresso de um projeto que restringia a criação de partidos políticos, que atingiria a proposta da ex-senadora de formar a Rede Sustentabilidade. A ação do senador era um aceno de Campos a Marina, que já percebia a dificuldade de conseguir o registro de seu partido. Nas últimas semanas, diante da percepção de que a Justiça Eleitoral não permitiria a criação da Rede, Walter Feldman e um grupo de empresários paulistas simpáticos à candidatura de Marina avaliaram que a parceria com Campos era a mais sensata.

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Na noite da última quinta-feira, logo após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro da Rede, Rollemberg telefonou para Marina. A ex-senadora disse que Feldman iria procurá-lo. Rollemberg e Feldman almoçaram na sexta-feira para os últimos acertos do acordo. Rollemberg, então, avisou a Campos, por telefone, que ele poderia pegar um voo para Brasília e anunciar a aliança. "Eduardo, você é o candidato que pode acabar com essa polarização", disse Marina, já na casa da assessora de Feldman, numa referência à disputa entre PT e PSDB. Um parlamentar do PSB relatou que a senadora afirmou ainda para Campos que era a sua "vice".

Na entrevista deste sábado para formalizar a aliança, Marina e Campos tentaram passar a impressão que o acordo foi uma "surpresa" inclusive para eles. A ideia era mostrar que, num gesto de desprendimento, a ex-senadora abria mão de sua candidatura num partido nanico em prol de um projeto político que tivesse sintonia com a frustrada Rede Sustentabilidade.

Diferentemente do que disse no encontro reservado com Campos na noite de sexta-feira, Marina não assumiu, na entrevista, a posição de vice na chapa. Ao final da entrevista, um repórter perguntou a Marina se a aliança com o PSB era uma forma de se vingar do PT, partido que teria trabalhado contra a Rede, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não fiz um gesto de vingança, mas de esperança", respondeu rindo.

Em nota à imprensa, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, disse que a filiação de Marina Silva ao PSB é uma "resposta às ações autoritárias do PT", especialmente aos "membros do partido que chegaram a comemorar antecipadamente a exclusão da ex-senadora do quadro eleitoral do próximo ano, com a impossibilidade de criação da Rede". Ele diz que a decisão de Marina "fortalece o campo político das oposições e contribui para o debate de ideias e propostas".

O porta-voz da Rede Sustentabilidade da ex-ministra Marina Silva, Cássio Martinho, leu neste sábado, 05, o termo de compromisso firmado entre o partido e o PSB. No documento, Marina e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, chamaram a aliança de "democrática" e "transitória". "O objetivo central da aliança entre o PSB e a Rede é aprofundar a democracia e construir as bases para um ciclo duradouro."

O texto lembra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na noite de quinta-feira rejeitou a criação da Rede Sustentabilidade. A aliança se forma como uma alternativa. "Estamos unindo forças para apresentar uma alternativa ao Brasil" .

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A entrada da ex-senadora Marina Silva no PSB trouxe ao partido do governador de Pernambuco Eduardo Campos o deputado Alfredo Sirkis (RJ). Sirkis está em Brasília e deve oficializar sua ficha nesta tarde no mesmo ato político que sacramentará a adesão de Marina ao PSB. Segundo Sirkis, a filiação já está acertada.

O deputado contou ao Broadcast Político que ficou sabendo do acordo com os pessebistas no final do dia de ontem e disse que já conversou hoje com Marina Silva. Ele considerou também "superado" o episódio em que, na noite após o TSE ter negado o registro da Rede Sustentabilidade, teceu críticas à condução do processo de tentativa de criação da Rede.

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Ontem, o deputado se desfiliou do PV, partido que ajudou a fundar e no qual militou por mais de vinte anos. A saída de Sirkis foi ocasionada pela negativa da direção da legenda em lhe ceder espaço para disputar a eleição do ano que vem.

A principal candidatura afetada, caso se confirme a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva, é a do tucano Aécio Neves, disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas Marco Antônio Carvalho Teixeira. Ele lembra das dificuldades que o senador mineiro, teoricamente o principal candidato da oposição, ainda encontra para subir nas pesquisas de opinião. O professor destaca, ainda, que a chapa Eduardo e Marina pode atrair o apoio dos descontentes com a polarização PT e PSDB. "Embola o cenário e, inicialmente, quem sai perdendo é o Aécio que tem uma candidatura com dificuldade para ganhar musculatura e vai ter uma batalha mais dura para chegar ao segundo turno", analisa o professor, lembrando que o PSDB ainda corre o risco de perder o PPS, um aliado histórico do partido.

Do outro lado, a aliança é boa tanto para o PSB quanto para a Rede, "independente de quem encabece a chapa". Isso porque, na opinião de Teixeira, ainda é cedo para cravar quem seria o candidato a presidente na aliança. "O Campos ainda patina. Ele, como candidato, seria uma situação inédita na história, um vice com mais voto que o candidato a presidente", afirma.

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Mesmo Eduardo Campos sendo presidente e principal líder do PSB, a decisão de ceder a liderança da chapa à Marina não é impensável, na avaliação de Teixeira. Ele lembra que o próprio já disse que avaliaria o cenário antes de se candidatar. "O Eduardo é o presidente do partido que rompeu uma aliança histórica com o PT e decidiu seguir um novo rumo. Ele aceitar ser o vice seria uma decisão pragmática, pensando do resultado. Daria a ele a possibilidade de negociar pensando um futuro a médio prazo", diz o professor.

A notícia da aliança entre a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o governador Eduardo Campos (PSB) para as eleições do ano que vem pegou de surpresa a equipe que já trabalha na pré-campanha do senador Aécio Neves pelo PSDB e aumentou a convicção na oposição de que haverá segundo turno.

"É muito difícil que, no Brasil, uma operação política dessa magnitude tenha sido conduzida nesse vulto", destacou o senador tucano Aloysio Nunes (SP), que já acompanha Aécio em suas viagens de fim de semana pelo país.

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Embora o discurso oficial de aliados de Marina e Campos os mantenha como pré-candidatos ao pleito de 2014, "marineiros" já admitem que a ex-ministra pode ocupar a vaga de vice na chapa do governador pernambucano.

Para o senador tucano, ainda é cedo para avaliar os impactos diretos da decisão nas intenções de voto de cada candidato. A última pesquisa Ibope encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo, divulgada semana passada, mostra a ex-ministra no segundo lugar das pesquisas, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff, do PT.

"Agora vamos ter duas candidaturas muito fortes de oposição ao governo. Dessa forma, com certeza teremos os segundo turno.", ressaltou o tucano. É o contrário da aposta do marqueteiro da presidente Dilma, João Santana, que tem repetidas vezes demonstrado confiança em uma vitória no primeiro turno. "É impossível que, com esse cenário que se monta, a disputa fique no primeiro turno."

O possível candidato à Presidência Aécio Neves, em viagem à Nova York, não comentou a filiação de Marina ao PSB e as possíveis consequências da aliança para sua candidatura em 2014.

O PPS reagiu mal à decisão da senadora Marina Silva de formar uma frente de apoio à candidatura de Eduardo Campos num cenário com ela ingressando no PSB. Os dirigentes do partido, que participaram de reunião com Marina, não aceitaram um acordo nesse sentido. A reportagem apurou que o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE), disse à Marina que a escolha de ir para o PSB será um "desastre" para ela e a aconselhou a ingressar no PPS, onde teria liberdade de tocar o projeto de apoiar Campos, mas de forma independente e não "amarrada".

A ex-senadora teria ponderado, no encontro, que ao optar pelo PSB daria uma resposta ao Palácio do Planalto e aos seus críticos de que seu projeto é sair candidata a qualquer custo. No PSB, ela demonstraria que não sairá candidata à Presidência e que seu projeto é político. No encontro, Marina citou, várias vezes, Madre Teresa de Calcutá - por seu trabalho missionário. Conforme integrantes do PPS, "o projeto dela com a legenda está inviabilizado". Freire afirmou a Marina que esse gesto dela será aplaudido apenas no primeiro mês, mas depois será considerado um suicídio político.

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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vai anunciar na tarde deste sábado, 05, a adesão ao PSB da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, num acordo que inclui um abrigo "transitório" aos apoiadores da Rede que queiram disputar as eleições do ano que vem. Pelo acordado diretamente entre o governador pernambucano e Marina Silva, nesta sexta-feira, 04, à noite, os dois se postulariam como "pré-candidatos" ao pleito de 2014, sendo que a definição do nome principal da chapa se daria no futuro, "sem ansiedade".

Mas, o coordenador executivo da Rede, Bazileu Margarido, revelou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a ex-senadora "se disporia" a ser vice de Campos por "reconhecer" a sua candidatura. O anúncio da aliança ocorrerá nesta tarde, em Brasília. Segundo Bazileu, a opção pelo PSB se deu por "maior identidade programática e nos estados".

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Agora, O PSB e os marineiros tentam trazer o PPS para essa aliança, partido de faz oposição ao governo Dilma Rousseff e que ofereceu abrigo à Marina quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de registro da sigla. O deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), um dos apoiadores do projeto de Marina, é o encarregado de tentar trazer o PPS para o time.

Eduardo Campos aceitou oferecer um abrigo "transitório" aos membros da Rede Sustentabilidade. Dessa forma, o partido não questionaria o mandato dos marineiros que chegassem a um cargo eletivo pelo PSB e decidissem migrar quando a sigla de Marina conseguir se viabilizar na Justiça.

A ex-senadora Marina Silva disse, nesta sexta-feira, 04, que deverá tomar uma decisão que "contribua para a renovação política". Segundo ela, um dos ingredientes que devem pesar na sua avaliação é a busca pela quebra de uma polarização nas próximas eleições de 2014 entre PT e PSDB.

Antes, ela informou que ainda "está em um processo de decisão". Segundo ela, ainda há uma longa noite para decidir sobre o seu futuro. O prazo para filiação em outro partido, para estar apta a disputar a próxima eleição, expira justamente neste sábado, 5.

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Nas últimas eleições de 2010, a ex-senadora recebeu cerca de 20 milhões de votos e foi responsável por conduzir a disputa para o segundo turno. Atualmente, ela aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de votos, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff.

Na noite de quinta-feira, 03, por um placar de 6 votos contra e um a favor, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o pedido de registro da Rede. O principal argumento foi de que a legenda conseguiu apenas 442,5 mil assinaturas de um total de 492 mil exigidas pela Lei Eleitoral. Logo após a decisão, Marina se reuniu com integrantes do partido durante a madrugada. As reuniões também foram realizadas ao longo do dia desta sexta, em Brasília.

A ex-senadora disse que o "o momento é de reflexão". Marina destacou que a Rede já é um partido, porque já tem base social, tem militantes, simpatizantes. "É partido porque tem um programa, já trabalha com novo processo na dinâmica política brasileira. É um partido porque tem ética e coerência entre o que diz e o que fazer", disse.

Acompanhada de membros da executiva nacional, a ex-senadora Marina disse que ainda não decidiu sobre filiação a um outro partido, após a decisão do TSE, nesta quinta-feira, 3, de rejeitar a criação de seu partido Rede Sustentabilidade. "Penso em tomar a decisão que seja a melhor contribuição para a renovação da política", disse.

A ex-senadora iniciou sua fala na coletiva de imprensa afirmando que vem tendo conversas com seus apoiadores para que decisão seja coerente com a proposta de criação do partido. "A Rede Sustentabilidade já é um partido, porque tem base social em todos os estado se tem um programa. Já trabalha com um novo processo na dinâmica da política brasileira e, como disse os ministros ontem, tem proposta e ética".

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Após atraso de mais de uma hora, Marina chegou bem humorada à coletiva. "Com tantas câmeras vai ser difícil disfarçar minhas olheiras", disse ela, que virou a noite em reunião com correligionários.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), usou a rede para convidar a senadora Marina Silva para ingressar no partido. Na sua conta no microblog Twitter, nesta sexta-feira (4), escreveu: "Reafirmo convite do PPS para que junto com a Rede se integre conosco para se candidatar e disputar 2014!", num recado direcionado a Marina.

A senadora convocou a imprensa para uma coletiva às 15 horas, quando deve comunicar sua decisão a respeito da eleição presidencial, após o Tribunal Superior Eleitoral inviabilizar a criação do seu partido, a Rede.

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O Broadcast apurou que o PPS está reunido na sede do partido em Brasília, no aguardo de um contato da senadora, o que não ocorreu até o momento. As conversas entre a Rede e o PPS foram retomadas esta semana, após Marina elogiar o partido em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

O PSDB do senador Aécio Neves e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, consideram que a rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da criação da Rede Sustentabilidade pode ser benéfica para as candidaturas dos dois partidos à Presidência da República no ano que vem, caso a ex-senadora Marina Silva não opte por se candidatar por outro partido. Embora seus líderes tenham dito que lamentam pelos eleitores que poderão ficar impedidos de votar em Marina - e por ela própria -, eles já começaram a simular formas de herdar os votos da ex-ministra obtidos na eleição de 2010 (19.636.359).

No PSDB, a avaliação é de que boa parte dos votos que iriam para a Rede Sustentabilidade poderá migrar, com a provável ausência de Marina no pleito, para os partidos de oposição, pois a ex-senadora não era mais identificada com nenhuma parte do governo. Pelo contrário, ela vinha se tornando uma crítica do governo Dilma, tanto na parte que se refere ao meio ambiente e à sustentabilidade, quanto na forma como o Palácio do Planalto toca a economia e faz política, à base do loteamento de espaços na Esplanada dos Ministérios e em estatais.

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Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse que acompanhou desde o início o esforço de Marina para formação da Rede. "Fomos solidários a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso." O senador disse lamentar a decisão do TSE, embora tenha de aceitá-la. Já o PSB entende que a ausência de Marina, se confirmada por ela na coletiva que pretende dar nesta sexta-feira, 04, abrirá forte possibilidade para que Eduardo Campos apareça como o nome novo da eleição presidencial do ano que vem.

"Marina é porta-voz da mudança, o que se assemelha ao nosso discurso, de fugir da dicotomia entre PSDB e PT, existente nos últimos vinte anos. O Brasil se cansou dessa luta. Esse círculo se encerrou. A candidatura de Eduardo Campos é uma candidatura nova, que aponta para um cenário novo, para novo ciclo de desenvolvimento econômico e avanços sociais", afirmou o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). "Lamentamos, no entanto, que Marina não tenha conseguido seu partido", completou.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), que ainda tem esperanças na entrada de Marina Silva em seu partido para viabilizar a candidatura à Presidência no ano que vem, disse que não é hora de ficar falando sobre a possibilidade de abrigar a ex-ministra. "Não depende de nós, mas dela", afirmou.

Diante do revés sofrido pela Rede Sustentabilidade na noite desta quinta-feira, 03, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), considerou que uma aproximação com a ex-senadora Marina Silva deve partir dela.

"O caminho quem tem que indicar é ela", afirmou Freire ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. Marina tem até sábado, 05, para decidir se irá se filiar a um outro partido para disputar o próximo pleito de 2014.

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Freire também criticou as regras eleitorais que impõem o prazo de um ano antes das eleições para criação de partidos; "Essa regra de prazo de criação de partido não é democrática, é um entulho do autoritarismo", disse o deputado.

O encontro nesta segunda-feira (30), em São Paulo, será dos possíveis presidenciáveis em 2014. O governador Eduardo Campos (PSB), o senador Aécio Neves (PSDB) e a ex-senadora Marina Silva (sem partido) participam do Fórum Exame 2013 em um hotel na capital paulista para debater alguns aspectos econômicos ligados à produtividade e ao crescimento do Brasil. Visto como muito próximo do setor empresarial e também como pré-candidato à presidência da República em 2014, o governador de Pernambuco vem intensificando sua imagem nos últimos meses pelas diversas regiões brasileiras, principalmente a Sul e Sudeste, em eventos ligados ao desenvolvimento econômico, por exemplo.

No Fórum Exame desta segunda, além de ter mais uma oportunidade de ‘aparecer’ no Sudeste, já que será um dos palestrantes e abordará o tema: “Propostas para o aumento da produtividade brasileira”, o socialista fechará o evento e terá também a possibilidade de conversar com outros desejosos a concorrer às eleições em 2014: Marina e Aécio. Este último é especulado de uma possível parceria e formação de chapa com o presidente do PSB devido as recorrentes conversas entre ele e Eduardo Campos, inclusive, com direito a jantar no Recife.

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Programação: O evento iniciou por volta das 8h30 e segue até ás 18h15 com as seguintes atividades:

8h30 - 09h30 – PALESTRA DE ABERTURA 

Exemplos mundiais. Que países se destacam e quais as lições para o Brasil. Que práticas podemos adotar.

Dani Rodrik - Professor de Ciências Sociais - Instituto de Estudos Avançados de Princeton 

9h30 - 10h30 - DEBATE

Produtividade como motor do crescimento econômico

Besaliel Soares Botelho – Professor - Robert Bosch América Latina

Cledorvino Belini - Presidente - FIAT

Gustavo Franco - Economista

Pedro Passos - Membro do Conselho de Administração e Cofundador - Natura

10h30 - 11h - COFFEE BREAK

11h - 12h - PALESTRA

Propostas para o aumento da produtividade brasileira

Aécio Neves – senador por Minas Gerais e presidente nacional do PSDB

12h - 13h - PALESTRA

Políticas para o aumento da produtividade no Brasil

Marina Silva – Ex-Senadora e Diretora - Instituto Democracia e Sustentabilidade

13h e 13h30 - PALESTRA

Medidas para aumentar a produtividade da economia brasileira no curto prazo.

Guido Mantega – Ministro da Fazenda

13h30 - 14h30 - ALMOÇO

14h30 - 15h – PALESTRA

Produtividade e instituições. O que é fundamental mudar no Brasil – O que é preciso preservar.

Joaquim Barbosa - Presidente - Supremo Tribunal Federal

15h - 16h00 – DEBATE

Augusto Nardes - Ministro Presidente - Tribunal de Contas da União

Jerson Kelman - Professor - Federal do Rio de Janeiro

Joaquim Barbosa - Presidente - Supremo Tribunal Federal

Jorge Gerdau Johannpeter – Presidente do Conselho de Administração - GERDAU

16h - 16h30 – PALESTRA

Produtividade no mercado de trabalho. A importância da educação. 

Andreas Schleicher - Vice-Diretor de Educação e Habilidades e Assessor Especial de Política de Educação para o Secretário-Geral da OCDE

16h30 - 17h30 – DEBATE

Naercio Menezes Filho - Professor Titular e Coordenador do Centro de Políticas Públicas – INSPER

Rafael Lucchesi - Diretor de Educação e Tecnologia – CNI

Rodrigo Kede Lima - Presidente - IBM Brasil

17h30 - 18h15 – PALESTRA

Propostas para o aumento da produtividade brasileira

Eduardo Campos - Governador de Pernambuco e Presidente Nacional do PSB

18h15 – ENCERRAMENTO

 

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