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São Paulo, 28/09/2013 - Integrantes da Executiva Nacional provisória da Rede Sustentabilidade defendem que Marina Silva desista da candidatura à Presidência caso o partido não consiga o registro no Tribunal Superior Eleitoral. Migrar para uma legenda já existente, avaliam, confrontaria todos os ideais defendidos pelo grupo até agora.

"O nosso sonho é ter um espaço democrático, transparente e ético. Infelizmente, eu não vejo esses ingredientes juntos em nenhuma outra legenda", diz Jefferson Moura, vereador do Rio pelo PSOL que integra a comissão nacional da sigla. "Se a Rede não sair, Marina deve ser candidata à Presidência em 2018."

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O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), outro integrante do grupo, argumenta que, depois de pregar a criação de um partido com compromisso programático, Marina seria muito cobrada caso decidisse ir para outra sigla somente para disputar as eleições. "Ela passaria a campanha toda tendo que se explicar. Ficaria muito vulnerável."

Até quem já se disse favorável à ideia, mudou o discurso, diante das diversas declarações de Marina de que não trabalha com um "plano B". "No início achava que ela deveria disputar, mesmo que fosse por outro partido. Hoje, ela vai ter que fazer o que o coração dela pedir", diz Domingos Dutra (PT-MA), também integrante da Executiva.

O TSE deve julgar o pedido de registro de criação da Rede entre quarta e quinta-feira. O prazo para criação de novos partidos a tempo de disputar a eleição de 2014 é sábado, data limite para quem deseja se candidatar se filiar a uma legenda.

A expectativa em torno dessa decisão não seria tão grande se o grupo da ex-senadora tivesse conseguido cumprir todos os requisitos exigidos pela legislação. Até agora, validaram nos cartórios 470 mil assinaturas - o total exigido por lei é 492 mil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Isadora Peron e Lilian Venturini)

A pesquisa nacional de intenção de votos para presidente da República divulgada pelo Ibope nessa quinta-feira (26) revelou um aumento dos percentuais de Dilma Roussef (PT), em relação às avaliações anteriores, e uma perda de pontos de seus adversários. Apesar de ter avançado, os índices mostram pouca ampliação da petista, e segundo o analista político, Maurício Romão, o cenário ainda é de esperas e poucas oscilações em curto prazo.

Na mostra Dilma Rousseff ficou com 38%, seguida de Marina Silva (sem partido) com 16%, Aécio Neves (PSDB) com 11% e Eduardo Campos (PSB) com 4%. Com a entrada de José Serra (PSDB), que alcançou 13% de intenções de voto, no lugar de Aécio Neves, não há mudanças significativas nos percentuais de Dilma (37%) e Eduardo (4%), sendo que apenas Marina teve impacto maior (cai para 12%).

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“Relativamente ao levantamento que o Ibope fez em julho passado, Dilma cresceu oito pontos, Marina perdeu seis, Aécio dois e Eduardo um. Nos dois levantamentos há cerca de um terço de eleitores que não sabiam ainda em quem votar ou que votariam em branco ou anulariam o voto”, avaliou Romão.

O analista político também visualiza o cenário anterior em que os concorrentes da petista adquiriram crescimento de pontuação, mas não seguiram esta tendência nesta nova pesquisa. “Pelo contrário, houve uma inversão a tal ponto de a votação somada de Marina, Aécio e Eduardo diminuir ao nível mais baixo de todos os registrados nas pesquisas anteriores, a partir do Datafolha de agosto. A diferença de metodologia dos institutos pode, eventualmente, explicar a alta diferença de pontuação conferida a Marina pelo Paraná Pesquisas e pelo Ibope, já que as duas pesquisas foram a campo praticamente nos mesmos dias”, argumentou.

Mesmo com a ascensão de Dilma, Maurício Romão ainda observa a situação lenta desde os protestos realizados em todo o Brasil. “No geral, os dados da tabela indicam que a recuperação de Dilma, após as manifestações do mês de junho, é bastante vagarosa, com intenções de voto gravitando no entorno de 36% a 37%, e sem que se possa, ainda, vislumbrar tendência definida de crescimento”, ressaltou.

Para Romão, os eleitores estão avaliando o ambiente político-eleitoral e acompanhando as movimentações dos pré-candidatos. “O compasso é de espera. Os protestos de rua do mês de junho parecem coisa do passado. O ambiente é de letargia. Não se devem esperar grandes oscilações no curto prazo”, disse o analista político.

A pesquisa do Ibope foi realizada entre os dias 12 e 16 de setembro e entrevistou 2002 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

 

Em nota divulgada na tarde desta segunda-feira, 23, em seu site, a ex-senadora Marina Silva negou que tenha agendado encontro com o presidente do PEN, Adilson Barroso, para negociar uma possível filiação à sigla caso a Rede Sustentabilidade não obtenha o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presidenciável reforça ainda o discurso de que não estaria buscando alternativas políticas para viabilizar sua candidatura à Presidência da República.

Na nota, Marina alega ter agenda em São Paulo e em Sergipe nesta semana e garante não ter encontro nenhum marcado com dirigentes do PEN. "Não é a primeira vez que integrantes do PEN tentam mostrar proximidade com Marina e a Rede, dizendo existir uma negociação para que a ex-senadora vá para o partido caso a Rede não obtenha o registro até o dia 5 de outubro deste ano", diz o texto.

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Na mensagem, a assessoria de imprensa da ex-senadora reforça a confiança de que a Justiça Eleitoral concederá o registro à Rede antes da data limite para que o partido seja oficializado e possa disputar a sucessão presidencial de 2014. "Marina Silva reafirma que não discute um plano B e está confiante que a Justiça Eleitoral concederá o registro ao partido antes de 5 de outubro", afirma.

A 20 dias do prazo final para obter registro no Tribunal Superior Eleitoral, a Rede Sustentabilidade já admite que não conseguirá cumprir o requisito de 492 mil assinaturas validadas de eleitores. Para formalizar a criação do partido, o grupo ligado à ex-senadora Marina Silva prepara uma última cartada jurídica.

Na quarta-feira, 11, o partido apresentará um lote de 150 mil fichas de apoio certificadas. Com isso, terão conseguido levantar pouco mais de 450 mil. Para alcançar o mínimo necessário, a Rede entrará com um recurso no TSE pedindo para que sejam validadas cerca de 90 mil assinaturas que foram recusadas pelos cartórios eleitorais sem justificativa.

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Nesta semana, a ministra relatora do caso, Laurita Vaz, encaminhará o processo para o Ministério Público Eleitoral. O órgão tem dez dias para analisar o pedido e deve recomendar que o registro seja deferido somente se todos os requisitos legais tiverem sido cumpridos.

O discurso adotado pela Rede desde que deu entrada com o pedido no TSE, em 26 de agosto, é de que a sigla foi vítima da lentidão e da burocracia da Justiça Eleitoral. Alegam que os cartórios descumpriram o prazo de 15 dias para analisar as assinaturas e que os índices de fichas rejeitadas ultrapassaram os níveis aceitáveis em Estados estratégicos, como São Paulo.

Nos bastidores, porém, articuladores da Rede começam a admitir que, se a decisão de criar a legenda tivesse sido tomada antes, os obstáculos na reta final seriam menores.

Um dos integrantes da Executiva provisória da Rede, que concordou em dar entrevista desde que sua identidade fosse preservada, afirmou que o grupo não se decidiu antes pela criação do partido e a consequente coleta de assinaturas por causa da própria Marina Silva. Segundo o organizador da legenda, o "timing" foi considerado o mais democrático pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Crítico do atual governo, o deputado estadual Ademar Traiano (PR), membro da Executiva Nacional do PSDB, duvida das chances de Marina Silva nas eleições de 2014. Na avaliação do deputado, o desempenho da presidente Dilma Rousseff (PT) pode comprometer as chances de outra mulher assumir o mais alto posto do País. "A Dilma não convenceu os brasileiros. Então, acredito que no momento do voto essa avaliação será feita: da capacidade de uma nova mulher poder gerir o comando do País. É o que eu falei sobre vivência, habilidade, poder dialogar com partidos, tudo isso tem influência. Eu acho que a população brasileira não faria mais uma aposta neste sentido."

Ao falar sobre as dificuldades que seriam enfrentadas por Marina Silva, caso ela consiga viabilizar a Rede e vencer as eleições presidenciais do ano que vem, Traiano questionou a experiência da ambientalista para assumir o cargo mais importante do País. "Nada de pessoal nem de discriminação, é que estamos vivendo uma experiência no Brasil com uma presidenta. E na verdade a população sente que não há firmeza nas decisões. Acho que a Marina não tem uma bagagem para sustentar um projeto político nacional porque, queira ou não queira, o Congresso tem um peso no processo de decisões do País. Na minha visão, ela é um meteoro momentâneo. Contribui para um segundo turno, mas não teria sustentabilidade."

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Traiano é um dos principais organizadores do encontro do PSDB que acontece no próximo dia 13 de setembro em Curitiba. Na reunião, o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), nome mais cotado para disputar a Presidência da República pela legenda, estará presente para debater com líderes locais e articular alianças na região Sul. Traiano garantiu que os tucanos estão unidos em torno da candidatura de Aécio. "Nós temos uma posição muito clara. O Aécio é nosso candidato à Presidência. É um fato consumado", finalizou.

O deputado federal Walter Feldman, atualmente filiado ao PSDB de São Paulo, mas que tem se empenhado para a criação da Rede Sustentabilidade, criticou as declarações do deputado estadual Ademar Traiano (PR), membro da Executiva Nacional do PSDB, de que o desempenho da presidente Dilma Rousseff (PT) pode comprometer as chances de outra mulher assumir o mais alto posto do País, numa referência à chance de Marina Silva assumir o Palácio do Planalto. "Quando eu li a matéria levei um susto com a interpretação dele. É um voo ousado que o deputado faz porque mistura a avaliação sociológica, política e comportamental para avaliar o que pode acontecer nas próximas eleições", disse Feldman, com exclusividade ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

"Ele (Traiano) faz uma avaliação política tendo em vista aquilo que é um desejo dele de ver o candidato do PSDB disputando com Dilma", afirmou. Também em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, Traiano afirmou que a presidente "não convenceu os brasileiros", por isso acredita "que no momento do voto essa avaliação será feita: da capacidade de uma nova mulher poder gerir o comando do País. É o que eu falei sobre vivência, habilidade, poder dialogar com partidos, tudo isso tem influência. Eu acho que a população brasileira não faria mais uma aposta neste sentido."

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Feldman diz concordar com algumas críticas à gestão da presidente, no entanto, frisou que isso, de forma alguma, tem relação com o fato dela ser mulher. "Todas as críticas que temos com relação à gestão da Dilma não se dão por conta do gênero. Ela não é mais ou menos porque é mulher. Essa é uma ponderação que na política não é mais passível de aceitação."

De acordo com o deputado, a posição de Traiano é absolutamente pessoal, pois a avaliação do PSDB é que as mulheres têm o direito de comandar e estar em qualquer nível político. "É (um pensamento) absolutamente pessoal (de Traiano). Pode ter figuras políticas em todos os partidos que tenham essa visão, mas é uma visão preconceituosa", reforçou Feldman.

Ao contrário do que pregou Traino, Feldman acredita que o eleitor brasileiro não fará avaliações de gênero nas próximas eleições. "A sociedade lutou para diminuir as diferenças e tem mostrado nas ruas que quer gente competente e honesta para contribuir com as mudanças necessárias", avaliou.

Feldman também criticou as afirmações do correligionário em relação à competência de Marina para assumir o posto de presidente do Brasil. "Ele falou que ela não tem bagagem, mas isso também é um argumento ultrapassado. Ela foi vereadora, senadora, ministra do meio ambiente com resultados incríveis na sua pasta. Ela tem a bagagem como parlamentar e como executiva. A Dilma quando assumiu não tinha nenhuma experiência parlamentar. E o Lula não tinha absolutamente nada e foi presidente por oito anos", afirmou.

"Tentam passar a ideia de que Marina só tem visão ambiental, mas hoje o centro do programa da Rede é a questão da sustentabilidade em todas as políticas públicas. Ela não se propõe a mudar apenas a realidade do dia a dia, ela quer construir uma sociedade para as próximas gerações", rebateu Feldman.

Apesar da dificuldade em viabilizar seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva "proibiu" a discussão de um plano B para a sucessão presidencial de 2014 caso não consiga o registro para disputar a eleição. Diante dos problemas para certificar as assinaturas junto à Justiça Eleitoral, Marina quer que os aliados mantenham o foco na nova legenda e não alimentem qualquer discussão que não seja a criação da sigla. Para ela, falar em plano "B" quando o "A" ainda está em curso enfraquece a mobilização da militância. "Quem tem plano B não tem plano A", justificou o deputado Walter Feldman (SP), hoje no PSDB.

De acordo com os apoiadores de Marina, como a proposta do novo partido não é focada no processo eleitoral em si, falar desde já em alternativas para disputar 2014 seria "trair" a orientação da Rede. "A Marina nunca quis discutir um plano B", revelou o deputado Alfredo Sirkis (RJ), ainda filiado ao PV.

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Até a última semana, o partido havia conseguido certificar 250 mil assinaturas nos cartórios eleitorais, mas precisa do dobro para formalizar o partido. Desta forma, os aliados vão discutir nesta semana se antecipam o pedido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enquanto concluem o processo de certificação dos apoiamentos. Ainda que a situação seja preocupante, os "marineiros" se dizem otimistas e acham que será possível criar o partido até outubro, prazo máximo para que a Rede seja habilitada para disputar as eleições do próximo ano. "Há motivo de preocupação, mas não de desespero", afirmou Sirkis.

Os aliados de Marina alegam que a Rede cumpriu todas os requisitos exigidos pela Justiça Eleitoral, mas reclamam da morosidade e da burocracia de alguns cartórios, como os de São Paulo e do Distrito Federal, que estariam impondo, segundo eles, um "rigor desproporcional' ao processo. "Não nos dão os motivos para a rejeição das assinaturas", criticou Feldman.

Segundo o deputado paulista, embora tenha ocorrido uma mobilização no Parlamento para criar uma lei para dificultar a criação da Rede, não há como dizer que os cartórios estariam atuando de forma política para boicotar a nova sigla. "Não há nenhum indício (de boicote)", garantiu Feldman.

A Rede Sustentabilidade divulgou uma nota nesta segunda-feira para esclarecer que a ex-senadora Marina Silva, que tenta fundar a sigla para concorrer à Presidência da República em 2014, não teve nenhuma conversa com Uezer Marquez, presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN), sobre sua possível filiação ao partido.

Segundo a Rede, a informação que alguns veículos da imprensa publicaram hoje - dizendo que se a fundação do partido "não vingar, Marina Silva virá ao PEN, segundo dirigente" - não procede. " É importante ressaltar que Marina Silva ou a #rede nunca tiveram tal intenção", explica.

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A Rede reforça ainda ser contrária à antecipação da campanha eleitoral "por considerar a discussão inadequada". "Além disso, estamos confiantes em relação ao registro do partido que, agora entra em sua reta final, com o protocolo do registro nos Estados e, nos próximos dias, com o pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", finaliza a nota.

A corrida presidencial está cada vez mais próxima para os interessados a disputar o cargo majoritário a nível nacional. As articulações, movimentos e conversas dos prováveis nomes de candidatos já são traçados tanto por especuladores, quanto por especialistas políticos e líderes partidários. Até agora, faltando cerca de 15 meses para as eleições 2014 já é possível visualizar  alguns nomes como o do governador Eduardo Campos (PSB), do senador Aécio Neves (PSDB), da presidente Dilma Rousseff (PT), da ex- ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além de uma chance remota do ex-governador José Serra (PSDB).

Os nomes vistos como certos são apenas de Aécio e de Dilma, no entanto, os demais candidatos devem concretizar a participação na disputa ao longo dos próximos meses. Enquanto o cenário eleitoral se desenha e se estrutura no País a fora, o portal LeiaJá traçou um perfil de cada provável postulante focando os pontos fortes e fracos. Confira abaixo:

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Dilma – Nascida em Belo Horizonte, a economista e atual presidente da República pelo PT, Dilma Vana Rousseff, de 67 anos, é vista como uma mulher de gênio forte, mesmo assim, para o cientista político Adriano Oliveira, sua candidatura ainda é uma incógnita. “Diante da queda de popularidade da presidente, estamos num grande desafio, será que ela irá se recuperar?”, questionou o especialista sugerindo que a gestora dialogue mais com as classes C e D, evite a perda econômica e transforme os discursos em ações.

Apesar de precisar melhorar em alguns pontos segundo Oliveira, o analista político Maurício Romão destaca as principais características positivas da petista. “Ela tem naturalmente uma militância partidária antiga, embora seja mais técnica de que política. Mas é uma pessoa bem formada, com qualidades éticas e tem um legado do ex-presidente Lula que por si só é um fator muito forte no processo eleitoral”, descreveu. Ele destacou ainda o distanciamento entre o eco das ruas e a captação dos sons do Planalto em dar uma resposta à população e avaliou como um fator relevante para observação da presidenciável. 

Eduardo – Recifense, com 49 anos completados neste último sábado (10), Eduardo Henrique Accioly Campos é economista e além de governador de Pernambuco, no segundo mandato, é o presidente nacional do PSB. Entre os principais pontos positivos do socialista, o analista político destaca algumas características fortes. “Ele tem uma grande visão política, determinação, é inteligente, é um excelente dirigente partidário de sucesso, tanto que o PSB é um dos partidos que mais cresceu no Brasil recentemente e tem condições, não tenha dúvidas, de bons argumentos. Ele tem ainda uma boa oratória e sabe argumentar”, descreveu Romão acrescentado que caso agregue todas as qualidade citadas poderá se sair bem em 2014. “Isso dá uma conotação de um candidato preparado e vocacionado para a política e, portanto, sabe se posicionar dentro dos assuntos nacional, por isso, é um candidato muito forte”, pontuou.

Mesmo com os atributos destacos pelo analista, Eduardo Campos precisa estar em alertar para alguns pontos, como sugere o cientista político Adriano Oliveira. “Ele tem que decidir até quando vai manter uma aliança com Dilma. Uma hora é aliado e outra hora briga. Precisa mostrar um discurso diferenciado do PT, um discurso no âmbito de agressividade da política social e de reforma da gestão pública de forma que atenda as demandas da população”, frisou.

Aécio – Nascido em Belo Horizonte, Aécio Neves da Cunha, 54, é o presidente nacional do PSDB e um candidato que possui um histórico de herança política muito forte. Neto do ex-presidente Tancredo Neves, começou cedo a militar na política. “Ele possui qualidades indiscutíveis como a oratória e a vocação para a política. É inteligente, bem formado e fez a exemplo de Eduardo Campos, um grande governo em Minas demonstrando que tem capacidade executiva”, descreveu Romão. Já no que concerne em aspectos negativos, o especialista lembrou a conjuntura do PSDB. “Pode pesar contra ele a questão partidária, que nunca foi satisfatoriamente resolvida dentro do PSDB por outras correntes lideradas por José Serra, e sempre atrapalharam um pouco na sua ascensão e na sua candidatura. Ele queria ser candidato desde 2010 e não conseguiu, mas agora é uma candidatura que deve obter grandes índices de aceitação”, observou.

Marina – Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima, 56, nasceu no Rio Branco (Acre) é ambientalista, historiadora e pedagoga. Atualmente encabeça a organização do novo partido político Rede Sustentabilidade, depois de ter saído do Partido Verde (PV). Mesmo com experiência política como quando exerceu a vaga de senadora, ela necessita articular alianças partidárias, avalia o cientista político. “Apesar de estar dentro das pesquisas ela precisa mostrar ao eleitor que terá apoio para continuar na candidatura. A grande dúvida é se o partido terá estrutura para aguentar uma disputa eleitoral. Por isso é necessário alianças partidárias”, avaliou Oliveira.

Entre os aspectos favoráveis a candidatura de Marina, destaca-se a defesa ao meio ambiente e a religiosidade. “A defesa acentuada na maior parte delas na questão ambiental e social cria uma área de bondade no seu entorno e atrai grande parte do eleitorado. É evangélica e tem uma intensidade eleitoral própria desse contingente. Ela tem desenvoltura e circula bem pelas diversas classes e meios sociais. Sem dúvida é um fator de desequilíbrio nesta edição (eleição 2014) porque está angariando índices elevados e pode reeditar a performance bastante descartada em 2010”, argumentou Romão. 

Serra- O paulista José Serra é o candidato mais antigo até agora que pode entrar no páreo das eleições presidenciais. Com 72 anos, o membro do PSDB é economista e já governou a cidade de São Paulo de 2007 até 2010. Para Maurício Romão, uma das principais características do tucano é a junção de um perfil técnico com um político. “Ele tem determinação, conhecimento político, e  a grande capacidade de ‘tecnopolítica’, que é a capacidade de unir o conhecimento técnico com a prática política. Ele tem essa solidez nos dois campos e esses campos quando agregados comportam um perfil bastante forte”, descreveu. 

O analista político também pontuou os pontos fracos de Serra que pode influenciar na sua candidatura em 2014. “Ele tem por trás um partido forte, mas fragmentado por brigas internas. Quando foi candidato à presidente foi de 'meia sola' porque parte do partido não o apoiou. Porém, ele é objetivo e destemido, mas por ser uma candidatura mais velha tenha o maior índice de rejeição por conta do perfil que ele encara, mas é outra candidatura que se sair, vai compor um quinteto extraordinariamente e bem formado”, avaliou.

Analisando os cinco nomes citados Maurício Romão fez um breve resumo da conjuntura política e disse que todos têm aspectos relevantes. “Todos possuem grande características, uns com mais do que outros, mas é um ambiente no qual o eleitor se sentirá seguro se qualquer um desses se colocar no poder. Não há um medo antecedente”, finalizou.

Os simpatizantes da ex-senadora Marina Silva estão correndo contra o tempo para coletar, até o final de junho, as 500 mil assinaturas necessárias para criação da Rede Sustentabilidade. A preocupação é que os cartórios eleitorais costumam apontar irregularidades e rejeitar até 30% das fichas de apoiamento apresentadas, o que obriga a militância a intensificar os eventos para ir além do número de assinaturas exigido pela Justiça Eleitoral. "Temos de trabalhar com a perspectiva de 700 mil assinaturas", afirmou o deputado federal Walter Feldman (SP), da Comissão Nacional Provisória da futura legenda.

A Rede atingiu hoje 328.908 fichas de apoio graças a um calendário de eventos que incluiu show em São Paulo, coleta de assinaturas em locais de grande movimentação (entre eles a Virada Cultural da capital paulista e mobilização em parques) e mutirões nos fins de semana. Marina Silva também se impôs uma agenda intensa para tentar alavancar as assinaturas. Na última semana, a ex-senadora passou dois dias em Pernambuco e três em São Paulo numa força-tarefa para dobrar os apoios, mas apesar do número crescente de assinaturas, o esforço ainda não é suficiente. "Nós nos impusemos um prazo extremamente curto", reconheceu João Paulo Capobianco. "Está muito apertado, é inegável, mas conseguimos isso sem nenhuma estrutura, sem uso de máquina pública", comentou Feldman.

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Os aliados de Marina negaram que os comentários da ex-senadora sobre o preconceito religioso contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) tenham afetado o processo de coleta de assinaturas, mas admitiram o desconforto inicial com a repercussão da fala. "Teve um impacto num primeiro momento que preocupou", contou Feldman. Na avaliação dos "marineiros", houve uma resposta rápida da assessoria da ex-senadora ao esclarecer as declarações e, por isso, não houve reflexo na campanha de coleta de assinaturas.

Para alcançar o objetivo imposto pela legislação eleitoral, os organizadores prepararam um mega evento entre os dias 10 e 15 de junho, em local ainda não definido, para o que chamam de "sprint final" da campanha de coleta de assinaturas. Assim como na campanha presidencial de 2010, quando Marina cresceu na reta final e obteve quase 20 milhões de votos à Presidência da República, seus simpatizantes apostam no mesmo fenômeno para viabilizar o novo partido. "Acreditamos numa onda final", afirmou o deputado.

As primeiras fichas de apoiamento foram entregues há 15 dias nos cartórios eleitorais e, a partir desta semana, a Justiça Eleitoral deve começar a devolver as fichas consideradas irregulares. "A experiência de outros partidos mostra que 30% (das fichas) pode não ser validada", admitiu Marcela Moraes, coordenadora de Organização da futura sigla. Segundo o advogado André Lima, consultor jurídico da Rede, optou-se por entregar à Justiça Eleitoral volumes com até 100 fichas nos cartórios para agilizar o processo.

Prazo apertado

A legislação eleitoral exige que um novo partido, para ser criado, apresente 500 mil assinaturas de 9 Estados, sendo pelo menos 0,1% dos votos válidos para deputado federal da última eleição. "Mas nós não precisamos das 500 mil assinaturas validadas para dar entrada nos cartórios", disse Lima. A tática será encaminhar primeiro as certidões nos Estados com menor número de eleitores. "Assim que atingir o número mínimo no Estado, a gente entra com os procedimentos (na Justiça Eleitoral local)", explicou Bazileu Margarido, coordenador-executivo.

Com as certidões que validam as fichas de apoio emitidas pelos cartórios, o grupo de Marina trabalha com o plano de entregá-las nos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) até o final de junho e, com a aprovação dessas instâncias, encaminhar o pedido de formalização do partido até o final de julho ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), permitindo assim que a Rede seja oficializada em outubro de 2013, a um ano da sucessão presidencial.

Mesmo com os prazos apertados, o grupo de Marina acredita que será possível criar o partido em tempo hábil para lançá-la à Presidência da República em 2014. "Não trabalhamos com esta hipótese (de não conseguir criar o partido até outubro) porque haverá um esforço adicional. Mas se isso, por algum motivo, não for possível, não vai afetar o nosso projeto", garantiu Capobianco.

Em meio às polêmicas que surgiram após sua declaração sobre as críticas que o pastor Marcos Feliciano vem recebendo, a ex-senadora Marina Silva subiu ao palco na noite desta quinta-feira (16), diante de aproximadamente 1.100 pessoas, em São Paulo, em show de apoio à criação de seu partido, o Rede Sustentabilidade.

"Que a música de vocês possa inundar os nossos litorais para que possamos pescar em águas profundas com a rede da sustentabilidade", disse Marina, finalizando para a plateia de políticos e intelectuais uma fala em forma de poema. Ao seu lado, no palco, Adriana Calcanhoto, Nando Reis e Arnaldo Antunes.

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A ex-senadora disse aos jornalistas que fez a poesia após ver ao vivo o quadro O Grito, de Edvard Munch. "Quando eu vi (a obra) fiquei muito emocionada, cheguei no hotel e não conseguia dormir, 2 horas da manhã fiz a poesia e consegui dormir. A obra O grito fala para todos nós", disse Marina, que não comentou a polêmica envolvendo Feliciano.

Ela falou brevemente ao público sob aplausos após o show da cantora Adriana Calcanhoto. A cantora, ao iniciar a apresentação, disse que já foi "vermelhinha", em referência ao PT, mas teve uma "desilusão tão grande com a política e apenas por causa da Marina voltou a sonhar".

"Eu acredito que vou ver na primeira página dos jornais a presidente Dilma passando a faixa para Marina Silva presidente", completou a cantora.

Marina assistiu o show ao lado do vereador Ricardo Young (PPS) e da socióloga Maria Alice Setúbal. "Isso aqui foi montado em 15 dias, para ser sincero eu esperava um terço desse público", comentou Young, sobre o evento que aconteceu no Cine Joia, bairro da Liberdade, na capital paulista. A lotação máxima da casa é de 1.300 pessoas.

Na fila, apoiadores do Rede coletavam assinaturas para a criação do partido. A meta é bater as 500 mil assinaturas até a metade de junho. Para hoje, não havia um objetivo delimitado, mas na Virada Cultural a equipe espera conseguir 12 mil assinaturas.

"Estou confiante de que consigam as assinaturas a tempo (de viabilizar a participação do partido nas eleições de 2014), olha essa plateia hoje", disse Young.

A plateia, no entanto, formada por muitos jovens, parecia dividida entre os que apoiam a carreira política de Marina Silva e aqueles que foram apenas pela festa.

"Vim pelo show, mas quando fiquei sabendo que era a Marina aumentou a vontade", disse o analisa jurídico Felipe Ferreira. Ele não acompanhou as declarações de Marina que saíram na imprensa nesta semana. "Eu acredito nela, não no que publicam", completou. Amanda Nunes, estudante, também foi ao Cine Joia pela música, mas simpatiza com a ex-senadora. Depois do show de Nando Reis, Marina deixou a casa. O público não.

Em um vídeo publicado no site da Rede Sustentabilidade, novo partido que Marina Silva pretende criar, a ex-senadora diz que, graças a Deus e ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, ela e o seu grupo podem continuar a mobilização para estruturar a legenda.

"Vivemos recentemente uma tentativa no Congresso de silenciar a voz daqueles que têm um outro posicionamento. Graças a Deus, à mobilização da sociedade, dos senadores e do Supremo, na pessoa do ministro Gilmar Mendes, nós estamos agora livres para fazer o nosso processo político", disse Marina.

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Na semana passada, Mendes concedeu uma liminar que suspendeu a tramitação no Senado de um projeto de lei que restringe o acesso de novas siglas aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV. A proposta tem apoio do governo federal, e tem sido considerada um "golpe contra a democracia" pelo grupo de Marina. A ex-senadora é uma das prováveis adversárias da presidente Dilma Rousseff nas eleições do ano que vem.

Para sair do papel, além de superar essa disputa no Congresso, a Rede tem de conseguir reunir as mais de 500 mil assinaturas necessárias até outubro para poder registrar a nova sigla na Justiça Eleitoral. Até agora, o movimento já conseguiu coletar cerca de 200 mil fichas de apoio. A meta era chegar ao fim do mês de abril com 300 mil.

A ex-senadora Marina Silva disse nesta quinta-feira que vai rodar o País atrás de assinaturas para criar o seu novo partido político, batizado de Rede Sustentabilidade. Pela manhã, Marina esteve no Mercado da Lapa, zona oeste de São Paulo, onde conversou com feirantes e participou de um mutirão de coleta de apoios.

"Esta é a segunda atividade que eu participo, a primeira foi em Brasília. A partir de agora vamos andar o Brasil inteiro", afirmou. Na sexta-feira (15), a ex-ministra do Meio Ambiente vai a Araraquara, a 270 quilômetros da capital, e, no fim de semana, ela estará no Rio.

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Marina, no entanto, disse que ainda não há um levantamento de quantas assinaturas o movimento já conseguiu, pois o processo está apenas no início. A Rede foi lançada em 16 de fevereiro e tem até setembro para conseguir as mais de 500 mil assinaturas de apoio que a Justiça Eleitoral exige para a criação de uma nova sigla.

O deputado Walter Feldman (PSDB) e o vereador Ricardo Young (PPS), que já anunciaram que vão deixar os seus partidos para integrar a Rede, também participaram do mutirão ao lado de Marina. Segundo Feldman, a mobilização deles não causa constrangimento dentro das atuais legendas e, para Young, até contribui para trazer o tema "sustentabilidade" para o debate nas demais siglas.

Eleição

Cotada como um das candidatas à Presidência em 2014, depois de ter conquistado quase 20 milhões de votos nas eleições passadas, Marina criticou o clima de campanha criado nas últimas semanas pelo PT e PSDB e disse que a Rede não vai participar desse processo de antecipação.

"Nós acabamos de ter uma eleição para prefeito e já anteciparam a eleição para presidente da República. Eu acho que a gente tem que ganhar mais tempo discutindo as propostas, as ideias, do que apenas discutir a engenharia eleitoral. Neste momento nós estamos focados em discutir o programa que teremos e não estamos participando dessa antecipação", afirmou.

A ex-senadora Marina Silva negou na noite de segunda-feira (18) que esteja criando um partido para concorrer às eleições de 2014. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela voltou a dizer que a candidatura à Presidência é apenas uma possibilidade e destacou que o registro da Rede de Sustentabilidade - partido que lançou no sábado - depende de uma "batalha jurídica".

"É uma possibilidade, porque nós só temos três meses para recolher as assinaturas, depois teremos uma batalha jurídica para conseguir o registro", disse. A legislação determina que para poder disputar o pleito no ano que vem, o partido precisa coletar cerca de 500 mil assinaturas até setembro e submetê-las à análise do Tribunal Superior Eleitoral. Todo o processo tem de ser finalizado até um ano antes das eleições.

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Perguntada se pensa em se filiar a outra legenda caso a Rede não saia do papel, ela não respondeu. "Vou insistir na ideia de que esse esforço não é puramente eleitoral. Depois de 2010, eu não fiquei só na agenda eleitoral, não fiquei na cadeira cativa de candidata." No sábado (16), Marina afirmou que o novo partido não seria nem oposição, nem situação, nem de esquerda e nem de direita. A frase lembrou o que o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab falou ao criar o PSD. Na segunda, ao ser questionada se o novo partido seria um "PSD que não come carne", a ex-senadora disse que já usava essa expressão desde 2010.

À tarde, em entrevista à Rádio Estadão, a ex-senadora disse que vai apostar na "transparência e visibilidade" como uma forma de evitar que fichas-sujas se filiem à nova legenda. "Que o processo de depuração seja feito pelo constrangimento ético daqueles que não estão de acordo com esse tipo de procedimento.". Para Marina, quem não for ficha limpa será um "corpo estranho" dentro do novo partido. "Não vai ser a Marina colocando gente para fora e para dentro. Vai ser a própria Rede que vai se encarregar de fazer a rejeição desse organismo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois de o novo partido da ex-senadora Marina Silva ser lançado em Brasília, começou uma campanha na internet para conseguir levantar as 500 mil assinaturas necessárias para registrar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para obter o registro - e poder disputar as eleições de 2014 - as assinaturas de apoio à criação da legenda, que foi batizada de Rede Sustentável, têm de ser apresentadas à Justiça Eleitoral até setembro. Segundo a legislação, o TSE precisa concluir a análise do processo até um ano antes do pleito para que o partido saia do papel. Por isso, a data limite este ano será 4 de outubro.

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No site da Rede, há um modelo de ficha para as pessoas baixarem e imprimirem, assim como instruções de como preenchê-la e para quais endereços enviá-la em cada Estado. Por uma exigência legal, a coleta de assinaturas não pode ser feita pela internet. A ficha de apoio deve ser preenchida a caneta e entregue em papel ao TSE pelos membros do partido.

O site também convida o internauta a ser um "mobilizador" e ajudar a sigla a conseguir as assinaturas. "Conquiste o apoio de seus familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de escola", diz o passo a passo do portal.

A nova legenda elaborou ainda uma lista com sete motivos para as pessoas apoiarem a criação do partido. Entre eles estão o de que a Rede tem como objetivo reaproximar o cidadão da política e a defesa do crescimento sustentável.

A ex-senadora Marina Silva, que se reúne na noite desta terça-feira em São Paulo com apoiadores do Movimento Nova Política para discutir a criação de um novo partido político, disse que na eventual criação de uma legenda não seriam aceitos políticos que não tenham o perfil do movimento liderado por ela.

Questionada se o tucano José Serra (que já teria recebido oferta de filiação por outros partidos) seria bem-vindo à nova legenda, Marina foi categórica em apontar a dificuldade dessa hipótese: "Como essas lideranças (José Serra) têm tido muita dificuldade de entender a questão do desenvolvimento sustentável, toda a dimensão dessa agenda - e não é pelo que se diz é pelo que se faz - a postura dessas lideranças em relação ao código florestal e outros retrocessos que estão acontecendo hoje, dificilmente acho que eles teriam identidade programática com esse esforço que está sendo feito", disse a ex-senadora.

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Marina ressaltou que seu grupo hoje faz um esforço para agregar pessoas com ideologias políticas semelhantes à que ela defendeu na campanha presidencial de 2010. "Não se está fazendo adaptação de discurso para integrar pessoas de qualquer forma. Nós queremos um esforço programático, para ir integrando aqueles que legitimamente estejam querendo muito mais do que concorrer a uma eleição", alfinetou.

Segundo a ex-senadora, o eventual partido terá a cara "da defesa do interesse público, do desenvolvimento sustentável, da ética na política e da justiça social". Para Marina, foi difícil convencer parte de seus apoiadores de não criar um novo partido para disputar as eleições municipais de 2012. "Eu disse que não faríamos um movimento só pensando em processo eleitoral", lembrou. Apesar desse discurso Marina, o grupo teria a intenção de colocar o novo partido na disputa eleitoral de 2014.

Acompanhada do vereador Ricardo Young (PPS), do deputado federal do PSDB Walter Feldman e de antigos colaboradores como os empresários Guilherme Leal e Maria Alice Setubal, Marina Silva enfatizou que a definição sobre a criação de uma nova legenda só será definida no dia 16 de março em uma nova reunião com o Movimento Nova Política, em Brasília.

Embora seja a principal organizadora do Movimento, Marina não gosta do termo "Partido de Marina". "As pessoas podem até rotular de Partido da Marina, mas é impossível fazer isso. Eu sou mais uma neste processo", disse a ex-candidata à Presidência da República que em 2010 conquistou quase 20 milhões de votos no País.

Ao participar, no sábado (13), de painel durante a 68.ª Assembleia-Geral da SIP, a ex-senadora Marina Silva elogiou o papel da mídia na divulgação de conceitos e debates sobre ambientalismo. "A mídia brasileira tem importância muito grande na mediação de um discurso hermeticamente fechado, porque nós usamos uma linguagem que às vezes os leigos não entendem. No Brasil essa mediação foi feita pela mídia com muita competência."

"Em todas as pesquisas feitas internacionalmente, o Brasil aparece em primeiro lugar entre as populações que mais têm noção das mudanças climáticas. É um grande avanço se considerarmos que há 24 anos Chico Mendes foi assassinado em Xapuri (AC) e o Brasil nem sabia quem era Chico Mendes", ela disse, em alusão ao líder seringueiro. Marina ainda criticou mudanças propostas no Código Florestal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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A ex-senadora Marina Silva (sem partido) participou ontem em São Paulo do lançamento de carta aberta contra a política ambiental do governo federal. De acordo com o texto, assinado por dez organizações não governamentais, "o primeiro ano do governo da presidente Dilma Rousseff foi marcado pelo maior retrocesso da agenda socioambiental desde o final da ditadura militar".

A presidente, segundo os signatários, inverteu "uma tendência de aprimoramento da agenda de desenvolvimento sustentável que vinha sendo implementada ao longo de todos os governos desde 1988". Dilma estaria contrariando compromissos assumidos na campanha presidencial - entre eles o de recusar artigos no texto do Código Florestal que resultassem em anistia a desmatadores ilegais.

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O governo poderia ter mobilizado sua base parlamentar para conter os retrocessos na mudança do Código Florestal, em discussão no Congresso, de acordo com a carta. Também são apontados como sinais de retrocesso a redução das unidades de conservação e do poder de fiscalização do Ibama, atropelos nos processos de licenciamento ambiental e enfraquecimento do Ministério do Meio Ambiente.

"É a primeira vez que 100% das demandas do atraso vêm sendo contempladas", disse Marina em entrevista após o anúncio da carta, referindo-se a concessões do governo. Na avaliação da ex-senadora, o Brasil precisa de dirigentes que tenham visão estratégica e não apenas gerencial.

No período em que chefiou o Ministério do Meio Ambiente, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Marina teve frequentes desentendimentos com Dilma Rousseff, então ministra-chefe da Casa Civil. Na eleição presidencial de 2010, a ex-senadora ficou em terceiro lugar, com quase 20 milhões de votos, defendendo sobretudo propostas de desenvolvimento sustentável.

Marina participou do evento como representante do Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), do qual é diretora. O documento também foi assinado pela Fundação SOS Mata Atlântica, Instituto Socioambiental e outras sete organizações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-senadora Marina Silva, atualmente sem partido, disse que uma borda está se afastando do centro do poder para encapsulá-lo, durante o debate "Política 2.0", do Fórum Social Temático, nesta quinta-feira (26), em Porto Alegre.

"Isso se vê em todo o mundo, no Chile, na Espanha, nos Estados Unidos", afirmou, referindo-se aos movimentos articulados por redes sociais que se organizam para defender mudanças em diversos países. "Agora as pessoas querem ser sujeitos, estamos diante da possibilidade de democratizar a democracia", avaliou, elogiando os movimentos suprapartidários que buscam novos espaços para qualificar as relações do homem com ele mesmo e com a natureza.

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Em sua manifestação, Marina fez mais referências teóricas do que alusões diretas à política nacional e considerou o excesso - e não a falta - como o problema mais grave que a humanidade tem. "Essa cultura foi capaz de produzir tudo, e se for o caso em tempo real, mas há quem não tenha", avaliou, em referência à má distribuição dos bens.

No mesmo debate, Ricardo Young, que, assim como Marina, participa do conselho diretor do Instituto Democracia e Sustentabilidade, sustentou que há uma situação de grande mudança nos controles políticos graças às redes sociais. Citou como exemplos o Massacre do Carandiru, em 1992, que levou alguns dias para ser conhecido em detalhes, e a desocupação da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no último domingo, que gerou uma imediata onda de protestos contra a operação policial (que afastou 1,6 mil famílias do local).

Oded Grajew, do Instituto Ethos e Rede Nossa São Paulo, destacou a mobilização que levou a Câmara de Vereadores a aprovar a lei que obriga o prefeito eleito a divulgar seu plano de metas, incluindo as promessas da campanha, e a prestar contas do que conseguiu fazer a cada seis meses.

Também citou outra mobilização da sociedade civil que levou uma Proposta de Emenda Constitucional ao Congresso Nacional para obrigar a presidência da República, os governadores e todos os prefeitos a fazerem o mesmo. A matéria já passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal e deve ser analisada em breve por uma Comissão Especial. "As conexões, as redes e as alianças mostram que é possível mudar", afirmou, para um público de cerca de cem pessoas.

A ex-senadora Marina Silva (sem partido) começa a consolidar aos poucos seu projeto político para as eleições municipais de 2012 e também para a disputa presidencial de 2014. No próximo dia 12, ela deverá participar em São Paulo do lançamento da base estadual do Movimento por uma Nova Política, que, embora tenha como objetivo declarado a discussão de novas formas de fazer política no século 21, poderá servir de base para definir o apoio de Marina às candidaturas municipais e, logo em seguida, para a criação de um novo partido.

O lançamento será feito durante um ato político e terá caráter suprapartidário, segundo os organizadores. A meta do grupo político ligado à senadora, que saiu das eleições presidenciais do ano passado com um cacife político respeitável, lastreado por quase 20 milhões de votos, é lançar mais sete comitês estaduais até o final de novembro. O próximo será no Ceará. Entre janeiro e fevereiro do próximo ano devem ser instalados outros dez.

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"O objetivo do lançamento de uma base em São Paulo é congregar todas as forças políticas que buscam novas formas de fazer política", diz Maurício Brusadin, um dos principais articuladores do movimento no Estado.

Ex-presidente do diretório estadual do PV, partido do qual se desligou em junho, ao lado da ex-senadora, Brusadin também vê a iniciativa como uma boa oportunidade de debate das eleições municipais: "A discussão do programa Cidades Sustentáveis, que define metas municipais em áreas consideradas prioritárias, como educação, saúde e meio ambiente, também servirá para balizar o apoio do movimento a essa ou aquela candidatura municipal em 2012".

Desde que deixou o PV, Marina tem dito que apoiará candidatos municipais que se identifiquem e apoiem aquele programa. Os organizadores do evento em São Paulo devem convidar políticos de diferentes partidos, do PSOL ao PSDB. A lista inclui Walter Feldman (PSDB), secretário de Gilberto Kassab, Carlos Giannazi (PSOL), Luiza Erundina (PSB), Soninha Francine (PPS). Deputados estaduais e federais do PV também serão convidados.

Em várias partes do Brasil o grupo da ex-senadora vem procurando se aproximar de setores do PSOL. Formalmente, ela tem dito que o movimento não tem nenhum objetivo partidário nem eleitoral. Insiste que o objetivo é agregar forças para discutir novas formas de organização política no século 21.

Extraoficialmente, porém, parte dos integrantes do movimento veem nele o embrião de um futuro partido - sem o qual seria impossível conquistar espaços e influir no quadro político. Acham impossível, pelo menos por ora, qualquer mudança política que permita o lançamento de candidaturas avulsas, sem sigla partidária, como deseja Marina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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