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A revisão no valor do salário mínimo projetado para 2020 deve gerar uma economia de R$ 2,56 bilhões no Orçamento. Segundo o secretário de Orçamento Federal do Ministério da Economia, George Soares, cada R$ 1 de diferença no salário mínimo tem impacto de R$ 320 milhões.

A indicação inicial na proposta orçamentária era de que o salário mínimo ficaria em R$ 1.039 em 2020. No início deste mês, porém, o governo revisou suas projeções para o INPC (índice de inflação que corrige o piso nacional) de 2019, para 3,26%. Com isso, o salário mínimo deve subir menos, para R$ 1.031.

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A diferença de R$ 8 é o que trará a economia de R$ 2,56 bilhões. O secretário lembrou que o piso nacional é referência para aposentadorias, abono salarial e linha de corte para o recebimento de uma série de benefícios sociais. Por isso, o impacto significativo nas despesas. O salário mínimo hoje é de R$ 998.

Fundo eleitoral

A modificação à proposta de orçamento de 2020 também reduziu os recursos destinados ao fundo eleitoral no próximo ano, que são destinados ao financiamento de campanhas.

O valor foi reduzido em R$ 504 milhões, passando para R$ 2,034 bilhões. Segundo o secretário George Soares, isso foi feito porque houve uma mudança na metodologia no cálculo da renúncia fiscal para excluir da conta a renúncia com a propaganda eleitoral gratuita dos partidos, que não existe mais.

Ministérios

Com as revisões feitas para a mensagem modificativa ao projeto de lei do Orçamento de 2020, ministérios ganharam mais R$ 5,4 bilhões em despesas. A Defesa recebeu a maior fatia dos recursos, R$ 2,4 bilhões, seguida pelo Ministério da Infraestrutura, R$ 950 milhões, e da Justiça, R$ 850 milhões.

O Ministério da Educação receberá R$ 600 milhões e o da Economia, R$ 428 milhões. Outros R$ 270 milhões foram para a Presidência da República e R$ 61 milhões para o Ministério de Minas e Energia.

O secretário-adjunto de Fazenda, Esteves Colnago, disse que o governo pretende "pegar carona" em um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional para modificar o orçamento de 2019, o que permitirá o pagamento de US$ 300 milhões ao Banco dos Brics.

O Governo Federal enviou, na noite dessa quarta-feira (18), à Comissão Mista de Orçamento (CMO) uma mensagem modificativa alterando a receita da proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/15) para incluir a arrecadação com a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), cuja recriação está prevista em uma proposta de emenda constitucional em tramitação na Câmara dos Deputados (PEC 140/15).

De acordo com o texto, a previsão de arrecadação é de R$ 32,2 bilhões se a PEC for aprovada em dezembro e a cobrança começar em abril. Em contrapartida, a mensagem reduz a arrecadação com o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em R$ 8,2 bilhões, o que dá uma arrecadação líquida de R$ 24 bilhões a ser incorporada nas receitas do projeto orçamentário.

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A mensagem informa que os valores arrecadados com a reintrodução da CPMF mudam conforme a data de promulgação da PEC. Se o texto for promulgado em fevereiro, por exemplo, a cobrança se iniciaria em junho e totalizaria R$ 18,5 bilhões em 2016 (em termos líquidos).

Relatório e emendas

A mensagem modificativa será analisada agora pelo relator da receita de 2016, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que deverá apresentar um novo relatório, em substituição ao apresentado há duas semanas. Ele não é obrigado a acolher os números do governo. Na prática, a questão será definida em negociações entre o Executivo, Gurgacz e os integrantes da Comissão de Orçamento, onde o parecer será votado.

Com o envio do texto do governo, o prazo de apresentação de emendas ao relatório foi reaberto hoje pela comissão e vai até sexta (20).

Acréscimo

A versão atual do relatório da receita aponta um acréscimo de R$ 31,4 bilhões na arrecadação federal para o próximo ano. Com isso, a receita primária líquida total da proposta, que exclui as transferências constitucionais para estados, Distrito Federal e municípios, subiu de R$ 1,18 trilhão para R$ 1,21 trilhão.

No texto já apresentado na Comissão de Orçamento, Gurgacz deixa claro que não concorda com a reintrodução da CPMF. Ele ressaltou que a PEC 140/15 enfrenta resistências para ser aprovada no Congresso Nacional. Além disso, o senador disse que o ajuste fiscal pretendido pelo Planalto deve priorizar cortes de despesas, e não criação de impostos.

*Da Agência Câmara

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