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A compra da Motorola Mobility pela empresa Google vai ajudar a fortalecer a presença do sistema operacional Android. Segundo analistas de mercado, embora não se saiba ainda qual será a estratégia da empresa para explorar o mercado de hardware móvel, o ambiente aberto de software deverá conquistar novos consumidores e desenvolvedores.

A Google reforçou a competição no mercado de mobilidade com o lançamento do seu sistema operacional Android. Porém, a briga até agora estava no campo de software.Hoje a gigante das buscas pagou 12,5 bilhões de dólares para tet também a oportunidade de vender seus próprios smartphones e tablets.

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Com sistema operacional e dispositivos, o especialista brasileiro em mobilidade e convergência digital, Rogério Saran, acredita que o Android ganhará mais impulso no mercado. Entretanto, ele diz ainda não se sabe se o Google terá uma oferta completa com hardware e software ou se adotará uma estratégia diferenciada, que acabe a levando a  competir com as fabricantes que embarcam o sistema operacional Android.

Saran observa que a atuação da Google com a plataforma Android estava restrita às parcerias com fabricantes que adotaram o sistema operacional, que hoje lidera o mercado. Segundo estudos do Gartner, no segundo trimestre de 2011, o Android tinha participação de 43%, ante 17,2% reportado no mesmo período em 2010.

 “A Google abriu as portas para muitos fabricantes para ter algo para competir como o iPad da Apple. Hoje o Android é um sistema operacional muito apreciado pelos consumidores", afirma Saran. 

O especialista acredita que se repetirá com o Android a mesma situação da linguagem Java, quando a Oracle comprou a Sun. Ele recorda que havia receio dos usuários de que essa tecnologia se tornasse propriedade da empresa de Larry Ellison, o que não aconteceu. “Hoje as pessoas nem lembram que Java é da Oracle.

Outro ponto de interrogação é se a Google juntará a divisão de Android com a Motorola Mobility. Na opinião de Saran, as unidades de software e hardware serão mantidas separadas, seguindo o modelo adotado para outras áreas. “A divisão de buscas, que é a origem da empresa, nunca se misturou com a do Youtube, nem de anúncios”, constata o especialista.

Ainda na opinião do especialista, o novo negócio pode contribuir para aumentar a disseminação do Android, mas também pode fazer com que usuários resolvam adotar o Windows Phone 7, da Microsoft. Se isso ocorrer, a grande beneficiando será a Nokia, que aderiu ao sistema operacional da empresa de Bill Gates para equipar seus smarphones, mantendo o Symbian para mercados específicos.

A Google e a Motorola acabam de anunciar que fecharam um acordo de 12,5 bilhões de dólares pelo qual a gigante do mercado de buscas na Internet comprará a Motorola Mobility. Segundo o comunicado, o negócio foi aprovado por unanimidade pelos diretores das duas empresas.

De acordo com a Google, a empresa adquirida funcionará com uma unidade de negócios independente. O objetivo do negócio é aumentar o potencial do Android (sistema operacional para dispositivos móveis da Google) no mercado de smartphones e tablets.

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“Juntos, criaremos uma fantástica experiência de uso que impulsionará todo o ecossistema Android, beneficiando os consumidores, parceiros e desenvolvedores”, afirma Larry Page, CEO da Google.

O negócio, o maior já feito pela Google,  ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa. A previsão é de que o negócio seja concluído até o começo de 2012.

A Motorola Mobility é responsável pelo desenvolvimento de smartphones e tablets com Android, como o Xoom e o Atrix.

A joint venture Nokia Siemens Networks anunciou o corte de 1,5 mil funcionários do seu quadro. Os trabalhadores que serão demitidos fazem parte dos cerca de 7 mil funcionários que foram recebidos pela Nokia Siemens com a compra da divisão de redes sem fio da Motorola em julho deste ano, numa transação que movimentou 1,2 bilhão de dólares.

De acordo com o porta-voz da empresa, o corte vai afetar equipes das divisões de tecnologia GSM e WiMax presentes em países como Inglaterra e Estados Unidos. Pelo acordo feito em abril, a Motorola continua a ser responsável pelas patentes ligadas à infraestrutura wireless e pela plataforma iDEN, utilizada por operadoras norte-americanas, como a Spring Nextel.

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A Nokia Siemens, por outro lado, vai incorporar toda a fabricação dos equipamentos - que inclui linhas GSM, CDMA, WCDMA, WiMax e LTE (4G) - e uma base de aproximadamente 50 clientes.

A Nokia Siemens foi criada em 2007 a partir de união da fabricante finlandesa de telefones celulares Nokia com o grupo alemão de engenharia Siemens. Empresas como Huawei e Ericsson são alguns de seus principais rivais.

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