Vai chegando o Carnaval e a escolha do destino e estilo de festa tomam conta dos foliões e as dúvidas começam. Samba, Frevo ou Axé? Carnaval de Rua ou de Clube? Esses são alguns dos questionamentos para quem quer curtir os festejos de Momo. Do Nordeste ao Sudeste as diversidades culturais e musicais garantem a alegria de milhões de recifenses, que se dividem entre os Estados mais procurados: Pernambuco, Bahia ou Rio de Janeiro.
A pesquisa Carnaval 2014: a expectativa do recifense, realizada Pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau com 624 entrevistados, constatou que 81,7% dos foliões preferem brincar na rua, 16,8% em clube e 1,5% não opinaram. Tendo como ‘raiz’ cultural a festa de Rua de Pernambuco, Juliana Cavalcanti, 30 anos, que pelo segundo ano consecutivo vai para o Carnaval da Bahia, diz que em Salvador não é Carnaval.
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“Lá é como se estivesse num festival de música. Carnaval pra mim é bloquinho de rua, troça carnavalesca, frevo, fantasias super criativas, que você só vê em Olinda, com sol na cabeça, subindo e descendo ladeira”, sorriu a funcionária pública, dizendo que optou por Salvador porque está ficando velha e quer conforto. Ainda em entrevista ao LeiaJá, destacou que em Pernambuco acontece a festa mais democrática: “Aqui, rico e pobre se divertem!”
Para Ana Clara Atanásio, 23, que já curtiu a festa de Momo do Rio de Janeiro, confessa que os blocos da capital carioca, nas prévias e no carnaval, são parecidos com os de Recife, mas em Pernambuco, a diversão é mais democrática. “Existem blocos da Zona Sul e do Centro, bem segmentado por classes sociais! Gosto muito de lá, porque nunca presenciei brigas nem arrastão”, revelou a publicitária, que há dois anos vai para o Rio.
Nem só os recifenses afirmam que Pernambuco possui o melhor carnaval de rua. Quando se fala em festa de rua e ritmo musical, Carlos Wanberg, de Surubim, Zona da Mata do Estado, é direto. “Gosto dos blocos, macaratu e frevo e, principalmente, de baixo custo! Festa paga mesmo, como camarote, vou apenas um dia”, falou o advogado, que ainda disse que não gosta de música baiana, nem escola de samba, talvez iria para o carnaval de rua do Rio, porque deve ser bom.
Entre as ruas e as festas pagas, há quem prefira, indiscutivelmente as ladeiras de Olinda e o Bairro do Recife. "Arrisquei brincar no camarote, no ano passado, mas não gostei! Parece que estamos em um show qualquer em alguma época do ano. Pra mim, isso não é Carnaval. Gosto de sentir as ladeiras, interagir com os foliões, vestir a fantasia e curtir a democracia da festa de rua de Olinda e do Recife Antigo", revelou, alegremente, a Social Media Polyana Souza.
O presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses, considera que o que torna o Carnaval de rua do Estado o melhor é a cultura enraizada do povo pernambucano. "Respiramos criatividade e espontaneidade. Isso é o que constrói a tradição e a cultura dos pernambucanos. Se você comparar, há coisas que você só vê no Carnaval do Recife e de Olinda. São fantasias, brincadeiras e a alegria do povo", conclui.
