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A Polícia Federal (PF) em Pernambuco informou, neste domingo (9), que assumirá as investigações sobre o Cruzeiro do Alto da Sé, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O crucifixo do monumento foi depredado nesse sábado (8) e o suspeito acabou se machucando. Ele estava ferido nas pernas e nos dedos.

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A Companhia Independente de Apoio ao Turista (Ciatur), da Polícia Militar de Pernambuco, identificou o suspeito por meio de câmeras de segurança. Como estava ferido, o acusado acabou sendo levado ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista, onde segue internado e passará por cirurgia. A PF promete ouvi-lo assim que ele receber liberação médica.

De acordo com a Polícia Federal, o caso do monumento, que “supostamente foi alvo de um ato de vandalismo”, ficará sob sua responsabilidade porque a estrutura é tombada pelo patrimônio histórico que fica em um dos principais pontos turísticos do Sítio Histórico de Olinda.

“Ao tomar conhecimento dos fatos a Polícia Federal enviou uma equipe de policiais federais para o local com o objetivo de fazer uma perícia técnica no local do crime e pegar informações sobre o caso”, informou a PF por meio da sua assessoria de comunicação. A entidade ainda reiterou que “o crime está previsto na Lei de Crimes Ambientais - Lei 9.605/98 no artigo 165 por destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico”. Para esse tipo de situação, a pena pode ir de seis meses de detenção a dois anos de prisão, bem como multa poderá ser aplicada.

No que diz respeito à restauração do monumento, o trabalho ficará sob os cuidados da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda. A Polícia Federal tenta, agora, identificar o que motivou a destruição do crucifixo.

Tombamento – Desde 1968, o Sítio Histórico de Olinda é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além disso, é reconhecido como Patrimônio Mundial Cultural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Na próxima sexta (23), sábado (24) e domingo (25), a cidade de Olinda recebe a 15ª edição do MIMO Festival. Com uma extensa programação, distribuída pelo Sítio Histórico olindense, o evento promove shows, concertos, fórum de ideias, chuva de poesia e exibições de filmes.

O Festival MIMO de Cinema apresenta, nesta edição, uma seleção de 19 filmes, todos sobre música e músicos; e inéditos em circuito comercial. Outra novidade é o uso do recém reformado Teatro Fernando Santa Cruz, no Mercado Eufrásio Barbosa, para as sessões do festival. O outro ponto de exibição será, como de costume, no pátio da Igreja da Sé. Entre longas e curtas, o LeiaJá separou alguns títulos que você não pode deixar de assistir nestes três dias de festival.

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Betty, they say I'm different

Fazendo sua avant première nacional no Festival Mimo de Cinema, o longa de Phil Cox traz a história e a obra de Betty Davis, a 'rainha do funk'. O filme conta sobre sua trajetória musical, passando pelo conturbado e rápido casamento com Miles Davis e como a união, de apenas um ano de duração, mudou a vida de ambos. Também traz a própria Betty, após meses de procura à artista, reclusa há muitos anos, contando como sua carreira foi prejudicada por sua recusa em ceder a certos apelos do mercado e da cena. Em entrevista ao UOL, o diretor Phil Cox contou ter convidado a cantora para o lançamento do filme em Nova Iorque. Ela aceitou, porém, foi ao evento disfarçada. Na ocasião, Cox disse antes da exibição: "Alguém aí na plateia é Betty Davis. Por favor, aplaudam".  

Serviço

Sexta (23) | 16h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Mussum, um filme do cacilds

A diretora Susanna Lira mostra um lado pouco visto do humorista e sambista Mussum. Neste documentário, o público vai conhecer melhor Antonio Carlos Bernardo  Gomes, tocando em pontos polêmicos de sua vida, sua responsabilidade, seriedade, compromisso com os cinco filhos que teve com cinco diferentes mulheres e sua paixão pelo samba. Susanna falou, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, sobre o projeto que faz sua grande estreia no MIMO.

Serviço

Sábado (24) | 20h

Mercado Eufrásio Barbosa

Sábado (24) | 18h30

Igreja da Sé

Domingo (25) | 14h

Shopping Patteo Olinda

 

Vinil, poeira e groove

Com o objetivo de provar que nenhum serviço de streaming é capaz de superar uma boa 'bolacha', o filme de Diego Casanova traz empresários, artistas, lojistas e fãs de vinis para mapear a atual cena de discos no Brasil.

 

Serviço

Sexta (23) | 18h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Raiz Ancestral

O documentário de Marcia Paraíso conta a história de gerações de músicos da família Aniceto que há 100 anos mantém uma tradição de musicalidade e manutenção de sua cultura. Os Irmãos Aniceto, do Cariri, mostram o seu autêntico som e como a música se perpetua pelos seus laços familiares.

 

Serviço

Sábado (24) | 16h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Pesado - que som é esse que vem de Pernambuco?

O peso da cena do metal produzido em Pernambuco é o mote deste documentário produzido por Leo Crivellare e Wilfred Gadêlha. O filme ilustra como a música pesada divide espaço com outras manifestações musicais locais que dominam o cenário artístico pernambucano e traz cenas de shows, ensaios e encontros com os principais nomes do movimento no Estado.

Serviço

Sábado (24) | 20h

Mercado Eufrásio Barbosa

Domingo (25) | 16h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Com a palavra, Arnaldo Antunes

Um documentário autobiográfico onde Arnaldo Antunes conta sua trajetória através das palavras e imagens encontradas no seu trabalho. O filme perpassa a carreira de Antunes desde o começo, como poeta, até se tornar um cantor e compositor de sucesso da música brasileira. Dirigido por Marcelo Machado.

 

Serviço

Domingo (25) | 18h e 20h

Mercado Eufrásio Barbosa

 

Yzalú: Rap, feminismo e negritude

O documentário de Inara Chayamiti e Mayra Maldjian traz a rapper paulista Yzalú contando sua própria trajetória. A escolha pela narração em primeira pessoa se deu por respeito ao lugar de fala da cantora, mulher negra, periférica, com limitação física, que faz seu rap acompanhada por um violão.

 

Serviço

Domingo (25) | 18h

Mercado Eufrásio Barbosa

*Fotos Divulgação

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Dentro da programação do festival MIMO também há espaço para o cinema. E muito espaço. Durante os três dias do evento, 13 produções inéditas, entre longas, médias e curtas-metragens, serão exibidas na tenda do Mercado da Ribeira e no pátio da Igreja da Sé. Os filmes estão divididos em duas mostras, Panorama Brasil e Um Outro Olhar, todos ligados à temática da música, sob a curadoria de Rejane Zilles. Algumas das sessões contarão com a presença dos diretores.

Abrindo a programação de cinema no MIMO, nesta sexta (17), foi exibido o longa pernambucano Super Orquestra arcoverdense de ritmos americanos, de Sérgio Oliveira, no Mercado da Ribeira. Premiado no Festival do Rio 2016, o filme mostra, em tom de fábula, um serão nordestino contemporâneo onde o luxo divide espaço com as paisagens áridas do lugar. Em seguida, foram exibidos os documentários Cosme (Luciano Scherer), Bambas (Anná Furtado) e Fevereiros (Marcio Debellian). No pátio da Igreja da Sé, o público pôde conferir a cinebiografia João, o Maestro (Mauro Lima), que narra a trajetória do brilhante maestro João Carlos Martins.

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Até o próximo domingo (19), a programação contará com a exibição de outras oito produções sobre o cenário e grandes ícones da música popular brasileira. Entre os destaques estão Híbridos, os espíritos do Brasil (Vincent Moon e Priscilla Telmon), Torquato Neto - todas as horas do fim (Eduardo Ades e Marcus Fernando) e Clara Estrela (Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir). A programação completa pode ser vista no site oficial do MIMO.

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Poetisas de diferentes épocas, estilos, vivências e nacionalidades serão as protagonistas na tradicinal Chuva de Poesia do MIMO Festival. O evento será no dia 18 de dezembro, às 18h, na Igreja da Sé, em Olinda. Serão atirados, do alto da igreja, 28 mil papéis coloridos com poemas.

Os mais de 20 mil papéis coloridos terão poemas das brasileiras Ana Cristina Cesar, Cecília Meireles, Hilda Hilst e Maria do Carmo Ferreira, além da portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen, da russa Marina Tsieáieva, da norte-americana Emily Dickinson, da grega Safo, da indiana Madeviaca, das japonesas Chiyo-ni e Sono-jo e da Instapoet indiana radicada no Canadá Rupi Kaur. 

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Serviço

Chuva de Poesia MIMO Festival

18 de novembro | 18h

Igreja da Sé (Olinda)

Gratuito

Confira este e muito mais eventos na Agenda LeiaJá.

 

 

Entre os dias 17 e 19 de novembro, a cidade de Olinda receberá uma vasta programação cultural com as atividades do MIMO. Entre elas, o Festival MIMO de Cinema arma duas tendas, no Mercado da Ribeira e no pátio da Igreja da Sé, para a exibição de produções de diferentes gêneros. A entrada é gratuita em ambos os espaços.

Percorrendo as cidades históricas que recebem o MIMO desde sua primeira edição, em 2004, a mostra de cinema realiza projeções ao ar livre, em telões, tendas cineclubes e em salas de exibição. As sessões de cinema contarão com a presença de alguns diretores das obras.

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Na edição 2017 de Olinda, serão exibidos, entre outros, o longa Híbridos, os Espíritos do Brasil, do pernambucano Sérgio Oliveira, abrindo a programação; o documentário Onildo Almeida - Groove Man; e Ilú Obá de Min - Homenagem à Elza Soares. Também estão na programação uma seleção de curtas-metragens nos quais a música é a protagonista.

Programação

Tenda da Ribeira

17 (sexta)

Panorama Brasil

18h

CINEBIOGRAVURA

SUPER ORQUESTRA ARCOVERDENSE DE RITMOS AMERICANOS

20h

COSME

BAMBAS

FEVEREIROS

18 (sábado)

18h

ILÚ OBÁ DE MIN – HOMENAGEM A ELZA SOARES, A PÉROLA NEGRA

CLARA ESTRELA

20h

CANTA UM PONTO

TORQUATO NETO – TODAS AS HORAS DO FIM (Tenda da Ribeira | 18 (SÁBADO)

19 (DOMINGO)

18h

HÍBRIDOS, OS ESPÍRITOS DO BRASIL

19h30

LIVE PERFORMANCE HÍBRIDOS

IGREJA DA SÉ

17 (SEXTA-FEIRA)

Um Outro Olhar

18h

JOÃO, O MAESTRO

18 (SÁBADO)

18h30

ONILDO ALMEIDA – GROOVE  MAN

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Olhos atentos e muita concentração para acompanhar a agilidade e genialidade de Egberto Gismonti, que foi ovacionado durante sua apresentação no MIMO, neste sábado (6). O show de um dos maiores ícones da música brasileira lotou as áreas internas e externas da Igreja da Sé, onde foi montado um telão para que todos pudessem assistir ao show. Gismonti já participou de praticamente todas as edições do MIMO. Em recente entrevista concedida ao LeiaJá, o compositor disse que sua proximidade com o festival se dá por conta da grande amizade que tem com Lu Araújo, a idealizadora do MIMO.

Perto do fim do show, Gismonti chamou ao palco o violoncelista Jaques Morenlebaum, que fez uma apresentação solo e depois tocou algumas músicas com Egberto. "Obrigado, só tenho a agradecer. Há dez anos gravei meu disco produzido por Egberto, agora ele me convidou para tocar neste cenário da Igreja da Sé”, disse Jaques. O público pareceu gostar tanto da parceria que última música do concerto acabou se transformando em três bis – todos aplaudidos de pé.

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Continua a série de apresentações do Mimo, que realiza sua etapa Olinda até o próximo domingo (7). Nesta sexta (5), após a apresentação das cantoras Renata Rosa e Emily Loizeau, uma enorme fila estava formada ao lado da Igreja da Sé, reunindo centenas de interessados em ouvir a música do catalão Jordi Savall, resultado de pesquisas sobre música antiga.

Com um atraso de cerca de 30 minutos, Savall entrou no palco para levar o público em uma verdadeira viagem sonora por outras épocas. O uso de instrumentos antigos foi um diferencial na apresentação, com destaque para a viola da gamba, espécie de mini violoncelo que  se apoia entre as pernas. O ambiente sonoro remeteu muitas vezes à idade média e seus trovadores.

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Em seguida, no maior palco do Mimo, localizado na Praça da Sé, Winston McAnuff e Fixi fizeram um show empolgante. Amvos são carismáticos e quase todas as canções convidam à dança, contagiando boa parte dos presentes. A dupla, que lançou recentemente o elogiado disco A new day, se apresentou acompanhada de mais u músico, que se revezava tocando percussão, samplers e fazendo beatbox (técnica nascida com o hip hop em que se faz a bateria com a boca).

Em um momento do show, McAnuff falou sobre as boas energias anulando as más e soltou um "Jah Rastafari" que empolgou alguns. No mesmo momento, começou a cair uma chuva fina. O francêds Fixi se alterna entre o acordeon e o teclado, algumas vezes tocando os dois ao mesmo tempo.

A dupla voltou para um bis, tocando primeiro uma canção introspectiva para emendar um afrobeat que fez muita gente balançar. Em seguida, aumentou o ritmo e terminou o show com o público dançando. Muitas pessoas formaram um verdadeiro tapete cobrindo o monte onde fica a Igreja do Carmo que, iluminada, assistia imponente aos espetáculos. A noite ainda tem a apresentação Bassekou Kouyate & Ngoni Ba, também na Praça da Sé.

A Igreja da Sé, no Sítio Histórico de Olinda, ficou lotada no início da noite dsta quinta (4), durante a abertura da série de shows do Mimo. No entorno, centenas de pessoas também foram atraídas pela presença de um telão e aparelhagem de som, além de cadeiras, para os que não conseguiram lugar no interior da igreja, poder acompanhar a apresentação.

Se do lado de fora era grande a dispersão e o barulho, dificultando quem gostaria de apreciar o som com mais atenção, no interior da catedral o silêncio era completo para se ouvir a música do percussionista indiano Trilok Gurtu. Acompanhado de um trio de baixo, piano e trumpete, Gurtu alternou momentos de instrospecção com outros de explosão musical, conseguindo interagir com o público a ponto de contagiá-lo a bater palmas marcando o ritmo.

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Franklin Moura é músico  e veio conferir a apresentação. "Trilok Gurtu é um dos melhores do mundo", sentencia, enquanto elogia a sonoridade dos instrumentos e a capacidade técnica do percussionista. Após um solo de tabla, tradicional instrimento de percussão indiano, Gurtu brincou tocando células ritmicas de maracatu e baião. "Eu acho que a música é uma só assim como Deus é um só", explica o músico, ao mostrar as semelhanças de sonoridades geograficamente tão distantes.

Muito relaxado e comunitivo, Trilok se comunicou de forma bem humorada durante toda a apresentação e contagiou o público, que aplaudiu em pé ao final. Após o 'fim' do show, continuou tocando e interagndo com a plateia. Boa parte das pessoas foram saindo da Igreja da Sé, seguindo em direção à Praça do Carmo, onde se apresenta o pianista Chick Corea, principl atração desta edição do festival.

A décima edição do festival internacional de música – MIMO - que começou nesta quarta (4) com a Etapa Educativa, abre sua temporada de concertos nesta quinta (5) com o show do pianista Nelson Freire, às 20h30, na Igreja da Sé, em Olinda. Até o domingo (8), o centro histórico receberá vários shows como Gilberto Gil e Jards Macalé – além das exibições de filmes nas praças públicas, igrejas, teatros e capelas seculares. . 

Pela segunda vez no festival MIMO, o pianista Nelson Freire apresentará canções de Bach, Brahms, Chopin e o espanhol Enrique Granados, com ênfase no segundo e no terceiro. Eu vos invoco, Senhor, Jesus, alegria dos homens, Capricho em ré menor e o Intermezzo em mi maior do Opus 116, Balada em sol menor do Op. 118 e as Quatro peças, Op. 119, são algumas das canções que fazem parte do repertório de Nelson.

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Com 60 anos de carreira, recitais e concertos em mais de 50 países, Nelson Freire tem o reconhecimento unânime da crítica internacional como um dos maiores nomes do piano no mundo, tendo tocado com os maiores regentes e nas mais importantes salas e teatros. Lançou recentemente o CD Brasileiro - Villa-Lobos & Friends, pela Decca Records.

O concerto é gratuito e as senhas serão distribuídas, às 18h, na Biblioteca Pública de Olinda, localizada no Bairro do Carmo, em Olinda.

Serviço

Concerto Nelson Freire

Quinta (5) l 20h30

Igreja da Sé (Olinda)

 

O público que compareceu à primeira noite da Mostra Internacional de Música de Olinda (MIMO), que teve como palco a Igreja da Sé, pode sentir a dose do que vem por aí até o final da nona edição. Abrindo a programação, o filme Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!, de Ninho Moraes e Francisco César Filho, introduziu o público na atmosfera musical do festival com uma releitura moderna da Tropicália, tendo como mote um show idealizado por André Abujamra no Teatro Oficina, em São Paulo, que contou com vários artistas, entre eles Luiz Caldas.

Misturar documentário com ficção é a aposta do longa, que experimenta na linguagem audiovisual, mesclando entrevistas, discursos gravados, leitura de livros, depoimentos, performances teatrais, imagens de shows e programas de tv. O prêmio conquistado pelo filme no Festival de Gramado, na categoria trilha sonora, reforça os motivos de sua exibição no Festival MIMO de Cinema, uma vez que as produções selecionadas para a mostra se fazem valer pelas virtudes artísticas, tendo como fio condutor a temática musical. Apesar da ausência de Caetano Veloso, um dos líderes do movimento tropicalista que foi apenas citado e "substituído" pela leitura de seu livro Vereda Tropical, o filme cumpriu as expectativas de quem foi ao Alto da Sé em busca de uma referência didática no campo da música.

Atração pincipal da noite, o trio Richard Bona, Sylvain Luc e Marcos Suzano agradou em cheio o público que foi conferir a apresentação no palco montado na Igreja da Sé. Depois de se apresentarem juntos pela primeira vez na MIMO Ouro Preto, o trio demonstrou entusiasmo e abraçou a oportunidade de tocar em Olinda. Arriscando um português rasteiro, mas cheio de sintonia com a plateia, Bona encantou pela simpatia e sensibilidade que deixa transparecer só pela sua presença. O africano de Camarões é um dos baixistas mais requisitados da Europa e se apresenta, há um tempo, ao lado do talentoso violonista e guitarrista francês Sylvain Luc. A participação do percussionista carioca Marcos Suzano foi uma sugestão bem sucedida do festival. O gingado brasileiro do pandeiro de Suzano, que também fez uso do carron e já havia tocado com Bona em um show de Lenine, incrementou a dinâmica do duo europeu.

Bona roubou a cena ao emprestar sua voz de timbre assombroso a algumas músicas que remetem a canções de ninar e cantos africanos. Um dos momentos mais delicados do show foi, sem dúvida, quando o camaronês ficou sozinho no palco e mostrou toda a sua sensibilidade vocal, brincando com um suposto playback, que ecoava na igreja mesmo quando o músico se distanciava do microfone. Bona aproveitou o recurso proposital para contrapor estalos, sons e ruídos, emitindo vocalizações que fazem alusão ao som dos instrumentos e projetando uma aura ritualística que encantou o público olindense.

Optando por se comunicar em inglês com a plateia que lotou a Igreja da Sé, o músico africano disse que, para ter coragem de cantar em português, teve que experimentar a cachaça brasileira. A homenagem ao país tropical veio com a bossa de nova de Tom Jobim, A Felicidade, para alegria do público que não escondeu os sorrisos, acompanhando em coro o trio. Em seguida, Bona selou um dos momentos mais emocionantes do show, quando prestigiou o Rei do Baião cantando Assum Preto e Asa Branca em inglês e arriscando, mais uma vez, trechos em português. O artista ainda teceu elogios à cidade patrimônio histórico, dizendo que os melhores músicos do mundo podem ser encontrados em Olinda. O concerto pode ser acompanhado pelo telão na área externa da Igreja da Sé, espaço que também ficou lotado por quem não conseguiu senha para acompanhar o show dentro da Igreja.

O trio provou que não foi à toa o convite para participar da MIMO. Segundo o diretor artístico do evento, André Oliveira, a fama não é critério para a escolha dos artistas que integram a programação, e sim a coerência artística com a proposta do festival. "Nós viemos construindo uma confiança no público pelas atrações que selecionamos. Não temos interesse em trazer artistas que todos já conhecem. Prezamos pela surpresa na linguagem artística e, sobretudo, pela qualidade musical. Queremos sempre surpreender o público", refletiu em conversa com o LeiaJá.

Vários fiéis e admiradores do trabalho de Dom Helder Câmara compareceram na manhã desta segunda-feira (27) à Igreja da Sé para a missa que homenageou o carismático ex-arcebispo de Olinda e Recife, falecido há 13 anos. Os túmulos nos quais a partir de agora jazem os restos mortais de Dom Helder, do bispo auxliar Dom José Lamartine e do padre Antônio Henrique Ferreira, postados no interior da igreja, foram bastante visitados. Confira fotos.

Uma missa em homenagem a Dom Hélder Câmara será realizada nesta segunda-feira (27). Na ocasião, também haverá a transladação dos restos mortais do religioso, do bispo auxiliar, Dom José Lamartine; e do padre Antônio Henrique Pereira para túmulos definitivos numa capela lateral da Igreja da Sé, em Olinda.

O ato litúrgico terá repercussão mundial, já que o trabalho e dedicação de Dom Hélder ganham o mundo. A celebração também vai de homenagear dois outros religiosos de grande importância para a Arquidiocese de Olinda e Recife. Dom Lamartine foi bispo auxiliar e o padre Henrique, assessor da Pastoral da Juventude durante o pastoreio de Dom Hélder Câmara.

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Padre Antônio Henrique foi torturado e assassinado no ano de 1969 durante o Regime Militar. Crime impune até hoje, mas que ganhou prioridade nas investigações da Comissão Estadual da Memória e Verdade. O sacerdote é tido como “Mártir da Juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife”.

A missa reunirá agentes das pastorais e representantes das 109 paróquias que compõem a arquidiocese. A irmã do padre Henrique, Izaíra Pereira Padovan, lançará livro biográfico sobre o sacerdote. O título da obra é “Padre Antônio Henrique – Dissimulações do Regime Militar de 64”. A biografia começou a ser escrita pela mãe do padre Henrique e foi concluída pela irmã.

Com informações da assessoria de imprensa.

Para as mamães mais clássicas, a programação do projeto Circuito das Igrejas oferece uma ótima opção neste domingo, Dia das Mães: a apresentação do grupo Allegretto, a partir das 17h, na Igreja da Sé, em Olinda. A entrada é gratuita.

O grupo, gestado no Conservatório Pernambucano de Música (CPM) em 1996, é conhecido por se apresentar com vestimentas de épocas, pelo repertório que revisita as clássicas canções dos períodos medieval, renascentista e barroco, e pelo uso de instrumentos poucos usuais, como alaúde, vihuela, krummhorn e cornamusa.

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O projeto Circuito das Igrejas é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Turismo, por meio da Empetur, em parceria com a Fundação Gilberto Freyre, com o apoio do Iphan e da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Serviço
Projeto Circuito das Igrejas, com Allegretto
Quando: Domingo (13), às 17h
Onde: Igreja da Sé (Alto da Sé, s/n, Cidade Alta - Olinda)
Entrada gratuita

No próximo domingo (8) a Igreja da Sé, em Olinda, sedia mais uma edição do Circuito das Igrejas, projeto voltado para a preservação e valorização do patrimônio das igrejas de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Igarassu, com apresentações de música clássica e erudita.

Na ocasião, a orquestra Retratos do Nordeste se apresenta a partir das 17h. O grupo é o único do Brasil com formação somente de cordas dedilhadas, instrumentos tocados sem o uso de arco. O concerto terá uma hora de duração, e será regido pelo maestro Flávio Medeiros.

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O repertório, voltado para a música popular pernambucana, terá composições de nomes como Levino Ferreira, Ivanildo Maciel, e canções provenientes do movimento armorial, como dos autores Clóvis Pereira e Maestro Duda, além de oito próprias do grupo.

Para o diretor musical e bandolinista da orquestra, Marco César, o projeto é uma excelente oportunidade para aproximar o contato do público com a música erudita. “A plateia sempre fica impressionada. Já nos perguntaram, inclusive, se somos de Recife mesmo”, brinca.

A novidade da orquestra fica por conta da gravação do primeiro CD de uma série apenas de músicas autorais, e previsto para ser lançado ainda em 2012. O projeto, ainda em gravação, conta com o apoio do Conservatório Pernambucano de Música.

DONA LINDU - Ainda no domingo, a partir das 18h, a Orquestra Sinfônica e a Companhia de Ópera do Recife (Core) se apresenta gratuitamente no Parque Dona Lindu, Zona Sul do Recife. Na ocasião, será encenado o espetáculo Cavalleria Rusticana, ao ar livre, com o palco voltado a Avenida Beira Mar.

Estreada no Teatro de Constanzi de Roma em 1790, Cavalleria será encenada pela Core, com arranjos da Orquestra Sinfônica e regência do maestro Osman Gioia. Passado numa cidade do interior da Itália, o enredo envolve cinco personagens principais e fala sobre traição e morte.

“Uma das razões para escolhermos esse espetáculo foi o fato de se passar num domingo de Páscoa embora não se trate de um conto religioso. Além disso, achamos importante mostrarmos ao público algo diferente e de excelente qualidade. Para a Orquestra é uma grande satisfação compor esse dueto com a Core”, afirma o maestro Osman Gioia.

SERVIÇO:

Projeto Circuito das Igrejas - Orquestra Retratos do Nordeste

Domingo, 8 de abril, às 17h

Na Igreja da Sé – Alto da Sé, Sítio Histórico de Olinda

Informações: (81) 3182-8205

Ópera Cavalleria Rusticana

Domingo, 8 de abril, às 18h

No Parque Dona Lindu - Av. Boa Viagem

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