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A novela A Força do Querer se despediu nesta sexta (20) deixando uma ótima impressão no público. A sucessora, O Outro Lado do Paraíso, de Walcyr Carrasco, promete manter o ritmo do horário nobre com temas polêmicos e grande elenco. Os astros do próximo folhetim se reuniram, também na sexta (20), para uma grande festa em comemoração ao novo trabalho.

A festança aconteceu no Parque Lage, na cidade do Rio de Janeiro. Estiveram presentes o time de atores que contará as histórias da trama como Glória Pires, Fernanda Montenegro, Juca de Oliveira, Erika Januza, Ellen Roche, Marieta Severo e Sérgio Guizé, entre outros. O autor da novela, Walcyr Carrasco também prestigiou o evento. No Instagram, o escritor comemorou o momento: "Noite linda com energia maravilhosa na festa de O outro lado do paraíso".

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O cantador Maciel Melo se fez conhecido pelas poesias e canções que retratam principalmente o Sertão e o sertanejo. Agora em 2016, aos 53 anos de idade, com 14 álbuns gravados, o artista - nascido na cidade sertaneja de Iguaraci - recebeu o convite para atuar pela primeira vez em uma teledramaturgia e atuará ao lado do - também cantor e compositor - baiano Xangai. Os músicos fazem uma dupla de repentistas na nova novela das 21h da Rede Globo, Velho Chico.

A novela, vai ao ar a partir da próxima segunda-feira (14), é escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Em conversa com o Portal LeiaJá, Maciel Melo conta como recebeu o convite para fazer parte de Velho Chico (assista abaixo o teaser produzido pela emissora). O músico ainda revela que atuou no teatro durante a adolescência em Petrolina - cidade às margens do rio que dá nome à novela, o São Francisco - e aponta a experiência como rejuvenescedora.

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LJ – Como foi o momento quando você recebeu o convite para participar de Velho Chico e quem fez o contato?

MM - Recebi um telefonema de Badu, pai de Lucy Alves, e regente do grupo Clã Brasil, de João Pessoa, me pedindo os telefones de Xangai e Elomar. Pediram pra Lucy, e ela sabia que eu teria esses contatos. Pois bem, alguns dias depois me ligaram da Globo-RJ para falar sobre dois personagens repentistas que estariam na trama da novela Velho Chico, e que eu teria sido indicado por Xangai pra fazer a dupla com ele. Me solicitaram um vídeo com algumas imagens minhas declamando e tocando alguma coisa que tivesse uma ligação com cordel. Pedi pra Nilton Pereira, da TV Viva, pra fazer isso pra mim. Fomos no estúdio ZRG, filmamos e uma semana depois estava confirmada a minha participação. É uma participação pequena, mas que pra mim, terá um grande significado, diante do tema escolhido pelos autores, e a credibilidade que o diretor Luiz Fernando Carvalho está depositando nos atores nordestinos. Isso dá uma autenticidade, a meu ver, diferenciando do que vem sendo feito em novelas no Brasil. Como compositor, cantor, e dedicado sempre aos temas que dizem respeito ao cotidiano do povo sertanejo, me senti fascinado pela ideia de poder atuar, por menor que fosse minha participação.

LJ – É a primeira vez que você vai atuar em uma teledramaturgia. Como está sendo o desafio?

MM - As únicas participações que tive em televisão foi a inclusão de uma música minha em uma outra novela da Rede Globo, Flor do Caribe, onde tive a oportunidade de encaixar uma canção chamada Rainha, bem como tive também uma música na trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro, além de ter apresentado um programa na TV Jornal, Pé de Serra, durante cinco anos e outro na TV Globo Nordeste, Causos e Cantos, que ia ao ar no período junino, por dois anos. Agora, novela! Nunca cogitei essa possibilidade. A princípio, pensei que fosse uma pegadinha. Até vir o convite oficial, fiquei quieto, não falei nada pra ninguém. Bom, eu havia feito teatro na adolescência, mas era uma coisa amadora. Teatro estudantil. Cheguei a participar de um grupo de teatro em Petrolina, que se chamava Guterima (Grupo de Teatro Imaginativo), liderado pelos irmãos José Geraldo e Eraldo Rodrigues. Mas foi por pouco tempo. Logo em seguida, me entreguei à música e nunca mais quis saber de outra coisa, que não fosse ligada a ela. Esse convite veio em boa hora. É um desafio novo. Adoro desafios, me instiga. Gosto quando minhas adrenalinas se assanham. Me dá uma sensação de rejuvenescimento. Gosto disso. Tá sendo bom. É apenas uma participação. Mas é uma participação em uma novela que será exibida em horário nobre, e em uma emissora que comanda a maior audiência do país. É uma responsabilidade grande, mesmo sendo uma participação pequena.

LJ – A trama é realizada pelo sertão pernambucano, área aonde você se criou e dedicou várias canções durante a carreira. Como é reviver isso na teledramaturgia?

MM - Gravamos algumas cenas no recôncavo baiano, mais precisamente nas cidades de São Francisco do Conde e Cachoeira de São Félix, e em seguida fomos para Alagoas, nas cidades de Delmiro Gouveia e Piranhas, onde filmamos algumas cenas com Xangai interpretando as chamadas da trama. Depois fomos para o Rio de Janeiro e gravamos três cenas no Projac. Das participações em que eu e Xangai atuamos, foram feitas até agora cinco cenas, além das chamadas que compomos, e que são interpretadas por ele. Ainda tem mais algumas cenas para serem gravadas com a gente, no decorrer da novela. Quanto às canções que compus durante toda minha vida, sempre procurei não perder a essência, o sotaque, os costumes e lembrar a geografia do meu povo. Fazer parte de uma produção televisiva, voltada para o Nordeste, só alimenta mais a minha vontade de continuar fazendo o que sempre fiz.

LJ - Você trabalhará na novela ao lado de Xangai. Como está sendo essa parceria? Quem será o seu personagem?

MM - Xangai já é um parceiro antigo. Nos conhecemos trinta anos atrás. Já trabalhamos juntos muitas vezes. Já fizemos dezenas de shows em dueto. Fizemos também em formato de trio:  Eu, ele e Geraldo Azevedo. Já fizemos: Eu, ele e Renato Teixeira, além das tantas vezes que fizemos só os dois. Então tá sendo muito bacana realizar mais esse trabalho. E diferentemente do que sempre fizemos. É um aprendizado novo para os dois. Está sendo muito frutífero. Na novela, a gente interpreta dois repentistas, que fazem ponto no bar de Chico Criatura, fazendo versos de cordel, falando sobre os coronéis e proseando com os fregueses. É muito divertido.

LJ - O que você pode falar sobre a trama da novela e a oportunidade de atuar com atores consagrados e reconhecidos, não só no Brasil, mas a nível internacional?

MM - A novela, pelo que tenho lido nos capítulos que me foram entregues, tem uma trama maravilhosa. Uma história carregada de sotaques e costumes de uma época quando o coronelismo imperava no Nordeste do Brasil, trazendo toda aquela indumentária, aquela exuberância, no vestir das pessoas nobres, na arquitetura, na paisagem e na rudeza da vida do sertanejo, que foi passando de gerações em gerações, até chegar aos dias de hoje. Heranças de um tempo em que a bravura era a base do respeito. A palavra valia mais que qualquer papel assinado em cartório e a honra era lavada com sangue. Não é pelo fato de estar fazendo parte do elenco, não! Mas, estou certo de que será uma novela daquelas que vale a pena conferir. Foram poucas as novelas que me tiraram de minhas conversas no bar de Robertinho e me desviaram do caminho da sinuca do bar de seu Davi. Essa parece ser daquelas que a mulherada curte em dose dupla: porque além de ser um tipo de programa naturalmente do gosto feminino, ainda pode atrair a atenção do homem. 

O convívio com atores como Rodrigo Santoro, Humberto Magnane, Leopoldo Pacheco, Gesio Amadeu, Cyria Coentro, Julio Machado, Rodrigo Lombardi, Cristiane Torlone, e tantos outros, é muito bacana. Estou curtindo bastante. Depois retomo a história de sempre que é minha musica. É mais um capítulo na minha trajetória. Afinal sou um artista. E arte é isso. É tudo isso. É mais uma história pra se contar no futuro, para os meus netos, meus sobrinhos, meus amigos de mesas de bares, enfim, mais um assunto para prosear na minha velhice! Está sendo muito bom. Estou achando arretado.

LJ - Sertanejo, poeta e cantador que é, o que o público pode esperar de Velho Chico a respeito de música e poesia?

MM - A trilha está muito boa: Geraldo Azevedo, Elomar, Xangai, Ednardo, Vital Farias, Caetano Veloso, Alceu Vença, Chico Cesar e outros compositores que não me vem à memória no momento. Eu canto juntamente com Xangai, durante a novela, os repentes escritos pelos autores, e uma música que compus com ele, feita baseada na lenda do rio, encenada e interpretada por a gente e por um grupo de teatro de mamolengo. Nessa cena aparece os dois violeiros cantando a música, e um casal de índios encenando os dois personagens da história da lenda do rio. Estou tentando ver se consigo encaixar uma canção minha na trilha. Quem sabe? Talvez eu consiga. Mas já dá para sentir mais ou menos o respeito e o carinho que o diretor Luiz Fernando Carvalho tem com a gente, com o Nordeste, com o Brasil, quando o Brasil ainda era floresta. Isso vale um abraço.

No capítulo de Amor à Vida que vai ao ar nesta quinta-feira (26), Inaiá (Raquel Villar) vai contar à Laerte (Pierre Baitelli) que é portadora do vírus HIV. Após saber do diagnóstico da enfermeira, o médico vai expulsá-la do apartamento e ordenará que Inaiá devolva a chave da porta.

O doutor, que reagirá da pior forma, vai ficar com medo de ter sido contaminado pela doença. “Eu não sou uma xícara suja, sou portadora de um vírus, que pode ter, sim, sido transmitido por relação sexual sem preservativo. Mas também por uma agulha ou contato com o sangue de um paciente. Eu sempre uso luvas, mas as enfermeiras se arriscam”, conta a enfermeira. A novela é exibida de segunda a sábado, a partir das 21h.

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Há coisa de alguns meses, o autor Manoel Carlos perguntou a Paulo José se ele poderia usá-lo em sua próxima novela das 9 na Globo, Em Família, para colocar em cena uma delicada reflexão sobre o Mal de Parkinson. "Sim", respondeu, solícito, o ator e diretor que vem convivendo com a doença nos últimos 20 de seus 76 anos.

Passos curtos, voz de timbre baixinho - mas não tímida -, Paulo encontra a reportagem na sala de estar de sua casa e logo vai explicando que sua eloquência não está nos melhores dias. Conta que acabou de fazer um relaxamento e isso não conspira a favor da voz, mas surpreende quando brinca que deveria dar entrevista cantando, e de fato canta, escancarando uma voz que parecia oculta.

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Também avisa, de início, que não gosta de dar entrevistas. Fica tenso, o que não acontece quando recita seus poemas, quando canta ou interpreta um texto decorado. Mesmo assim, concordou em nos receber em seu paraíso, no alto da Gávea, onde vive cercado de livros - muitos livros -, cachorros, gatos e pelo menos dez pessoas que circulam por ali diariamente, entre os filhos, a mulher Kika Lopes e alguns poucos amigos.

Há ainda os terapeutas, que se encarregam de uma rigorosa agenda de atividades. Faz fisioterapia duas vezes ao dia, tem aulas de voz três vezes na semana, toca piano para exercitar os dedos, nada, faz fonoaudiologia às quintas e terapia corporal às terças. "E tomo remédios, muitos, cinco vezes ao dia", conta.

Depois das aulas de canto, grava poemas num estúdio que mantém em casa, o que vai render um audiobook. Fala que tem se dedicado muito a escrever. Como sempre lhe perguntam como lida com a doença, resolveu escrever um depoimento em primeira pessoa, relatando altos e baixos vividos nesses 20 anos. "Isso tudo faz parte da minha luta diária para manter o Parkinson como um coadjuvante - um coadjuvante de peso -, mas nunca um protagonista."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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