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Por ocasião do 50º aniversário do filme de Francis Ford Coppola, "O Poderoso Chefão", o Airbnb vai abrir uma reserva especial para passar um mês na residência luxuosa usada pela família Corleone em Staten Island, em Nova York.

A casa poderá abrigar até cinco hóspedes e o interessado precisará locar a luxuosa mansão por 30 dias. A abertura da reserva será realizada no dia 27 de julho, às 14h (horário de Brasília).

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O local foi usado durante as gravações do longa e, apesar da parte interna não aparecer no filme, a fachada apareceu em diversas cenas. Construída em 1930, a residência tem mais de mil metros quadrados e dispõe de cinco quartos e sete banheiros, além de uma grande piscina de água salgada, uma taverna com pub, uma sala de jogos e uma academia.

Além disso, conforme a reserva, "haverá faxineiros agendados (uma vez por semana às quintas-feiras), faxineiros de piscina (duas vezes por semana) e paisagistas (uma vez por semana às quintas-feiras ou sextas-feiras, dependendo do tempo) no local".

Para reservar, os interessados precisam acessar o link airbnb.com/thegodfather.

A residência é usada por uma família e, por isso, não serão permitidos hóspedes externos durante a estadia.

Da Ansa

O ator James Caan, que interpretou Sonny, o filho mais velho de Vito Corleone em "O Poderoso Chefão", faleceu aos 82 anos, informou seu círculo próximo nesta quinta-feira (7).

"É com grande tristeza que informamos a morte de Jimmy na noite de 6 de julho", informou sua família na conta do ator no Twitter.

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Caan, que também atuou em "Profissão: Ladrão" e "Rollerball", foi indicado ao Oscar em 1973 por seu papel no clássico da máfia dirigido por Francis Ford Coppola.

"Jimmy foi um dos maiores. Não só ele foi um dos melhores atores que a indústria já viu, ele era engraçado, leal, carinhoso e amado", escreveu seu empresário Matt Del Piano em um nota à AFP. "Vou sentir muito a falta dele."

As redes sociais foram inundadas de palavras de pesar e homenagens ao ator, cuja causa da morte não foi informada.

"A família agradece as demonstrações de amor e sentidas condolências, e pede que continuem respeitando sua privacidade neste momento difícil", acrescentou a publicação na sua conta no Twitter, encerrando com "Fim do tweet", frase com a qual Caan assinava suas publicações.

Nesta quinta-feira (7), o diretor Francis Ford Coppola completa 83 anos de vida. Coppola se tornou um dos maiores diretores de todos os tempos depois da franquia "O Poderoso Chefão". O cineasta acumula cinco estatuetas do Oscar ao longo de sua carreira. Com isso, o LeiaJá preparou uma lista de filmes para você conhecer mais sobre o diretor: 

• Drácula de Bram Stoker (1992); 

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O filme possui um elenco repleto de nomes estrelados como Gary Oldman, Winona Ryder, Keanu Reeves e Anthony Hopkins. O longa é uma adaptação do livro de Bram Stoker, que conta a história de Vlad Drácula, líder romeno do século XV. Como lembra a sinopse: "No século 15, a Igreja se recusa a enterrar em solo sagrado a grande paixão do líder dos Cárpatos que decide, então, renegar a instituição religiosa. Ele passa a perambular através dos séculos até encontrar a suposta reencarnação de sua amada." 

 • A Conversação (1974); 

A Conversação é um filme de mistério e suspense focado em Harry Caul, contratado para espionar um casal de amantes e gravar conversas entre eles. Quando um dos áudios revela um potencial assassinato, Caul enfrenta um dilema moral e entra em crise, pois um dos trabalhos passados levou à morte de três pessoas.  

 Apocalypse Now (1979); 

Um clássico de Coppola, que mostra os horrores da Guerra do Vientâ. Com Marlon Brando, Martin Sheen, Laurence Fishburne, Robert Duvall e Cynthia Wood. Confira a sinopse:  "O Capitão Willard (Martin Sheen) recebe a missão de encontrar e matar o comandante das Forças Especiais, Coronel Kurtz (Marlon Brando), que aparentemente enlouqueceu e se refugiou nas selvas do Camboja, onde comanda um exército de fanáticos." 

 • O Selvagem da Motocicleta (1983);  

Um filme de baixo orçamento, mas que teve uma grande aceitação do público. O filme mostra um lado mais intimista e lírico do diretor. No elenco estão Matt Dillon e Mickey Rourke, bem no início de suas carreiras. O longa é uma adaptação do livro "Rumble Fish", de 1975.  

 "Descontente e inquieto, Rusty James foi abandonado por sua mãe e vive com seu pai alcoólatra. Ele se diverte saindo com sua namorada, Patty, e seus amigos Midget, Smokey e BJ Jackson. Quando seu irmão, o Motoqueiro, retorna à cidade, Rusty tem esperança de ter encontrado um guia na sua vida desajustada." 

 • Peggy Sue - Seu Passado a Espera (1986); 

Um filme de comédia para toda a família. Em Peggy Sue, Coppola convocou um elenco com muitos nomes de sucesso como Kathleen Turner, Jim Carrey, Helen Hunt, Kevin J. O'Connor e seu sobrinho, Nicolas Cage. O longa foi indicado ao Oscar de Melhor Atriz, Melhor Fotografia e Melhor Figurino.  

 "Kathleen Turner é Peggy Sue, uma dona de casa de 43 anos em 1985. Durante uma reunião com antigos colegas de colégio, ela desmaia, e acorda jovem, em 1960. Ela questionava muitas decisões tomadas na juventude, e agora pode mudar seu destino." 

 

Nesta terça-feira (15), o icônico filme "O Poderoso Chefão" completa 50 anos desde seu lançamento nos cinemas dos Estados Unidos. O longa foi um verdadeiro sucesso nas telonas e conquistou diversos prêmios e Oscars.

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Chega nesta quinta-feira (4) à América Latina, incluindo o Brasil, o serviço de streaming Paramount+. A plataforma se junta a Netflix, Disney, Globoplay, Amazon e outras já consolidadas no mercado brasileiro. Segundo informações do jornal Estado de São Paulo o serviço oferecerá mais de 5 mil horas de conteúdo e custará inicialmente R$ 19,90 por mês.

A Paramount+ investirá em produções próprias, de cada região, para tentar ter um público global. No Brasil, além de produtos com a marca Porta dos Fundos, a empresa irá anunciar séries e programas em breve.

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Primeiras produções locais

Na América Latina as duas primeiras séries a sair serão o thriller sobrenatural 'The Envoys', de Juan José Campanella - diretor de 'O Filho da Noiva' e 'O Segredo dos Seus Olhos' - e Cecilia, de Daniel Burman, que dirigiu 'O Abraço Partido'.

O que já tem disponível?

O catálogo já chegará com filmes e séries renomados do Showtime como Black Monday, Your Honor, The Good Lord Bird e The Comey Rule, produções que renderam indicações ao Globo de Ouro.

Clássicos como NCIS, Twin Peaks e Todo Mundo Odeia o Chris, além de filmes como a trilogia O Poderoso Chefão e os cinco primeiros longas Missão: Impossível.

O que está para chegar?

Em breve, a quarta temporada de The Handmaid’s Tale e novidades como The First Lady, sobre as primeiras-damas americanas, com Viola Davis e Michelle Pfeiffer.

Para chamar mais público, a Paramount+ retornará com algumas produções de sucesso que haviam sido canceladas ou finalizadas, incluindo Dexter, Frasier e iCarly, além de spin-offs de Star Trek e Bob Esponja.

Fusão

O serviço de streaming da Paramount+ é um dos resultados da fusão da CBS, uma gigante da TV americana, com a Paramount, estúdio centenário de Hollywood.

A sétima arte também comemora o Dia dos Pais. Personagens marcantes de dramas, comédias, filmes de ação e até mesmo das coloridas animações. No LeiaJá, você confere os oito melhores pais do cinema mundial.

A vida é bela – Roberto Benigni

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No vencedor de três estatuetas do Oscar em 1998, o ator Roberto Benigni é Guido, um garçom de origem judia que vive na Itália. Apaixonado por Dora (Nicoletta Braschi), sua esposa, Guido é levado junto com o filho de cinco anos, Giosue (Giorgio Cantarini), para um campo de concentração nazista no auge da Segunda Guerra Mundial. Guido é um pai amoroso e um sujeito que sempre vê o lado bom das coisas. Durante a trama, Guido faz com que o menino acredite que toda aquela tragédia é apenas parte de uma competição da qual estão participando.

 

À procura da felicidade - Will Smith

Chris Gardner, vivido pelo ator Will Smith é um pai de família com inúmeros problemas financeiros. Quando sua esposa decide sair de casa, Chris precisa cuidar de Christopher, interpretado pelo filho do protagonista e também ator Jaden Smith, que vive uma criança de cinco anos. Tentando sobreviver com sua habilidade de vendedor sem sucesso, Chris consegue estágio não-remunerado em uma grande corretora de ações. Sem dinheiro, pai e filho passam a dormir em abrigos, estações de metrô, banheiros públicos mas Chris tem esperança de que, ao fim do estágio, será contratado e fará sucesso na nova carreira.

 

Um ato de coragem – Denzel Washington

No longa, Denzel Washington é John Quincy Archibald. Funcionário de uma fábrica Archibald entra em desespero ao saber que seu seguro de saúde não cobre um transplante de coração do filho, Michael 'Mike' Archibald (Daniel E. Smith), diagnosticado com um problema cardíaco. Sem ter condições de pagar a cirurgia que salvaria a vida do filho, o operário faz toda uma ala do hospital com refém.

 

O poderoso chefão – Marlon Brando

Inspirado no best-seller de Mario Puzo, O Poderoso Chefão conta a história da família Corleone. O ator Marlon Brando interpreta Don Vito Corleone, chefe da máfia em Nova York. Ao sofrer um atentado de outro grupo de mafiosos que tenta colocar em evidência pontos de tráfico de drogas, Don Corleone fica com a saúde debilitada mas sobrevive e transfere as responsabilidades para seu filho Michael Corleone, vivido pelo ator Al Pacino. O filho não só administra mas também amplia os negócios da família que mandava na máfia americana nos anos 1950.

 

Click – Adam Sandler

Neste filme, o ator Adam Sandler é o arquiteto Michael Newman. Casado e pai de dois filhos, Newman não consegue se divertir com a família pois passa a maior parte do tempo trabalhando. Ao conhecer Morty (Christopher Walken), um inventor, o arquiteto ganha de presente um controle remoto universal, capaz de acelerar o tempo. A princípio, Newman utiliza o dispositivo para acelerar todos os momentos monótonos mas percebe, de modo tardio, que está deixando de viver ótimos momentos em família.

 

Busca Implacável – Liam Neeson

O ator irlandês Liam Neeson vive Bryan Mills, um ex-agente federal, que optou por deixar o emprego que lhe tomava mais tempo para ficar próximo de sua filha Kim (Maggie Grace). Com vários contatos profissionais, Mills passa a trabalhar com antigos companheiros como segurança particular. Sem autorização de Bryan, Kim faz, em companhia de uma amiga, uma viagem à Europa e desaparece em Paris nas mãos de agenciadores do sexo. Antes de ser leiloada, o ex-agente precisa recorrer às suas habilidades para resgatá-la.

 

Procurando Nemo - Marlin/animação

O peixe-palhaço Marlin vive com sua família perto da Grande Barreira de Corais, na Austrália, até que uma catástrofe familiar deixa-o com apenas um filho, Nemo. O pequeno Nemo, que tem uma nadadeira menor que a outra, passa a ser monitorado pelo pai mas, cansado dos desaforos e sermões do “velho”, arrisca sair nadando pelo mar cheio de predadores. Em uma dessas aventuras, Nemo é capturado por um pescador e Marlin inicia uma missão quase impossível: achar o peixinho.

 

Uma babá quase perfeita – Robin Williams

Neste longa, Robin Williams dá vida ao ator Daniel Hillard o qual vive um momento conturbado na vida ao separar-se da esposa e perdeu seu emprego. Impedido pela ex-esposa Miranda (Sally Field) de passar mais tempo com os filhos, Hillard pede ajuda ao irmão Frank (Harvey Fierstein). Frank convence a ex-cunhada a contratar uma babá mas o que ela não sabe é que a cuidadora dos filhos é, na verdade, Hillard transvestido como uma idosa escocesa.

O cineasta americano Francis Ford Coppola afirmou neste sábado que o filme "O Poderoso Chefão" não poderia ser feito atualmente, já que os estúdios de cinema se recusariam a se envolver no projeto.

"Nunca receberia o aval" de um estúdio, afirmou Coppola durante uma mesa redonda organizada pelo Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York.

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A mesa redonda também incluía vários dos principais atores do filme, principalmente Al Pacino, Robert Duvall e James Caan, assim como Robert De Niro, que estrelou a sequência de "O Poderoso Chefão".

Coppola lembrou que a primeira parte de "O Poderoso Chefão" custou seis milhões de dólares e a segunda "entre 11 ou 12" milhões, o que, em números atuais, necessariamente exigiria a participação de um grande estúdio.

"Mas nunca chegaria a obter um OK ou o que agora chamamos de 'luz verde'. Nada pode obter uma luz verde a menos que seja um filme que possa ter uma série inteira (de sequências), quadrinhos da Marvel", disse o cineasta.

O diretor, vencedor duas vezes da Palma de Ouro em Cannes por "A Conversação" e "Apocalypse Now", também mencionou as dificuldades enfrentadas durante as filmagens.

Antes das primeiras tomadas e até várias semanas depois do início das filmagens, os rumores sobre a substituição de Coppola não paravam de circular.

Também lembrou que o estúdio Paramount, que produziu o filme, não queria Marlon Brando, que finalmente ganhou o Oscar de melhor ator por sua interpretação de Vito Corleone, nem Al Pacino.

O estúdio temia que Marlon Brando perturbasse as filmagens e se inclinava por outros atores em vez de Al Pacino para interpretar Michael, um dos filhos de Vito Corleone.

O lendário ator de "Sindicato de Ladrões" e de "Uma Rua Chamada Pecado" finalmente conseguiu o papel depois de um teste excepcional.

Durante esse teste, Marlon Brando teve a ideia de colocar pedaços de papel na boca para parecer um "buldogue", contou Coppola.

O ator também pensou, sem indicação do diretor, adotar uma voz rouca, quase um sussurro, que se tornou famosa.

Depois de alguns minutos, Marlon Brando atendeu o telefone com a voz de Don Corleone, lembrou Coppola.

"Havia se transformado totalmente no personagem", lembrou o diretor de "O Poderoso Chefão", que ganhou três Oscars em 1973.

Este encontro do elenco de "O Poderoso Chefão" marca o 45º aniversário do primeiro filme, e foi acompanhado pela exibição das partes 1 e 2 da história, centrada em uma poderosa família do crime de Nova York.

O Festival de Cinema de Tribeca foi co-fundado por De Niro após os atentados de 11 de setembro de 2001, em uma tentativa de reviver Manhattan.

A loja Funko está anunciando os mais novos colecionáveis do grupo. Saindo do filme, as réplicas da linha Pop! agora aterrissam na família Corleone, de O Poderoso Chefão (1972).

Os mafiosos Vito Corleone, Sonny Corleone, Fredo Corleone e Michael Corleone ganharam versões cabeçudas na animação para os amantes de filmes. O gatinho de Vito está presente, mas a cabeça de cavalo não foi inclusa em nenhum dos itens.

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Abe Vigoda, estrela de expressão triste no clássico filme de Francis Ford Coppola "O poderoso chefão", faleceu nesta terça-feira, aos 94 anos, nos Estados Unidos - informou seu agente à AFP.

O ator morreu na casa de sua filha, Carol Vigoda Fuchs, em Nova Jersey.

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"Ela foi buscar alguma coisa para beber e, quando voltou, ele já tinha ido", disse o agente Sid Craig, que representou Abe por décadas.

Aparentemente, Vigoda morreu de causas naturais.

"Ele não parecia estar particularmente doente, ou cansado. Não acho que Abe tenha ficado doente alguma vez", acrescentou Craig.

Vigoda nasceu na cidade de Nova York, filho de imigrantes judeus russos, e foi casado duas vezes. Seu pai era alfaiate.

O ator iniciou sua carreira na Broadway, mas se tornou conhecido na telona, quando interpretou o mafioso Sal Tessio, no memorável "O poderoso chefão". Também ficou famoso como o detetive Phil Fish, na série de televisão "Barney Miller". Seu personagem foi tão popular que ganhou sua própria série, "Fish".

Nos últimos anos, ele foi dado como morto, por erro, várias vezes, o que acabou virando piada na imprensa.

Com o tempo, firmou-se consenso de que a trilogia O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, é um dos maiores épicos do cinema norte-americano em toda a sua história. Essa obra-prima, inspirada no romance de Mario Puzo, reaparece agora em todo seu esplendor através da restauração digital supervisionada pelo próprio diretor. Está sendo lançada pela Paramount em cofre com três DVDs. Estes contêm um único "extra", mas de que dimensão! Trata-se da opção de assistir aos filmes com o próprio diretor comentando, cena por cena. Vale por um curso de cinema.

Quanto já não se escreveu sobre a clássica abertura de O Chefão 1 (The Godfather, O Padrinho, no original)? Em meio à penumbra, um rosto desconhecido, com sotaque italiano, diz a frase inicial: "Eu acredito na América". Mas todo o resto da fala é uma negação dessas palavras. Começa a contar a sua história. Sua filha havia sido estuprada e a polícia nada fizera. A câmera se afasta, milímetro por milímetro, e começamos a divisar outro personagem, de costas. Ele faz um gesto com a mão e um cálice de bebida é servido ao homem, para que ele tenha forças para prosseguir. A câmera se afasta mais e o novo personagem entra em cena. É o "padrinho", Vito Corleone, na interpretação genial de Marlon Brando. A cena se aclara. O homem viera pedir vingança.

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É uma das mais geniais aberturas de um filme em todos os tempos. O curioso é descobrir, pelo comentário de Coppola, que não era para ser assim. Sua ideia inicial era começar pela festa de casamento, na qual se definem as relações entre os personagens, suas características e motivações. Mas preferiu essa abertura no escuro do escritório do homem poderoso.

Coppola foi perdendo atores ao longo da saga, filmada em três momentos muito diferentes. Os dois primeiros são relativamente próximos. O primeiro Chefão é de 1972, o segundo, de 1976. Mas o terceiro só apareceria em 1990. Para este, Coppola perdeu um dos seus personagens mais marcantes, o advogado da família mafiosa, Tom Hagen, vivido por Robert Duvall, presente nos dois primeiros filmes. Não houve acordo financeiro para o terceiro e Coppola teve de se virar sem Duvall. "Diluí seu papel em vários advogados na terceira parte", diz. Funcionou bem. Mas jamais saberemos como ficaria com Duvall.

Outro desfalque foi o de Richard Castellano, intérprete de Clemenza, carismático mafioso da ‘famiglia’ Corleone, amigo de juventude de dom Vito. Nesse caso não foi dinheiro, mas Castellano exigiu que no segundo filme ele próprio escrevesse seus diálogos. Inaceitável. Coppola foi obrigado a "matar" o personagem. Seu substituto, Frank Pantangelli (Michael V. Gazzo) proclama, na primeira cena em que aparece, que Clemenza "havia morrido".

Se os acidentes de percurso são esclarecedores, mais ainda parecem as referências internas do diretor. A mais forte, Shakespeare, influência que faz da trilogia uma tragédia contemporânea. De certa forma, a saga pode ser vista, entre muitíssimas outras coisas, como a troca de poder entre o velho Corleone (Marlon Brando) e seu descendente, Michael (Al Pacino), como em Rei Lear. Michael ascende na primeira parte da trilogia, atinge o ápice na segunda e decai na terceira, sendo, por sua vez, substituído pelo novo chefão - Vincent (Andy Garcia), seu sobrinho. A personagem feminina Connie, irmã de Michael (e interpretada por Talia Shire, irmã de Coppola), é uma versão moderna de Lady Macbeth. E assim por diante.

Há quem prefira uma ou outra parte. A primeira vale-se do impacto da novidade. A segunda é mais complexa. A terceira não obteve a mesma repercussão e foi tida como exemplo de déjà vu. Claro, existem, entre os três filmes, pontos mais altos que os outros. Mas o conjunto é magnífico e assim deve ser visto, em seu todo. Tem a grandeza dos afrescos italianos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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