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O oeste e o centro da África enfrentam uma das piores epidemias de cólera em sua história, com mais de 85 mil casos registrados, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta terça-feira. Há mais de 85 mil casos registrados e 2.466 mortes confirmadas este ano, segundo o braço da ONU para as crianças.

"O tamanho e a escala da epidemia significam que a região está enfrentando uma das maiores epidemias em sua história", afirmou a porta-voz da Unicef. "Os mais significativos aumentos em 2011 estão no Chade, onde é registrada sua pior epidemia, em Camarões, onde nove dos 10 distritos têm casos, e no oeste na República Democrática do congo, onde a taxa de mortalidade está acima de 5%", disse a funcionária.

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Em alguns distritos, a taxa de mortalidade chegou a 22%. A ONU também notou que as epidemias ocorrem em locais onde o cólera não era endêmico. "Há casos ocorrendo fora da típica temporada de cólera, e também em uma área geográfica mais ampla", disse a porta-voz. "No centro da África, acaba de ser decretada uma epidemia. Eles não tinham cólera havia anos. Isso significa que as pessoas estão menos atentas sobre como evitar ou responder a uma epidemia de cólera."

Além disso, as altas taxas de mortalidade são registradas em locais onde o cólera não é endêmico. "Na República Democrática do Congo, nós temos este ano epidemias em províncias que não tinham o problema nos últimos 10 anos", afirmou um porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS). "Vemos uma taxa de mortalidade muito maior que em províncias onde o cólera é endêmico, como em Kivu do Norte e Kivu do Sul", no Congo, acrescentou o funcionário. As informações são da Dow Jones.

A Organização das Nações Unidas (ONU) corrigiu os números referentes às taxas de homicídio do Rio de Janeiro e de São Paulo, que fazem parte do Estudo Global de Homicídios 2011, divulgado na última quinta-feira. De acordo com os números reais, em 2009 a média de assassinatos ficou em 10 a cada grupo de 100 mil habitantes na capital paulista e 35 a cada 100 mil habitantes na capital fluminense. A média do Brasil está em cerca de 30 a cada 100 mil.

Os dados divulgados estavam bem acima da média real. O gráfico da página 78 do levantamento mostrava que a quantidade de homicídios estava em torno de 40 a cada 100 mil em São Paulo e de 100 a cada 100 mil no Rio de Janeiro, durante o mesmo período. Os números foram contestados pelo Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, que apontou média de 34,4 assassinatos em 2009. O mesmo ocorreu com os índices de São Paulo, que superavam quatro vezes o número registrado em 2009.

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A errata está disponível no site das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). "O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime informa que houve um erro na montagem do gráfico 6.4 da página 74, do Estudo Global sobre Homicídios 2011, que trata da queda dos índices de homicídios das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro" , informa a nota. A entidade alerta, no entanto, que a análise sobre a queda dos homicídios nas duas cidades está correta. As informações são da Agência Brasil.

Países europeus estão pedindo pela votação de uma resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira, a qual imporá sanções sobre o regime da Síria por causa da repressão aos manifestantes. Os diplomatas dizem, contudo, que ainda não está claro se a Rússia irá vetar a resolução ou então se abster no voto.

Segundo os diplomatas, que falaram em off, a votação deverá ocorrer no final da tarde da terça-feira. Se aprovada será a primeira resolução adotada pela ONU contra a Síria, cujo governo do presidente Bashar Assad começou a reprimir os manifestantes em meados de março. Em agosto, o CS da ONU emitiu um comunicado presidencial condenando a violência.

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As informações são da Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu nesta quarta-feira que não há "atalho" para a paz no Oriente Médio. Obama fez a declaração durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU, na sede da entidade em Nova York.

"Estou convencido de que não há atalho para o fim de um conflito que tem durado décadas. A paz não virá através de comunicados e resoluções na ONU - se fosse tão fácil, isso já teria sido realizado", afirmou Obama em seu discurso.

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O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pretende pedir na sexta-feira a inclusão da Palestina como membro da ONU. Há, porém, uma intensa campanha diplomática liderada por EUA e Israel para impedir essa iniciativa. Os EUA defendem que as diferenças entre os dois lados se resolvam através de um diálogo bilateral. As informações são da Dow Jones.

Em seu discurso na 66ª sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a presidente Dilma Rousseff saudou o Sudão do Sul, mais novo membro a ingressar na ONU e lamentou não poder saudar da tribuna o ingresso da Palestina. "O Brasil, assim como a maioria dos países dessa Assembleia já reconhece o Estado palestino como tal. É chegado o momento de termos a Palestina representada aqui a pleno título."

Na sua avaliação, este reconhecimento é um direito legítimo do povo palestino. "O reconhecimento da Palestina ampliaria a paz duradoura no Oriente Médio", frisou, destacando que apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender os anseios por paz, segurança e estabilidade política em seu entorno regional. E citou que no Brasil, descendentes de árabes e judeus são compatriotas e convivem em harmonia.

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A presidente defendeu também o acordo global para combater a mudança climática. "Para tanto, é preciso que os países assumam responsabilidades que lhes cabe. E acreditamos que os países desenvolvidos cumprirão as metas que o Protocolo de Kyoto estabeleceu até 2012."

 CRISE

A presidente Dilma Rousseff disse ainda que não é por falta de recursos financeiros que não se encontrou a solução para a atual crise econômica global. "É por falta de recursos políticos e clareza de ideias", destacou. Na sua avaliação, uma parte do mundo não encontrou equilíbrio entre ajuste fiscal apropriado para demanda e crescimento. "E ficam presos na armadilha que não separa interesse partidário dos interesses legítimos da sociedade".

Em seu discurso, a presidente do Brasil disse que o desafio colocado nessa crise é substituir teorias defasadas do mundo velho por novas formulações de um mundo novo. "A face mais amarga da crise é que o desemprego se amplia. É vital combater essa praga para ela não se alastrar. Nós, mulheres, sabemos, mais do que ninguém, que desemprego não é estatística, pois nos tira esperança e deixa a violência e a dor."

Dilma reiterou que é significativo que seja a presidente de um país emergente que fale hoje dessa tragédia que assola os países mais desenvolvidos. "O Brasil tem sido menos afetado pela crise mundial, mas sabemos que nossa capacidade de resistência não é ilimitada. Queremos poder ajudar os países onde crise é aguda. A cooperação é uma oportunidade histórica."

CONSELHO

Dilma defendeu também a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o ingresso do Brasil como seu membro permanente. "O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente", ressaltou a presidente, em seu discurso de abertura da 66.ª sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.

Dilma citou as cooperações do Brasil na solução de conflitos internacionais e a atuação das forças brasileiras no Haiti. "Com respeito à soberania haitiana, o Brasil tem orgulho da cooperação para a consolidação da democracia naquele país."

Para a presidente, o terrorismo só poderá ser combatido com eficácia se houver mudanças na representação dos países nas Nações Unidas. "A atuação do Conselho de Segurança é essencial e ela será tão acertada quanto mais legítimas forem suas decisões", afirmou a presidente, ao defender a inclusão de países em desenvolvimento no Conselho. "A cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade no Conselho de Segurança, o que corrói sua eficácia. Não é possível protelar mais", defendeu.

Dilma também citou as revoluções nos países árabes e disse que os brasileiros "se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura". Para a presidente, os países precisam se unir para colaborar com a construção da democracia no mundo árabe. "É preciso que as nações busquem uma forma de cooperar", disse.

A presidenta Dilma Rousseff se reúne nesta terça-feira (20) com os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do México, Felipe Calderón. Com ambos, o principal assunto deverá ser o impacto da crise econômica mundial. Nas conversas, a presidenta deverá mencionar suas preocupações com eventuais prejuízos gerados pela crise, segundo assessores que a acompanham em Nova York.

Nas reuniões com os presidentes, Dilma deverá dizer que é fundamental preservar acordos e buscar a manutenção da estabilidade econômica para evitar efeitos nos projetos sociais. Na conversa com Obama, segundo diplomatas, a presidente pretende confirmar sua visita em 2012 aos Estados Unidos, em retribuição à viagem que o norte-americano fez ao Brasil em março.

Inicialmente, Dilma se reúne com Obama e Calderón. Depois, eles participam da abertura dos debates do grupo denominado Governo Aberto – que engloba 60 países que se comprometem a discutir e a executar políticas públicas transparentes. A partir dessa ação, os países que integram o grupo pretendem por em prática medidas internas de tranparência e prestação de contas.

A próxima reunião do chamado Governo Aberto ocorrerá em 2012 no Brasil. A Controladoria-Geral da União (CGU) organiza o evento.O controlador-geral da União, Jorge Hage, também acompanha a presidenta na viagem a Nova York.

Ontem (19), Dilma participou de dois grandes eventos – um destinado à discussão sobre doenças crônicas não transmissíveis e outro sobre a participação das mulheres em discussões políticas. Bem-humorada, a presidenta confessou que “dá um frio na barriga” abrir amanhã (21) a 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Sempre dá um frio na barriga. Qualquer um que vai falar para um público de pouco mais de algumas pessoas fica emocionado. Esse é o momento que você tem de representar o que está fazendo. Tenho de representar o Brasil. Então, é uma emoção muito grande”, disse Dilma.
 
Paralelamente à abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma tem uma série de encontros bilaterais com presidentes e o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Há reuniões agendadas para esta quarta-feira com os presidentes da França, Nicolas Sarkozy, do Chile, Sebastián Piñera, do Peru, Ollanta Humala, e da Colômbia, Juan Manuel Santos.

No discurso que fará amanhã, a presidenta disse que pretende dar um tom de “esperança”. “É a fala de esperança”, resumiu ela, que pretende abordar a preocupação com os conflitos nos países  muçulmanos, a necessidade de adotar medidas relativas ao desenvolvimento sustentável – lembrando a Conferência Rio+20, que ocorrerá em 2012 no Rio de Janeiro – e a defesa da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

A presidente Dilma Rousseff afirmou sentir "muito orgulho" por ser a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em cerimônia programada para quarta-feira. Dilma disse hoje, durante seu programa semanal de rádio "Café com a Presidenta", que vai levar ao plenário da ONU temas como a transparência nas ações dos governos, o combate a doenças crônicas, a crise econômica mundial e o papel da mulher no mundo. "O Brasil tem muito a mostrar em cada um desses temas", afirmou. Ela chegou ontem a Nova York.

No programa, que foi ao ar hoje pela manhã, a presidente falou também sobre educação. Dilma afirmou que até 2014 o governo federal cumprirá a promessa de construir 6 mil creches em todo o País. Segundo ela, serão no total 6.427 creches e pré-escolas em 1.465 municípios brasileiros. "O governo federal oferece o dinheiro para a construção do prédio e dá, também, os recursos para manter o primeiro ano de funcionamento da creche. Já a prefeitura deve dar o terreno e assumir a administração da nova unidade escolar", disse.

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A presidente explicou que escolha dos municípios que receberão as unidades é feita de acordo com a necessidade de cada região. "Este salto que vamos dar na educação infantil vai ser o mesmo para todos e em todo o Brasil", afirmou. Dilma disse ainda que até o fim de seu mandato cerca de 10 mil quadras esportivas serão construídas ou cobertas nas escolas da rede pública para atender 8 milhões de alunos. "Assim, os alunos podem praticar esportes o ano inteiro, mesmo em dias de chuva, em dias quentes ou muito frios", afirmou. "O esporte é um estímulo para que as crianças permaneçam na escola por mais tempo."

Regional - O governo federal inovou esta semana ao colocar no ar edições do programa Café com a Presidenta destinadas especificamente aos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Na edição paulista, Dilma destacou obras anunciadas na semana passada junto com o governo de São Paulo para a construção de um estaleiro em Araçatuba e a expansão da hidrovia Tietê-Paraná, além da liberação de recursos para o Rodoanel Mário Covas. "O governo federal vai investir mais de R$ 3 bilhões em obras no Estado de São Paulo", disse.

Já no programa destinado aos mineiros, Dilma falou sobre investimentos em transporte público na Grande Belo Horizonte, especialmente no metrô da capital do Estado. "Esta obra é esperada pelos mineiros há 25 anos, e agora nós vamos fazê-la junto com o governo do Estado e com a prefeitura de BH."

De acordo com a assessoria de imprensa da Presidência da República, os programas regionais não serão fixos, mas poderão ser ampliados para as populações de outros Estados conforme a agenda de Dilma nesses locais.

O reconhecimento do Estado palestino entra em debate na 66ª Assembleia-Geral da ONU por meio da presidente Dilma Rousseff. No discurso, que abre o encontro, na quarta-feira, Dilma dirá que passou da hora de o mundo reconhecer a existência da Palestina. Ignorando o desconforto que o apoio explícito pode criar entre americanos e israelenses, a presidente pretende reforçar a posição de líder internacional que o Brasil busca.

O discurso ainda não está pronto. Além dos tópicos que Dilma escolheu e das linhas gerais traçadas pelo Itamaraty, pouco foi desenvolvido. A versão final deve ser feita mesmo em Nova York, nos dias que antecedem à abertura da Assembleia-Geral.

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A situação palestina não será um tema central, mas se encaixa em um dos tópicos preferenciais do Brasil: a mudança da geopolítica mundial, a necessidade de reforma da governança global e a abertura de espaço para novos atores internacionais.

A presidente deve chegar a Nova York na madrugada de hoje e voltará ao Brasil, provavelmente, na quinta-feira ou na sexta-feira. Além da agenda na ONU, Dilma pode manter até sete encontros bilaterais com chefes de Estado - quatro deles já confirmados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reunirá na próxima semana com a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, às margens da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Dilma e Obama pretendem lançar uma iniciativa de "governo aberto", anunciou a Casa Branca nesta sexta-feira.

De acordo com Ben Rhodes, vice-diretor da área de comunicação estratégica do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, a iniciativa a ser lançada por Dilma e Obama depois de um breve encontro em Nova York abrange compromissos assumidos por Brasil e Estados Unidos para assegurar a transparência e a imputabilidade nas fileiras governamentais.

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A Casa Branca informou ainda que, durante sua estada em Nova York para a Assembleia Geral da ONU, Obama se reunirá também com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e com os primeiros-ministros da Grã-Bretanha e do Japão, David Cameron e Yoshihiko Noda, respectivamente. Na série de encontros com líderes estrangeiros, Obama pretende discutir política externa e a crise da dívida na zona euro, disse Rhodes.

Na próxima quarta-feira, quando discursar na ONU, Obama pretende usar sua intervenção para tratar das mudanças ocorridas na esteira dos levantes ocorridos no Oriente Médio e no norte da África em 2011, detalhou Rhodes.

Líbia

Obama também deve se reunir com o líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, às margens da Assembleia Geral da ONU. O encontro com o líder do Conselho Nacional de Transição (CNT) ocorrerá no momento em que países ocidentais prometem apoiar os rebeldes líbios na reconstrução do país após a queda de Muamar Kadafi.

"O presidente terá a oportunidade de parabenizar o presidente Jalil pelo sucesso do povo líbio no encerramento do regime de Kadafi", afirmou Rhodes. "Ele poderá expressar o apoio dos Estados Unidos para uma transição na Líbia e discutir os planos (do CNT) para uma transição pós-Kadafi".

Obama vai então participar de uma reunião internacional e multilateral de alto nível sobre a Líbia, promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, informou Rhodes. As informações são da Dow Jones.

O porta-voz de uma seita radical muçulmana na Nigéria, conhecida localmente como Boko Haram, assumiu a responsabilidade pelo atentado com carro-bomba contra os escritórios da Organização das Nações Unidas na Nigéria nesta sexta-feira que matou pelo menos 16 pessoas.

O porta-voz conversou com o serviço em língua haussa da BBC, que é ouvido no norte nigeriano, majoritariamente muçulmano. Esses grupos costumam fazer suas declarações por meio do serviço da BBC.

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Boko Haram, que significa "educação ocidental é um sacrilégio", realizou uma série de ataques a bomba e assassinatos no norte da Nigéria no último ano.

Eles assumiram um atentado com carro-bomba contra a sede da polícia federal em junho que matou pelo menos duas pessoas. As informações são da Associated Press.

A Cruz Vermelha da Nigéria disse que pelo menos 16 pessoas morreram após um o ataque com um carro-bomba contra escritórios da Organização das Nações Unidas (ONU) na capital do país, Abuja.

Umar Mairiga, chefe do departamento de gestão de desastres da organização, disse à Associated Press que pelo menos 11 pessoas ficaram feridas e que acredita que o número de vítimas deve ser bem maior.

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Testemunhas disseram à Associated Press que um veículo sedan invadiu o complexo da ONU, passando por dois portões enquanto os guardas tentavam impedi-lo. De acordo com os presentes, o suicida bateu o carro contra a recepção do prédio antes de detonar os explosivos, provocando danos ainda maiores. As informações são da Associated Press.

Os EUA e seus aliados da União Europeia no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) não pretendem ficar restritos à declaração presidencial da semana passada condenando o regime de Bashar Assad pela violência contra os opositores. Eles devem, já nesta semana, pressionar por uma resolução do CS, que tem um peso bem maior do que a medida adotada na quarta-feira.

Apesar de publicamente celebrar a declaração presidencial, diplomatas dos EUA e da União Europeia revelam - sob condição de anonimato - insatisfação com o resultado dos esforços contra a Síria na ONU, considerada uma vitória dos países integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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Um diplomata de um dos países que integram de forma permanente o CS disse à reportagem que "convencer o Brasil a adotar uma posição mais dura é fundamental para avançar com punições mais duras à Síria". Segundo negociadores da declaração presidencial, os brasileiros estiveram entre os que mais insistiram para a inclusão de atos violentos da oposição contra o governo sírio no texto final. Isso irritou países europeus e os EUA da mesma forma que no ano passado, quando os brasileiros votaram contra sanções ao Irã.

A declaração do presidente russo, Dmitri Medvedev, alertando Assad - de que, se a violência continuar, um "futuro triste pode esperá-lo" - foi considerada uma das melhores notícias para os EUA na semana passada. Moscou foi, ao longo dos últimos dois meses, o principal obstáculo para a aprovação de uma resolução. A Rússia possui um entreposto militar em Latakia, na costa síria, e ameaçava vetar qualquer texto no conselho. A relutância russa começou a diminuir com a percepção no Kremlin de que Assad está ficando enfraquecido. Esta avaliação é compartilhada por consultorias de risco político consultadas pela reportagem, como a Strafor.

O gancho para voltar a insistir em uma resolução no CS será a apresentação na quarta-feira do relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, sobre a situação síria, que deve apresentar mais condenações à repressão das forças do regime. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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