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A Coreia do Norte convidou a Agência Atômica da ONU a enviar inspetores para ajudar na implementação de um acordo nuclear fechado com os EUA, disse Ri Yong Ho, principal negociador nuclear do governo de Pyongyang. Os comentários do norte-coreano foram feitos em Pequim na noite de segunda-feira, segundo imagens de vídeo levadas ao ar hoje pela rede de TV sul-coreana KBS.

Um anúncio feito pelo governo da Coreia do Norte na sexta-feira, de que lançará em abril um satélite, lançou dúvidas sobre a continuidade do acordo feito no mês passado entre o país asiático e os Estados Unidos. Em seus comentário, Ri procurou deixar claro que seu país acredita que o entendimento está de pé. "Nossa posição é a de que o acordo anunciado em 29 de fevereiro ainda vale", disse o negociador a jornalistas.

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"A fim de implementar o acordo, enviamos uma carta de convite à AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para que a mesma envie inspetores para o nosso país", completou. As informações são da Dow Jones.

Uma explosão ocorreu numa área residencial neste domingo em Aleppo, segunda maior cidade da Síria, e a agência de notícias estatal disse que foi um "atentado terrorista". Foi o terceiro atentado neste fim de semana, quando equipes da Organização das Nações Unidas (ONU) se preparam para uma missão humanitária liderada pelo governo e para uma visita para iniciar uma operação de monitoramento para acabar com o derramamento de sangue.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse, por meio de nota, que a explosão visava atingir escritórios de segurança política em Aleppo. Três pessoas morreram e muitas ficaram feridas, segundo a agência de notícias Reuters.

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Ontem, três homens bomba mataram 27 pessoas na capital do país, Damasco. O governo culpou a oposição, acusando-a de ser formada por "grupos terroristas" agindo em prol de uma conspiração estrangeira. Alguns líderes oposicionistas acusam o regime de cumplicidade com os ataques para enfraquecer o levante. Nenhum grupo assumiu o atentado.

A equipe de Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, viajará a Damasco nesta segunda-feira, disse um porta-voz. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A alta comissária adjunta das Nações Unidas para Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, deixou claro, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que, na visão da ONU, a Lei de Anistia não blinda crimes relacionados com o desaparecimento de pessoas e devem ser investigados. A entidade apoia, portanto, a iniciativa do Ministério Público Federal de denunciar o coronel da reserva do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura.

"Nossa visão é de que leis de anistia não cobre o desaparecimento", disse a número 2 da ONU para Direitos Humanos. "A avaliação é que não há anistia sobre um crime que continua no tempo e, portanto, ele pode e deve ser investigado", explicou. A avaliação dos juristas na ONU é de que, assim como um sequestro sem uma conclusão, o desaparecimento de uma pessoa não pode ser um crime que tenha prescrição.

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Como o Estadão revelou no último de domingo, o Ministério Público denunciou Curió na Justiça Federal em Marabá pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia. O coronel comandou as tropas que atuaram na região em 1974, época dos desaparecimentos de Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Corrêa (Lia).

A notícia foi vista como um "passo positivo" por alguns dos principais nomes da ONU na construção do direito internacional nos últimos anos. Para Louis Joinet, ex-relator da entidade por 30 anos e que atuou em diversos países no esforço de criar leis para combater o desaparecimento de pessoas, a iniciativa do MPF é "um alívio".

Militares

Sobre a reação de militares brasileiros de que a iniciativa é "revanchismo", Kyung-wha Kang entende os comentários como "naturais", mas diz que a tendência em vários países é a de seguir com os processos, mesmo com resistências.

Segundo ela, a ONU tomou a decisão de agir em um caso similar ao que foi aberto no Brasil. "Na Guatemala, decidimos enviar uma comunicação a uma corte que está julgando um caso também de desaparecidos", disse.

A alta comissária adjunta não dá qualquer indicação, por enquanto, se a ONU vai agir também no caso brasileiro. Mas a cúpula da entidade já vem insistindo que o governo brasileiro precisa agir para permitir que os crimes cometidos durante a ditadura sejam investigados.

Nos últimos anos, a ONU tem adotado uma postura cada vez mais clara de que leis de anistia e pactos nacionais fechados em períodos de transição têm impedido que as vítimas sejam devidamente reparadas. Na entidade, princípios como o direito à verdade ganharam um novo status nos últimos anos. Para os especialistas da organização, não há um modelo único de lidar com o passado e cada sociedade deve encontrar sua forma. O que a ONU insiste, porém, é que o silêncio é a única opção que não pode ser considerada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) apela para que o Supremo Tribunal Federal (STF) aceite a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) para abrir um processo contra o coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura. Para a ONU, a ação é um "primeiro passo crucial para lutar contra a impunidade que permeia o período do regime militar no Brasil".

Em comunicado emitido nesta manhã, em Genebra, a ONU diz ter "esperança que o judiciário brasileiro irá assegurar os direitos fundamentais das vítimas à verdade e à justiça ao permitir que um processo criminal vá adiante".

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Segundo a ONU, a iniciativa dos promotores é um "elemento a muito esperado em direção à responsabilização pelas centenas de pessoas que desapareceram durante os 20 anos da ditadura e que continuam desaparecidas". O comunicado foi emitido pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

Curió foi denunciado pelo crime de sequestro qualificado de cinco pessoas na Guerrilha do Araguaia, vítimas que até hoje não apareceram - vivas ou mortas. O coronel comandou as tropas que atuaram na região em 1974, época dos desaparecimentos de Maria Célia Corrêa (Rosinha), Hélio Luiz Navarro Magalhães (Edinho), Daniel Ribeiro Callado (Doca), Antônio de Pádua Costa (Piauí) e Telma Regina Corrêa (Lia).

A China e os países árabes concordaram nesta terça-feira com a necessidade de encontrar uma "solução política" para o conflito sírio, disse o enviado chinês Zhang Ming no Cairo, após se reunir com funcionários da Liga Árabe. "Todos nós reconhecemos que existe uma grande convergência entre a China e os países árabes para uma solução política que resolva a crise na Síria", disse Zhang após o encontro com representantes da Liga de 22 países, informa a agência France Presse (AFP).

Sob pressões dos países ocidentais, após ter bloqueado ao lado da Rússia por duas vezes resoluções que condenavam o governo sírio no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a China anunciou neste mês um plano de seis pontos para a Síria, pedindo um fim imediato à violência. O plano pede a abertura imediata de um diálogo entre o governo e a oposição e rechaça a interferência estrangeira "para a mudança de regime" na Síria.

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As informações são da Dow Jones.

A presidente Dilma Rousseff participou hoje da solenidade em homenagem às mulheres que foram agraciadas com o diploma "Mulher Cidadã Bertha Lutz". A presidente defendeu a busca da igualdade social e de oportunidades. Ao relacionar cada uma das mulheres que ocupam seu governo, Dilma lembrou que o Brasil foi o primeiro país em que uma mulher abriu a Conferência da ONU. "Acredito que o século XXI é o século das mulheres", disse. No início de seu discurso no plenário do Senado, em sessão conjunta da Câmara e Senado, Dilma falou das mulheres premiadas, "que são mulheres de luta, de reflexão, que exercitaram suas atividades em prol do Brasil e que tiveram coragem de fugir do conformismo, defenderam igualdade de gênero e oportunidades". Saudou especificamente a nova presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e a ministra da Secretaria das Mulheres, Eleonoro Menicucci.

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), que presta assistência a cerca de 5 milhões de pessoas no Oriente Médio, está pedindo US$ 75 milhões para ajudar a pagar por escolas, clínicas e para fornecer uma pequena renda para auxiliar os mais pobres. A UNRWA atua no Líbano, Síria, Jordânia, Faixa de Gaza e Cisjordânia.

Filippo Grandi, comissário geral da UNRWA, disse nesta sexta-feira que a agência tem no alvo principalmente economias emergentes e poderes políticos em ascensão, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ele espera que esses países dividam os custos de financiamento da UNRWA, atualmente supridos pelos Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita, Japão, Austrália e vários países da Europa Ocidental.

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As informações são da Associated Press.

O Exército da Síria enviou mais soldados para a província de Idlib, no noroeste do país, onde ativistas temem que os soldados lancem uma ofensiva semelhante à desfechada nas últimas semanas contra Homs. Muitos desertores estão escondidos na região montanhosa de Jabal al-Zawiya, perto da fronteira com a Turquia.

Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, em Londres, disse que o aumento de tropas parece indicar que uma grande operação militar é iminente, dados os relatos na imprensa estatal de que "grupos terroristas armados" estão atuando an região de Jabal al-Zawiya. Milad Fadl, integrante da Comissão Geral da Revolução Síria, um grupo da oposição, disse que tanques e tropas foram enviadas para o distrito de Jabal al-Zawiya na província. "Um grande número de habitantes de oito vilarejos fugiram", disse Fadl à agência France Presse (AFP). Ele também disse que muitos moradores da capital da província, Idlib, estão fugindo.

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"As tropas do governo pediram aos desertores do Exército Livre da Síria que entreguem as armas. O pedido foi feito a partir dos alto-falantes nas mesquitas e por funcionários públicos locais", disse Fadl. "Eu acredito que eles primeiro atacarão a cidade de Idlib e depois decidirão o que fazer".

Fadl disse que um homem foi executado em Jabal al-Zawiya e cinco casas foram queimadas em punição ao apoio dado pela população aos insurgentes. Existem preocupações de que Idlib, que fica na fronteira com a Turquia, sofra o mesmo tipo de ofensiva militar contra o bairro de Baba Amr em Homs, que durou quase um mês e arrasou o local.

Na noite de quarta-feira, a chefe humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Valérie Amos, visitou o bairro de Baba Amr e diz que houve destruição no local. "A devastação que aconteceu lá é significativa. Aquela parte de Homs foi completamente destruída e estou preocupada em saber o que aconteceu com as pessoas que vivam no bairro", ela disse na capital Damasco, que é uma cidade relativamente pacífica que apoia Assad.

"Eu fiquei chocada com a diferença do que vi em Damasco e vi ontem em Baba Amr", disse Amos. Mas logo após ela falar nesta quinta-feira, tropas sírias abriram fogo contra o funeral de um soldado no subúrbio de Mazzeh, em Damasco. O soldado supostamente foi executado por ter se recusado a disparar contra civis em Homs no mês passado, durante o cerco ao bairro de Baba Amr. Não existem informações sobre vítimas em Mazzeh.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Em um dos ataques mais duros da ONU ao modelo de transição política no Brasil, o relator da entidade contra a tortura, Juan Mendez, acusa a Lei da Anistia brasileira de ter tido seu objetivo original "travestido" e de ter sido usada como "desculpa para proteger militares e policiais."

A declaração do relator apela ainda para que a sociedade "não se deixe chantagear" pelo argumento de setores que insistem na ideia de que não seria conveniente reabrir o passado.

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Em entrevista coletiva na sede da ONU, Mendez foi questionado pela imprensa estrangeira sobre o fato de o Brasil ainda ser um dos poucos países na América do Sul a não investigar seu passado. "No Brasil, na transição, houve um movimento para se ter uma lei de anistia, porque políticos perseguidos precisavam voltar e participar da vida política do País. Houve um movimento para se ter uma anistia. Era uma forma de abertura para a democracia. Mas, lamentavelmente, a lei foi aplicada para proteger os militares e a polícia de processos", declarou Mendez.

Para ele, o objetivo original da anistia foi "travestido". Segundo ele, isso significa que a lei foi criada com um propósito, mas foi aplicada em outro sentido. "Houve uma mudança de rumo na justiça, justamente no sentido contrário ao que ela originalmente estabelecia", disse Mendez. "A lei foi estabelecida para tentar criar um espaço político, mas foi usada como argumento para impunidade."

Essa distorção da lei também ocorreu em outros países sul-americanos, mas, de acordo com o relator, esses países latino-americanos já conseguiram superar os limites de suas leis de anistia. "Mas, lamentavelmente, o Brasil manteve a anistia para militares e policiais responsáveis por crimes sérios."

Limitações

Para o relator, a Comissão da Verdade não irá superar, sozinha, as limitações da Lei da Anistia brasileira. "No entanto, se a comissão for conduzida de forma séria, abrirá possibilidades para processos em um segundo estágio", declarou. "Se isso vai ocorrer eu não sei. Mas o direito internacional aponta nessa direção", insistiu.

O relator elogiou o governo da presidente Dilma Rousseff na tentativa de reconduzir o assunto no Brasil. "Há, pelo menos, uma chance de olhar o passado. O governo mostra que está pronto para rever o passado, pelo menos dizendo a verdade agora."

Na avaliação do relator, cabe também à sociedade tomar a decisão de olhar para o passado. "A experiência latino-americana mostra que não se pode deixar chantagear por aqueles aliados civis dos militares que dizem que é melhor não tocar no passado por conta das repercussões que isso pode ter. Essa chantagem não pode ser aceita", concluiu Mendez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tropas sírias bombardearam nesta terça-feira o vilarejo de Hirak, na província de Deraa, e entraram em confrontos com desertores, em choques que deixaram pelo menos seis mortos, incluindo cinco soldados regulares e um adolescente de 15 anos, informaram ativistas sírios nesta terça-feira. Após esmagar a rebelião em grande parte da província de Homs, o governo sírio parece dirigir a repressão à província sulista de Deraa, onde a revolta contra o presidente Bashar Assad começou há um ano.

"Os confrontos em Deraa foram muitos intensos nesta terça-feira e prosseguem desde a manhã", disse Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. Abdul-Rahman disse que o Exército luta contra um grande número de desertores em Hirak. Desertores emboscaram um veículo militar e mataram cinco soldados e feriram vários outros. Tanto ele quanto os Comitês de Coordenação Local, outro grupo de ativistas na Síria, confirmaram a notícia da morte do adolescente de 15 anos, que teria sido morto por francoatiradores.

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Os Comitês de Coordenação Local afirmam que as tropas do governo conduzem buscas e reides aleatórios, não apenas em Homs e Deraa, mas em várias outras províncias sírias. O grupo de ativistas reportou pelo menos 21 mortes nesta terça-feira - o número não pôde ser confirmado por fontes independentes.

Segundo informações da Sky News, forças do governo bombardearam uma ponte perto da fronteira libanesa, na província de Homs, para cortar uma rota de fuga para os refugiados que tentam escapar para o Líbano. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou ontem que pelo menos 2 mil refugiados sírios atravessaram a fronteira libanesa, a partir da província de Homs, entre sábado e segunda-feira.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente do grupo de trabalho da prefeitura do Rio para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, Sergio Besserman, disse que o evento não dará a receita para o desenvolvimento sustentável, mas será uma oportunidade significativa para que as ações nessa área ganhem impulso.

A Conferência Rio+20 foi convocada, de acordo com Besserman, para discutir o desenvolvimento sustentável com foco na economia verde e no combate à pobreza. “É preciso saber até onde irão a profundidade e a coragem de enfrentamento dos grandes problemas da crise ambiental”, disse.

Para ele, a economia verde não pode restringir-se à questão das inovações tecnológicas que poupem os recursos naturais. “E o combate à pobreza não pode esquecer os que mais sofrem nas várias dimensões da crise ambiental – aquecimento global, desertificação -, que são as populações pobres do planeta”.

É preciso, destacou, “enfrentar de frente e com coragem” o fato de que o atual modo de produzir e de consumir não é sustentável. Segundo Besserman, esse deve ser o significado da Rio+20: discutir os modelos de economia de  produção e de consumo que  permitem a manutenção do processo de inclusão social, “sem ameaçar a civilização nos seus custos e perdas, no horizonte que já é visto”.

A conferência da ONU vai discutir também a questão da governança global. O economista e ambientalista disse que hoje em dia há uma deficiência na área da governança que se manifesta, inclusive, no âmbito das Nações Unidas quando se obtém um acordo. Ele citou o caso do Acordo de Biodiversidade, firmado em Nagoia, no Japão, no fim de 2010, em que o Brasil teve papel de liderança. Esse novo tratado garante a soberania dos países sobre os recursos da biodiversidade.

Besserman observou que apesar de o acordo ter sido ratificado, “isso, no mundo de hoje, não se transforma em ação. As metas não são cumpridas. Não há qualquer penalidade para os atores que não cumpram essas metas”. Esse é um problema que evidencia a falta de governança no mundo, reforçou.

Ele lembrou que não há a expectativa de que a conferência vá resolver todos esses problemas, mas admitiu que ela pode oferecer uma sinalização positiva. “Pode dizer ao mundo que é necessário começar a avançar mais rapidamente, que é necessário que passem a ocorrer as ações que permitirão evitar os piores cenários de toda essa situação de crise ecológica”.

Na opinião do ambientalista, este é um momento singular da história, uma vez que os países têm que enfrentar uma crise econômica e, ao mesmo tempo, não perder de vista os limites do planeta.

Na Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente de 1992, a Rio 92, havia, argumentou Besserman, um “otimismo ingênuo de que nunca mais ocorreriam grandes crises e, identificados os problemas que a ciência apontava, nós nos reuniríamos e encontraríamos as soluções. Em 2012, sabemos que há  um processo muito mais profundo e mais complexo, assim como as imensas transformações que a economia e a política  global terão que passar”. Por isso, assegurou que não há nenhuma razão para  esperar que a Rio+20 seja uma cartilha  ou mapa do caminho, ou que apresente soluções para um problema da magnitude que é o desenvolvimento sustentável.

O ecologista lembrou ainda que na Rio+20, chefes de Estado estarão fazendo uma declaração política e discutindo a governança global. “Essa declaração política, se for fraca, representará um retrocesso nas discussões. Mas, se for forte, pode significar um impulso para que se acelerem as negociações do clima, da biodiversidade e os meios para torná-las realidade”.

Mais de dois mil refugiados sírios atravessaram a fronteira com o Líbano, carregando em sacolas plásticas os seus poucos pertences enquanto fogem da repressão do governo, que caça seus opositores pela Síria. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) informou nesta segunda-feira que pelo menos duas mil pessoas cruzaram a fronteira vindas da Síria para o Líbano nos últimos dois dias. Repórteres da Associated Press, que foram ao vilarejo libanês de Qaa, viram várias famílias com crianças que fugiram da Síria apenas com poucos pertences.

"Nós fugimos dos bombardeios e dos ataques", disse Hassana Abu Firas, que fugiu para o Líbano. Ela veio com duas famílias que fugiram dos ataques do governo contra a cidade de al-Qusair, a apenas 22 quilômetros do outro lado da fronteira. A cidade, na província de Homs, é um dos centros da oposição e está sob pressão das tropas do governo há mais de um mês. A província de Homs fica na fronteira com o Líbano. "O que nós poderíamos fazer? As pessoas estão nas suas casas e os soldados atiram nelas com tanques. Quem pode foge. Quem não pode, morre em casa", ela disse.

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Homs, capital da província e terceira maior cidade da Síria, com 1 milhão de habitantes, emergiu como o palco central da rebelião contra Bashar Assad, que está completando um ano neste mês. Ativistas afirmam que centenas de pessoas já foram mortas apenas na cidade no último mês, enquanto a ONU elevou para 7.500 o número de pessoas mortas na revolta contra Assad. Ativistas, contudo, dizem que o número de mortos passa de 8 mil.

A Cruz Vermelha disse que nesta segunda-feira obteve permissão do governo sírio para entrar no bairro de Baba Amr, o mais atingido pelos combates e pelas tropas do governo. O bairro foi controlado por desertores e insurgentes durante meses, até que na quinta-feira passada foi reconquistado pelas tropas de Assad. O regime proibiu a entrada de trabalhadores humanitários no bairro desde a quinta-feira. Ativistas denunciam que após a retomada do bairro, os soldados executaram dezenas de moradores e queimaram algumas casas em vingança contra a revolta. O governo sírio afirma que proibiu a entrada de trabalhadores humanitários por motivos de segurança.

As informações são da Associated Press.

A subsecretária geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, informou nesta segunda-feira que a Síria aprovou uma visita dela ao país nesta semana. Após amplas reclamações da ONU e do Conselho de Segurança por causa da recusa do presidente Bashar Assad de deixá-la visitar a Síria, Amos afirmou que chegaria a Damasco na quarta-feira e deixaria o país na sexta-feira.

A Síria também saudou nesta segunda-feira a visita a Damasco do ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, que foi nomeado enviado especial para o país pela ONU e pela Liga Árabe, disse a televisão estatal. "A Síria saúda a visita de Kofi Annan, o enviado especial do secretário-geral da ONU", afirmou a televisão, citando uma autoridade que falou sob condição de anonimato.

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Annan deve chegar a Damasco no sábado, acompanhado por seu vice, o ex-ministro das Relações Exteriores palestino, Nasser al-Qudwa. As informações são da Dow Jones.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu nessa segunda-feira (21) de forma veemente a busca de caminhos pacíficos para encerrar crises e controvérsias no mundo. Ele ressaltou que todos devem atuar na preservação e concessão de garantias para os civis ameaçados por confrontos. Ao discursar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o chanceler apelou para o princípio diplomático da responsabilidade ao proteger.

O debate ocorre no momento em que há o agravamento da crise na Síria devido a quase um ano de protestos, aos riscos de um conflito armado envolvendo israelenses e iranianos e às suspeitas em torno do programa nuclear do Irã - que é alvo de desconfiança da comunidade internacional de esconder a produção de armas atômicas.    

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“As mudanças políticas de nosso tempo representam desafio à comunidade internacional”, destacou Patriota. “Novos marcos conceituais foram desenvolvidos para lidar com os desafios que enfrentamos.”

O chanceler lembrou que “[o conceito da responsabilidade de proteger] estabeleceu a atribuição dos Estados de resguardar suas populações em casos de genocídio, crimes de guerra, limpeza étnica e crimes contra a humanidade”. Segundo ele, só se deve recorrer ao uso da força quando os meios pacíficos se esgotarem. “Apenas nos casos em que os meios pacíficos se revelam inadequados deveriam ser cogitadas medidas coercitivas.”

De acordo com Patriota, é fundamental distinguir entre responsabilidade coletiva - que pode ser plenamente exercida por meio de medidas não coercitivas - e segurança coletiva - que envolve uma avaliação política a cada caso por parte do Conselho de Segurança da ONU. Para ele, é essencial que quaisquer ações militares sejam definidas a partir de análise criteriosa.

“Antes de se empenhar em uma ação militar, espera-se que a comunidade internacional realize análise abrangente e criteriosa de todas as consequências que podem decorrer. O uso da força sempre traz consigo o risco de mortes involuntárias e de disseminar violência e instabilidade. O fato de que ela seja utilizada com o objetivo de proteger civis não faz das vítimas colaterais ou da desestabilização involuntária eventos menos trágicos”, disse o ministro.

O chanceler lembrou que há cinco meses, a presidenta Dilma Rousseff, quando esteve nas Nações Unidas, mencionou as “dolorosas consequências de intervenções militares” que agravaram os conflitos.

Segundo Dilma, novos ciclos de violência surgiram e aumentaram a vulnerabilidade das populações civis. “Muito se tem dito sobre a responsabilidade de proteger, mas muito pouco sobre a responsabilidade ao proteger”, disse a presidenta em setembro do ano passado.

O chanceler ressaltou que os conceitos da responsabilidade de proteger e da responsabilidade ao proteger devem evoluir juntos. De acordo com ele, há quatro princípios fundamentais. O primeiro é que a prevenção é “sempre” a melhor política. “É a ênfase na diplomacia preventiva que reduz o risco de conflito armado”, disse ele, que se sustenta na diplomacia, no diálogo, na negociação e na prevenção.

Em seguida,  Patriota destacou que a comunidade internacional deve ser “rigorosa” em seus esforços para exaurir todos os meios pacíficos disponíveis nos casos de proteção de civis sob ameaça de violência. Ele lembrou ainda que o uso da força deve produzir o mínimo possível de violência e de instabilidade.

Por fim, o ministro reiterou que o uso da força deve ocorrer após análise criteriosa, proporcional e limitada aos objetivos estabelecidos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. “O Brasil iniciou uma série de discussões com países de todas as regiões”, disse. “Queremos contribuir com um debate crucial para a comunidade internacional sobre a manutenção da paz e da segurança internacionais e a proteção de civis.”

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou e aprovou nesta quinta-feira, com 137 votos a favor e 12 contrários, uma resolução que pede a suspensão imediata da violenta repressão do governo do presidente sírio Bashar Assad contra a oposição.

China, Rússia e Irã estão entre os países que votaram contra a resolução, apresentada pelo Egito e outros países árabes, a qual condenou "as amplas e sistemáticas violações aos direitos humanos" que ocorrem na Síria.

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As informações são da Dow Jones.

Enquanto as tropas regulares sírias mantinham seu assalto nesta quarta-feira contra as cidades rebeladas, o presidente Bashar Assad ordenou a realização de um referendo sobre uma nova Constituição que criará um sistema multipartidário no país, governado pela dinastia autocrática dos Assad pelos últimos 40 anos. Segundo a agência estatal de notícias Sana, o referendo ocorrerá em 26 de fevereiro. O governo dos Estados Unidos disse que o referendo convocado por Assad é "risível" e "zomba da revolução síria". Nesta quarta-feira, a revolução parecia ter chegado ao norte do país. Confrontos entre tropas regulares e desertores deixaram 14 mortos em Alepo, maior cidade da Síria. A oposição rechaçou o referendo.

"O povo hoje nas ruas tem várias demandas e uma delas é a renúncia de Assad e a partida do regime", disse Khalaf Dahowd, que integra o Conselho de Coordenação Nacional para uma Mudança Democrática na Síria, que reúne grupos locais e de sírios no exílio. Assad convocou o referendo mas não explicou como o governo fará uma votação desse alcance em um país onde ocorrem verdadeiras batalhas diárias entre tropas regulares, desertores e oposicionistas, mesmo nos subúrbios de Damasco.

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A proposta de mudança constitucional do governo passa a permitir o multipartidarismo e diz que o presidente pode ter apenas dois mandatos, cada um de sete anos. Assad, que herdou o poder do seu pai Hafez, governa há 12 anos. Hafez governou durante 30 anos. O governo russo, aliado da família Assad, disse que as propostas apresentadas hoje fazem parte da alternativa que o mandatário sírio apresentaria para resolver o impasse político e a carnificina que já deixaram mais de 5.400 mortos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta semana, a alta comissária dos direitos humanos da ONU, Navi Pillay, disse que existem indícios de que crimes contra a humanidade foram cometidos pelo governo sírio contra sua população civil. Centenas de crianças foram torturadas e algumas mortas pelo governo, que em Homs e em Hama não hesitou em usar artilharia pesada contra bairros civis controlados por desertores, matando mulheres e crianças nesses bombardeios.

Enquanto os Comitês de Coordenação Local, um grupo sírio, afirma que o governo matou hoje 13 pessoas ao redor do país, o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, outro grupo da oposição, mas sediado em Londres, afirma que foram mortas oito. Ocorreram manifestações contra o governo em Alepo, maior cidade do país e que até agora estava em grande parte apoiando Assad. Vídeos amadores publicados na internet mostravam colunas de fumaça subindo de algumas ruas - provavelmente pneus queimados por manifestantes. Segundo a Sky News, confrontos entre tropas regulares e desertores deixaram hoje 14 mortos em Alepo. Na província central de Homs, a violência continuou, com tropas do governo atacando bairros residenciais e a explosão de um oleoduto mais cedo.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O governo da Arábia Saudita executou nesta terça-feira dois homens condenados por tráfico de drogas, anunciou o Ministério do Interior. Os dois foram decapitados. Mohammed Abdulmalik Ajaj, um sírio, foi detido por contrabandear "207 mil pílulas de narcóticos" disse o ministério em comunicado da agência de notícias estatal SPA. Ele foi decapitado na província nortista de Jawf. Em outro comunicado, o ministério disse que Hamad Al-Yami, cidadão saudita, foi decapitado na província de Jizan, no sudoeste da Arábia, por ter traficado haxixe.

As decapitações elevam para oito o número de pessoas executadas neste ano na Arábia, de acordo com uma contagem da agência France Presse (AFP) baseada em números do governo. Em 2011, a Anistia Internacional disse que 79 pessoas foram executadas, enquanto em 2010 foram 27, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que citou relatório da Human Rights Watch, organização de defesa dos direitos humanos. A Arábia Saudita aplica a pena de morte para uma série de crimes, incluindo estupro, assassinato, apostasia, assalto a mão armada e tráfico de drogas.

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As informações são da Dow Jones.

A causa argentina para que o Reino Unido aceite sentar-se para discutir a soberania das Ilhas Malvinas ganhou um defensor famoso: o ator norte-americano Sean Penn. Após visita à presidente Cristina Kirchner, nesta segunda-feira, Penn opinou que o conflito deve ser solucionado por meio de negociações diplomáticas com o Reino Unido.

"O enfoque para solucionar o conflito entre a Argentina e o Reino Unido deve ser o diálogo, já que o mundo não pode tolerar focos ridiculamente arcaicos que apontem a continuidade do colonialismo", disse o ator, em entrevista aos jornalistas que cobrem a Casa Rosada.

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Sean Penn visitou a Argentina como embaixador itinerante do Haiti, pelo trabalho comunitário que realiza na reconstrução daquele país devastado por um terremoto em 2010. Penn foi nomeado para o cargo há um mês. "Embora eu esteja aqui como embaixador representante do Haiti, queria aproveitar a oportunidade para destacar o importante que é continuar com os esforços diplomáticos e com as comunicações como única maneira de solucionar a disputa travada entre os dois países pela soberania do arquipélago".

Acompanhado pelo chanceler argentino, Héctor Timermann, o ganhador do Oscar de melhor ator em 2003 e em 2009 e de vários outros prêmios internacionais, destacou que "foi um grande privilégio manter uma reunião com a presidente Kirchner". A declaração de Penn foi feita em um contexto de escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido, próximo ao aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. A Argentina insiste que a Grã Bretanha sente e negocie a soberania das Ilhas, mas os ingleses reiteram que o assunto não está em negociação.

O chanceler Timerman informou que o governo argentino vai formalizar, por escrito, a aceitação da mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito com o Reino Unido. A oferta de mediação foi feita pela ONU na sexta-feira, após denúncia que Timerman apresentou sobre o aumento da presença militar inglesa no arquipélago. "O governo argentino aceita a mediação com o objetivo de buscar uma solução pacífica através do diálogo", disse a chancelaria.

O anúncio sobre a decisão ocorreu no mesmo dia que o jornal inglês The Mirror publicou informação de que dois aviões de guerra TAF Typhoons escoltaram um jato particular que pousou nas Ilhas Malvinas. Segundo o jornal, viajaram na aeronave o capitão de voo da British Airways, Chris McLaughlin, de 51 anos, e sua esposa, em uma escala para abastecer a aeronave com combustível.

Os Estados Unidos estão analisando como uma força internacional de paz poderia operar na Síria, disse no final da tarde desta segunda-feira o secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney. Segundo ele, tal força poderia ser administrada pela Organização das Nações Unidas (ONU) ou pela Liga Árabe. O governo sírio rejeita totalmente a possibilidade de que uma força militar internacional de paz entre em seu território. Carney não disse nada a respeito de um envolvimento dos EUA nessa força.

As informações são da Associated Press.

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O governo da Argentina acusou o Reino Unido de enviar armas nucleares para as Ilhas Malvinas e de manter no arquipélago um sistema militar de controle do Atlântico Sul, desde a Amazônia até a Antártida e desde a costa oriental sul-americana à costa ocidental africana, assim como os acessos entre os oceanos Atlântico e Pacífico e Atlântico e Índico. A denúncia foi feita nesta sexta-feira pelo ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, na sede da ONU, em Nova York.

Timerman apresentou um documento detalhado da ação militar britânica nas Malvinas, que aponta o aumento da presença das Forças Armadas na região. "O orçamento militar inglês foi reduzido em todo o mundo, menos nas Malvinas", acusou o chanceler durante entrevista coletiva que foi transmitida ao vivo pelas emissoras de TV da Argentina. Segundo ele, "os exemplos mais notáveis da militarização por parte do Reino Unido são a recente incorporação ao sistema bélico das Malvinas de um destroier HMS Dauntless tipo 45 e de aviões Typhoon II com mísseis Taurus e o envio de um submarino nuclear".

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O submarino com propulsão nuclear, segundo detalhou o ministro, tem capacidade para transportar armamento nuclear. "Informações recebidas pela Argentina através de fontes indicam que se trataria do submarino Vanguard", disse ele, queixando-se da falta de confirmação do governo britânico sobre o assunto. Timerman também disse que os aviões Typhoon Eurofighter, que realizam exercícios na base aérea das Malvinas, são do mesmo modelo usado na Líbia, no Afeganistão e no Iraque.

"Por que esse tipo de avião se encontra na nossa região? Nenhum país da América do Sul dispõe dessa capacidade bélica", reclamou o ministro argentino. Ele disse que os pilotos britânicos são treinados nesses aviões para depois ser enviados a zonas de conflito. Timerman disse ainda que os britânicos estão realizando no arquipélago provas com o míssil Taurus, com um alcance de até 500 km. "Combinado com o avião Typhoon II, o míssil se transforma na arma mais ofensiva e letal em operação no Atlântico Sul, que pode alcançar grande parte da Argentina e do Chile, o Uruguai e o Brasil", afirmou.

A base aérea britânica, segundo o documento argentino, possui 16 hangares e duas pistas de pouso. Por último, o chanceler citou que o sistema de comunicações e de radar é o mais moderno da indústria, conectado com o Reino Unido, os EUA, a França, o Canadá e o Japão. "O sistema está sendo usado para executar tarefas de vigilância, reconhecimento e controle marítimo e aéreo do Atlântico Sul e da América do Sul", afirmou. Na quarta-feira, a presidente Cristina Kirchner havia dito que a região possui a maior reserva de recursos naturais do planeta e que as guerras futuras serão por esses recursos.

"O Reino Unido usa a infundada defesa da autodeterminação de 2.500 habitantes das ilhas como desculpa para o estabelecimento de uma poderosa base militar, que serve aos seus interesses estratégicos no Atlântico Sul", disse o ministro. Nesse sentido, Timerman reiterou o apelo de seu governo para que o Reino Unido cumpra determinação da ONU de sentar-se para negociar uma solução pacífica e definitiva para a disputa em torno da soberania sobre as Malvinas, chamadas pelos britânicos de Falkland.

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