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O Exército da Síria enviou mais soldados para a província de Idlib, no noroeste do país, onde ativistas temem que os soldados lancem uma ofensiva semelhante à desfechada nas últimas semanas contra Homs. Muitos desertores estão escondidos na região montanhosa de Jabal al-Zawiya, perto da fronteira com a Turquia.

Rami Abdel Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos humanos, em Londres, disse que o aumento de tropas parece indicar que uma grande operação militar é iminente, dados os relatos na imprensa estatal de que "grupos terroristas armados" estão atuando an região de Jabal al-Zawiya. Milad Fadl, integrante da Comissão Geral da Revolução Síria, um grupo da oposição, disse que tanques e tropas foram enviadas para o distrito de Jabal al-Zawiya na província. "Um grande número de habitantes de oito vilarejos fugiram", disse Fadl à agência France Presse (AFP). Ele também disse que muitos moradores da capital da província, Idlib, estão fugindo.

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"As tropas do governo pediram aos desertores do Exército Livre da Síria que entreguem as armas. O pedido foi feito a partir dos alto-falantes nas mesquitas e por funcionários públicos locais", disse Fadl. "Eu acredito que eles primeiro atacarão a cidade de Idlib e depois decidirão o que fazer".

Fadl disse que um homem foi executado em Jabal al-Zawiya e cinco casas foram queimadas em punição ao apoio dado pela população aos insurgentes. Existem preocupações de que Idlib, que fica na fronteira com a Turquia, sofra o mesmo tipo de ofensiva militar contra o bairro de Baba Amr em Homs, que durou quase um mês e arrasou o local.

Na noite de quarta-feira, a chefe humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU), Valérie Amos, visitou o bairro de Baba Amr e diz que houve destruição no local. "A devastação que aconteceu lá é significativa. Aquela parte de Homs foi completamente destruída e estou preocupada em saber o que aconteceu com as pessoas que vivam no bairro", ela disse na capital Damasco, que é uma cidade relativamente pacífica que apoia Assad.

"Eu fiquei chocada com a diferença do que vi em Damasco e vi ontem em Baba Amr", disse Amos. Mas logo após ela falar nesta quinta-feira, tropas sírias abriram fogo contra o funeral de um soldado no subúrbio de Mazzeh, em Damasco. O soldado supostamente foi executado por ter se recusado a disparar contra civis em Homs no mês passado, durante o cerco ao bairro de Baba Amr. Não existem informações sobre vítimas em Mazzeh.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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