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Os ministros das Relações Exteriores dos países da Liga Árabe decidiram neste domingo (7) no Cairo reintegrar a Síria à organização, mais de 11 anos após a exclusão do regime de Damasco devido à repressão de uma revolta popular, que resultou em uma guerra longa e violenta.

"As delegações do governo da República Árabe Síria voltarão a participar nas reuniões da Liga Árabe", afirma o texto aprovado por unanimidade pelos ministros em uma reunião a portas fechadas na sede da organização no Cairo.

Em novembro de 2011, a entidade de 22 países membros suspendeu Damasco em consequência da violenta repressão aos protestos pacíficos que haviam começado no início daquele ano e resultaram em uma guerra: o conflito provocou 500.000 mortes, o deslocamento de milhões de pessoas e a destruição das infraestruturas e da indústria do país.

Apesar de uma redução nos combates, ao menos em sua maior parte, grandes áreas do norte do país continuam fora do controle do governo e ainda uma solução política para o conflito de 12 anos ainda não foi alcançada.

O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul-Gheit, expressou pesar e alarme sobre os mais recentes acontecimentos na Síria após o lançamento dos ataques aéreos conjuntos de Estados Unidos, Inglaterra e França para punir o presidente sírio Bashar Assad por um ataque químico na cidade de Douma.

Aboul-Gheit disse a repórteres neste sábado (14) que todas as partes envolvidas na crise, principalmente o governo sírio, são responsáveis pela deterioração da situação. Ele afirmou que o uso proibido de armas químicas contra civis "não deve ser aceito ou tolerado".

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Aboul-Gheti afirmou também que a questão requer uma solução política sustentável para a crise síria. Ele comentou o tema na cidade de Dammam, na Arábia Saudita, onde uma cúpula da Liga Árabe será realizada no domingo. Fonte: Associated Press.

Uma graduada autoridade árabe pediu que os membros da Liga Árabe adotem uma "postura clara" contra o Irã, argumentando que Teerã estaria interferindo indevidamente em questões árabes no Oriente Médio.

O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, xeque Abdullah bin Zayed Al Nahyan, falou no domingo durante uma sessão de emergência da Liga Árabe. Ele acusou o regime iraniano de fracassar de propósito na proteção a postos diplomáticos sauditas.

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A sessão da Liga Árabe é realizada a pedido da Arábia Saudita para discutir os ataques a representações diplomáticas. Esses ataques foram uma resposta no Irã à execução de um importante clérigo xiita, neste mês. A crise levou a Arábia Saudita e vários países árabes a romperem ou reduzirem seus laços diplomáticos com Teerã.

Diretor do conselho de embaixadores da Liga Árabe, Al Nahyan disse que o ataque "ocorreu sob o nariz e ao alcance da voz das forças de segurança". Fonte: Associated Press.

O chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, disse que apoiará a proposta de estabelecer novembro de 2016 como data para o fim da ocupação israelense, a qual o presidente palestino, Mahmoud Abbas, prometeu levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Este é uma questão básica, é uma questão muito importante, e a Liga Árabe concorda com isso", disse Elaraby, acrescentando ser "natural" que os palestinos estejam se dirigindo ao Conselho de Segurança.

Elaraby também condenou uma proposta de lei controversa que definirá Israel como "Estado Judeu", dizendo que isso mostrará a "extensão do racismo de Israel contra o povo palestino". "Não podemos esperar mais", disse Abbas em discurso no encontro da Liga Árabe, neste sábado, ao justificar o fato de que dará prosseguimento à proposta junto a ONU, apesar do constante pedido de Washington para que não o fizesse.

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Abbas advertiu também que os palestinos podem tomar outras medidas, incluindo representação na Corte Criminal Internacional, se o Conselho de Segurança rejeitar a resolução. Abbas pediu aos países da Liga Árabe que ajudem seu país com US$ 100 milhões ao mês para garantir a segurança.

A resolução não deve encontrar respaldo no Conselho de Segurança, porque terá veto dos Estados Unidos. A proposta palestina deve assumir caráter simbólico e político.

Ministros das Relações Exteriores árabes apoiaram o apelo do presidente palestino, Mahmoud Abbas, à Organização das Nações Unidas (ONU) para definir um prazo para que Israel dê fim à ocupação de territórios capturados na guerra de 1967 e abra espaço a um Estado palestino independente.

O embaixador palestino no Egito, Jamal al-Shobaki, disse nesta segunda-feira que uma resolução emitida no domingo pede que a Liga Árabe faça pressão em favor do apelo no Conselho de Segurança da ONU e em outros grupos regionais e internacionais. Al-Shobaki disse que os ministros estão discutindo o projeto da resolução.

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Abbas fez circular a ideia no mês passado, no auge do conflito entre Israel e palestinos na Faixa de Gaza, como uma maneira de concentrar a atenção internacional nas demandas palestinas por um Estado independente, após esforços fracassados para chegarem a um acordo de paz com os israelenses. Mais de 2,1 mil palestinos morreram durante o confronto, a maioria deles civis. Do lado israelense, 72 pessoas foram mortas.

Al-Shobaki disse que o apelo à ONU segue a linha de outras resoluções internacionais em relação ao estabelecimento de um Estado Palestino e o reconhecimento das fronteiras de 1967 como base para negociação. Ele afirmou, porém, que um veto norte-americano é possível no Conselho de Segurança. Com a oposição de Israel à retomada de suas fronteiras anteriores a 1967, o país deve recorrer aos EUA para frustrar a proposta.

"Essa é uma batalha política", ele disse. O embaixador afirmou que Washington, ao buscar uma aliança internacional para combater o terrorismo na região, deveria reconhecer que a negação de um Estado palestino é usada por militantes para alimentar o radicalismo. "Dar aos palestinos seus direitos será refletido na estabilidade da região", disse al-Shobaki.

Se houver um veto, ele disse, os palestinos vão dar prosseguimento ao projeto de se unirem à Corte Criminal Internacional, onde poderiam acusar Israel por crimes de guerra. Fonte: Associated Press.

Ministros de Relações Exteriores árabes rejeitaram neste domingo as exigências de Israel de que os palestinos reconheçam o país como um estado judeu, dizendo que tal movimento minaria os direitos dos refugiados palestinos.

Numa resolução de sete páginas divulgada pela sede da Liga Árabe, no Cairo, os ministros das Relações Exteriores consideraram a questão dos refugiados palestinos uma parte integrante de uma paz legítima e abrangente. Eles culparam Israel pelos tropeços nas negociações de paz.

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Os ministros árabes também pediram esforços para convocar uma conferência internacional para debater a questão palestina e uma reavaliação do papel dos mediadores internacionais conhecidos como o Quarteto, devido à sua "incapacidade de fazer qualquer avanço na realização de uma paz abrangente".

A declaração árabe dá forte apoio ao líder palestino, Mahmoud Abbas, que disse publicamente na semana passada que nunca vai reconhecer Israel como um Estado judeu, apesar de enfrentar forte pressão internacional. Abbas não identificou quem o está pressionando.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na semana passada que os palestinos deveriam reconhecer Israel como um Estado judeu para mostrar que eles são sérios sobre a paz. Esse foi o mais recente sinal de que, apesar dos sete meses de esforços de mediação do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, grandes lacunas permanecem entre os dois lados.

Abbas deve se reunir com o presidente dos EUA, Barack Obama, em Washington, em 17 de março, como parte dos esforços dos Estados Unidos para pressionar ambos os lados. Ele disse que a Organização para a Libertação da Palestina reconheceu o Estado de Israel, em 1993, e que isso seria suficiente. Netanyahu já se encontrou com Obama. Fonte: Associated Press

A Liga Árabe rejeitou a presença contínua das tropas israelenses na fronteira leste de um futuro Estado da Palestina, uma proposta que, segundo os palestinos, foi lançada pelos EUA no início deste mês.

O chefe da Liga Árabe, Nabil Elaraby, afirmou que nenhum acordo de paz poderá funcionar com a presença israelense no Estado Palestino.

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Autoridades palestinas afirmaram que o secretário dos EUA, John Kerry, propôs o controle de Israel sobre a futura fronteira da Palestina com a Jordânia por pelo 10 anos a fim de responder às preocupações de Israel sobre um influxo potencial de militantes e armas.

Assessores de líder palestino Mahmoud Abbas criticaram o plano. Um assessor sob condição de anonimato disse neste sábado que os palestinos estão tentando suavizar a

proposta a fim de encurtar o prazo para qualquer retirada israelense. Fonte: Associated Press.

A emissora estatal de televisão informou que o presidente Bashar Assad disse ao enviado da Liga Árabe, Lakhar Brahimi, que o apoio estrangeiro a grupos armados de oposição deve terminar para que uma solução política para o conflito no país tenha sucesso.

A televisão Al-Ikhbariya citou Assad dizendo a Brahimi, durante encontro nesta quarta-feira (30), em Damasco, que o "povo sírio, sozinho, tem o direito de traçar o futuro da Síria e qualquer solução deve ser aprovada por ele".

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Brahimi está em Damasco para tentar salvar os hesitantes esforços políticos para convocar uma conferência internacional de paz, com o objetivo de discutir uma solução política para a guerra civil na Síria.

As perspectivas para a conferência não são boas. A oposição síria continua profundamente dividida sobre se participará ou não do encontro, enquanto o governo recusa-se a sentar para negociar com a oposição armada. Fonte: Associated Press.

O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Nabil Elaraby, elogiou neste domingo (15) o acordo firmado entre Estados Unidos e Rússia sobre o uso de armas químicas na Síria. "É um passo na direção de uma solução política", afirmou em comunicado.

O líder acrescentou que acredita que negociações devem ser feitas junto às Nações Unidas para garantir a paz na Síria. "Todas as partes são capazes e têm influência suficiente para fazer sua parte no Conselho de Segurança da ONU para garantir um cessar fogo na Síria", disse Elaraby em texto. "E (são capazes) de ir na direção de Genebra para alcançar um fim pacífico para a crise na Síria", completou. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

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Riad, 31/08/2013 - A Liga Árabe deve se encontrar neste domingo para discutir a situação na Síria. Países do Golfo Pérsico solicitaram o encontro, enquanto os EUA preparam uma possível intervenção contra o regime de Bashar al-Assad, após denúncias de um ataque com armas químicas nos arredores de Damasco.

Não está claro se grandes potências da região, como a Arábia Saudita, conseguirão unir a Liga Árabe em torno do plano dos EUA. "O encontro vai dar uma oportunidade para que os Estados árabes expressem suas visões sobre a Síria, especialmente à luz do fracasso do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em chegar a uma decisão sobre um ataque militar contra o regime sírio", disse a agência estatal de notícias do Kuwait, citando "fontes bem informadas do Golfo Pérsico".

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A Arábia Saudita e o Qatar estão agindo nos bastidores para ajudar os rebeldes que tentam derrubar o governo de Assad. Os sauditas temem que um ataque limitado faça o regime sírio aumentar a repressão aos opositores. "Se os ataques internacionais forem limitados em tempo, limitados em escopo, nós acreditamos que é melhor não fazer nada", comenta Mustafa Alani, analista de segurança do Centro de Pesquisa do Golfo. Fonte: Dow Jones Newswires. (Álvaro Campos)

A Rússia e a Liga Árabe se ofereceram nesta quarta-feira para mediar eventuais negociações entre o governo da Síria e a oposição armada que tenta depor o presidente Bashar Assad. Nenhuma condição foi imposta às partes em conflito.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, declarou nesta quarta-feira que Moscou e a Liga Árabe têm buscado estabelecer contatos com representantes nos dois lados de guerra civil iniciada há quase dois anos e que, segundo cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), já deixou pelo menos 70 mil mortos.

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Lavrov fez o anúncio depois de receber funcionários do alto escalão da Liga Árabe e os chanceleres do Egito, do Líbano e de outros países da região.

"Nenhum dos lados pode se permitir confiar em uma solução militar para o conflito, pois é um beco sem saída, uma estrada para a destruição mútua do povo", disse Lavrov ao defender uma solução negociada para a guerra civil.

O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Moallem é esperado em Moscou na próxima segunda-feira. Já em março, a Rússia espera receber a visita de Mouaz al-Khatib, líder da opositora Coalizão Nacional Síria. As informações são da Associated Press.

Ministros de Relações Exteriores de países árabes reunidos neste domingo no Cairo decidiram formar uma delegação que visitará as capitais árabes e pedirá ajuda para atenuar a crise financeira na Palestina, de acordo com a Liga Árabe.

A delegação será composta pelo primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, pelo secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, e pelos ministros de Relações Exteriores do Iraque e do Líbano.

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Os diplomatas visitarão os países árabes e pedirão que cumpram as promessas de conceder à Autoridade Palestina US$ 100 milhões mensalmente, conforme acordado durante a cúpula realizada em março do ano passado.

A Liga Árabe também solicitará que a comunidade internacional pressione Israel para liberar receitas fiscais. O governo da Cisjordânia está há meses mergulhado em uma crise financeira. Em dezembro, funcionários do governo palestino entraram em greve na Cisjordânia depois de não terem recebido os salários.

A crise se agravou com a decisão de Israel de suspender a transferência da receita obtida com tarifas e impostos como forma de punição, após os palestinos ganharem status de Estado Observador na Organização das Nações Unidas (ONU). As informações são da Dow Jones.

A oposição política tolerada na Síria rechaçou nesta segunda-feira uma oferta feita ontem pelo presidente Bashar Assad para entrar em negociações e encontrar uma solução pacífica para a guerra civil que já deixou mais de 60 mil mortos, quase 500 mil refugiados e arrasou o país. O Comitê de Coordenação Nacional para uma Mudança Democrática na Síria rechaçou qualquer negociação, mesmo que o primeiro-ministro sírio, Wael al-Halaqui, tenha dito que o gabinete se reunirá em breve para montar um plano que estabeleça um mecanismo de um plano de paz.

"Nós não faremos parte de qualquer diálogo nacional enquanto a violência não for interrompida", disse o chefe do Comitê, Hassan Abdel Azim, em Damasco. Hassan pediu que antes de qualquer diálogo o governo liberte os prisioneiros políticos, como gesto de boa vontade, permita o envio de alimentos e ajuda humanitária às cidades mais deflagradas e publique um comunicado sobre o destino dos sírios desaparecidos. "Qualquer negociação" - ressaltou Hassan - "precisa ocorrer sob a égide da Liga Árabe e do enviado especial das Nações Unidas, Lakhdar Brahimi".

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"Assad deveria ter feito essas propostas logo após os protestos começarem em abril ou maio de 2011. Ao invés disso ele optou pela força", afirmou Raja al-Nasser, outro integrante da oposição tolerada em Damasco, à agência France Presse (AFP).

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O líder da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, pediu que o presidente Barack Obama tome uma atitude mais proativa na solução do conflito entre Israel e Palestina no seu próximo mandato. "Esperamos que a nova gestão americana adote uma política de resolução dos conflitos em vez de administração dos conflitos", disse Arabi durante uma visita com o ministro de Relações Exteriores do Egito, Mohammed Kamel Amr, à sede do presidente Mahmud Abbas na Cisjordânia.

Arabi contou que, na reunião de quatro horas com Abbas, eles discutiram a promessa da liga Árabe em oferecer uma rede de segurança econômica de US$ 100 milhões por mês para aliviar as sanções que Israel impôs após a conquista histórica da Palestina, que teve seu status elevado de entidade para Estado na Organização das Nações Unidas (ONU).

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"Nós discutimos o apoio financeiro e político para a Autoridade Palestina e a rede de segurança árabe sob a qual US$ 100 milhões deveriam ser oferecidos por mês, mas não foram entregues", disse Arabi. Sem dar mais detalhes, o membro da Liga também afirmou que a Autoridade Palestina, que tem sede na Cisjordânia, está passando por uma crise financeira e que ele e o líder palestino concordaram em formas de enfrentar o problema. Outros ministros de Relações Exteriores devem visitar Ramallah "nos próximos dias e semanas", declarou. As informações são da Dow Jones.

O enviado de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, reuniu-se neste sábado com o ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, na tentativa de encontrar uma solução para o conflito no país, informou a AFP. A Rússia aumentou a pressão sobre o presidente sírio Bashar Assad para que ele dialogue com os rebeldes.

Segundo o porta-voz do ministério russo, Alexander Lukashevich, a conversa com Brahimi busca "acabar com a violência e lançar um diálogo nacional entre governo e oposição". Após a reunião, Lavrov disse que ainda há uma chance de encontrar uma solução política para o conflito sírio. Ao lado de Brahimi, ele disse que estava "surpreso" com a reação negativa da Coalizão Nacional Síria a uma oferta de negociação de Moscou durante a semana.

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O encontro ocorreu após uma forte atividade diplomática relacionada ao assunto em Moscou nesta semana, que teve uma rara visita do vice-ministro do Exterior da Síria e de autoridade do Egito. As informações são da Dow Jones.

O presidente da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, disse neste domingo (9) que acredita em uma reconciliação da Rússia e dos Estados Unidos sobre a situação na Síria, para facilitar um fim da crise no país. "As conversas entre os EUA e a Rússia, juntamente com o enviado internacional Lakhdar Brahimi, continuaram hoje em Genebra (Suíça)", disse Arabi após uma reunião no Qatar.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, se reuniu na quinta-feira com seu equivalente russo, Sergei Lavrov, em Dublin (Irlanda), em um encontro que também contou com a participação de Brahimi. Hillary disse que não houve "grandes avanços" durante a conversa, mas que novos encontros devem ocorrer.

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Segundo Arabi, o objetivo das reuniões entre autoridades russas e norte-americanas é "preparar uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU)" sobre a crise na Síria. "Essa resolução vai enviar uma clara mensagem para o regime sírio, de que ele não está mais protegido", comentou o presidente da Liga Árabe.

A Rússia, juntamente com a China, é um dos únicos aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad, e tem repetidamente bloqueado as resoluções do Conselho de Segurança contra seu regime. O primeiro-ministro do Qatar, o xeque Hamad bin Jassem al-Thani, descreveu a inação do Conselho de Segurança como "inaceitável".

Segundo órgãos de direitos humanos, mais de 42 mil pessoas já morreram na guerra civil na Síria, iniciada em março do ano passado. "Nós esperamos que as reuniões entre os EUA e a Rússia levem a uma ação conjunta, para que o Conselho de Segurança assuma suas responsabilidades", afirmou Thani. As informações são da Dow Jones.

Caças da Força Aérea da Síria lançaram 60 ataques contra alvos dos insurgentes ao redor do país nesta segunda-feira, nos mais intensos bombardeios desde que a revolta contra o presidente Bashar Assad começou em março de 2011, informaram ativistas da oposição síria. Os subúrbios da capital Damasco foram particularmente atingidos. Neste segunda-feira, chegou ao final a suposta trégua negociada pelo enviado internacional das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria, o diplomata Lakhdar Brahimi. Ativistas afirmam que pelo menos 500 pessoas foram mortas durante os quatro dias da suposta trégua, durante o feriado muçulmano do Eid al-Adha (Festa do Sacrifício).

Segundo os ativistas, pelo menos 80 pessoas foram mortas nesta segunda-feira. Mais cedo, autoridades sírias e a imprensa estatal informaram que a explosão de um carro-bomba matou 10 pessoas em um subúrbio cristão de Damasco. Segundo uma emissora de TV local, o ataque ocorreu próximo a uma padaria no bairro de Jaramana. Um oficial, que pediu para não ser identificado, disse que o atentado também deixou 41 feridos e causou grandes danos. A emissora de TV reportou que entre os mortos estão mulheres e crianças.

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Um funcionário do governo sírio disse que o carro-bomba em Jaramana destruiu lojas e danificou apartamentos nos arredores. O bairro é habitado por cristãos e membros da seita minoritária drusa.

Outro carro-bomba explodiu em outro bairro residencial de Damasco onde rebeldes são ativos, disse o governo sírio, acrescentando que nesse segundo ataque também ocorreram baixas.

O Exército Sírio alertou na noite de domingo que iria golpear "os remanescentes terroristas com punhos de ferro", após eles terem "violado repetidamente o cessar-fogo". O regime de Assad se refere aos insurgentes como "terroristas".

Rami Abdul Rahman, chefe do Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, disse que os ataques aéreos foram os maiores desde o começo da guerra civil. "Nesta segunda-feira ocorreu a maior quantidade de bombardeios desde o começo do levante", disse Abdul Rahman. Segundo ele, os militares sírios aumentam os bombardeios para compensar perdas territoriais que têm ao redor do país.

Uma coalizão incluindo os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e a Liga Árabe se encontrou nesta quinta-feira para planejar novas maneiras de isolar o governo do presidente sírio Bashar Assad. Um líder da oposição síria, Ibrahim Miro, que compareceu à reunião na Holanda, disse que apenas as atuais sanções econômicas não derrubarão Assad.

O grupo chamado Amigos da Síria foi montado em fevereiro deste ano após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguir chegar a um acordo para uma resolução que condenasse a violência na repressão à oposição síria, devido ao desacordo da Rússia e da China.

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Nesta quinta-feira, o grupo recebeu o auxílio de especialistas financeiros em Scheveningen, subúrbio costeiro de Haia, para ajudar os países a compreenderem como o regime sírio sobrevive com as atuais sanções econômicas ao país, que incluem embargos ao petróleo e à venda de armas. Cerca de mais 20 países se juntaram ao grupo Amigos da Síria, formado por 60 países, que tem como objetivo bloquear as transações financeiras do governo sírio e impedir que os líderes do governo façam viagens ao exterior.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Uri Rosenthal, disse que as sanções estão funcionando apesar da não participação da Rússia, China e Irã. "As sanções econômicas têm efeitos. A UE comprava 90% do petróleo sírio e ficou difícil para Assad vender o petróleo em outros lugares", disse Rosenthal.

Ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas desde que começou a revolta contra Assad em março de 2011 e 1,5 milhão de sírios foram deslocados dentro do país. Pelo menos 250 mil fugiram e estão registrados como refugiados nos países vizinhos.

O político opositor sírio Ibrahim Miro, membro do Conselho de Governo da Síria, que reúne vários grupos da insurgência, disse que apenas as sanções econômicas atuais não derrubarão Assad. Ele espera que um embargo econômico ainda maior, aliado ao aumento dos ataques do Exército Livre da Síria (ELS) levará ao "ataque cardíaco econômico e militar do governo" de Assad. Miro disse que o comércio da Síria com o Iraque e o Irã continua a ser um entrave ao colapso do regime de Damasco. Além disso, Assad ainda continua a realizar operações financeiras na Rússia, Irã, Iraque, Líbano e Venezuela, disse Abdo Hussameldin, ex-funcionário do Ministério do Petróleo da Síria.

As informações são da Associated Press.

A delegação árabe na Organização das Nações Unidas (ONU) finalizou a redação do primeiro esboço de uma resolução para estabelecer áreas seguras na Síria, disse nesse sábado (28) Bin Heli, vice-secretário-geral da Liga Árabe. Heli afirmou que a delegação presidida pela Arábia Saudita deve discutir a decisão com diferentes grupos políticos e geográficos na ONU e membros do Conselho de Segurança, em particular, a fim de conseguir suporte para o projeto.

Os elementos básicos do texto derivam da última decisão da Liga Árabe em Doha, que determinou o estabelecimento de áreas seguras para proteger os civis, garantir a entrada de ajuda humanitária e adotar as sanções econômicas e políticas decididas pela delegação árabe para o regime sírio.

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A Liga Árabe também expressou séria preocupação com relação à violência na cidade de Alepo, pedindo que as autoridades sírias escutem os apelos internacionais para levantar o cerco sobre os vilarejos e permitir que as organizações de ajuda enviem remédios, alimentos e combustível. A delegação árabe também solicitou que abram o caminho para uma pacífica transferência de poder na Síria.

As informações são da Dow Jones.

Os países da Liga Árabe pediram ao presidente da Síria, Bashar Assad, que renuncie logo ao poder para pôr fim aos distúrbios no país, afirmou neste domingo o emir do Qatar, xeque Hamad bin Khalifa Al-Thani, depois de uma reunião da entidade em Doha. "Há um acordo sobre a necessidade de uma rápida renúncia do presidente Bashar Assad", disse o xeque a jornalistas depois de uma reunião de ministros da Liga Árabe.

Na reunião, a Liga Árabe informou também que apoia o plano da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) para pedir à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que reconheça a existência de um Estado palestino na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental. A afirmação foi feita neste domingo pelo negociador palestino Saeb Erekat.

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De acordo com ele, representantes da Liga Árabe reunidos em Doha incumbiram uma comissão de preparar uma reivindicação à ONU. O documento deverá ser submetido à apreciação dos chefes de delegação da Liga Árabe em 5 de setembro, mas ainda não se sabe quando a reivindicação será apresentada à ONU.

Os palestinos buscam o reconhecimento pela Assembleia Geral da ONU para reafirmar as marcações territoriais anteriores à Guerra dos Seis Dias, travada em 1967, como as fronteiras de um futuro Estado independente, soberano e com contiguidade territorial. Estados Unidos e Israel opõem-se à iniciativa palestina de buscar o reconhecimento internacional, apesar de as negociações estarem suspensas desde 2008. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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