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Após o fim do cumprimento das penas alternativas em duas entidades sociais vinculadas à Gerência de Penas Alternativas e Integração Social (Gepais), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, dois homens continuaram nas intituições. Porém, agora com uma finalidade diferente: como vonluntários, com o objetivo de ajudar os que precisam.

Geraldo de Oliveira, de 44 anos, que passou três meses cumprindo a pena alternativa no Abrigo Espírita Lar de Jesus, no Recife, acabou se apegando às idosas que vivem na instituição e se tornou voluntário. Dentro do auxílio que ele presta às 28 pessoas que moram no abrigo, está a orientação sobre como se prevenir contra o novo coronavírus (Covid-19).

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“Foi o amor que eu peguei às avós. Aqui eu esqueço do mundo, elas mudaram meu modo de viver”, conta o voluntário, de acordo com informações do Patronato Penitenciário, da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado. Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o empenho dos ex-cumpridores mostra como as penas alternativas são eficientes. "Essas pessoas são exemplos de que a ressocialização é possível, especialmente quando há a colaboração da sociedade e das entidades para tanto, quebrando o preconceito e dando a oportunidade", afirma, segundo o Patronato Penitenciário, 

Outro caso de cumprimento de pena alternativa que se converteu em solidariedade pode ser encontrado na ONG Ajudar, em Petrolina, Sertão de Pernambuco. Há um ano, Epitácio Augusto Barreto, 54, cumpriu pena alternativa na entidade e resolveu ajudar no trabalho dedicado às pessoas acolhidas, entre elas, idosos, deficientes mentais e dependentes químicos.

“Eu vi a necessidade do pessoal e isso despertou em mim a vontade de ajudar. É uma obra que não tem horário, estou disponível a qualquer momento para eles”, conta o voluntário, que realiza recolhimento de doações, transporte para hospitais, entre outras atividades.

Começou nesta quinta-feira (7), o funcionamento da Central de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (Ceapa) em Santa Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco. O Objetivo do novo espaço, que contará com uma equipe de psicólogos, assistentes sociais e advogados, é fiscalizar as medidas e acompanhar os cumpridores, vítimas e familiares e a rede social parceira no processo penal.

A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Laura Gomes explica que esse acompanhamento reduz o índice de criminalidade. “Trabalhar com os pequenos delitos de menor potencial agressivo, pra que essas pessoas não se submetam ao espaço do sistema prisional e também venha a cumprir a pena, revertendo esta penalidade para servir a comunidade. A reinserção é garantida de maneira muito mais saudável e reduz o índice de reincidência nos crimes”. 

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Ainda de acordo com Laura Gomes, com o funcionamento das centrais desde 2005, pernambuco se tornou referência na medida de penas alternativas. “São mais de 100 mil pessoas são atendidas no estado em 11 centrais de atendimento, no estado 3.427 pessoas que participaram do cumprimento de pena alternativa e mais de 1.019 instituições parceiras cadastradas para receber esses cumpridores da pena alternativa”, afirmou.  

No Estado, as centrais também atuam nos municípios de Caruaru, Belo Jardim, Timbaúba, Goiana, Petrolina, Garanhuns, Sertânia e na Região Metropolitana do Recife (RMR). Em Santa Cruz do Capibaribe, a Central funciona no Fórum Doutor Naércio Cireno Gonçalves, localizado na PE 160, 12 km.

Com informações da assessoria

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