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O robô Philae, pousado em um cometa, entrou em "hibernação permanente" e deixará de receber instruções operacionais por serem quase nulas as probabilidades de restabelecer contato, anunciaram nesta sexta-feira (12) os responsáveis espaciais europeus.

"Infelizmente, as probabilidades de restabelecer contato com nossa equipe do centro de operações é quase nula e deixaremos de enviar instruções, razão pela qual será muito surpreendente se recebermos um sinal a partir de agora", disse Stephan Ulamec, responsável pelo centro aeroespacial alemão.

O robô Philae, que pousou em um cometa em novembro do ano passado, fez contato com a Terra após sete meses de silêncio, anunciou neste domingo a Agência Espacial Europeia. O robô se tornou o primeiro artefato produzido pelo homem a pousar na superfície de um cometa, mas acabou se fixando em uma área com sombra. Como resultado, suas baterias solares se descarregaram após cerca de 60 horas e o robô foi forçado a desligar seus sistemas.

Cientistas esperavam que Philae despertasse assim que o cometa se aproximasse do sol, já que os painéis solares poderiam absorver luz suficiente para recarregar a bateria principal do robô. No sábado, às 17h28 (horário de Brasília), Philae enviou um sinal para a Terra.

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"Não estou surpreso que isso tenha acontecido, mas se você espera vários meses e, no meio da noite, recebe uma ligação dizendo 'nós temos um sinal de Philae', isso é animador", disse o gerente de projeto do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), Stephan Ulamec. "Estamos muito felizes."

A breve comunicação com a Terra continha 300 pacotes de dados, repassados pela Sonda Rosetta, que está orbitando o cometa. "Só recebemos dados por cerca de 85 segundos. São dados do sistema do robô", disse Ulamec. Mas foram suficientes para mostrar aos cientistas que Philae está em boas condições e recebendo luz para se manter em contato.

Segundo Ulamec, o robô parece ter despertado vários dias antes de ter enviado o sinal. Agora, cientistas esperam alterar a órbita da sonda Rosetta para que o link com o robô dure mais tempo e seja possível enviar comandos da Terra para que ele realize novas medições. Uma nova oportunidade de comunicação com Philae deveria ocorrer ainda no domingo, disse Ulamec.

Cientistas também pretendem determinar o local em que o robô pousou no cometa de 4 quilômetros de largura. Até agora, o local exato do pouso é um mistério.

Em 13 de agosto, Philae deve atingir o ponto mais próximo do sol, antes de começar a se afastar novamente. Para Ulamec, o robô deve receber luz suficiente para operar até outubro, quando se desligará novamente, possivelmente para sempre. Fonte: Associated Press.

Atualmente em repouso sobre a superfície do cometa Churyumov-Guerasimenko, o robô espacial Philae deve despertar em março próximo, anunciou o presidente da Agência Especial francesa, Jean-Yves Le Gall, nesta segunda-feira. A saga do Philae continua em 2015, afirmou Le Gall, em conversa com a imprensa.

"Esperamos que, a partir do mês de março, a iluminação do robô no cometa Churyumov-Guerasimenko lhe permita recarregar as baterias e retomar seu trabalho científico", completou. "Esperamos poder viver ao vivo a passagem do cometa por periélio [a posição mais perto do Sol] em 13 de agosto, durante meses que serão provavelmente intensos. Estou convencido de que vamos observar coisas que não esperávamos, especialmente, quando o cometa passar perto do Sol", disse Le Gall.

Há mais de dez anos passageiro da sonda espacial europeia Rosetta, o robô espacial Philae pousou sobre cometa em 12 de novembro passado.

Desde 6 de agosto e após mais de uma década de viagem interplanetária de 6,5 bilhões de quilômetros, a sonda não tripulada se desloca junto com cometa, a poucas dezenas de quilômetros, acompanhando-o em seu deslocamento à medida que se aproxima do Sol.

A sonda Rosetta recebeu informações enviadas pelo Philae, direto do cometa, e transmitiu-as à Terra, através de ondas de rádio que levam quase meia hora para atingir a velocidade da luz.

As baterias do Philae acabaram, devido à baixa exposição de seus painéis à luz solar.

A sonda Philae completou sua missão principal de explorar a superfície do cometa e enviou muitos dados antes de suas baterias esgotarem, informou a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) neste sábado. "Todos os nossos instrumentos puderam ser operados e agora é hora de ver o que temos", disse o gerente da missão, Stephan Ulamec, segundo o blog da agência.

Desde que aterrissou na quarta-feira no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko a cerca de 500 milhões de quilômetros da Terra, a sonda tem realizado uma série de testes científicos e enviado conjuntos de dados, incluindo fotos, para a Terra. Além disso, a sonda foi levantada na sexta-feira em cerca de 4 centímetros e virada em cerca de 35 graus, em um esforço para puxá-la para fora de uma sombra, de modo que os painéis solares possam recarregar as baterias, disse o blog da ESA.

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O porta-voz da ESA Bernard von Weyhe confirmou no sábado a difícil operação de rotação da sonda. Ainda não está claro se foi possível colocar os painéis solares para fora da sombra. Mesmo que a sonda tenha sido virada com sucesso e consiga recarregar as baterias com luz solar, pode demorar semanas ou meses até que nova comunicação. O monitoramento por sinais vai continuar, mas agência não marcou nenhum novo anúncio à imprensa neste sábado.

O centro de controle de missão da ESA em Darmstadt, na Alemanha, recebeu os últimos sinais da Philae no sábado às 0h36 GMT (22h36 de sexta-feira no horário de Brasília). Antes de o sinal morrer, a sonda enviou todos os seus dados internos, bem como dados científicos de experimentos na superfície - o que significa que concluiu as medidas como planejado, conforme o blog da ESA.

Durante um esforço de escuta agendado para sábado, às 10h GMT (8h de Brasília), a ESA recebeu nenhum sinal da Philae, disse o chefe da missão, Paolo Ferri. Agora cabe à equipe de cientistas avaliar os dados e descobrir se os experimentos tiveram êxito - especialmente uma operação complexa na sexta-feira na qual a sonda recebeu comandos para perfurar um buraco de 25 centímetros no cometa e puxar uma amostra para análise.

A sonda já retornou imagens da superfície do cometa que mostram que "é coberto por poeira e detritos de tamanhos que vão desde milímetros até metros", enquanto "imagens panorâmicas mostraram paredes com camadas de material mais duro", disse o blog da ESA. Além de analisar os novos dados, os cientistas também tentam encontrar o local exato onde a Philae pousou na quarta-feira. "A procura pelo local de destino final de Philae continua, com as imagens de alta resolução da sonda sendo examinadas de perto", apontou o blog. Fonte: Associated Press.

Na última quinta-feira (13), a Agência Espacial Europeia pousou com sucesso o módulo robótico Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Após o feito, Google alterou o Doodle em sua página inicial para celebrar a conquista. A missão durou 10 anos e é a primeira vez na história em que humanos pousaram algo em um cometa. 

O site tem uma imagem animada, e mostra o módulo Philae em processo de descida. Na operação, ele se desacoplou da sonda Rosetta e navegou em direção ao cometa por sete horas antes de realizar o pouso. Clicar no Doodle leva o usuário a uma página com as informações e notícias recentes sobre o Philae. 

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A missão teve seu início em 2004, e tem como objetivo analisar amostras de solo do cometa, coletar dados, e estudar seu papel na evolução dos planetas e origens do sistema solar. 

Há mais de 10 anos atrás, a sonda Rosetta foi lançada pela Agência Espacial Européia (ESA). Nesta quarta-feira (12), quando o módulo robótico Philae se desacoplou e pousou no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, a missão foi cumprida. É a primeira vez na história em que a humanidade realiza qualquer tipo de pouso num cometa. 

A jornada de Rosetta foi de mais de 6 bilhões de quilômetros, e circulou o sistema solar várias vezes, usando a gravidade de planetas como a Terra e Marte para impulsionar sua chegada até o cometa, que está localizado perto de Júpiter. Philae foi desacoplado da sonda nesta manhã, e o processo de pouso durou aproximadamente sete horas. Agora, sua missão é tirar fotos em alta resolução da superfície e procurar pistas que podem explicar a origem do Sistema Solar.

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"Há provas convincentes de que cometas tem um papel chave na evolução de planetas, porque impactos eram muito mais comum nos primeiros anos do Sistema Solar do que são hoje. Cometas, por exemplo, provavelmente trouxeram boa parte da água nos oceanos de hoje", escreve a ESA. Philae conta com dez instrumentos científicos e tem bateria de 64 horas, e durante este tempo vai analizar amostras do solo e coletar dados. 

A missão vai até agosto de 2015, quando o cometa entrará no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. 

 

O pequeno robô Philae se separou nesta quarta-feira (12) da sonda espacial europeia Rosetta e seguia para tentar pousar sobre um cometa, o que representaria um marco na história da exploração espacial.

O robô científico de observação desacoplou da Rosetta como estava previsto às 8H35 GMT (6h35 horário de Brasília) e iniciou a viagem de quase sete horas para pousar sobre o cometa 67P/Churyumov-Geramisenko.

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"Funcionou bem, estamos muito contentes, não aconteceram problemas", declarou Andrea Accomazzo, diretor de voo do centro de operações da Agência Espacial Europeia (ESA) em Darmstadt (Alemanha).

Desde 6 de agosto, a sonda não tripulada Rosetta se desloca a poucos quilômetros do corpo celeste a mais de 450 milhões de quilômetros da Terra, acompanhando o cometa em sua viagem à medida que se aproxima do Sol.

O módulo Philae permitirá explorar diretamente o núcleo do cometa, ou seja, a parte sólida que, com o efeito da radiação solar, gera a "coma" ou cabeleira e deixa uma cauda visível de gases e poeira.

O cometa está atualmente viajando entre as órbitas de Júpiter de Marte. Tem quatro quilômetros de diâmetro e formato irregular, que lembra um patinho de borracha.

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