Dois dias depois da aplicação da primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) usou as redes sociais, nesta terça-feira (6), para criticar a inclusão de “ideologia e politicagem” no que chamou que “testes que medem o conhecimento dos alunos”.
Sem mencionar diretamente o Enem, que teve, por exemplo, na construção de perguntas sobre linguagem um texto comentando a existência do pajubá, dialeto utilizado por gays e travestis, o capitão da reserva afirmou que pretende fazer mudanças nos modelos das avaliações.
##RECOMENDA##“Qual a razão de incluir ideologia e politicagem nos testes que medem o conhecimento dos nossos alunos? Não devemos fabricar militantes, mas preparar o jovem para que se torne um bom profissional no futuro”, alfinetou. “O modelo atual não funciona, temos péssimos indicativos. É preciso mudar!”, completou, fazendo referência, mesmo que sem ser nominal ao Enem.
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Antes do presidente eleito, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - que é filho dele - também criticou a construção da prova. Referindo-se diretamente a questão sobre o dialeto pajubá, ele deu um recado sobre a construção da equipe ministerial do pai: "Aviso que não é requisito para ser ministro da Educação saber sobre dicionário dos travestis ou feminismo".
Em seguida, Eduardo disse que os estudantes precisam aprender o que os deixarão aptos para a vida e não sexualidade ou feminismo, por exemplo. "Prezados estudantes, quando vocês forem ser entrevistados para um emprego ou estiverem abrindo um empreendimento aviso: sexualidade, feminismo, linguagem travesti, machismo, etc. terão pouca ou nenhuma importância. Portanto, estude também o que lhe deixará apto para a vida", ressaltou.