Tópicos | politicagem

Dois dias depois da aplicação da primeira fase do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) usou as redes sociais, nesta terça-feira (6), para criticar a inclusão de “ideologia e politicagem” no que chamou que “testes que medem o conhecimento dos alunos”.

Sem mencionar diretamente o Enem, que teve, por exemplo, na construção de perguntas sobre linguagem um texto comentando a existência do pajubá, dialeto utilizado por gays e travestis, o capitão da reserva afirmou que pretende fazer mudanças nos modelos das avaliações.

##RECOMENDA##

“Qual a razão de incluir ideologia e politicagem nos testes que medem o conhecimento dos nossos alunos? Não devemos fabricar militantes, mas preparar o jovem para que se torne um bom profissional no futuro”, alfinetou. “O modelo atual não funciona, temos péssimos indicativos. É preciso mudar!”, completou, fazendo referência, mesmo que sem ser nominal ao Enem.

[@#video#@]

Antes do presidente eleito, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - que é filho dele - também criticou a construção da prova. Referindo-se diretamente a questão sobre o dialeto pajubá, ele deu um recado sobre a construção da equipe ministerial do pai: "Aviso que não é requisito para ser ministro da Educação saber sobre dicionário dos travestis ou feminismo".

Em seguida, Eduardo disse que os estudantes precisam aprender o que os deixarão aptos para a vida e não sexualidade ou feminismo, por exemplo. "Prezados estudantes, quando vocês forem ser entrevistados para um emprego ou estiverem abrindo um empreendimento aviso: sexualidade, feminismo, linguagem travesti, machismo, etc. terão pouca ou nenhuma importância. Portanto, estude também o que lhe deixará apto para a vida", ressaltou.

Em reação ao movimento ‘Pernambuco quer mudar’, lançado por lideranças da oposição, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que o momento não é propício para “politicagem” e “oportunismo política”, mas para sanar as dificuldades que o Estado enfrenta com a atual crise econômica e os altos índices de violência, temas do manifesto divulgado pelos oposicionistas criticando o pessebista.

“Não é momento de estar fazendo campanha política, não é momento de estar fazendo politicagem, eu acho que não é momento da gente buscar, diante de tanta dificuldade, oportunismo político para questões que são tão sérias”, cravou o governador. “Estou muito ciente do meu papel, do meu dever, do meu trabalho. Acho que Pernambuco tem se sobressaído ao longo desses últimos três anos, apesar de tanta dificuldade, de tanto desemprego, de tanta crise, cujo responsável não somos nós pernambucanos, a população sabe quem é o responsável por toda crise”, acrescentou.

##RECOMENDA##

Na noite dessa segunda-feira (11), Paulo Câmara foi duramente atacado durante o discurso de lideranças oposicionistas como o senador Armando Monteiro (PTB) que chegou a classificar o pessebista como um “experimento que não deu certo”. Além disso, o documento divulgado pelo grupo ressalta a queda no desenvolvimento estadual, além de dados como o ranking da violência no Estado e o quantitativo de obras paralisadas. No documento, a oposição diz que “o pernambucano tem sofrido com a falta de liderança, de ousadia e de capacidade de gestão”. 

Em resposta, o governador declarou que, no âmbito da segurança pública, usado como trunfo pelos opositores, nunca fugiu do debate. “Pelo contrário, se quiser contribuir será muito bem ouvida [a oposição]. Agora, não contribui”, salientou. Além disso, Paulo também fez cobranças ao grupo. “A oposição poderia nos ajudar lá em Brasília, tem ministros de Estado e senadores da República, falando com o Governo Federal que o grande problema da segurança no Brasil é a droga que entra pelas fronteiras, que infelizmente está entrando com muita facilidade junto com armas”, argumentou. 

Em périplo pelo Agreste para atividades do Pernambuco em Ação, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta quinta-feira (6), que não faz “politicagem” à frente da gestão estadual e ponderou que, apesar das divergências políticas, pretende olhar pelos municípios “sem discriminação”. O comentário do pessebista aconteceu em entrevista a uma rádio de Garanhuns. A postura foi em resposta a ausência do prefeito da cidade, Izaías Régis (PTB), nas agendas. 

No município, o governador inaugurou o novo prédio da Universidade de Pernambuco (UPE) e assinou a ordem de serviço para a construção da Escola Técnica Estadual (ETE). “Em todas as obras de escolas técnicas tivemos apoio das prefeituras, que cederam o terreno. Em Garanhuns, o município se recusou a ceder o terreno e tivemos que comprar. Estou aqui para trabalhar, não faço politicagem. Vou continuar governando, olhando todos os municípios sem discriminação", declarou. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

No início da semana, quando soube que o pessebista iria para Garanhuns, Izaías Régis afirmou que não iria participar das atividades e pontuou que mandaria alguns secretários. O prefeito é aliado do senador Armando Monteiro (PTB), cotado como o principal adversário de Paulo Câmara nas eleições de 2018. Em 2014, os dois disputaram o comando do Palácio do Campo das Princesas.

Às 14h, o governador abre a segunda rodada do Pernambuco em Ação com uma plenária na cidade. Durante o evento, além do balanço das ações do estado, o governador também deve reforçar que solicitou ao ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, a manutenção dos recursos para a conclusão da Adutora do Agreste. O equipamento deve amenizar as consequências da estiagem na região.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando