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O governador de Pernambuco e vice-presidente nacional do PSB, Paulo Câmara, afirmou, nesta quarta-feira (20), que a legenda pode participar de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) seja concretizado. Apesar de não se opor a “troca de propostas” entre o peemedebista e o PSB, o governador declarou também que “não há necessidade” de pessebistas ocuparem o comando de ministérios e outros cargos na possível gestão. 

“Entendemos que é necessário conversar o país. Infelizmente o partido nunca foi procurado [pela presidente Dilma Rousseff] para discutir o país, mesmo estando em posição de independência e depois de oposição”, criticou em entrevista a uma rádio local. “O PSB tem definição de que poda ajudar o governo Temer, mas a gente pode ajudar aprovando propostas no Congresso e dando sugestões, não necessariamente ocupando cargos. Este modelo [de troca de apoio] se exauriu. A contribuição maior que o PSB pode dar é com as nossas propostas que são muito boas”, acrescentou.

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O governador defendeu que a gestão federal deveria enxugar a máquina pública reduzindo, inclusive, a quantidade de ministérios. Recém-chegado de Brasília, onde esteve nessa terça-feira (19), Paulo Câmara foi questionado sobre como estava o clima na capital federal e, segundo ele, de domingo (17) – quando foi aprovada a admissão do processo contra Dilma - para cá “piorou muito”. 

Para o pessebistas, já houve “uma piora do ambiente político e econômico desde 2015” e no segundo semestre “o Brasil parou”. “A gente tem buscado as alternativas possíveis. Espero que tão logo aja esta definição esperamos que os espíritos sejam acalmados e os objetivos sejam retomados para o bem do país”, observou. 

PSB de volta

Uma ala de militantes do PSB tem feito um movimento nas redes sociais pedindo para que a legenda volte a defender bandeiras históricas e a democracia. O grupo é contrário ao impeachment, apoiado oficialmente pelo PSB. Sobre isso, o vice-presidente nacional do partido pontuou que os militantes precisam entender que a definição não foi unanime, mas foi majoritária. 

“O partido tinha que tomar uma posição. Externei várias vezes que a condução [do processo] estava errada. A forma como Eduardo Cunha instaurou o processo foi errada, a base de chantagem. Mas tramitou seguindo os ritos do STF e o partido precisava se posicionar e se posicionou, não estamos felizes com o que está acontecendo com o Brasil”, argumentou. 

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