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Nico Rosberg evitou nesta quinta-feira entrar na polêmica sobre o contestado teste da Mercedes e da Pirelli, realizado em maio, em Barcelona. O piloto alemão, vencedor do GP de Mônaco, preferiu comentar sobre suas previsões para o GP do Canadá, neste fim de semana, e só aceitou responder uma pergunta sobre o episódio que levará a Mercedes ao Tribunal Internacional da FIA.

Rosberg respondeu uma questão sobre a ausência do piloto de testes Sam Bird, que deveria ser a primeira opção da Mercedes para eventos como o realizado em parceria com a Pirelli. Ao contrário, Bird foi substituído pelo próprio Rosberg e pelo inglês Lewis Hamilton, os titulares da equipe.

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"Não sei [o motivo da escolha]. Foi o que o time decidiu", afirmou o piloto. "Acho que, para a Pirelli, é melhor que nós estivéssemos no carro porque seria mais representativo, já que Sam quase não pilota. Com certeza ele não seria capaz de repetir nosso ritmo e conduzir os pneus da Pirelli da mesma forma que faríamos. Então, para a Pirelli é mais vantagem contar conosco nos carros", declarou.

O piloto se recusou a responder uma pergunta sobre os capacetes utilizados durante os testes. Ele e Hamilton usaram itens diferentes dos habituais, que não identificavam os dois pilotos. "Não quero comentar isso. Desculpe", desconversou.

O teste poderá custar caro à Mercedes. Nesta quarta, a FIA confirmou que o teste de 1000 quilômetros será julgado pelo Tribunal Internacional da entidade, em data ainda a ser marcada.

A vitória de Nico Rosberg no GP de Mônaco, seguida de quatro pole positions consecutivas da Mercedes, aumentou a expectativa sobre o desempenho da equipe nas próximas corridas da Fórmula 1. O piloto alemão, contudo, evitou projetar seu futuro no campeonato.

"Eu não quero falar sobre a briga pelo título", afirmou Rosberg, responsável por três das últimas quatro poles da Mercedes. "Não devemos nos empolgar demais antes das próximas corridas. Ainda temos que resolver algumas coisas no nosso ritmo e precisamos desenvolver mais o carro. Todo mundo está se esforçando. Então, ainda não estou pensando no título".

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Apesar da postura cautelosa, Rosberg não deixou de comemorar a segunda vitória na carreira, principalmente por ter vencido no local onde passou a maior parte da infância. Ao levantar o troféu, ele disse ter lembrado das performances do brasileiro Ayrton Senna no circuito de rua e Montecarlo.

"Esta é a vitória mais especial para mim. É incrível. Minha primeira memória da infância aqui era ver Ayrton Senna com seu capacete amarelo no carro vermelho e branco", declarou, referindo-se às cores da McLaren. Apesar da vitória, Rosberg ocupa somente o 6º lugar no campeonato, a 60 pontos do líder Sebastian Vettel.

Sem exibir o mesmo brilho do companheiro, Lewis Hamilton se contentou com o quarto lugar neste domingo. "Foi um grande fim de semana para a equipe e estou feliz por todos. Dou meus parabéns a Nico. Ele foi ótimo durante todos os dias da etapa e mereceu a vitória", afirmou.

"Quanto a mim, não fui bom o suficiente", admitiu. "É virtualmente impossível fazer ultrapassagens aqui a menos que você esteja muito rápido. Então, não havia muito a fazer para melhorar minha situação na corrida".

Como parece ter virado costume, os carros da Mercedes dominaram por completo a primeira fila do grid. Dessa vez foi na charmosa pista de Mônaco. Primeiro com Nico Rosberg e no P2, Lewis Hamilton. Seguido de perto pelos dois carros da Red Bull. No entanto, o time alemão não repetiu o feito do último GP, em Barcelona. E conseguiu manter as respectivas posições durante a largada.

Porém, durante boa parte dos giros em Mônaco, os carros da Red Bull lutavam para subir ao pódio. E quem sofreu com isso foi Lewis Hamilton. Que antes da primeira entrada do carro de segurança perdeu a posição para os dois carros da RBR. A entrada do safety car se deu pelo acidente de Massa na Sainte Devote.

Na volta 46 a corrida foi paralisada devido ao acidente entre Bianchi e Maldonado. No qual parte da barreira de proteção foi parar no meio do traçado, e com isso, todos os carros foram obrigados a alinhar novamente no grid e aguardar por uma nova largada. No retorno, Nico Rosberg permaneceu na ponta e terminou o GP de Mônaco no lugar mais alto do pódio. Seguindo por Vettel e Mark Webber.

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A corrida:

A largada no principado de Mônaco foi a dos sonhos para os bólidos da Mercedes. Nico conseguiu sustentar a ponta. Seu companheiro da mesma forma. Porém, o inglês campeão de 2008, teve que administrar a forte pressão de Sebastian Vettel, que tentava a todo custo tomar a posição do britânico. Diferente de Barcelona, os carros alemães não mostraram só força nos classificatórios. E seguia ditando o ritmo da prova.

Saindo das últimas filas, o brasileiro Felipe Massa sofria para ganhar posições. Na volta seis, o piloto ferrarista ocupava apenas a 18ª posição. Em sexto, circulava Fernando Alonso, dando sinais de que o time italiano não andaria como favorito na conquista de Mônaco. No entanto, as primeiras voltas rápidas no traçado foram marcadas por Giedo van der Garde, que rodava na última posição. Logo em seguida foi a vez de Pastor Maldonado (1min20s941). Com problemas no bólido, o primeiro carro a abandonar a etapa foi Charles Pic da Caterham.

Com a prova um pouco mais equilibrada, na volta 14, Hamilton conseguia respirar um pouco mais aliviado. O piloto da Mercedes, que tentava voar no traçado, abriu 2s1 para Sebastian Vettel da Red Bull. Felipe Massa, nesse ponto da corrida, já ocupava a 16ª posição.

Em uma corrida monótona, os carros seguiam em fila indiana. Nenhum piloto consiga fazer ultrapassagem. E na volta de número 20, seguia Rosberg na ponta, Hamilton na segunda colocação, Vettel no terceiro posto e Massa penava na tentativa se superar Estaban Gutiérrez da Sauber, que nesse momento andava em 15º. Em a estratégia baseada no controle dos compostos, Nico foi abrindo espaço para seu companheiro de equipe. Na volta de número 22, o driver alemão colocava 2s4 de vantagem para Lewis. E enfim, a primeira ultrapassagem no principado ocorreu. E isso ficou a cargo de Paul di Resta em cima de Max Chilton da Marussia. Que já ataca Felipe Massa, que anda 1s2 atrás de Estaban, 15º na corrida.

Na volta 27, todas as atenções ficaram voltadas para os boxes. Era na troca de pneus que algumas equipes planejam ganhar posições. E com novos compostos, Di Resta consegue fazer a ultrapassagem em Felipe Massa, que na volta 27, ocupava a 19ª posição, e teria que remar novamente atrás de posições. E vivendo um final de semana atípico, o driver ferrarista conseguiu repetir, no mesmo ponto da corrida, o acidente que sofreu durante os treinos classificatórios. Dando adeus ao GP de Mônaco. E obrigando o carro de segurança a entrar no traçado.

Com a entrada do safety car, a corrida começava um novo desenho. Os tempos de vantagem foram zerados. Porém Rosberg seguia na ponta. Na segunda posição já não era mais Lewis Hamilton, que foi ultrapassado antes da entrada do carro de segurança por Sebastian Vettel e Mark Webber. Com a saída do safety car na volta 38, a corrida deu uma virada na Mercedes. Nico Rosberg já não contava com o escudeiro Hamilton e agora, era segurar o ataques dos carros da Red Bulls.

Na quarta posição, era a vez de Hamilton pressionar a Red Bull de Mark Webber e buscar o terceiro posto. Na volta 41, o lento Fernando Alonso tentava realizar a ultrapassagem Kimi Raikkonen, que não cedia espaço. E no melhor momento, até então, Sergio Pérez deixa para trás o companheiro de equipe Jenson Button.

Na volta 46 o inesperado aconteceu. Um acidente entre Jules Biachi, da Marussia e Pastor Maldonado [Williams], fez parte da barreira de proteção ir parar na pista. Ocasionando, dessa vez, a interrupção da prova. Os organizadores do evento tiveram que tirar o bólido do venezuelano e remontar a barreira de proteção. Enquanto isso, as equipes fizeram a manutenção nos carros na reta de largada. A espera era para o reinicio do evento, e que o mesmo não terminasse no tempo.

Na relargada, o safety car guiou os bólidos da F1. E com a saída do carro de segurança, os pilotos voltaram a acelerar. Na volta 50 as posições permaneciam as mesmas. Nico Rosberg na primeira posição, Vettel na segunda, seguido pelo companheiro, Mark Webber. Na quarta posição, lutava Hamilton para subir ao pódio. Antes, Fernando Alonso foi obrigado a devolver a posição a Sergio Pérez, por ter ultrapassado o piloto mexicano por dentro da chicane antes da bandeira vermelha ter sido agitada.

Com a prova nas mãos, Nico Rosberg seguia imprimindo, na volta 60, um ritmo mais lento nas ruas de Mônaco. Claramente, na tentativa de poupar os compostos da Pirelli.  Mesmo com os carros próximos, não existia espaço para realizar as ultrapassagens. Salve quando o piloto tentava ser um pouco mais ousado. O que poderia custar caro. Fato ocorrido com o asturiano, que perdeu a sétima posição para Adrian Sutil da Force India.

Com 4s1 de vantagem para o segundo colocado, Nico Rosberg vê essa distância diminuir devido a entrada, mais uma vez, do carro de segurança. Isso na volta 65. Ocasionando o quarto acidente no fim de semana, Grosjean [Lotus] acertou o bólido de Daniel Ricciardo [Toro Rosso] e ambos ficaram fora do GP de Mônaco. Apesar de todas as dificuldades proporcionadas pelos outros pilotos, Nico Rosberg [Mercedes], cruza nas ruas de Mônaco em primeiro lugar. Seguindo pelas RBRs de Sebastian Vettel e Mark Webber.

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