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Lewis Hamilton vai trocar de equipe no fim deste ano. O heptacampeão mundial deixará a Mercedes para defender a Ferrari a partir da temporada 2025 da Fórmula 1. A mudança de time foi confirmada nesta quinta-feira por ambas as equipes, duas das mais tradicionais da categoria.

"A escuderia Ferrari tem a satisfação de anunciar que Lewis Hamilton vai se juntar ao time em 2025, num contrato de múltiplos anos", anunciou o time italiano, minutos depois de a Mercedes oficializar a futura saída do inglês.

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A surpreendente troca de equipe é considerada uma das maiores notícias da F-1 nos últimos anos, principalmente porque Hamilton havia renovado seu contrato com a Mercedes em agosto do ano passado. Segundo divulgado pela equipe na época, o vínculo se encerraria somente em 2025.

Mas, nesta quinta, o time revelou que Hamilton "ativou uma opção em seu contrato" para deixar a equipe antes do planejado inicialmente. O piloto, assim, vai encerrar uma relação de 17 anos com a Mercedes-Benz, que era a fornecedora dos motores da McLaren, na época em que o inglês defendia a equipe. Somente com a equipe Mercedes Hamilton finalizará uma história de 11 anos.

"Tive 11 anos incríveis com esta equipe e estou muito orgulhoso do que conquistamos juntos", disse Hamilton, em referência aos seis títulos mundiais conquistados pelo time - seu primeiro foi obtido na McLaren, sua primeira equipe na F-1. "A Mercedes faz parte da minha vida desde os meus 13 anos. É um lugar onde cresci, então tomar a decisão de sair foi uma das mais difíceis que já tive. Mas é o momento certo para dar esse passo e estou animado para assumir um novo desafio."

A temporada 2024, portanto, será a última de Hamilton pilotando na Mercedes. "Serei eternamente grato pelo incrível apoio da minha família Mercedes, especialmente do Toto (Wolff) por sua amizade e liderança e quero terminar juntos em alta. Estou 100% comprometido em entregar o melhor desempenho possível nesta temporada e fazer do meu último ano com os Silver Arrows (flechas prateadas) um ano inesquecível."

A transferência já se torna uma das maiores e mais rumorosas da história da Fórmula 1, não apenas por envolver duas das maiores equipes da categoria, como também um dos maiores pilotos. Hamilton é o recordista de títulos ao lado do alemão Michael Schumacher, com sete troféus, além de deter os principais recordes da F-1.

O acerto surpreende tanto por causa da renovação de Hamilton com a Mercedes, no ano passado, quanto devido ao recente novo contrato de Charles Leclerc com a Ferrari. Na semana passada, o time italiano estendeu seu vínculo com o piloto de Mônaco por "múltiplos anos", sem especificar uma data. O contrato dele se encerraria ao fim deste ano.

Ter Leclerc e Hamilton na mesma equipe poderia gerar ruídos e mais trabalho na criticada gestão da Ferrari, alvo de diversas críticas nos últimos anos por constantes erros dentro e fora da pista. Historicamente, a equipe costuma ter uma hierarquia de pilotos, ao contrário de outros times, que deixam seus atletas se enfrentarem nas pistas.

Hamilton deve ocupar a vaga do espanhol Carlos Sainz Jr., cujo contrato também se encerra neste ano. A imprensa europeia já especulava desde o ano passado sobre o futuro do piloto da Espanha, que deve mesmo deixar o time ao fim de 2024. Agora as especulações serão sobre o futuro companheiro do inglês George Russell na Mercedes a partir de 2025.

O inglês Lewis Hamilton está perto de acertar sua transferência para a Ferrari, afirmou o site Motorsport.com. De acordo com o veículo, o heptacampeão mundial, atualmente na Mercedes, pode ser anunciado pela equipe italiana até o fim desta semana, com contrato vigente a partir da temporada 2025 da Fórmula 1.

Sem dar maiores detalhes sobre as conversas entre Hamilton e Ferrari, o site aponta que as "negociações estão avançadas". O inglês é um dos sonhos do tradicional time italiano, que vem tentando acertar com o dono de sete títulos mundiais nos últimos anos. O piloto, contudo, renovou seu vínculo com a Mercedes no ano passado.

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De acordo com o Motorsport.com, o novo contrato com a Mercedes não seria impedimento para o acerto entre Hamilton e Ferrari. Isso porque o vínculo anunciado na temporada passada, que previa extensão do contrato até 2025, teria este último apenas como opção de renovação. Na prática, o contrato do inglês poderia ser encerrado ao fim de 2024.

A Ferrari, a Mercedes e Hamilton não se manifestaram sobre as informações publicadas pelo site, considerado uma das referências no mundo do automobilismo. Nos últimos anos, tanto a equipe italiana quanto o piloto vieram a público diversas vezes para negar rumores de uma possível negociação.

Se o acordo for confirmado, a transferência se tornará uma das maiores e mais rumorosas da história da Fórmula 1, não apenas por envolver duas das maiores equipes da categoria, como também um dos maiores pilotos. Hamilton é o recordista de títulos ao lado do alemão Michael Schumacher.

O acerto surpreenderia tanto por causa da renovação de Hamilton com a Mercedes, no ano passado, quanto devido ao recente novo contrato de Charles Leclerc com a Ferrari. Na semana passada, o time italiano estendeu seu vínculo com o piloto de Mônaco por "múltiplos anos", sem especificar uma data. O contrato dele se encerraria ao fim deste ano.

Ter Leclerc e Hamilton na mesma equipe poderia gerar ruídos e mais trabalho na criticada gestão da Ferrari, alvo de diversas críticas nos últimos anos por constantes erros dentro e fora da pista. Historicamente, a equipe costuma ter uma hierarquia de pilotos, ao contrário de outros times, que deixam seus atletas se enfrentarem nas pistas.

Num possível acordo com a Ferrari, Hamilton chegaria ao seu novo time para ocupar o lugar do espanhol Carlos Sainz Jr., cujo contrato também se encerra neste ano. A imprensa europeia já especulava desde o ano passado sobre o futuro do piloto da Espanha, que deve mesmo deixar o time ao fim de 2024.

Lewis Hamilton voltou ao Brasil neste fim de ano, pouco menos de dois meses após sua última passagem pelo País, onde disputou o Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, no Autódromo de Interlagos. Dessa vez, o piloto da Mercedes está longe das pistas. O heptacampeão mundial foi visto no distrito turístico de Trancoso, que pertence à cidade de Porto Seguro, no litoral da Bahia.

Paradisíaco, o local é alvo constante de turistas, principalmente famosos. O piloto de Fórmula 1 foi flagrado em vídeos que circulam nas redes sociais pelo menos desde a noite de sábado, dia 30, na companhia da modelo brasileira Juliana Nalu, ex-namorada do rapper americano Kanye West.

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A relação do Hamilton com o Brasil se estreitou nos últimos anos, em especial após receber o título de cidadão honorário brasileiro pela Câmara dos Deputados em 2022. Recentemente, em entrevista ao Estadão, o britânico revelou que planeja ampliar seus laços com o país. Um de seus planos é a instalação de uma base em território brasileiro do Mission 44, projeto social criado por ele.

Em outras ocasiões, Hamilton deu demonstrações de carinho com o Brasil. Antes de ser agraciado com a honraria de cidadão honorário, ao vencer o GP brasileiro em 2021, desfilou com a bandeira do país pela pista de Interlagos. O heptacampeão mundial também é fã declarado de Ayrton Senna.

O piloto britânico Lewis Hamilton é conhecido por sua trajetória vitoriosa na Fórmula 1. O heptacampeão mundial, porém, revelou que não gosta nem um pouco de participar de testes oficiais da modalidade. Para fugir do compromisso, o piloto da Mercedes já chegou até mesmo a fingir que estava doente.

A história inusitada foi contada por ele mesmo durante uma reunião em Brackley, sede da Mercedes. Na ocasião, ele esteve acompanhado de Toto Wolff, chefe da equipe, e de Mick Schumacher, piloto reserva. George Russell, companheiro de Hamilton, porém, passou mal e não compareceu ao evento.

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Após Toto Wolff relatar o motivo da ausência do seu subordinado, Hamilton aproveitou o momento para confessar que não é muito fã dos testes e revelou o "atestado" que ele mesmo se deu. "Fiz isso para perder os dias de teste porque geralmente não gosto deles", contou.

O piloto ainda aproveitou para fazer graça com a situação. "Quando soube que ele (Russell) estava doente, pensei 'ah, ele me superou, passou para outro nível'", brincou. Hamilton, no entanto, não ofereceu mais detalhes, nem mesmo quando o episódio aconteceu.

Hamilton já precisou ficar de fora das pistas por motivos de saúde. Perto de entrar na sua 16ª temporada consecutiva na categoria, o britânico passou mal de verdade em 2015, quando teve febre durante a realização de testes de pré-temporada em Barcelona, na Espanha. Ele foi substituído por Pascal Wehrlein, então piloto reserva.

Em 2016, o heptacampeão mundial sentiu dores no pé antes de executar testes de pneus da Pirelli, que seriam usados na temporada seguinte. Quatro anos depois, já durante a pandemia de covid-19, Hamilton testou positivo para a doença e não participou do GP do Bahrein.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) vai julgar nesta quarta-feira recurso do ex-piloto Nelson Piquet em ação na qual foi condenado por racismo em primeira instância. Em março deste ano, o tricampeão mundial de Fórmula 1 foi condenado a pagar indenização de R$ 5 milhões a entidades de direitos humanos e LGBT+ por ter chamado o piloto Lewis Hamilton de "neguinho".

O recurso será analisado pela 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF. Nele, a defesa de Piquet tentará reverter a decisão inicial, do juiz Pedro Matos de Arruda, da 20ª Vara Cível de Brasília. Trata-se da segunda tentativa de Piquet de mudar a condenação inicial. Na primeira, em maio, os advogados apresentaram embargos contra a primeira decisão, mas não tiveram sucesso. Os pedidos foram rejeitados pela juíza Thaissa de Moura Guimarães.

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Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Hamilton em vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão somente no ano passado. É possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de "neguinho" ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen - namorado de sua filha, Kelly Piquet - durante o GP da Inglaterra de F-1.

"O neguinho meteu o carro e não deixou (o Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f****. Fez uma p*** sacanagem", criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira, na época.

Piquet também usou termos homofóbicos para falar sobre o ex-piloto Keke Rosberg e o seu filho Nico. "O Keke? Era uma b****. Não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato. O neguinho (Hamilton) devia estar dando mais o c* naquela época e estava meio ruim", disse Piquet.

A ação contra Piquet foi movida pela Educafro (responsável por promover a inclusão de negros nas universidades públicas e particulares), o Centro Santo Dias (órgão de defesa dos direitos humanos), a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas. As entidades citam "reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e ao povo brasileiro de modo geral" para justificar o processo.

Inicialmente, as entidades pediam R$ 10 milhões na ação. O magistrado alegou o fato de Piquet ter feito doações para a campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, no valor de R$ 501 mil. Como a Lei nº 9.504/97, da Justiça Eleitoral, limita as doações e contribuições a campanhas eleitorais a 10% dos rendimentos brutos, o juiz considerou que Piquet teria arrecadado em 2021 mais de R$ 5 milhões.

Companheiros de garagem e rivais ao mesmo tempo. Assim tem sido a relação de Lewis Hamilton e George Russell nas últimas etapas da Fórmula 1. Neste domingo, no GP do Japão, os dois voltaram a travar uma batalha acirrada por posição no Circuito de Suzuka, assim como já havia acontecido no último GP de Cingapura. A dupla minimizou a batalha travada em entrevista após a corrida.

"Bem, quero dizer, com certeza conversaremos offline, essa é a melhor maneira de sempre fazer isso. Nosso objetivo final é tentar chegar à frente das Ferraris e esse era o meu objetivo hoje. É vencer as Ferraris no campeonato de construtores. Não estamos a lutar pela posição dos pilotos no campeonato, porque em primeiro lugar não estamos perto e, em segundo lugar, não estamos a lutar pelo campeonato. Agora é conseguir o máximo de pontos para a equipe e foi isso que fizemos no final", disse Hamilton, que cruzou a linha de chegada em quinto.

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No fim da corrida, Russell, que terminou em sétimo, chegou a se queixar pelo rádio por Hamilton tirá-lo da pista, mas não persistiu com as reclamações mais tarde. "Naquele momento você diz algumas coisas no rádio só para aliviar a frustração".

"Obviamente perdemos um pouco de tempo juntos, mas tudo faz parte das corridas. Me senti muito mais confortável e rápido no carro naquele momento da corrida. Obviamente fiz a primeira ultrapassagem, perdi na reta o que foi chato, e a segunda chance onde ele tinha direito à linha, faz parte da corrida. Não foram grandes posições e no final não alterou em nada o nosso resultado na corrida. Então, vamos para o próximo", completou Russell.

Em Cingapura, a dupla chegou a disputar com tudo um lugar no pódio nas últimas voltas. Quando estava em terceiro, Russell acabou cometendo um erro e bateu o carro, nem chegando a terminar a prova. Já Hamilton herdou a posição.

O líder do Campeonato Mundial de pilotos da Fórmula 1, Max Verstappen, afirmou que Lewis Hamilton está com inveja dele. A fala do piloto da Red Bull ocorreu após a classificação para o GP da Itália neste sábado (2).

A fala de Max veio um dia depois de Lewis Hamilton afirmar que o piloto holandês nunca teve um colega de equipe forte como os que ele teve durante sua carreira. “Talvez ele (Hamilton) esteja com um pouco de inveja do meu sucesso atual, mas não estou nem um pouco preocupado com isso. Ele pode pensar que está ganhando algo com essas declarações ou que tem algo a defender, mas isso não importa para mim. Deve ser muito difícil para eles (Mercedes) lidar com as derrotas. É um problema quando se vence por tantos anos, claro”, disse Verstappen.

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Em entrevista à Sky Sports nesta sexta-feira (1º), Hamilton comparou os companheiros de equipe dele com os de Max. “E na minha opinião pessoal, Valtteri e, na verdade, todos os meus colegas de equipe, foram mais fortes que os que Max já teve. Jenson (Button), Fernando (Alonso), George (Russell), Valtteri, Nico (Rosberg). Esses caras foram todos muito consistentes. Max não competiu contra ninguém assim”.

Na corrida pelo titulo de campeão do mundo de Fórmula 1, Max tem larga vantagem na liderança da competição com 339 pontos enquanto Hamilton ocupa a 4ª colocação, com 156.

Lewis Hamilton é o piloto com mais poles na Fórmula 1. Ele largou na primeira posição em 103 oportunidades, a 104 foi confirmada neste sábado ao superar Max Verstappen, que vinha de cinco poles consecutivas na temporada. O piloto da Mercedes não se conteve de alegria e se mostrou muito emocionado ao cravar o melhor tempo do GP da Hungria.

"Tivemos um ano e meio muito difícil. Estou orgulhoso de estar aqui com a equipe. Parece minha primeira pole, agradeço demais a essa torcida, compareceram em peso. Não imaginava que a gente iria brigar pela pole, mas dei tudo de mim na última volta e consegui terminar em primeiro", disse Hamilton.

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Esta é a primeira vez na temporada que Hamilton consegue brigar de fato com Verstappen pela pole position, lembrando muito do ano de 2021, quando eles disputaram ponto a ponto o título de pilotos, que terminou com o holandês. O britânico destacou o momento irregular da Mercedes, mas demonstrou alívio com as novas atualizações.

"Tivemos altos e baixos como uma montanha russa, mas nunca perdemos a fé. Estamos tentando levar o carro para a direção certa. Vai continuar sendo difícil, mas estamos no caminho certo", afirmou.

Perguntando sobre a corrida deste domingo, Hamilton preferiu despistar. Nós nos sentimos bem com todos os pneus, mas o carro ficou incrível com o macio. Vou tentar dormir hoje à noite, vamos estudar o máximo possível para amanhã. Vai ser difícil brigar com esses caras. Nando, vem muito bem com a McLaren, e, sobre Max, não preciso nem falar", disse.

Hamilton largará pela nona vez na pole do GP da Hungria neste domingo, às 10h (horário de Brasília). Seu companheiro de equipe, George Russell, não teve a mesma sorte e sairá do 18º lugar do grid.

O patrão está de volta! Quinhentos e noventa e quatro dias após conquistar a pole 103, em Abu Dabi, na temporada 2021, Lewis Hamilton arrancou a pole position das mãos de Max Verstappen ao cravar a volta mais rápida deste domingo, no GP da Hungria. Ele largará na frente neste circuito pela nona vez na carreira.

Hamilton confirmou a pole com o tempo de 1min16s609, apenas três milésimos na frente de Max Verstappen, que perdeu a oportunidade de largar na frente pela sexta corrida consecutiva. Nando Norris confirmou a terceira posição, com 1min16s694. Destaque também para Piastri, que terminou em quarto, e Zhou, que fechou em quinto.

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O Q1 foi surpreendente. Com todos os pilotos apostando nos pneus duros, a Alfa Romeo, de Guandu Zhou, chocou os adversários e principalmente a Red Bull ao terminar na frente. Bottas também chegou a liderar, mas caiu na classificação e avançou com o 12º melhor tempo.

Mas Max Verstappen e Sérgio Pérez fizeram, respectivamente, o segundo e o terceiro melhor tempo do Q1. De volta à Fórmula 1, Daniel Ricciardo ganhou a primeira disputa com seu companheiro de Alpha Tauri, Yuki Tsunoda, que não conseguiu avançar ao Q2, assim como George Russel, da Mercedes. O britânico pegou tráfego na volta derradeira e lamentou: "Não me digam que estamos fora."

No Q2, a McLaren provou que pode fazer frente à Red Bull. Lando Norris foi o responsável pelo melhor tempo. Max Verstappen chegou a bater tal marca, mas teve o tempo deletado pelo direção de prova. A Mercedes também ressurgiu com Hamilton passando em segundo. Por outro lado, a Ferrari continua decepcionando. Carlos Sainz não conseguiu acertar uma volta rápida e acabou caindo. Fernando Alonso escapou por ter 0s002 a menos do que seu compatriota.

Quem comemorou a passagem ao Q3 foi Sérgio Pérez, que colocou um ponto final na série de cinco corridas sem chegar na etapa final. Já Guandu Zhou alcançou tal feito pela primeira vez na temporada.

Leclerc, Norris, Hamilton e Verstappen brigaram no Q3 pela pole position até o fim, mas Lewis Hamilton comprovou que está de volta ao confirmar a volta mais rápida, à frente de Verstappen. Pérez novamente decepcionou e ficou com o nono melhor tempo.

GRID DE LARGADA PARA O GP DA HUNGRIA DE FÓRMULA 1:

1. Lewis Hamilton (ING/Mercedes), 1min16s609

2. Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min16s612

3. Lando Norris (ING/McLaren), 1min16s694

4. Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min16s905

5. Guanyu Zhou (CHN/Alfa Romeo), 1min16s971

6. Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min16s992

7. Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo, 1min17s034

8. Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min17s035

9. Sergio Pérez (MEX/Red Bull), 1min17s045

10. Nico Hülkenberg (ALE/Haas), 1min17s186

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11. Carlos Sainz Jr. (ESP/Ferrari), 1min17s703

12. Esteban Ocon (FRA/Alpine), 1min17s481

13. Daniel Ricciardo (AUS/AlphaTauri), 1min18s002

14. Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min18s144

15. Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min18s217

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16. Alexander Albon (TAI/Williams), 1min18s917

17. Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), 1min18s919

18. George Russell (ING/Mercedes), 1min19s027

19. Kevin Magnussen (DIN/Haas), 1min19s206

20. Logan Sargeant (EUA/Williams), 1min19s248

O desempenho da Mercedes no GP da Áustria, em Spielberg, irritou o heptacampeão mundial Lewis Hamilton, que recebeu uma bronca de Toto Wolff pelo rádio: "Apenas pilote". Largando em quinto, o inglês não conseguiu correr no mesmo ritmo dos rivais e acabou o domingo na sétima posição, sendo ultrapassado inclusive por Fernando Alonso, da Aston Martin.

A decepção do piloto com a performance na pista também passou para a equipe no box, mesmo com as ultrapassagens de George Russel, que ficou em oitavo. Em uma cena incomum na Fórmula 1, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, abriu o microfone do rádio para falar com Hamilton: "Lewis, o carro está ruim, nós sabemos. Por favor, só o pilote".

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Hamilton sofreu com um final de semana sem muita sorte em Spielberg. Na corrida de classificação, o piloto inglês pegou a pista com muito tráfego, não conseguiu fazer uma boa volta e acabou apenas em quinto no grid. Já na corrida principal, Lewis conseguiu uma boa largada e ultrapassou a McLaren de Lando Norris, mas caiu de rendimento, sofreu com uma punição de 5s e despencou para sétimo.

A Mercedes não esconde sua frustração com o W14 e, mesmo com ajustes, o carro ainda não demonstrou performance para colocar a equipe na briga com a Red Bull pelo título do Mundial de Construtores. A promessa é de que a escuderia irá brigar apenas em 2024, com um novo projeto, mais investimento e tempo para desenvolver o W15.

Max Verstappen e a Red Bull estão em uma competição à parte. O bicampeão do mundo venceu mais uma corrida neste domingo durante o GP da Espanha, sua quinta vitória na temporada e 40ª da carreira. O pódio teve uma grata surpresa para a Mercedes, que teve Lewis Hamilton na segunda colocação e George Russell em terceiro. Verstappen fez tempo de 1h17min611 e ainda garantiu a volta mais rápida do dia.

"Foi um grande prazer pilotar um carro como esse, ele mostrou hoje o quão competente é. Variamos muitos pneus e na maior parte do tempo tivemos o pneu certo. Sabia que a largada seria mais difícil, conseguimos manter a posição e isso foi importante. Nós tivemos um fim de semana forte, para mim e para a equipe, e gostaria de manter assim ao longo da temporada", disse Verstappen após a vitória, em entrevista dada a Nico Rosberg.

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Com 40 vitórias na carreira, Verstappen fica a apenas uma de igualar Ayrton Senna. O holandês da Red Bull lidera o campeonato com sobra. Já são 170 pontos rumo ao tricampeonato. Sergio Perez, também da Red Bull (vencedora de todos os GPs do ano) ficou na quarta colocação. O mexicano possui 117 pontos. Em terceiro na classificação geral vem Fernando Alonso, da Aston Martin, que tem 99 pontos e terminou em sétimo neste domingo.

Correndo em casa, Carlos Sainz ficou na quinta posição, seguido pela dupla da Aston Martin com Lance Stroll e Alonso. Esteban Ocon, Yuki Tsunoda e Zhou Guanyu fecharam o top 10. O saldo do dia foi positivo para a Mercedes. Hamilton e Russell não dividiam o pódio desde o GP de São Paulo em 2022, vencido por Russell. A equipe alemã supera a Aston Martin e assume a vice-liderança do Mundial.

"Que público incrível aqui, como em todos os anos. Que resultado espetacular hoje, não estávamos esperando. Quero agradecer a toda nossa equipe pelo trabalho. Eu acho que eles (Red Bull) estão rápidos demais, se conseguirmos nos aproximar ao longo do ano vai ser bom, se não, ficará para a temporada que vem", disse Hamilton, muito contente, após o resultado.

Russell também deu declarações mostrando muita satisfação com o trabalho da equipe. "Estou surpreso, tenho que agradecer à equipe pelo carro. Sai de 12º para 3º. Com certeza o carro está melhor. Estou muito feliz de estar no pódio hoje. Espero que seja um sinal do que está por vir para nós."

A Fórmula 1 fará uma pausa de uma semana e retorna no fim de semana do dia 16 de junho para o GP do Canadá. A corrida no Circuito de Barcelona terminou sem nenhum abandono, repetindo o que houve no GP de Miami. Celebridades e atletas acompanharam de perto o evento na Espanha, caso de Neymar, Mbappe, Sergio Busquets e João Félix, além das cantoras Shakira e Rosalía.

Confira o resultado do GP da Espanha de Fórmula 1:

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1h17min611

2º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 24s090

3º - George Russell (ING/Mercedes), a 32s389

4º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 35s812

5º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari), a 45s698

6º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 1min03s320

7º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 1min04s127

8º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), a 1min09s242

9º - Zhou Guanyu (CHI/Alfa Romeo), a 1min11s878

10º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 1min13s530

11º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 1min14s419

12º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), a 1min15s416

13º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 1 volta

14º - Nyck de Vries (HOL/AlphaTauri), a 1 volta

15º - Nico Hulkenberg (ALE/Haas), a 1 volta

16º - Alexander Albon (TAI/Mercedes), a 1 volta

17º - Lando Norris (ING/McLaren), a 1 volta

18º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 1 volta

19º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 1 volta

20º - Logan Sargeant (EUA/Mercedes), a 1 volta

Após uma semana livre no calendário com o cancelamento do GP da Emilia-Romagna por conta da enchente e das fortes chuvas na região, a Ferrari e o piloto Lewis Hamilton vieram a público nesta quinta-feira para desmentir rumores sobre uma possível transferência do inglês para a equipe italiana.

"Naturalmente, quando estamos negociando um novo contrato, sempre haverá especulações", afirmou o heptacampeão mundial. "A não ser que vocês escutem de mim, será apenas isso (rumores)." O vínculo de Hamilton com a Mercedes se encerra neste ano, mas o piloto garante que está discutindo com Toto Wolff, chefe da equipe, a renovação do seu vínculo.

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"Estamos trabalhando nos bastidores com Toto nos bastidores, próximos de finalizar os detalhes do contrato", assegurou o inglês. "Tenho um time focado nisso, para que eu tenha apenas que fazer meu trabalho. Eu lembro que, quando negociava sozinho, era muito estressante."

Nesta semana, o tabloide inglês Daily Mail afirmou que a equipe havia oferecido cerca de R$ 250 milhões para contar com o piloto na próxima temporada. Chefe da Ferrari, Frederic Vasseur garantiu que as informações não passam de rumores. "Vocês sabem que nessa parte da temporada, teremos uma história diferente a cada semana. E não estamos fazendo nenhuma oferta para Lewis Hamilton. Não fizemos isso", afirmou.

"Como piada, eu diria há duas semanas vocês estavam mandando (Carlos) Sainz para a Audi, semana passada era Leclerc para a Mercedes. Agora estou sozinho", brincou Vasseur. Os contratos dos pilotos com a escuderia se encerram em 2024. Caso fosse contar com Hamilton, um deles deveria deixar a equipe. "Neste momento, o mais importante é focar no desempenho da equipe e no desenvolvimento do nosso carro."

Por outro lado, o chefe da Ferrari não poupou elogios ao piloto britânico e disse que qualquer equipe do grid gostaria de contar com ele. "Nós não discutimos (sobre sua contratação). Eu acredito que toda equipe do grid gostaria de ter Hamilton em algum momento. Seria bobagem se eu negasse esse fato", afirmou Vasseur.

"Há 20 anos que eu converso com Hamilton todo fim de semana. Não quero deixar de fazer isto só porque vocês (imprensa) estão em cima de mim", afirmou Vasseur.

Lewis Hamilton e Shakira estão aproveitando momentos especiais juntos em Miami, nos Estados Unidos. Desde que foram vistos juntos em um jantar, cresceram os rumores de um possível affair. Nesta quinta-feira, um novo ingrediente deu sinais de que a relação pode ir além. O piloto de Fórmula 1 e a cantora colombiana curtiram um passeio de lancha e animaram os fãs.

Hamilton disputou no último fim de semana o Grande Prêmio de Miami de Fórmula 1. Dentro das pistas, não obteve o sucesso esperado e acabou ficando na modesta sexta colocação, compatível com o desempenho da Mercedes na atual temporada.

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Shakira, por sua vez, se mudou definitivamente para a Flórida após o fim do casamento de 12 anos com o ex-jogador de futebol Gerard Piqué. A colombiana trouxe para Miami os filhos Milan e Sasha, frutos do relacionamento com o ex-zagueiro do Barcelona.

Nas redes sociais, memes tomaram conta das publicações sobre os possíveis relacionamentos da colombiana. "Trocou um Twingo por uma Mercedes", comentou um internauta. Durante a corrida de Fórmula 1, Shakira também esteve próxima ao ator Tom Cruise, de 60 anos, e alimentou especulações.

Foto: CHANDAN KHANNA / AFP

Nos registros publicados nesta quinta, é possível ver Hamilton ajudando a cantora a entrar na embarcação e trocando risadas durante o passeio. De acordo com o Daily Mail, o britânico teria ido à casa da colombiana para buscá-la.

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Bastou um segundo lugar e a reaproximação com o pódio que o heptacampeão mundial Lewis Hamilton voltou a sorrir. Por trás desse contentamento, no entanto, existe uma aposta em dias melhores no comando da Mercedes ainda para esta temporada de Fórmula 1.

A boa largada, quando tanto ele como Russell deixaram para trás o holandês Max Verstappen pode ser um sinal de que o inglês esteja certo numa melhora do seu carro. No entanto, ele é o primeiro a admitir que muita coisa precisa ser feita para que se possa fazer frente à Red Bull.

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"Estou pilotando da melhor maneira que eu posso, mas não estou em conexão com o carro. Estamos claramente num ritmo inferior à Red Bull. Mas o fato de estar aqui brigando pelas primeiras posições e lutando com a Aston Martin é muito bom. Ainda mais nesta fase da temporada", afirmou o piloto inglês.

Após a corrida, ele fez questão de agradecer a dedicação dos pilotos e engenheiros de sua equipe. Apto a fazer a sua parte nas pistas, Hamilton reconhece que ainda existe um caminho a percorrer.

"É um longo projeto. Vamos continuar nos esforçando muito e quero agradecer a todos na fábrica para trabalham para melhor nosso carro e sei que podemos preencher essa lacuna."

Na classificação do Mundial de Pilotos, Hamilton aparece na quarta colocação, com 38 pontos. Ele tem sete de desvantagem para Fernando Alonso. Os dois pilotos da Red Bull ocupam os primeiros lugares. Com dois triunfos em três corridas, Verstappen é líder isolado com 69 pontos. O mexicano Sergio Pérez, vencedor do GP da Arábia Saudita, aparece na segunda colocação com 54.

Lewis Hamilton exaltou nesta quinta-feira a decisão judicial que impôs uma indenização milionária ao ex-piloto Nelson Piquet por falas consideradas racistas e homofóbicas. O tricampeão mundial da Fórmula 1 foi condenado na semana passada, em primeira instância, a pagar R$ 5 milhões.

"Eu gostaria de agradecer ao governo brasileiro. Acho que é incrível o que fizeram ao responsabilizar alguém, mostrando às pessoas que isso (preconceitos) não é tolerável", declarou o piloto da Mercedes, em Melbourne, onde disputará no fim de semana o GP da Austrália de F-1.

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"Racismo e homofobia não são aceitáveis. E não há espaço isso em nossa sociedade. Então, eu amei que estejam mostrando que defendem uma posição", comentou o inglês. "E ainda credito que, de forma geral, não devemos dar plataforma para pessoas que estão cheias de ódio."

Hamilton se refere às entrevistas concedidas por Piquet a um canal no YouTube, em 2021. Na ocasião, o ex-piloto fez comentários racistas e homofóbicos ao se referir a Hamilton e ao alemão Nico Rosberg, ex-companheiro de Mercedes e ex-rival do inglês.

"O neguinho meteu o carro. O (Ayrton) Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comentou Piquet ao comparar um acidente envolvendo Hamilton em 2016 com o acidente envolvendo Senna e Alain Prost no GP do Japão em 1990. Em seguida, ele insultou os ex-pilotos Keke e Nico Rosberg, pai e filho: "(Keke) é que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato... o neguinho devia estar dando mais o c.. naquela época e 'tava' meio ruim, então... (risos)".

As entidades Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP e Faecidh acionaram a Justiça ao alegarem que Piquet violou direito fundamental difuso à honra da população negra e da comunidade LGBTQIA+ ao se referir em comentário a Hamilton como "neguinho" e ao proferir falas homofóbicas contra Keke e Nico Rosberg.

Nesta quinta, Hamilton pediu mais decisões como a da Justiça brasileira em outros países. "Eu gostaria que mais governos fizessem o mesmo, temos visto o caso de Uganda (país que aprovou lei que impõe pena de morte para homossexuais)", declarou o piloto da Mercedes.

"Obviamente, há mais de 30 países na África e no Oriente Médio (com leis do tipo). Há muitas coisas que podemos aprender (com a decisão da Justiça brasileira)", comentou.

ENTENDA O CASO

Trechos de uma entrevista concedida por Nelson Piquet ao canal do YouTube "Motorsports Talks" em novembro de 2021 ressurgiram nas redes sociais em julho do ano passado. Na conversa, o tricampeão mundial tece comentários racistas e homofóbicos em relação a Hamilton, a quem se referiu como "neguinho".

Os comentários de Piquet viralizaram na internet e foram respondidos com repúdio por todo o ecossistema da Fórmula 1. Pilotos, equipes, jornalistas e fãs condenaram a atitude do piloto brasileiro, defendendo Hamilton e afirmando que não havia mais espaço para esse tipo de comportamento no esporte.

Em seu perfil no Twitter, o heptacampeão foi breve em sua resposta. Ele afirmou, em português, que era necessário "mudar a mentalidade". "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", disse o britânico.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se posicionou, afirmando que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral". A Fórmula 1 também saiu em defesa de Hamilton. "A linguagem discriminatória ou racista é inaceitável sob qualquer forma e não tem parte na sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito."

Em contrapartida, Piquet se desculpou por seus comentários justificando o uso do termo racista ao afirmar que o termo "neguinho" é usado como sinônimo de "rapaz" e "pessoa" no português brasileiro.

"Eu gostaria de esclarecer a história que tem circulado na mídia a respeito de um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado. O que eu disse foi mal pensado, e não há defesa para isso. Mas gostaria de esclarecer que o termo usado é historicamente usado de forma coloquial no português brasileiro como um sinônimo de 'rapaz' ou 'pessoa', mas sem a intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra da qual tenho sido acusado em algumas traduções. Condeno toda e qualquer sugestão de que a palavra que usei tenha sido direcionada de forma depreciativa ao piloto por causa da cor de pele dele", disse o ex-piloto.

Sete vezes campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton revelou traumas que sofreu durante sua infância na escola, com insultos racistas e humilhações. Segundo o piloto da Mercedes, este período foi "o mais traumático" de sua vida, no qual recebeu diversos xingamentos e bananas foram jogadas em sua direção.

Em entrevista ao podcast "On Purpose", transmitido na segunda-feira, o piloto de 38 anos deu detalhes de sua infância. Nascido em Stevenage, pequena cidade localizada no condado de Hertfordshire, Hamilton contou detalhes de seus primeiros anos da infância.

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"Eu já sofria bullying aos seis anos de idade. Naquela escola em particular, eu era uma das três crianças negras e muitas vezes sofria bullying de meninos mais velhos e fortes", revela o piloto. "Golpes constantes, atiravam coisas em mim, como bananas, pessoas te chamando de mestiço, e não sabia onde era o meu lugar. Isso para mim foi difícil."

"Não tinha vontade de ir para casa e explicar aos meus pais que eu havia sofrido bullying ou havia sido espancado na escola. Não queria que meu pai pensasse que não era forte", diz o piloto. Atualmente, Hamilton é o único piloto negro na Fórmula 1. Em 2021, fundou a instituição Mission 44, para promover a inclusão social no automobilismo, e já se posicionou contra o racismo no esporte nos últimos anos.

Hamilton está em sua 17ª temporada na Fórmula 1, Hamilton possui mais um ano de contrato com a Mercedes, mas pode renovar seu contrato. Na mesma entrevista, o piloto revelou que vê dificuldades para parar de correr.

"Eu faço isso há 30 anos. Quando você parar, o que vai acontecer para combinar com isso? Nada se compara a estar em um autódromo, estar em uma corrida, estar no auge do esporte e estar à frente do grid ou passar por aquela emoção que sinto", afirma. "Quando eu parar, haverá um grande buraco (na minha vida), então estou tentando me concentrar e encontrar coisas que possam substituir isso e ser igualmente gratificantes."

A 50ª edição de um Grande Prêmio no Brasil teve emoção e feito inédito neste domingo. O britânico George Russell conquistou sua primeira vitória na carreira na Fórmula 1 ao liderar de ponta a ponta a corrida no Autódromo de Interlagos. O compatriota Lewis Hamilton ficou em segundo, marcando a primeira dobradinha da Mercedes na temporada. O espanhol Carlos Sainz Jr, da Ferrari, completou o pódio em dia de recorde de público no circuito paulistano.

A corrida foi marcada por pequenos acidentes, com a entrada de safety car por duas vezes. Bicampeão por antecipação, o holandês Max Verstappen não teve um bom domingo e terminou na modesta sexta posição. Destaque para o espanhol Fernando Alonso, da Alpine, que ganhou 12 posições e terminou em quinto.

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O GP de São Paulo também registrou quebra de recorde de público, com a presença de 235.617 pessoas em Interlagos ao longo do fim de semana.

A corrida começou com acidentes. Logo na primeira volta, na curva do Pinheirinho, Daniel Ricciardo, da McLaren, tocou na Haas de Kevin Magnussen, fez o dinamarquês rodar e acertar o próprio australiano, provocando o abandono de ambos e a entrada do safety car na pista.

No reinício da prova, na saída do "S do Senna", Hamilton e Verstappen se tocaram, o britânico saiu da pista, enquanto o atual campeão teve o bico danificado e precisou parar nos boxes para trocá-lo. Em seguida, Lando Norris também acabou tocando roda com roda com Charles Leclerc. O monegasco da Ferrari rodou e caiu para o fundo do pelotão. Norris e Verstappen foram punidos em cinco segundos cada por causarem os acidentes.

Na ponta, Russell passou a ter Sergio Pérez como seu principal concorrente pela vitória em Interlagos. O britânico da Mercedes largou pela segunda vez na primeira posição. O mexicano da Red Bull não conseguia encurtar a distância para o piloto da escuderia alemã, que matinha a vantagem entre dois e três segundos.

Russell foi para os boxes, Hamilton assumiu a liderança e mesmo com pneus macios, o heptacampeão fez seus pneus resistirem por 30 voltas. Ele trocou para o composto médio e voltou para a pista na quarta colocação, empurrando o companheiro de Mercedes de volta para a ponta.

Mas Hamilton ainda tinha o que mostrar na briga pelo pódio. O britânico retornou para a pista com ótimo desempenho, tirando praticamente um segundo por volta de Carlos Sainz Jr, da Ferrari, que ocupava a terceira posição. Para se prevenir, o espanhol antecipou sua parada nos boxes para retomar desempenho.

Enquanto isso, o bicampeão Max Verstappen seguia com dificuldades para escalar o pelotão, perdendo muito tempo com carros do fim do grid. A briga do holandês se resumia a marcar pontos em Interlagos.

O panorama indicava uma disputa de Hamilton com Pérez pelo segundo lugar, dada a vantagem ampla de mais de sete segundos de Russell na liderança. Na abertura da 45ª volta, Hamilton ultrapassou Sergio Pérez na reta dos boxes e assumiu a segunda posição.

Na volta 53, Norris teve problemas, sua McLaren simplesmente parou. Ele precisou abandonar, causando a entrada do safety car. Norris sofreu com uma intoxicação alimentar na quinta-feira e não conseguiu seu melhor desempenho. Foi um péssimo fim de semana para a escuderia britânica, que viu seus dois carros abandonarem, fato que não acontecia desde a Bélgica, em 2019.

Com a entrada do safety car, Hamilton pôde se aproximar de Russell, que, preocupado, foi informado pela Mercedes que teria liberdade na disputa por posição com o heptacampeão mundial. A demora para o safety car se recolher causou insatisfação em alguns pilotos. A pista só foi liberada na 59ª volta.

Com as duas Mercedes na ponta, a briga se intensificou pelo pódio entre Pérez e as Ferraris de Carlos Sainz e Charles Leclerc. O mexicano não segurou o espanhol nem o monegasco. Fernando Alonso foi no embalo e também deixou o piloto da Red Bull para trás. O espanhol da Alpine ganhou incríveis 12 posições ao longo da corrida. Verstappen também ganhou a posição de Pérez.

Russell não foi pressionado por Hamilton e conduziu sua Mercedes de ponta a ponta rumo à sua primeira vitória na carreira na Fórmula 1 e voltando a colocar a bandeira da Grã-Bretanha nos dois lugares mais altos do pódio.

RECORDE

O GP de São Paulo de F-1 bateu novo recorde de público. Na soma dos três dias de atividades no Autódromo de Interlagos, 235.617 pessoas estiveram presentes para acompanhar a categoria máxima do automobilismo mundial, representando o novo recorde. A marca anterior foi obtida na temporada passada, quando 181.711 torcedores acompanharam o fim de semana de GP.

Confira a classificação final do GP de São Paulo de F-1:

1º - George Russell (ING/Mercedes), em 1h38min34s044

2º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 1s529

3º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Ferrari), a 4s051

4º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 8s441

5º - Fernando Alonso (ESP/Alpine), a 9s561

6º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 10s056

7º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), a 14s080

8º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), a 18s690

9º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 22s552

10º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 23s552

11º - Sebastian Vettel (ALE/Aston Martin), a 26s183

12º - Pierre Gasly (FRA/AlphaTauri), a 26s867

13º - Guanyu Zhou (CHN/Alfa Romeo), a 29s325

14º - Mick Schumacher (ALE/Haas), a 29s899

15º - Alexander Albon (Williams), a 36s016

16º - Nicholas Latifi (CAN/Williams), a 37s038

17º - Yuki Tsunoda (JAP/AlphaTauri), a uma volta

Não completaram a prova:

Kevin Magnussen (DIN/Haas)

Daniel Ricciardo (AUS/McLaren)

Lando Norris (ING/McLaren)R

Em entrevista para a "Autosport", o heptacampeão Lewis Hamilton revelou que pretende renovar com a Mercedes. O atual contrato do piloto vai até o final de 2023. Dono da maior dinastia da Fórmula 1, o inglês não deixou-se influenciar pelas dificuldades com o carro neste ano.

“Vamos fazer outro acordo. Vamos sentar e discutir isso nos próximos meses. Meu objetivo é continuar na Mercedes. Estou com a Mercedes desde os 13 anos. E é mesmo a minha família: a Mercedes-Benz é a minha família”, afirmou.

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“Eles ficaram comigo através do grosso e do fino. Eles ficaram comigo em tudo o que estava acontecendo em 2020. Eles ficaram comigo apesar dos meus erros e das merdas que foram publicadas na imprensa", completou.

Apesar de já possuir uma enorme história dentro da Mercedes, o piloto inglês de 37 anos não parece satisfeito e ainda possui grandes ambições ao lado da marca alemã.

“Acredito muito nessa marca. Eu acredito nas pessoas que estão dentro da organização. E quero ser o melhor companheiro de equipe que posso ser para eles, porque acho que podemos tornar a marca ainda melhor, mais acessível, ainda mais forte do que é. E acho que posso ser parte integrante disso”, finalizou.

A temporada 2022 da Fórmula 1 vai começar oficialmente nesta sexta-feira com os primeiros treinos livres do GP do Bahrein. Mas nada indica que o campeonato deste ano será uma sequência natural da última e tumultuada corrida de 2021, quando o holandês Max Verstappen ultrapassou o inglês Lewis Hamilton na última volta em Abu Dabi e se sagrou campeão em meio às polêmicas decisões do então diretor de provas Michael Masi.

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Os fãs de automobilismo poderão ter pela frente uma competição bem distinta daquela, com novos protagonistas e equipes resgatando o prestígio chamuscado nos últimos anos. Esse é o caso da Ferrari, que se destacou na pré-temporada. A Red Bull também foi bem e está à espera do que a Mercedes poderá mostrar neste ano, após certo jogo de "esconde-esconde" nas baterias de testes de Barcelona e do Bahrein.

O grande diferencial deste ano é a profunda reformulação dos carros da categoria. Na busca por melhor rendimento dos monopostos sem a famigerada turbulência, que impede maior número de ultrapassagens durante as provas, a F-1 encontrou soluções na década de 80, no conceito de "carros-asa" e "efeito-solo". A novidade também se deve à busca por disputas mais equilibradas na pista para aumentar a competitividade e atrair mais público.

Na prática, os modelos foram recriados do zero, a partir do chassi, que passou a ter papel determinante na aerodinâmica dos veículos. Houve mudanças ainda nos aerofólios, dianteiro e traseiro, nos pneus, nas laterais, tudo para deixar o carro mais eficiente e com maior capacidade para fazer ultrapassagens. De quebra, os modelos se tornaram mais agressivos e bonitos visualmente. A direção americana da F-1 promete um show nas pistas. Até o safety car mudou de cor.

'PULOS' NA PISTA

Os novos carros trouxeram novas preocupações. Logo nos primeiros testes da pré-temporada, em Barcelona, os modelos deste ano apresentaram leves solavancos nas retas do Circuito da Catalunha. Com essas vibrações, o carro "quica" sobre o asfalto, como se percorresse um traçado cheio de buracos. O problema ganhou o nome de "porpoising", em referência ao movimento de nado de alguns animais aquáticos, caso do golfinho (porpoise, em inglês).

Este movimento do carro não chega a reduzir a velocidade dos monopostos, mas pode trazer danos ao modelo e ao próprio piloto, principalmente nas costas. A causa é uma falha aerodinâmica do chamado "efeito-solo". O ar que passa sob o carro não estaria trazendo os efeitos mais desejados.

Na prática, a maior parte das equipes amenizou, ainda que aparentemente, o problema já na segunda e última bateria de testes da pré-temporada, na semana passada. Mas há a expectativa sobre como cada carro vai se comportar nas diferentes pistas do calendário. Traçados de maior velocidade podem ampliar o problema.

HAMILTON X VERSTAPPEN

Apesar das novidades do ano e da expectativa por novos protagonistas no campeonato, a rivalidade entre Hamilton e Verstappen deve ser mantida, talvez até ampliada, na temporada 2022. Se o holandês terá o combustível extra da confiança elevada, pelo título conquistado, o britânico já avisou que não está para brincadeira neste ano. Ele quer retomar o troféu.

Ao fim da pré-temporada, Hamilton disse que a Mercedes não tinha carro para vitórias neste ano, ao menos temporariamente. Mas afirmou que se vê "mais perigoso" e ainda "no topo", depois da experiência traumática na corrida final de 2021. Na ocasião, vencia a prova com certa folga, muito perto do oitavo título mundial (então novo recorde da F-1), quando uma batida mudou a história da prova e do campeonato.

Decisões desastradas e contestadas de Michael Masi deixaram Verstappen colado em Hamilton na pista após a entrada do safety car no traçado. Com pneus novos, o holandês passou fácil o rival na última volta e venceu. A Mercedes contestou, os dirigentes do time ameaçaram mover mundos e fundos para rever o resultado. Sob pressão, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) apurou o caso, não alterou o resultado, mas demitiu seu então diretor de provas.

Mesmo sem se destacar na pré-temporada, a Mercedes pode até perder a hegemonia - são oito títulos do Mundial de Construtores consecutivos -, mas deve estar na briga pelos troféus. Afinal, vem investindo tempo e dinheiro (dentro do teto de gastos) no novo projeto dos carros da F-1 há alguns anos em sua poderosa fábrica, com mais de 2 mil funcionários.

O SUMIÇO DE HAMILTON

O decepcionante fim de temporada fez Hamilton desaparecer das redes sociais por dois meses. Neste período, fez apenas duas aparições públicas, quase inevitáveis, na despedida do finlandês Valtteri Bottas da Mercedes, na fábrica, e na cerimônia em que recebeu o título de Cavaleiro da Rainha, do príncipe Charles, no Castelo de Windsor.

Declarações do chefe da equipe, Toto Wolff, aumentaram os rumores de que o piloto poderia se aposentar da Fórmula 1. Nem a Mercedes e nem o próprio Hamilton desmentiam o boato, usado de certa forma para pressionar a FIA a respeito de uma decisão sobre o resultado do campeonato de 2021.

No início de fevereiro, Hamilton retornou às redes sociais sem comentários explicativos. Disse apenas: "Eu fui. Agora estou de volta!". Os rumores foram ao chão e os fãs respiraram aliviados. De volta às pistas nos testes de Barcelona e Bahrein, o inglês esteve longe de brilhar e acabou voltando ao noticiário por um motivo improvável.

Ele revelou que pretende mudar seu nome para acrescentar o sobrenome da mãe, Larbalestier. O inglês, portanto, pode aparecer com "nova identidade" na tabela de tempos dos treinos e corridas da F-1 neste ano.

FINAIS DE SEMANA MAIS ENXUTOS

A partir deste ano, os finais de semana da Fórmula 1 serão mais enxutos, de forma a aumentar a economia na categoria. Até 2021, a etapa começava na quinta-feira, quando os pilotos faziam a tradicional caminhada na pista e passavam a maior parte do dia atendendo a imprensa.

A tradicional entrevista coletiva de quinta e as eventuais individuais agora serão realizadas às sextas-feiras, antes do primeiro treino livre do dia. Na prática, isso significa um dia a menos de trabalho para o estafe interno de todas as equipes, dos pilotos aos funcionários que cuidam dos centros de hospitalidade de cada time.

Por causa da pandemia de covid-19, a coletiva de quinta chegava a ter quase quatro horas de duração, envolvendo os 20 pilotos do grid. Agora serão duas horas de atendimento aos jornalistas na sexta. A imprensa, portanto, terá menos acesso aos pilotos e aos dirigentes dos times.

Estes vão conceder coletiva aos sábados, um dia depois do que acontecia até 2021. Esta entrevista será sempre realizada no início do dia, uma hora e meia antes do início do terceiro e último treino livre. A programação de domingo foi mantida.

DEMISSÃO DE MICHAEL MASI E NOVO DIRETOR DE PROVAS

As decisões controvérsias de Michael Masi como sucesso de Charlie Whiting fizeram o novo presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, tirá-lo do cargo de diretor de provas. Nesta temporada, o alemão Niels Wittich e o português Eduardo Freitas se alternam no posto, com assistência do veterano Herbie Blash, escolhido para voltar a ser conselheiro sênior permanente. Blash é muito próximo de Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1, o que evidencia a influência de Ecclestone na nova gestão da FIA.

Ben Sulayem também implementou outras mudanças, como a adoção de uma sala virtual de controle de corrida, em um escritório da FIA fora dos circuitos, em processo semelhante ao VAR do futebol, além de restringir as comunicações de rádios das equipes para resguardar a direção de prova de pressões externas.

RECORDE DE AUDIÊNCIA E PÚBLICO NOS CIRCUITOS EM 2021

Focada em jovens e mais popular, a Fórmula 1 registrou recorde de audiência televisiva global em 2021, de 1,55 bilhão de espectadores, com alta de 4% em relação a 2020, o que demonstra o aumento do interesse mundial pela categoria, puxado, sobretudo, pela rivalidade entre Hamilton e Verstappen. A corrida derradeira em Abu Dabi atraiu 108,7 milhões de espectadores, 29% a mais que a mesma etapa de 2020. Algumas das maiores praças do campeonato, como EUA, França, Itália e Inglaterra, se destacaram com números expressivos em audiência.

No Brasil, os números diminuíram, mas "houve resultados muito positivos", segundo relatório da F-1, que apontou que a categoria desfruta de "cobertura muito mais aprofundada e com mais horas de transmissão do que em 2020", em referência à transmissão da Band, emissora que voltou a transmitir as etapas depois de 41 anos. A Globo abriu mão do campeonato. Em 2021, as corridas levaram 2,69 milhões de pessoas às arquibancadas. O GP de São Paulo atraiu 181 mil espectadores em três dias de evento, maior público da história.

EFEITOS DA INVASÃO RUSSA À UCRÂNIA

Como quase tudo no mundo, a Fórmula 1 foi impactada pela invasão da Rússia à Ucrânia. A Haas rompeu o contrato com o russo Nikita Mazepin e desfez a parceria com a empresa russa Uralkali, cujo dono, Dmitry, pai do piloto, é amigo pessoal do presidente Vladimir Putin.

A guerra na Ucrânia também fez a direção romper o contrato com os russos em definitivo e, portanto, banir a nação do Leste Europeu de seu calendário de corridas. O GP do país estava marcado para o mês de setembro, em Sochi. Foram oito provas realizadas na cidade. Em 2023, São Petersburgo estrearia no calendário. Sem o GP russo não haverá recorde de corridas. São 22 provas confirmadas. Resta saber se a data aberta será preenchida.

SEM BRASILEIRO, MAIS UMA VEZ

A saída de Mazepin da Haas criou esperanças nos fãs brasileiros, que gostariam de ver Pietro Fittipaldi no grid. O brasileiro, porém, foi preterido pelo dinamarquês Kevin Magnussen, que retorna à equipe após um ano fora, e o País continuará sem um representante na pista - o último foi Felipe Massa.

O neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi era o candidato mais natural à vaga por ter sido piloto reserva do time americano nos últimos três anos. No entanto, pesou contra ele a ausência de patrocinadores poderosos. Pietro participou da última bateria de testes da pré-temporada no Bahrein.

DANÇAS DAS CADEIRAS DOS PILOTOS

A temporada começa com cinco mudanças entre os 20 pilotos do grid. A principal delas é a entrada na Mercedes do britânico George Russell, que será o parceiro de Lewis Hamilton. A Williams assinou com o tailandês Alexander Albon para repor a saída de Russell. O antigo companheiro de equipe do heptacampeão mundial, o finlandês Valtteri Bottas, migrou para a Alfa Romeo para ocupar o lugar de seu compatriota Kimi Raikkonen, que deixou a categoria.

Bottas terá a companhia Guanyu Zhou, piloto de 22 anos que será o primeiro chinês na Fórmula 1. Na Haas, Kevin Magnussen retorna para formar parceria com Mick Schumacher substituir Nikita Mazepin, fora da equipe em virtude da invasão da Rússia à Ucrânia.

Lewis Hamilton colocou fim neste sábado a dois meses de silêncio nas redes sociais. O piloto britânico publicou foto com uma breve mensagem aos fãs: "Eu fui. Agora estou de volta!" A publicação deve acabar com os rumores recentes sobre uma possível aposentadoria do heptacampeão mundial da Fórmula 1.

Na imagem, sem identificar a localização, Hamilton aparece sorrindo, olhando para a câmera. Ele não publicava em suas redes desde 11 de dezembro, véspera da corrida em Abu Dabi, que decidiu a temporada 2021. Na ocasião, ele perdeu o título ao ser ultrapassado por Max Verstappen na última volta, nos Emirados Árabes Unidos.

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Desde então, o inglês vinha evitando aparições públicas e contato com a mídia. Sua última entrevista fora concedida logo após a prova final, ao compatriota Jenson Button. Ele parabenizou o rival holandês e a Red Bull, fez elogios à Mercedes, sua equipe, e evitou se estender nas respostas.

Após a última corrida do ano, Hamilton fez apenas duas aparições públicas. Ele esteve no evento de despedida do finlandês Valtteri Bottas na sede da Mercedes e participou de cerimônia em que recebeu o título de Cavaleiro da Rainha, do príncipe Charles, no Castelo de Windsor. Ele não registrou as duas aparições, ainda em dezembro, nas redes sociais.

Além disso, não esteve presente na tradicional festa de encerramento do campeonato, quando Verstappen recebeu o troféu de campeão mundial junto às autoridades da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que não gostou da ausência do heptacampeão mundial.

Se Hamilton evitou a imprensa, seu chefe na Mercedes, Toto Wolff, deu seguidas declarações. Em todas, criticou a forma como o campeonato de 2021 foi encerrado, cobrou a FIA e ainda levantou a suspeita de que Hamilton poderia não voltar às pistas em 2022, apesar de contrato com a Mercedes até o fim de 2023.

A irritação de Wolff e o incômodo de Hamilton se devem ao polêmico fim da temporada passada. O inglês esteve muito perto do oitavo título mundial, que seria o novo recorde histórico, mas perdeu a conquista na volta final após decisões controversas da direção de prova, em razão de um acidente sofrido pelo canadense Nicholas Latifi.

A batida causou a entrada do safety car na pista e bagunçou a disputa pelo título. Em segundo lugar, Verstappen trocou os pneus e acabou sendo favorecido por uma decisão de Michael Masi, o criticado diretor de provas da FIA. Indo além do regulamento, Masi autorizou que somente os cinco retardatários que estavam entre Hamilton e Verstappen passassem o inglês para ir até o fim do grid para a corrida ser retomada.

Em tese, a prova só poderia ser finalizada uma volta depois disso, o que na prática significaria que a corrida será terminada com o safety car na pista. Mas Masi autorizou a retomada das disputas logo em seguida, deixando Verstappen colado em Hamilton, que chegou a obter larga vantagem na primeira colocação antes da batida de Latifi. Com pneus novos, o holandês passou o inglês com facilidade na última volta e faturou seu primeiro título na F-1.

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