Tópicos | Piquet

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) vai julgar nesta quarta-feira recurso do ex-piloto Nelson Piquet em ação na qual foi condenado por racismo em primeira instância. Em março deste ano, o tricampeão mundial de Fórmula 1 foi condenado a pagar indenização de R$ 5 milhões a entidades de direitos humanos e LGBT+ por ter chamado o piloto Lewis Hamilton de "neguinho".

O recurso será analisado pela 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF. Nele, a defesa de Piquet tentará reverter a decisão inicial, do juiz Pedro Matos de Arruda, da 20ª Vara Cível de Brasília. Trata-se da segunda tentativa de Piquet de mudar a condenação inicial. Na primeira, em maio, os advogados apresentaram embargos contra a primeira decisão, mas não tiveram sucesso. Os pedidos foram rejeitados pela juíza Thaissa de Moura Guimarães.

##RECOMENDA##

Piquet foi flagrado usando um termo racista para se referir a Hamilton em vídeo de 2021 que circulou nas redes sociais e ganhou repercussão somente no ano passado. É possível ouvir o ex-piloto chamando o heptacampeão de "neguinho" ao comentar um acidente envolvendo o inglês e Max Verstappen - namorado de sua filha, Kelly Piquet - durante o GP da Inglaterra de F-1.

"O neguinho meteu o carro e não deixou (o Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f****. Fez uma p*** sacanagem", criticou Piquet, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira, na época.

Piquet também usou termos homofóbicos para falar sobre o ex-piloto Keke Rosberg e o seu filho Nico. "O Keke? Era uma b****. Não tinha valor nenhum. É que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato. O neguinho (Hamilton) devia estar dando mais o c* naquela época e estava meio ruim", disse Piquet.

A ação contra Piquet foi movida pela Educafro (responsável por promover a inclusão de negros nas universidades públicas e particulares), o Centro Santo Dias (órgão de defesa dos direitos humanos), a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas. As entidades citam "reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e ao povo brasileiro de modo geral" para justificar o processo.

Inicialmente, as entidades pediam R$ 10 milhões na ação. O magistrado alegou o fato de Piquet ter feito doações para a campanha de reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2022, no valor de R$ 501 mil. Como a Lei nº 9.504/97, da Justiça Eleitoral, limita as doações e contribuições a campanhas eleitorais a 10% dos rendimentos brutos, o juiz considerou que Piquet teria arrecadado em 2021 mais de R$ 5 milhões.

Lewis Hamilton exaltou nesta quinta-feira a decisão judicial que impôs uma indenização milionária ao ex-piloto Nelson Piquet por falas consideradas racistas e homofóbicas. O tricampeão mundial da Fórmula 1 foi condenado na semana passada, em primeira instância, a pagar R$ 5 milhões.

"Eu gostaria de agradecer ao governo brasileiro. Acho que é incrível o que fizeram ao responsabilizar alguém, mostrando às pessoas que isso (preconceitos) não é tolerável", declarou o piloto da Mercedes, em Melbourne, onde disputará no fim de semana o GP da Austrália de F-1.

##RECOMENDA##

"Racismo e homofobia não são aceitáveis. E não há espaço isso em nossa sociedade. Então, eu amei que estejam mostrando que defendem uma posição", comentou o inglês. "E ainda credito que, de forma geral, não devemos dar plataforma para pessoas que estão cheias de ódio."

Hamilton se refere às entrevistas concedidas por Piquet a um canal no YouTube, em 2021. Na ocasião, o ex-piloto fez comentários racistas e homofóbicos ao se referir a Hamilton e ao alemão Nico Rosberg, ex-companheiro de Mercedes e ex-rival do inglês.

"O neguinho meteu o carro. O (Ayrton) Senna não fez isso. O Senna saiu reto", comentou Piquet ao comparar um acidente envolvendo Hamilton em 2016 com o acidente envolvendo Senna e Alain Prost no GP do Japão em 1990. Em seguida, ele insultou os ex-pilotos Keke e Nico Rosberg, pai e filho: "(Keke) é que nem o filho dele (Nico). Ganhou um campeonato... o neguinho devia estar dando mais o c.. naquela época e 'tava' meio ruim, então... (risos)".

As entidades Aliança Nacional LGBTI, Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de SP e Faecidh acionaram a Justiça ao alegarem que Piquet violou direito fundamental difuso à honra da população negra e da comunidade LGBTQIA+ ao se referir em comentário a Hamilton como "neguinho" e ao proferir falas homofóbicas contra Keke e Nico Rosberg.

Nesta quinta, Hamilton pediu mais decisões como a da Justiça brasileira em outros países. "Eu gostaria que mais governos fizessem o mesmo, temos visto o caso de Uganda (país que aprovou lei que impõe pena de morte para homossexuais)", declarou o piloto da Mercedes.

"Obviamente, há mais de 30 países na África e no Oriente Médio (com leis do tipo). Há muitas coisas que podemos aprender (com a decisão da Justiça brasileira)", comentou.

ENTENDA O CASO

Trechos de uma entrevista concedida por Nelson Piquet ao canal do YouTube "Motorsports Talks" em novembro de 2021 ressurgiram nas redes sociais em julho do ano passado. Na conversa, o tricampeão mundial tece comentários racistas e homofóbicos em relação a Hamilton, a quem se referiu como "neguinho".

Os comentários de Piquet viralizaram na internet e foram respondidos com repúdio por todo o ecossistema da Fórmula 1. Pilotos, equipes, jornalistas e fãs condenaram a atitude do piloto brasileiro, defendendo Hamilton e afirmando que não havia mais espaço para esse tipo de comportamento no esporte.

Em seu perfil no Twitter, o heptacampeão foi breve em sua resposta. Ele afirmou, em português, que era necessário "mudar a mentalidade". "É mais do que linguagem. Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes minha vida toda. Houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação", disse o britânico.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) se posicionou, afirmando que "condena veementemente qualquer linguagem e comportamento racista ou discriminatório, que não tem lugar no esporte ou na sociedade em geral". A Fórmula 1 também saiu em defesa de Hamilton. "A linguagem discriminatória ou racista é inaceitável sob qualquer forma e não tem parte na sociedade. Lewis é um embaixador incrível do nosso esporte e merece respeito."

Em contrapartida, Piquet se desculpou por seus comentários justificando o uso do termo racista ao afirmar que o termo "neguinho" é usado como sinônimo de "rapaz" e "pessoa" no português brasileiro.

"Eu gostaria de esclarecer a história que tem circulado na mídia a respeito de um comentário que fiz em uma entrevista no ano passado. O que eu disse foi mal pensado, e não há defesa para isso. Mas gostaria de esclarecer que o termo usado é historicamente usado de forma coloquial no português brasileiro como um sinônimo de 'rapaz' ou 'pessoa', mas sem a intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra da qual tenho sido acusado em algumas traduções. Condeno toda e qualquer sugestão de que a palavra que usei tenha sido direcionada de forma depreciativa ao piloto por causa da cor de pele dele", disse o ex-piloto.

O procurador da República Paulo Roberto Galvão de Carvalho, do Ministério Público Federal (MPF) em Brasília, pediu nesta quinta-feira (3) à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito para investigar a conduta do ex-campeão mundial de fórmula Nelson Piquet, que sugeriu a morte do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O piloto participou das manifestações antidemocráticas conduzidas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que contestam o resultado das eleições deste ano.

Em vídeo que circula nas redes sociais, Piquet completa o lema bolsonarista "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", com a frase "Lula no cemitério" seguida por palavras de baixo calão. O MPF considerou que as falas do piloto tiveram a intenção de "incitar a prática de atos concretos de violência contra o governante eleito". O procurador Galvão de Carvalho determinou que a PF colha o depoimento de Piquet.

##RECOMENDA##

"As declarações proferidas por Nelson Piquet, em análise preliminar, aparentam não se limitar a meras expressões de opinião a respeito do governo eleito - situação em que seriam constitucionalmente asseguradas -, podendo constituir de forma concreta formas de incitação dirigida à população em geral, voltadas tanto à prática de violência contra o candidato eleito, assim como à animosidade entre as Forças Armadas e os poderes constituídos", escreveu o procurador.

No despacho, Galvão de Carvalho ainda considera que as falas de Piquet poderiam incitar a deposição do governo eleito. O piloto xingou Lula na gravação e disse que os manifestantes iriam tirar o presidente disso (Presidência). O procurador cita que parte dos manifestantes defende a intervenção das Forças Armadas para impedir a diplomação e a posse do petista.

Aos 39 anos, Daniel Alves se recusa a pensar em aposentadoria. Dispensado pelo Barcelona e ainda sem clube, o lateral brasileiro acha injusta a forma como vem sendo tratado no final da carreira e acredita que ainda tem muito o que contribuir com o futebol. Em entrevista ao inglês The Guardian, o jogador falou sobre isso, mas também sobre racismo e as especulações a respeito do seu futuro.

Dani Alves foi protagonista de uma discussão sobre racismo nos gramados em 2014, quando um torcedor do Villarreal jogou uma banana em sua direção. O baiano fingiu ignorar a representatividade racista da fruta no contexto e simplesmente a comeu. De lá para cá, o lateral diz ter notado um aumento nos crimes racistas, inclusive, nos esportes.  

##RECOMENDA##

O mais recente caso, que envolveu Lewis Hamilton e o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet, não passou batido pelo ex-jogador do Barcelona.

“Não vou me aprofundar muito nisso porque empurrar [um] bêbado morro abaixo é fácil. Não é apenas por causa da declaração [de Piquet]. É por tudo que está acontecendo. O que aconteceu é o extremo. Se o maior vencedor da Fórmula 1 é atacado, desprezado, excluído, imagine quem está lá embaixo na sociedade?”, questionou.

Nas redes sociais, Dani Alves prestou apoio a Lewis Hamilton depois que ele se manifestou contra Piquet.

“Foi uma mensagem para ele seguir em frente com seu objetivo, que é muito grande”, diz Alves. “Ele é um cara que pode transformar vidas e precisa continuar lutando. Temos uma missão e ninguém vai nos abalar”, disse Alves.

Despedida do Barcelona

Daniel Alves começou dizendo que não saiu triste do time espanhol – para onde voltou após uma passagem turbulenta pelo São Paulo – mas deixou claro que a forma como foi tratada sua demissão do Barcelona o deixou incomodado.

“Desde que cheguei, deixei bem claro que não era mais um cara de 20 anos e que queria que as coisas fossem feitas de frente, sem esconder as coisas. Mas este clube pecou nos últimos anos. O Barcelona não se importa com as pessoas que fizeram história para o clube. Como culê [torcedor do Barcelona], gostaria que o Barcelona fizesse as coisas de forma diferente. A mentalidade é totalmente oposta ao que construímos há alguns anos. Tudo o que acontece no campo é reflexo do que acontece fora”, afirmou.

Futuro

Além de estar na frente por uma vaga entre os 26 de Tite para a Copa do Mundo, Daniel Alves ainda sonha em vencer jogando futebol. Recordistas de títulos, o lateral ainda acha que tem muita lenha para queimar.

“Gosto de desafios e me adapto a qualquer situação”, diz Alves. “Hoje estou desempregado, mas surgiram coisas interessantes. Estou fazendo meu estudo sobre lugares para ir que têm um bom nível de competitividade. Eu gosto de vencer. Eu quero ir a algum lugar onde eu possa vencer”, falou Dani, antes de informar que só volta ao Brasil se for para o Atlético Paranaense, de Luiz Felipe Scolari.

Segundo o The Guardian, o Real Valladolid, cujo acionista majoritário é o ex-jogador Ronaldo, também tem interesse em contar com o futebol do lateral direito baiano.

“Sei que todo mundo está falando da minha idade, que sou velho, que há 20 anos todos me queriam e hoje não. Mas discordo completamente porque hoje tenho uma experiência que não tinha há 20 anos. Quando há um grande jogo, os jovens de 20 anos ficam nervosos e preocupados, mas eu não”, finalizou.

Shakira sonegou mais de 14,5 milhões de euros, cerca de 97 milhões de reais, ao longo de três anos em que viveu na Catalunha, na Espanha. A informação foi confirmada pela Agência Tributária da Espanha à agência Efe.

A publicação revelou que a receita espanhola enviou um novo relatório à justiça do país ratificando que a cantora fraudou o valor em impostos entre os anos de 2012 e 2014 ao fingir que não residia na Espanha e esconder sua renda através de uma rede de empresas.

##RECOMENDA##

A colombiana tentou alegar que por causa de sua agenda de shows e apresentações de TV provariam que ela ficou menos de 184 dias no país, mínimo para ser considerada residente. Técnicos alegam, no entanto, que não aceitariam os argumentos e comprovaram que ela precisaria ter quitado os impostos.

Por enquanto, Shakira ainda não se pronunciou publicamente a respeito do assunto.

Shakira passou a ser investigada pela Receita em 2018, quando um promotor público registrou uma acusação contra ela. Na época, a cantora divulgou nota negando irregularidades e afirmando que sua atividade profissional é intensa fora da Espanha e que sua rende vem de outros países, mas chegou a pagar 80 milhões de reais à Receita na época. Em 2019, ela foi intimida pela justiça para prestar esclarecimentos sobre o caso.

O ex-piloto Fórmula 1 Nelson Piquet destacou nesta quinta-feira (22) a transparência como característica principal do "amigo" Joaquim Barbosa, que assume hoje a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). "Ele é bem transparente, fala o que acha e isso não vai mudar", disse, ao chegar para a cerimônia de posse. Piquet afirmou que Barbosa está dando "exemplo" na condução do processo do mensalão, do qual é relator. Ele disse que conhece o ministro do STF desde adolescência, na própria capital.

Um primo de Barbosa, João César Teixeira de Mello, disse sentir "orgulho" do parente e enfatizou que a assunção dele ao posto máximo do Judiciário ocorre por "mérito pessoal" do ministro. João César lembrou de um episódio em que Barbosa ficou afastado da escola por dois meses por problemas de saúde e, mesmo assim, retornou aos estudos como um dos melhores alunos da classe. "Ele ficou dois meses fora e tirou nota maior do que quase todos os colegas", afirmou.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando