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A ida do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao velório da rainha Elizabeth II em Londres, Inglaterra, está repercutindo não só no Brasil, como em veículos de comunicação do mundo todo, como o jornal britânico The Guardian, que acusa o mandatário de usar o momento para fazer palanque político. 

Bolsonaro falou da varanda da embaixada brasileira com os seus apoiadores que estavam no local. O jornal destacou que, mesmo o presidente tendo afirmado que seu principal objetivo para estar em Londres era homenagear a rainha, ele aproveitou para fazer um discurso político. 

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“Somos um país que não quer discutir a legalização das drogas, que não quer discutir a legalização do aborto e um país que não aceita a ideologia de gênero”, continuou Bolsonaro. “Nosso slogan é: Deus, pátria, família e liberdade”, disse.

Para o The Guardian, esse discurso do chefe do Executivo brasileiro encantou os apoiadores mais "hardcore" que foram ouvi-lo no centro de Londres, mas que isso provocou raiva no Reino Unido e no Brasil. O jornal britânico destacou ainda que especialistas condenaram a forma como Bolsonaro está usando o funeral de Elizabeth II.

O The Guardian também aponta o ataque do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que respondeu a uma publicação do jornal no Twitter. “Triste que você tenha esquecido que o presidente Bolsonaro abriu seu discurso para o incrível público que o esperava – é isso que deveria ter dado notícia em qualquer jornal sério – falando justamente sobre a morte da rainha Elizabeth II”, disse o filho de Bolsonaro. “Vocês se enterram sozinhos, sem credibilidade", emendou Eduardo.

Aos 39 anos, Daniel Alves se recusa a pensar em aposentadoria. Dispensado pelo Barcelona e ainda sem clube, o lateral brasileiro acha injusta a forma como vem sendo tratado no final da carreira e acredita que ainda tem muito o que contribuir com o futebol. Em entrevista ao inglês The Guardian, o jogador falou sobre isso, mas também sobre racismo e as especulações a respeito do seu futuro.

Dani Alves foi protagonista de uma discussão sobre racismo nos gramados em 2014, quando um torcedor do Villarreal jogou uma banana em sua direção. O baiano fingiu ignorar a representatividade racista da fruta no contexto e simplesmente a comeu. De lá para cá, o lateral diz ter notado um aumento nos crimes racistas, inclusive, nos esportes.  

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O mais recente caso, que envolveu Lewis Hamilton e o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet, não passou batido pelo ex-jogador do Barcelona.

“Não vou me aprofundar muito nisso porque empurrar [um] bêbado morro abaixo é fácil. Não é apenas por causa da declaração [de Piquet]. É por tudo que está acontecendo. O que aconteceu é o extremo. Se o maior vencedor da Fórmula 1 é atacado, desprezado, excluído, imagine quem está lá embaixo na sociedade?”, questionou.

Nas redes sociais, Dani Alves prestou apoio a Lewis Hamilton depois que ele se manifestou contra Piquet.

“Foi uma mensagem para ele seguir em frente com seu objetivo, que é muito grande”, diz Alves. “Ele é um cara que pode transformar vidas e precisa continuar lutando. Temos uma missão e ninguém vai nos abalar”, disse Alves.

Despedida do Barcelona

Daniel Alves começou dizendo que não saiu triste do time espanhol – para onde voltou após uma passagem turbulenta pelo São Paulo – mas deixou claro que a forma como foi tratada sua demissão do Barcelona o deixou incomodado.

“Desde que cheguei, deixei bem claro que não era mais um cara de 20 anos e que queria que as coisas fossem feitas de frente, sem esconder as coisas. Mas este clube pecou nos últimos anos. O Barcelona não se importa com as pessoas que fizeram história para o clube. Como culê [torcedor do Barcelona], gostaria que o Barcelona fizesse as coisas de forma diferente. A mentalidade é totalmente oposta ao que construímos há alguns anos. Tudo o que acontece no campo é reflexo do que acontece fora”, afirmou.

Futuro

Além de estar na frente por uma vaga entre os 26 de Tite para a Copa do Mundo, Daniel Alves ainda sonha em vencer jogando futebol. Recordistas de títulos, o lateral ainda acha que tem muita lenha para queimar.

“Gosto de desafios e me adapto a qualquer situação”, diz Alves. “Hoje estou desempregado, mas surgiram coisas interessantes. Estou fazendo meu estudo sobre lugares para ir que têm um bom nível de competitividade. Eu gosto de vencer. Eu quero ir a algum lugar onde eu possa vencer”, falou Dani, antes de informar que só volta ao Brasil se for para o Atlético Paranaense, de Luiz Felipe Scolari.

Segundo o The Guardian, o Real Valladolid, cujo acionista majoritário é o ex-jogador Ronaldo, também tem interesse em contar com o futebol do lateral direito baiano.

“Sei que todo mundo está falando da minha idade, que sou velho, que há 20 anos todos me queriam e hoje não. Mas discordo completamente porque hoje tenho uma experiência que não tinha há 20 anos. Quando há um grande jogo, os jovens de 20 anos ficam nervosos e preocupados, mas eu não”, finalizou.

O passeio de moto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã do domingo (23), no Rio de Janeiro, repercutiu negativamente na mídia internacional. Poucas horas após a aglomeração causada pelo presidente, que estava acompanhado do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o jornal britânico The Guardian publicou nota sobre o ato, o chamando de “obsceno” e afirmando desrespeito às mais de 450 mil mortes por Covid-19 no Brasil.

O trajeto foi de cerca de 60 quilômetros, entre a Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, e o Aterro do Flamengo, na Zona Sul. Bolsonaro e a multidão de motociclistas, vindos do país inteiro, se cumprimentaram fisicamente e não usaram máscaras.

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“O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, liderou uma coluna barulhenta de entusiastas de motocicletas pelas ruas do Rio em uma tentativa de reenergizar seu movimento de extrema direita em declínio, enquanto a ira pública cresce sobre sua forma de lidar com o surto de Covid no país”, escreveu o veículo europeu.

Na publicação do The Guardian, também se chama atenção para um pequeno grupo de opositores, representantes da comunidade LGBTQ+, que passaram no local repudiando a ação.

“A multidão parecia uma tentativa de retomar a iniciativa política depois de algumas semanas sombrias para o populista de direita. A posição política de Bolsonaro foi duramente atingida desde que seu principal rival, o ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, voltou à cena política em março com a restauração de seus direitos políticos”, continuou o jornal.

O catariano Aljazeera também voltou a mencionar o presidente brasileiro, em virtude da nova aglomeração promovida pelo chefe do Executivo, apesar do índice de letalidade do coronavírus no país. “Mais de 448.000 pessoas morreram devido ao coronavírus, o segundo maior número de mortes no mundo depois dos Estados Unidos, mas Bolsonaro continua rejeitando a necessidade de medidas de saúde pública para combater o vírus”, relatou a reportagem.

E continua: "O líder de extrema direita permanece desafiador em face da pressão contínua sobre a forma como seu governo está lidando com a pandemia Covid-19. O presidente foi amplamente criticado por evitar medidas relacionadas ao coronavírus, como bloqueios, que especialistas em saúde pública dizem que podem ajudar a conter a disseminação do vírus no Brasil, que foi duramente atingido pela pandemia”.

O argentino Clarín também repercutiu as cenas de Jair Bolsonaro aglomerando pelas ruas da capital fluminense, e ponderou que, "apesar do coronavírus", o presidente "liderou" uma marcha com motociclistas do Brasil inteiro sem respeitar medidas restritivas ou protocolos de proteção.

Chamando de "presidente de extrema direita", o Clarín destacou ainda as falas do presidente brasileiro contra os governadores e prefeitos, e disse que desde abril Bolsonaro "busca mobilizar sua base de fãs mais extremistas em um momento em que sua popularidade está no ponto mais baixo desde que chegou ao poder em 2019". A recente popularidade de Lula nas pesquisas de intenção de voto para 2022 também foi mencionada.

Considerada a operação mais letal da história do Rio de Janeiro, a ação policial na favela do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense, nessa quinta-feira (6), deixou 25 mortos e mais uma mancha no histórico de despreparo da segurança pública carioca. O caso, que segue enfrentando grande repercussão e críticas, chegou com força à mídia internacional, que não poupou palavras ao descrever e relembrar episódios de violência policial no Brasil.

No novo triste episódio, segundo a Polícia Civil, 24 suspeitos de integrar o crime organizado foram mortos durante o conflito com traficantes. As identidades ou circunstâncias das mortes ainda não foram reveladas, embora a corporação fale em baixas conflituais, o que entra em conflito com os relatos da população, que menciona execução e abuso policial.

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Também perdeu a vida durante o confronto o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Outros dois agentes foram baleados e dois passageiros do metrô ficaram feridos após serem atingidos dentro de uma composição.

Repercussão internacional

O massacre na favela carioca teve repercussão imediata no exterior. Na mídia britânica, as manchetes que mais repercutiram foram do The Guardian e The Independent. Na Argentina, o La Nación também noticiou o ocorrido. Veículos franceses como o Le Monde Diplomatique ou catarianos, como o Al Jazeera, integraram a cobertura internacional sobre o caso. Em todas as publicações, classificações como “carnificina”, “violência policial”, “banho de sangue” dão o tom necropolítico que descreve a ação policial no Rio de Janeiro.

A publicação francesa se baseia em texto da agência de notícias AFP e fala em "banho de sangue", trecho em destaque na reportagem. O Le Monde cita depoimentos de moradores da região sobre corpos em poças de sangue no chão e outros sendo levados para veículos blindados das forças de segurança, assim como depoimentos que falam em execução.

“Moradores relataram ter visto cadáveres caídos na calçada em poças de sangue e vários corpos retirados de um veículo blindado da polícia, disse uma autoridade da comunidade local, pedindo por razões de segurança que seu nome não fosse publicado”, diz o texto.

O The Guardian foi o primeiro veículo internacional a noticiar o massacre. Com tom altamente crítico, o britânico menciona “comemorações” da Polícia Civil e chama de “carnificina” o ocorrido, citando falas polêmicas de figuras brasileiras sobre a operação.

“Policiais e suas animadoras de torcida nos tabloides cariocas celebraram a missão como um ataque essencial às gangues de traficantes que há décadas usam as favelas como suas bases. “Seria ótimo se a polícia pudesse lançar duas operações como essa todos os dias para libertar o Rio de Janeiro dos traficantes, ou pelo menos reduzir seu poder”, disse o apresentador do Balanço Geral, um popular programa policial de televisão, aos telespectadores saudando o que ele chamado de ataque ‘cirúrgico’”, escreveu o jornal.

Na rede de notícias Al Jazeera, do Catar, a reportagem traz o termo “carnificina” no título (foto de capa). "A mídia brasileira aplaudiu amplamente a operação, dizendo que foi uma repressão justificada ao tráfico de drogas e outros crimes violentos na comunidade."

Após diversas publicações sobre o assunto, o espanhol La Nación dedicou um dos textos para falar dos relatos de abuso policial durante a operação. Na foto, se destaca o registro da fotógrafa Silvia Izquierdo, da AP, que mostra uma jovem do Jacarezinho gritando em direção aos policiais durante o conflito.

“Ecos de um tiroteio sangrento de várias horas em uma favela do Rio de Janeiro duraram até sexta-feira: as autoridades disseram que a operação policial matou com sucesso duas dúzias de criminosos, e moradores e ativistas denunciaram abusos dos direitos humanos. Pouco depois do amanhecer de quinta-feira, dezenas de policiais civis do estado invadiram o Jacarezinho. Eles procuravam traficantes de drogas de uma das organizações criminosas mais conhecidas do país, o Comando Vermelho, e os corpos se amontoaram rapidamente”, relatou o veículo.

Em sua segunda temporada de volta ao Brasil, desde que assumiu a camisa 10 do São Paulo, um sonho em sua carreira, Daniel Alves revelou, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, o seu descontentamento com a situação de desigualdade social no Brasil e com a queda de qualidade do futebol brasileiro, depois de 17 anos fora do País, dois temas que são caros ao jogador que acumula o maior número de títulos da história do futebol.

"O Brasil é um cemitério de treinadores e jogadores. Nosso sistema é baseado em manter as coisas sempre iguais. Quando você tenta algo diferente, as pessoas ficam contra você porque, se funcionar, mudará todo a lógica do sistema", desabafou o atleta de 37 anos em tom crítico ao status quo do futebol nacional.

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A resposta foi em relação ao trabalho do técnico Fernando Diniz à frente do São Paulo na última temporada. Após diversas rodadas como líder do Campeonato Brasileiro, com um estilo de jogo muito particular e tendo Daniel Alves como capitão, a equipe da capital paulista sucumbiu aos adversários e caiu muito de rendimento, perdendo a oportunidade de voltar a vencer um título desde 2012.

"Diniz está à frente da maioria dos treinadores. Você pode dizer que ele não ganhou o título, mas não estou falando sobre isso. Eu estou falando sobre futebol. Para ser sincero, ele não é treinador do nosso país", disse o jogador à publicação britânica.

Agora com a gestão do time comandada pelo argentino Hernán Crespo, Daniel Alves voltou à lateral direita, posição que o consagrou no Barcelona e na seleção brasileira. Sobre ser meia ou lateral, ele disse que só tem como obsessão ter o melhor desempenho. "Eu posso jogar em qualquer posição. Eu atuei no Paris Saint-Germain como meia. Quando eu estava lá, Tuchel (então técnico da equipe francesa) me falou que o lado direito do campo era muito pequeno para mim porque todos os bons jogadores precisam ter a bola o tempo todo", afirmou.

Como lateral no São Paulo, Daniel Alves diz que as críticas sempre aparecem no Brasil, em comparação à época do seu auge, mas que basta olhar as estatísticas para saber que está tendo uma boa performance.

"No Brasil preciso ser lateral-direito porque fui o melhor do mundo na posição. Mas quando volto para a lateral é capaz de dizerem que estou velho. Mas basta olhar para as estatísticas. Estou me saindo bem. Quem trabalha comigo sabe o que posso fazer. Não sou uma criança que está começando agora. Minha mente diz apenas uma coisa: desempenho. Eu preciso jogar bem. Essa é minha obsessão", comentou.

Em seguida, o jogador emendou a chance de voltar à seleção brasileira, algo que não aconteceu nas escalações do técnico Tite nas primeiras rodadas das Eliminatórias. "A Copa do Mundo é um sonho do qual não vou desistir. Vou lutar para me manter num nível elevado e para ter esta última experiência com a minha seleção nacional. Este é o meu desafio. Não adianta apenas sonhar. Eu vou competir. Agora é hora de trabalhar e construir. O que me motiva é a competição e os meus sonhos. Enquanto eu estiver vivo, lutarei pelos meus sonhos", concluiu.

A ex-presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, atribuiu a responsabilidade pelos altos números de mortes por Covid-19 no país ao governo Bolsonaro. Em entrevista a um jornal britânico, publicada neste sábado (10), ela disse que a nação está “sem governo” e "à deriva em um oceano de fome e doenças".

Dilma falou sobre a situação atual do Brasil em entrevista ao jornal The Guardian. A ex-presidenta afirmou que o país enfrenta um de seus piores momentos na história. “Estamos vivendo uma situação extremamente dramática no Brasil porque não temos governo nem administração da crise”. 

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Ela também mencionou os altos índices de mortes pela Covid-19 no país e atribuiu eles a "decisões políticas incorretas”, como a sabotagem à vacinação e a recusa do presidente em instaurar um lockdown. Dilma falou, ainda, que tais mortes estão sendo naturalizadas e que a condução da crise tem configurações genocidas."Não é a palavra (genocídio) que me interessa, é o conceito. E o conceito é este: responsabilidade por mortes que poderiam ter sido evitadas”.

No entanto, Rousseff citou outras pessoas, além do presidente Bolsonaro, como sendo responsáveis pelos problemas atuais do país - como elites econômicas, políticos e chefes militares -, e foi categórica ao dizer que todos devem ser responsabilizados. “As pessoas terão que ser responsabilizadas pela catástrofe que foi engendrada no Brasil. O Bolsonaro é um produto deste… pecado original: o impeachment”, disse mencionando o processo que a tirou da presidência em 2016.

O jornal britânico The Guardian publicou um editorial, nessa segunda-feira (5), em que avaliou o extremismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como uma ameaça ao mundo. Além de fragilizar a democracia em rompantes autoritários, negligenciar a preservação da Amazônia e pelo 'tratamento desastroso' da pandemia, a publicação sugere que seu impeachment será ‘bem-vindo para o planeta’.

O mundo teme o Brasil e já o trata como "persona non grata" pela falta de comando federal no enfrentamento adequado à Covid-19, que se agrava pela variante mais contagiosa, a P1. Enquanto a vacinação corre mundo a fora, Bolsonaro ainda se prende em contrapor todas as medidas preconizadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e estimula um falso tratamento com, pelo menos, três substâncias sem eficácia comprovada contra o vírus.

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"O pesadelo se revelou ainda pior na realidade", considera no texto "Jair Bolsonaro: um perigo para o Brasil e para o mundo". O jornal lembra dos elogios do então deputado federal à tortura e ao regime de exceção no país, e os ataques contra mulheres, gays, quilombolas e minorias antes de assumir a chefia do Planalto.

A crise administrativa exposta pelo pacotão de troca de seis ministérios em um único dia e a demissão dos três comandantes das Forças Armadas foi mais um flerte com a intransigência. "O gatilho imediato para as demissões foi o retorno bombástico do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, no mês passado, depois que um juiz anulou suas condenações criminais - abrindo a porta para ele concorrer novamente no ano que vem", sugere a publicação.

"É possível que, inspirado por Donald Trump, o Sr. Bolsonaro pense em se agarrar ao poder pelo uso da força? Não. É provável", alerta o The Guardian, que também adverte pelos reflexos da movimentação. "Embora a saída dos chefes das forças armadas possa sugerir resistência a um plano de golpe, também permite ao presidente instalar aqueles que ele julga mais obedientes; os oficiais mais jovens sempre foram mais entusiasmados com Bolsonaro".

O veículo britânico ainda ressalta a instabilidade do jogo político brasileiro, que apoiou Bolsonaro quando necessário, mas já se distância do gestor por sua falta de governabilidade. "A possibilidade do retorno de Lula é suficiente para concentrar mentes da direita em encontrar um candidato alternativo, menos extremista do que Bolsonaro. Pode ser irritante ver aqueles que ajudaram sua ascensão se posicionarem como os guardiões da democracia, ao invés de seus próprios interesses. Mas sua saída seria bem-vinda, pelo bem do Brasil e do planeta", complementa.

Juninho Pernambucano, em entrevista ao jornal inglês The Guardian, teceu críticas ao governo Bolsonaro, a Neymar e disse que não fala com cerca de 80% a 90% de sua família por divergências políticas. "Bolsonaro é um filho do WhatsApp e fake news", disse.

O ex-atleta criticou as medidas de combate ao novo coronavírus tomadas pelo governo federal. "Eu sinto uma profunda tristeza. Desespero. Estamos fazendo tudo errado, indo contra tudo que o resto do mundo está fazendo. sou brasileiro, eu sei que somos um país pobre e nosso povo precisa trabalhar, mas isso é uma questão de vida. Se tivéssemos um lockdown, poderíamos estar perto do fim disso, mas não, é desesperador ver nosso país agora", afirmou.

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Atual dirigente do Lyon e residindo na França, Juninho  declarou que não está mais em contato com 80% a 90% de sua família por causa de desentendimentos sobre a política de Bolsonaro. "As pessoas que apoiavam Bolsonaro eram maioria e foi minha decisão me afastar delas. Eu sei que alguns estão se arrependendo de suas decisões agora. Eles acreditavam que Bolsonaro era a única opção."

"Bolsonaro é o resultado de um juiz orgulhoso como Moro no caso de Lula, uma cultura de ódio contra o Partido dos Trabalhadores e notícias falsas", completou.

Juninho disse que o Twitter, Facebook e WhatsApp decidiram a eleição no Brasil. O ex-jogador relatou que denuncia fake news constantemente. "Observe quantos canais de extrema-direita existem no YouTube. Eles ganham muito dinheiro para espalhar fake news, mas eles são autorizados pelo YouTube. Eu denuncio quase todo dia, mas eu raramente recebo uma resposta."

Na entrevista, Juninho também falou sobre a violência contra jovens negros na periferia no país. "Há milhares de George Floyds no Brasil e milhares de outros que têm sofrido em silêncio e nós não sabemos". A frase foi uma referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), que disse não haver casos no Brasil como o de George Floyd, homem negro que morreu em abordagem policial nos Estados Unidos. "É desumano dizer que nós não temos George Floyds no Brasil. Os tiroteios acontecem todo dia. Gays são perseguidos também e essa é uma das coisas que mais fazem eu me irritar com apoiadores de Bolsonaro. No entanto, ninguém pode vencer o tempo. Algum dia todos descobrirão quem você realmente é."

O ex-atleta criticou Neymar e fez um paralelo entre o jogador e a sociedade brasileira, que seria gananciosa. "Ele foi para o PSG apenas por causa de dinheiro. O PSG deu tudo a ele, tudo que ele queria, e agora ele quer sair antes do fim do contrato. Mas agora é hora de devolver, de demonstrar gratidão. É uma troca. Neymar precisa dar tudo que ele pode no campo, mostrar dedicação total, responsabilidade e liderança. O problema é que o establishment no Brasil tem a cultura de ganância e sempre quer mais dinheiro. Isso é o que nos foi ensinado e o que nós aprendemos."

Ele continuou: "Eu preciso diferenciar entre Neymar como um jogador e Neymar como pessoa. Como jogador, ele está no top 3 do mundo, no mesmo nível de Cristiano Ronaldo e Leo Messi. Ele é rápido, forte, pode fazer gol e assistência como um verdadeiro número 10. Mas como pessoa, eu penso que ele é culpado porque precisa se questionar e crescer. No momento, porém, ele está fazendo o que a vida ensinou ele a fazer."

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi destaque nos principais jornais dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, Alemanha, Espanha, Argentina, do Uruguai, da Bolívia e Venezuela. Todos colocaram na capa imagens do ex-presidente, citaram sua biografia e as repercussões políticas em torno do episódio.  

Nos Estados Unidos, o Washington Post lembrou que o homem chamado pelo ex-presidente norte-americano Barak Obama de “o político mais popular do mundo” converteu-se no “prisioneiro mais famoso da região”. O New York Times, em sua versão em espanhol, colocou na manchete a "virada" na carreira de um operário metalúrgico, que enfrentou a ditadura e chegou à Presidência da República.

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O britânico The Guardian também noticiou que Lula se entregou, depois de desafiar o pedido de prisão do juiz Sérgio Moro e de afirmar inocência. Segundo o jornal britânico, a prisão dele representa o fim de “uma era da esquerda no Brasil” . Na França, o Le Monde ressalta que Lula demorou para se entregar à Polícia Federal e conta a trajetória política dele afetada por questões na Justiça.

O EL Pais, da Espanha, na versão para a América Latina, fez um editorial em que defendeu a necessidade de o Brasil promover eleições presidenciais em clima de estabilidade. O alemão Deutsche Welle ressalta a prisão de Lula e a tentativa de impedi-lo de deixar o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).

Transmissão ao Vivo

Na Argentina, as emissoras de televisão  transmitiram ao vivo o dia ontem (7), em São Bernardo do Campo (SP), desde a missa de que o ex-presidente participou até o momento em que ele foi transportado para Curitiba (PR). Comentaristas e analistas políticos observavam os efeitos da prisão de Lula nas eleições presidenciais de outubro.

O jornal El Clarín, da Argentina, chamou na capa o dia ontem de "show político". O La Nacionaltambém pôs na manchete o “fim da resistência de Lula” , enquanto o jornal Página 12 destacou a manifestação que deixou pelo menos oito feridos em Curitiba.

No Uruguai, o El País colocou na manchete: “Brasil estremecido” e Lula numa "cela de quinze metros” . Os presidente da Bolívia, Evo Morales, e da Venezuela, Nicolás Maduro, segundo a imprensa,  manifestaram apoio a Lula.

Uma ilustração do Cristo Redentor empunhando uma arma e segurando um saco de dinheiro causou incômodo na Arquidiocese do Rio. Publicada no jornal britânico The Guardian, a imagem remete a uma reportagem de três páginas publicada na quinta-feira, 1º, sobre a Operação Lava Jato.

O arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, classificou a ilustração como ofensiva e desrespeitosa. "O Cristo Redentor é símbolo de uma nação e também símbolo de uma fé. Ao representar o Redentor desta forma, o The Guardian ofende o povo brasileiro, porque isso é uma ofensa para o povo", declarou o arcebispo, em entrevista ao telejornal RJTV, da TV Globo.

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"É um vilipêndio para os cristãos porque Cristo ensinou exatamente o contrário, ensinou que a gente devia amar o próximo, fazer bem ao outro e ser despojado. Quem não sabe respeitar o povo brasileiro, nem tampouco os cristãos, é lamentável. Nós lamentamos muito isso e pedimos que seja respeitada a imagem de Cristo", ponderou Dom Orani.

A reportagem contextualiza os três anos da Lava Jato, trata do impeachment de Dilma Rousseff (PT), da crise política em Brasília, do futuro da operação da Polícia Federal e sobre os riscos na "frágil democracia" brasileira.

Jornais estrangeiros dedicaram nesta sexta-feira (13) espaço em seus editoriais para falar da situação política no Brasil, um dia após Michel Temer assumir interinamente a Presidência da República. O americano The New York Times afirma que a presidente afastada Dilma Rousseff paga um preço "desproporcionalmente alto" por erros administrativos que cometeu, enquanto vários de seus maiores detratores são acusados de crimes mais flagrantes.

Os britânicos Financial Times e The Guardian trouxeram visões diferentes sobre o processo de impeachment. O FT qualificou o afastamento como "longe de ser perfeito", mas destacou que, se Michel Temer conseguir colocar a economia de volta aos trilhos e continuar com a luta contra a corrupção, "deixará um legado considerável".

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Já o Guardian publicou duro editorial, criticando o processo e avaliando que o sistema político é que deveria ser julgado, e não a presidente da República.

O editorial do FT diz que Temer enfrenta uma "tarefa assustadora" na Presidência da República com uma crise tripla: econômica, ética e política. No topo das prioridades, o FT diz que está a situação da economia. A nomeação de Henrique Meirelles para o Ministério da Fazenda e o rumor de que Ilan Goldfajn pode ir para o Banco Central são "encorajadores", diz o jornal, que avalia a equipe econômica como "digna de confiança". Sobre a crise ética, o FT lembra que a Operação Lava Jato pesa sobre boa parte do Congresso e até sobre o próprio Temer. Por isso, o editorial defende que o presidente em exercício "deve permitir que as investigações continuem seu curso".

Ao reconhecer a controvérsia sobre a argumentação jurídica que baseia o processo de impeachment, o FT afirma que o resultado do desdobramento da crise política visto "está longe de ser perfeito".

Já o editorial do Guardian defende que o Brasil deveria ter profunda reforma para tornar a política mais funcional e honesta, mas lamenta que a equipe apresentada na quinta-feira mostra que é "muito duvidoso" que o governo Temer dará esse salto.

O Guardian diz que o sistema político brasileiro é tão disfuncional que a corrupção é "praticamente inevitável" para a governabilidade. "Dilma herdou esse legado infeliz e começou a perder o controle em um período de declínio econômico e quando a corrupção, graças à polícia e a promotores independentes, começava a se tornar um escândalo de proporções crescentes". O texto também cita que houve preconceito machista e ressentimento da direita que nunca aceitou a ascensão de Luiz Inácio Lula da Silva e do PT.

"O elemento tóxico final na crise foi a percepção de muitos políticos que os procuradores poderiam descobrir mais coisas sobre eles e uma maneira de evitar ou reduzir essa possibilidade poderia ser distrair a atenção e tomar o controle político com o processo de impeachment da chefe de Estado", cita o editorial. O Guardian diz que "a ironia é que muitos dos acusadores são acusados e por pecados piores". O texto cita Eduardo Cunha e lembra que Dilma não é acusada, nem investigada por corrupção. Diante desse quadro, o Guardian defende que "o que deveria estar em julgamento acima de tudo é o modelo político brasileiro que falhou".

Com o título Fazendo a crise política piorar, o editorial do New York Times, maior jornal dos EUA defende que os brasileiros deveriam ter o direito de eleger um novo presidente. O jornal avalia que Dilma pode ter sido uma governante "ruim", mas foi eleita duas vezes nas urnas e não há evidência de que ela usou seu cargo para enriquecimento pessoal, enquanto outros políticos que a acusam estão envolvidos em escândalos de corrupção. O NYT ressalta que Temer foi condenado pela Justiça eleitoral e está inelegível por oito anos e o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que aceitou o pedido de impeachment de Dilma, foi afastado por denúncias de corrupção.

O jornal diz que o governo pode representar uma guinada para a direita, como em outros países da América Latina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O jornal britânico 'The Guardian' publicou editorial na noite de segunda-feira, 18, em que alerta que o processo de impeachment em curso no Brasil pode resultar no fim do atual esforço contra a corrupção. "Muitos temem que a campanha anticorrupção vai desaparecer depois da concentração de fogo final contra Lula", cita o editorial. Para o jornal, a situação pode piorar porque "longe de ajudar a resolver a polarização política e social do Brasil, o impeachment tem exacerbado o problema". O texto faz, ainda, uma dura crítica ao modo que o PT financiou campanhas eleitorais.

Além do possível revés no esforço contra a corrupção, o jornal destaca que eventual governo Michel Temer terá as mesmas dificuldades para superar a crise política e econômica. "O vice-presidente vai enfrentar os mesmos problemas que derrotaram Dilma Rousseff e suas chances de lidar efetivamente com esses problemas devem ser classificadas como baixas", diz o editorial, que cita que "é difícil imaginar um cenário mais sombrio para o Brasil".

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O Guardian chama atenção para o "paradoxo" que envolve a acusação contra Dilma Rousseff em País que investiga o grande caso de corrupção na Petrobras. "A presidente não foi implicada no escândalo da Petrobras. Os motivos para o seu impeachment são a manipulação de recursos estatais antes das últimas eleições - não muito mais que delito menor para os padrões brasileiros", cita o editorial. Por outro lado, "quase todos os envolvidos no impeachment são suspeitos de corrupção, incluindo Eduardo Cunha, o presidente da Câmara".

O editorial faz, ainda, dura crítica aos procedimentos que o PT usou para financiar as campanhas eleitorais. "O PT, uma vez o partido menos corrupto do país, escolheu resolver os problemas financeiros mergulhando em dinheiro desviado da Petrobras. Seus aliados da coligação e outros partidos se juntaram", cita.

O Guardian avalia, ainda, que uma série de problemas domésticos e externos levaram o Brasil a atual crise. O Guardian lista a mudança do cenário econômico global, a personalidade da presidente Dilma e a relação disfuncional do Executivo e Legislativo, entre outros motivos.

Relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) afirmou que o país vai poder, no futuro, identificar tendências à criminalidade ainda nas crianças em gestação. Em entrevista concedida ao jornal inglês The Guardian, ele disse que bebês deste tipo deverão ser abortados.

“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível determinar se um bebê, ainda no útero, tem tendências criminosas e se isso acontecer à mãe não terá permissão para dar à luz”, declarou o republicano. Ao periódico, o deputado defende também que a PEC 171 “é uma boa lei que vai eliminar o sentimento de impunidade em nosso país”.

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Na matéria, Laerte Bessa ainda diz acreditar que a maioridade penal no Brasil para crimes hediondos pode chegar a ser de 12 anos. “Em vinte anos, reduziremos para 14, depois para 12 anos”, projetou.

O texto sobre a redução da maioridade penal foi aprovado em primeiro turno na Câmara dos Deputados e a segunda votação deve acontecer em agosto. Para seguir em tramitação no Legislativo, a proposta que altera a Constituição Federal deve ser aprovada em dois turnos pelos deputados. A matéria é vista como inconstitucional por juristas e parlamentares.

Segundo o diário The Guardian, mais da metade dos 40 singles mais vendidos no Reino Unido no ano passado eram músicas com vocalistas convidados. A estratégia jogou holofotes em nomes até então profundamente desconhecidos na música pop, como Sam Smith (que gravou o hit La La La, dos Naughty Boys) e John Newman (que gravou Feel the Love, do Rudimental).

Bandas projetos ou artistas de ponta disseminaram essa estratégia principalmente a partir dos anos 1990, com maior ou menor eficácia nos resultados. Moby, por exemplo, sempre usou grandes cantoras em suas faixas (como Pilar Basso e Reggie Matthews), mas poucas alçaram o estrelato sozinhas. O Massive Attack também se valeu do mesmo sistema em seus primórdios, com convidados como Sarah Jay, Horace Andy, Shara Nelson e até Tracey Thorn, do Everything but the Girl.

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A banda inglesa Incognito foi a que usou com menos personalismo o feature. Liderada sempre pelo guitarrista e produtor Jean Paul Maunick, o Bluey, o grupo teve vocalistas como Vanessa Haynes, Nathalie Williams, Carleen Anderson e Tony Momrelle. "O que aconteceu nos anos 1980 é que as companhias de discos puseram mais ênfase na produção do que no artista. Houve um barroquismo, elementos demais, significado de menos", disse Bluey ao jornal O Estado de S,Paulo, há um ano, explicando que o feature foi fruto de um estratagema de rejeição de um modelo.

O trip hop passou a usar convidados especialmente porque derivava do acid jazz da década anterior - que já tinha vocalistas especiais extraordinárias, como o Jazzmatazz. A música eletrônica foi se sofisticando nessa direção, culminando em projetos como o neojazz do De-Phazz, que esteve recentemente no Brasil. O De-Phazz é principalmente a viagem do cérebro do DJ e produtor alemão Pit Baumgartner, um apaixonado por Ella Fitzgerald. Baumgartner funde jazz com música eletrônica com um time de membros "volantes", no qual pontifica a cantora Barbara Lahr.

A França adotou sem parcimônia o sistema. O grupo de neobossa Nouvelle Vague, liderado pelo produtor Marc Collin, escalou desde sempre um time de cantoras excepcional (como Karina Zeviani, Helena Noguerra, entre outras). Mas um time mal creditado, o que lhes valeu acusação de sexistas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Diversos sites de notícias de todo o mundo como BBC e The Guardian, divulgaram, recentemente, fotos postadas no Instagram que mostram atividades ilegais. O aplicativo estava sendo usado como vitrine online de anúncios de venda de entorpecentes.

Para evitar problemas com a lei, o app decidiu bloquear tags associadas à venda dessas substâncias. "O Instagram conta com um conjunto de regras claras sobre os conteúdos permitidos. A companhia incentiva os usuários que se deparam com conteúdos ilegais ou impróprios a informar o aplicativo usando a ferramenta built-in, localizada ao lado de cada foto, vídeo ou comentário, para que as medidas necessárias possam ser tomadas", explicou a assessoria de imprensa do Instagram. que ainda afirma que o comércio de produtos não é permitido, já que o aplicativo é dedicado apenas para o compartilhamento de fotos e vídeos", completou.

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O discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) recebe destaque na imprensa europeia. Veículos de comunicação do continente chamam atenção para a afirmação feita por Dilma de que a espionagem viola o direito internacional e a ação sofrida pelo Brasil teria objetivos econômicos. Para o britânico "The Guardian", o discurso de Dilma foi "furioso" e mostra que a relação entre Brasília e Washington pode ser, até agora, o maior problema gerado pelo vazamento de documentos por Edward Snowden.

A versão eletrônica do "The Guardian" na internet dá chamada na primeira página para o discurso de Dilma. Logo abaixo de uma foto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o título diz "Rousseff condena a vigilância da NSA". O Guardian foi o jornal que trouxe boa parte das denúncias de espionagem do governo norte-americano ao longo dos últimos meses.

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Para o jornal, a presidente brasileira fez "um duro ataque" contra a espionagem dos EUA e acusou o governo norte-americano de violar a lei internacional ao realizar a "coleta indiscriminada" de informações de cidadãos brasileiros. Além disso, a reportagem diz que o discurso sinalizou que a espionagem teria como alvo "setores estratégicos" da economia brasileira. O Guardian classificou o tom do discurso de Dilma como "furioso" e um "desafio direto a Obama que aguardava ao lado para discursar em seguida". Para o Guardian, a reação brasileira à espionagem é, até agora, a consequência mais séria desde o vazamento de informações de Snowden.

BBC

A página na internet da emissora de televisão britânica BBC também produziu uma reportagem sobre o discurso de Dilma. Com o título "Presidente Dilma Rousseff ataca os EUA por acusação de espionagem", o texto chama atenção que o discurso classificou como "insustentável" o argumento dado por Washington de que a espionagem feita no Brasil tinha objetivos de proteger contra a ação de terroristas.

A BBC destaca ainda a afirmação de Dilma de que a espionagem pode ter objetivos econômicos. A reportagem afirma que "a informação corporativa, muitas vezes de elevado valor e até mesmo estratégica, teria sido o centro das atividades de espionagem no Brasil". O texto lembra ainda que a presidente brasileira cancelou uma visita de Estado ao colega Obama planejada para as próximas semanas.

El País

O mais importante jornal espanhol, o "El País", traz como segunda principal matéria em sua página na internet "Rousseff denuncia as práticas de espionagem diante das Nações Unidas". O texto assinado por uma repórter do jornal nos Estados Unidos destaca a proposta brasileira de uma regulação para a internet para evitar atividades de vigilância que representariam "a violação da soberania e dos direitos humanos".

O sinal europeu da emissora norte-americana CNN transmitiu ao vivo mais de dez minutos do início do discurso de Dilma Rousseff. Foi exatamente nesse trecho que a presidente brasileira fez as críticas contra a espionagem. Demais emissoras europeias, como as britânicas BBC e a Sky News, estavam exibindo no mesmo momento discursos da convenção anual do Partido Trabalhista inglês. Outras emissoras de notícias, como a Euronews e o sinal da Al Jazeera para a Europa, exibiam reportagens e transmissões ao vivo sobre o ataque ao shopping center no Quênia.

Um porta-voz de Michael Douglas negou nesta segunda-feira (3) que o ator veterano de Hollywood tenha atribuído o câncer de garganta do qual sofre ao sexo oral, como teria dito em entrevista ao jornal britânico The Guardian. O porta-voz disse que o ator de 68 anos, astro, entre outros filmes, do thriller sensual Instinto Selvagem, com Sharon Stone, havia discutido o vínculo entre cânceres orais e sexo oral, entre outros fatores de risco, porém sem se referir a seu próprio caso específico.

"Michael não disse que a cunilíngua foi a causa de seu câncer", afirmou à AFP o porta-voz, Allen Burry, referindo-se à entrevista concedida pelo ator ao respeitado jornal. "Ele certamente falou de sexo oral no artigo e o sexo oral é uma causa suspeita de alguns cânceres orais, como os médicos do artigo pontuaram. Mas ele não disse que foi a causa específica de seu câncer", acrescentou.

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Na entrevista, Douglas, que interpreta o pianista homossexual Liberace em Behind The Candelabra, dirigido por Steven Soderbergh, afirmou que seu câncer foi causado pelo papilomavírus humano (HPV). "Sem ser muito específico, este câncer em particular é causado pelo HPV, que tem como origem a cunilíngua", reportou o jornal, citando Douglas. "Eu me preocupei que o estresse causado pela prisão do meu filho tivesse sido o gatilho. Mas sim, é uma doença sexualmente transmissível que causa câncer", acrescentou, referindo-se à prisão de seu filho Cameron por posse e tráfico de drogas.

Mas o porta-voz de Douglas disse que o ator estava falando em termos gerais e não pessoais. "Esta não é a causa de seu câncer", afirmou. "Esta é uma causa de cânceres orais? Sim, além do álcool, do tabagismo, do estresse, da poluição. Todas estas são causas de câncer oral", acrescentou o porta-voz. "Ele disse especificamente que esta foi a causa de seu câncer? Não", emendou.

Um porta-voz do Guardian News & Media afirmou que "até onde temos notícia, não recebemos reclamações sobre os artigos em questão de Michael Douglas ou seus representantes". "Certamente vamos investigar quaisquer queixas que recebermos sobre o nosso jornalismo", acrescentou. Burry disse não ter pedido uma correção do jornal britânico. "Não estou pedindo ao Guardian a fazer nada, acho que eles já fizeram o bastante", afirmou.

Duas vezes ganhador do Oscar, o ator revelou em 2010 que lutou contra um câncer, mas derrotou a doença graças a um extenuante tratamento de quimio e radioterapia. "Eu preciso fazer exames regulares - agora a cada seis meses -, mas há mais de dois anos está tudo bem", afirmou ao Guardian. "E com este tipo de câncer, em 95% das vezes ele não volta", emendou.

Estudos da Faculdade de Odontologia da Universidade de Malmo e do The New England Journal of Medicine sugerem uma correlação entre sexo oral e câncer de garganta. A infecção por HPV também é a causa de 99% dos casos de câncer de colo do útero, segundo estudos com base em dados do Serviço de Saúde Britânico (NHS).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que em menos de quatro anos o Brasil será a quinta maior economia do mundo, em termos de Produto Interno Bruto (PIB), superando a França. "O FMI prevê que o Brasil será a quinta economia em 2015, mas acredito que isso ocorrerá antes", disse.

Mantega ressaltou que a velocidade de crescimento do Brasil é o dobro da registrada pelos países europeus. "Portanto, é inexorável que nós passemos a França e no futuro, quem sabe, a Alemanha, se ela não tiver um desempenho melhor", disse. O ministro reafirmou que de 2003 a 2010, o crescimento do País ficou ao redor de 4,5% e que, em 2012, esse patamar será retomado, pois estima que o PIB deve avançar de 4% a 5%.

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Ontem, o jornal britânico The Guardian, citando um estudo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês), indicou que o País já é a sexta economia global, à frente do Reino Unido.

O ministro ressaltou que o Brasil está no caminho certo, pois tem um alto nível de geração de emprego, inflação sob controle, "está na vanguarda do crescimento" e deve apresentar condições econômicas melhores em 2012 do que neste ano. "O importante é que estaremos crescendo mais em 2012 do que em 2011", comentou. "O câmbio estará melhor e o crédito estará mais barato".

Questionado pela Agência Estado se os juros também estarão menores, Mantega afirmou que haverá redução do custo financeiro das operações relacionadas aos consumidores, mas não se manifestou sobre a Selic, atualmente em 11% ao ano. Na última quinta-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Vasconcelos, afirmou que "se for necessário, vai haver aumento da taxa de juro. Não sei quando", referindo-se à eventualidade de o nível de atividade ficar muito aquecido e, em algum momento do futuro, aumentar bastante as pressões sobre a inflação.

O ministro da Fazenda, contudo, foi realista e manifestou que a renda per capita do Brasil precisa avançar para que o padrão de vida da população melhore e fique perto do que é registrado pelos países mais ricos do mundo. "Mas já estamos melhorando bem", comentou.

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