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A confirmação, na segunda-feira (22), da primeira fábrica da marca de luxo BMW no País, que será construída em Santa Catarina, desencadeou interesse de outras marcas premium que já atuaram no Brasil, mas suspenderam a produção local, na época porque as vendas não deslancharam. Audi e Mercedes-Benz - que com a BMW formam o trio das maiores marcas de carros de luxo do mundo - podem voltar ao mercado brasileiro com produção local.

O presidente mundial da Volkswagen, Martin Winterkorn, disse na segunda-feira (22) que a Audi pode retomar a parceria com a Volkswagen na fábrica do grupo na Grande Curitiba (PR), onde já produziu o Audi A3. "Se o mercado brasileiro continuar a crescer e atingir 5 milhões de unidades ao ano, vamos ter de considerar uma nova fábrica", disse o executivo alemão.

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A Mercedes-Benz, que produziu o Classe A em Juiz de Fora (MG), também pode voltar a ter fábrica local, não necessariamente em Minas. Uma possibilidade a ser avaliada é a de uma operação conjunta com a Nissan, sua parceira globalmente.

Potencial para o luxo

Na segunda-feira (22), a montadora alemã BMW confirmou que vai construir uma fábrica em Araquari, na região metropolitana de Joinville (SC), com o objetivo de triplicar as vendas de seus carros de luxo no mercado brasileiro nos próximos anos. De início, não há planos para exportar os veículos, mas a fábrica será instalada próxima a dois importantes portos da Região Sul.

Segundo o vice-presidente mundial da BMW, Ian Robertson, o mercado brasileiro tem potencial para absorver 30 mil veículos da marca no médio prazo, algo em torno de dois a três anos. "Vemos potencial para as vendas, à medida que o mercado se desenvolve para 30 mil unidades. É este o número que temos em mente na construção da fábrica", afirmou o executivo, após reunião com a presidente Dilma Rousseff.

Segundo Robertson, o potencial do mercado nacional se justifica pela pequena fatia ocupada por veículos de luxo hoje, em torno de 1% das vendas totais. Como exemplo, citou a Alemanha, onde 25% das compras dos consumidores são voltadas para o segmento de luxo.

Ao custo de R$ 528 milhões, a fábrica começará a ser construída no segundo trimestre de 2013 e deve produzir o primeiro BMW até o fim de 2014. Há previsão de 1.000 empregos diretos, que serão distribuídos entre trabalhadores alemães e brasileiros.

O investimento confirmado pela BMW é bem menor do que o anunciado pelo governo de Santa Catarina, no sábado, que chegou a falar em R$ 1 bilhão. O Estado abriu mão de impostos para atrair a montadora alemã, mas não divulgou o valor de sua renúncia fiscal. O anúncio da nova fábrica estava previsto inicialmente para o fim de 2011, mas foi adiado à espera do novo regime automotivo. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A indústria automobilística brasileira prepara outra leva de investimentos no País com destaque para novas fábricas, ampliação de capacidade produtiva, projetos de pesquisa e desenvolvimento e lançamentos de carros globais.

A nova onda teve início quando o País entrou na lista dos quatro maiores mercados mundiais, há dois anos. Foi favorecida pela crise na Europa e EUA, onde as vendas estão em queda ou estagnadas. E ganhou reforço com o novo regime automotivo, que protege o País de importados e dá benefícios à produção local.

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A confirmação, na segunda-feira (22), da fábrica da marca alemã BMW, que será construída em Santa Catarina, desencadeou interesse de marcas premium que já atuaram no Brasil e agora querem voltar, como a Audi e a Mercedes-Benz.

A japonesa Honda, seguindo a conterrânea Toyota, tem planos de entrar no segmento de compactos a partir de 2014, o que exigirá uma nova fábrica. Antes disso, a empresa iniciará a produção, em Sumaré (SP), de um utilitário esportivo (SUV) de pequeno porte que se somará à linha dos modelos Fit, City e Civic.

"No longo prazo, vamos entrar no segmento de compactos e estamos planejando a ampliação de nossas instalações", disse na segunda-feira (22) o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito. Ele está no País para participar do Salão do Automóvel de São Paulo, que abre ao público na quarta-feira (24). Antes desse passo, a Honda vai ampliar seu centro de pesquisa para desenvolver produtos no Brasil e não depender só da matriz. "Vamos investir mais R$ 100 milhões para fortalecer essa área", anunciou Ito.

A Hyundai, que iniciou a produção do compacto HB20 em setembro, em Piracicaba (SP), inaugurou na semana passada um segundo turno de trabalho para dar conta da demanda. Em janeiro, a empresa lança um segundo veículo, o HB20 X, versão crossover do modelo e, em março, um sedã da mesma família.

A Volkswagen mostrou o Taigun, SUV que o grupo trata como conceito, mas que será fabricado em vários países, incluindo o Brasil. "Pela primeira vez, o grupo escolheu o Brasil para um lançamento mundial", disse o presidente da Volkswagen no País, Thomas Schmall, que ainda faz segredo sobre o plano de produção do modelo global. No domingo, ele anunciou investimentos de R$ 750 milhões para as fábricas de carros de Taubaté e de motores de São Carlos.

Outra estreia mundial foi a do Ford Fiesta sedã, também candidato à produção local.

A Nissan vai inaugurar em janeiro de 2014 sua fábrica em Resende (RJ) com a produção do compacto March (hoje importado do México) e pretende chegar ao fim daquele ano com a produção de quatro modelos. Um deles será um SUV mostrado ontem como conceito.

"O Brasil é o quarto maior mercado mundial e em breve será o terceiro, por isso nossos planos são ambiciosos", disse François Alain, diretor-geral da Nissan. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O mercado de carros novos ainda não reagiu neste mês. Depois de cair 31,4% em setembro na comparação com agosto, as vendas seguem negativas na primeira quinzena de outubro. Em relação a igual período do mês passado, a queda é de 10,2%, com 141,7 mil unidades vendidas, incluindo caminhões e ônibus.

Só o segmento de automóveis e comerciais leves, beneficiado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vendeu 135,7 mil unidades, 10,8% menos do que na primeira quinzena de setembro.

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Já na comparação com a primeira metade de outubro de 2011, as vendas totais deste mês estão 11,9% maiores. No acumulado do ano foram vendidos até segunda-feira (15) 2,93 milhões de veículos, 4,3% a mais se comparado ao mesmo período de 2011.

Isolando-se o segmento de automóveis e comerciais leves, a alta acumulada é ainda maior, de 5,8%. Caminhões e ônibus seguem com dificuldade de vendas.

Mesmo com os números anuais mais positivos no segmento que representa 95% das vendas nacionais de veículos, algumas montadoras, como a Volkswagen, começam a cancelar trabalho extra nos finais de semana, segundo a Comissão de Fábrica. O corte do IPI, em vigor desde 22 de maio, teve impacto médio de 5% a 10% nos preços dos automóveis e está previsto para terminar no dia 31, o que pode levar a uma corrida de última hora às revendas.

Para o diretor da RC Consultores, Fabio Silveira, a queda registrada em setembro e na primeira metade de outubro era esperada em razão da corrida às compras em agosto, quando previa-se o fim do benefício, depois prorrogado. Naquele mês, as montadoras registraram venda recorde de 420 mil veículos, volume que despencou para 288,1 mil em outubro.

"É claro que o mercado não continuaria absorvendo mais de 400 mil veículos ao mês", diz Silveira, que prefere trabalhar com comparativos anuais e não de curto prazo.

O diretor da RC reconhece, contudo, que a possível volta do IPI integral a partir de novembro "poderá tirar um pilar importante da estimativa de retomada mais consistente da economia em 2013". Para ele, o fim do subsídio só faria sentido se o mercado estivesse aquecido - o que não é o caso atual, em razão das oscilações dos últimos três meses.

Mais dias úteis

O consultor da Carcon Automotive, Julian Semple, vê grandes chances de reversão da queda das vendas até o fim do mês. Ele lembra que outubro tem 22 dias úteis, três a mais que setembro. Com isso, calcula ele, mesmo que a média diária de vendas se mantenha mais baixa que no mês passado, o resultado deste mês deve ser melhor que o do anterior.

Levando-se em conta a média da primeira quinzena, de 14.175 licenciamentos ao dia, o mês fecharia com cerca de 312 mil unidades. Tradicionalmente, porém, o mercado de automóveis zero-quilômetro é mais intenso na última semana de cada mês. Além disso, as montadoras em breve devem iniciar campanhas publicitárias anunciando os últimos dias de IPI reduzido, como fizeram em agosto. Outro tradicional estímulo ao mercado será o Salão do Automóvel, de 24 a 4 de novembro, em São Paulo.

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) trabalha com projeção de crescimento de 4% em relação aos 3,633 milhões de veículos vendidos em 2011. Para a RC Consultores, o aumento deve ficar em torno de 3%, para 3,74 milhões de unidades, desde que o IPI continue reduzido pelo menos até o fim do ano. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

A China retomou a liderança nas vendas globais de automóveis em julho de 2012, perdida para os Estados Unidos no mês anterior, segundo relatório da empresa de consultoria e informações do setor automotivo Jato Dynamics. Os chineses venderam 1,174 milhão de unidades, alta de 9,1% sobre julho de 2011, enquanto os norte-americanos emplacaram 1,153 milhão de veículos, aumento de 8,9% entre os períodos.

Com forte alta de 22% nas vendas, para 351,4 mil unidades, o Brasil segue na quarta colocação do ranking mundial de vendas, atrás do Japão, que fechou julho com 509,7 mil veículos emplacados, alta de 37,8% ante julho de 2011. Depois de perder o quarto lugar em junho, a Alemanha permaneceu na quinta colocação em julho, com 266,6 mil veículos, queda de 4,7% ante igual período do ano passado.

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Nos sete meses de 2012, a China registrou 9,02 milhões de veículos emplacados e também segue líder no ranking acumulado, seguida pelos Estados Unidos, com 8,42 milhões de veículos comercializados de janeiro a julho. O Japão chegou a 3,43 milhões unidades comercializadas no período e está em terceiro. Mesmo com a retomada nas vendas, o Brasil segue como o quinto maior mercado mundial no acumulado de 2012 até julho, com 1,98 milhão de unidades, atrás da Alemanha, com 2 milhões.

De acordo com a consultoria, os dados chineses incluem apenas veículos de passeio. Para o restante dos países os números englobam carros e comerciais leves.

A Toyota segue como a montadora líder no setor, com 566,1 mil veículos comercializados mundialmente em julho. A Volkswagen, com 474,8 mil veículos comercializados em julho está em segundo. Atrás das duas aparecem Ford, Chevrolet, Nissan e Honda.

A indústria de implementos rodoviários ampliou a queda na produção em agosto e já apresenta, no acumulado do ano, um recuo de 13,95% na comparação com igual período de 2011. Foram produzidos 108.853 implementos em 2012 até agosto, ante 126.499 registrados em igual intervalo em 2011. No período de janeiro a julho, o setor caía 11,99%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

O segmento que mais sofre é o de carrocerias sobre chassis, cuja produção caiu de 86.382 unidades nos oito meses de 2011 para 74.201 neste ano, um recuo de 14,10%. No segmento de reboques e semirreboques, o decréscimo chegou a 13,62%, de 40.117 para 34.652 unidades.

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A queda no setor de implementos rodoviários, no entanto, ainda é menor que a verificada na produção de caminhões pelas montadoras do País. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nos oito meses de 2012, a indústria fabricou 88 mil unidades, 40% abaixo do volume que saiu das montadoras até agosto do ano passado.

Para a Anfir, a antecipação de compra de caminhões equipados com motores Euro 3, no final de 2011, não foi acompanhada pela comercialização de implementos rodoviários. Outro fator mencionado pela entidade para explicar o distanciamento dos números de implementos e de caminhões é a necessidade de as transportadoras levarem mais carga a grandes distâncias, utilizando, assim, composições que demandam mais de um implemento por veículo.

Apesar das más notícias do segmento ao longo de 2012, a Anfir acredita que a queda nos juros para financiamento de bens de capital pelo programa Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de 5,5% ao ano para 2,5%, vai diminuir as perdas em 2012. "Ainda é cedo para fazer previsões, mas a queda no porcentual dos juros dos financiamentos, determinada no final de agosto, foi muito bem recebida pelas empresas do setor", afirmou, em nota, o presidente da entidade, Alcides Braga.

Os recordes de produção e, principalmente, de vendas de veículos em agosto reduziram de 27 para 19 dias os estoques de veículos nas indústrias e nas concessionárias entre julho e o mês passado. O número total de veículos em estoque caiu de 329.365 para 266.223 no período, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

De acordo com o presidente da entidade, Cledorvino Belini, agosto foi um mês peculiar, com o maior número de dias úteis de vendas e de produção no ano inteiro, e isso faz que a indústria automotiva não se preocupe com a queda nos níveis de estoques de veículos. "Em setembro deveremos ter um aumento nos estoques, já que teremos menos dias úteis para venda", afirmou.

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Além do recorde histórico na produção e nas vendas em agosto, anunciado nesta quinta-feira, o executivo comemorou a retomada do crédito para veículos novos, cujo índice de aprovação de fichas cadastrais chegou a 65%, ante 25% e 30% no primeiro semestre.

Apesar dos resultados de agosto, a Anfavea manteve as previsões de alta de 2% na fabricação e de até 5% nas vendas do setor em 2012, sobre 2011. Segundo a entidade, a produção de autoveículos e máquinas agrícolas deve atingir 3,475 milhões e as vendas ficarão em 3,81 milhões de unidades este ano.

"No último trimestre a economia vai girar e, quem sabe, possamos superar esses números; mas ainda é cedo para falar", disse Belin. A entidade prevê ainda que as exportações de veículos em valores recuem 5% em 2012, ante 2011, para US$ 15,7 bilhões.

Segundo a Anfavea, as vendas de máquinas agrícolas devem ficar estáveis entre os períodos, em 65 mil unidades, ante uma previsão anterior de queda e 4% a 5%. Além da recuperação gradual nas vendas do ocorrida durante o ano, o setor comemorou a redução, de 5% para 2,5%, na taxa de juros de máquinas adquiridas pelo Programa de Sustentação do Investimento (PSI), anunciada semana passada.

Já o setor de caminhões ainda preocupa, apesar da leve alta entre julho e agosto, pois as vendas diárias seguiram praticamente estáveis entre os dois meses, em, respectivamente, 496 e 498 unidades. "Realmente o setor está muito ruim, mas estamos otimistas em função das medidas da semana passada de redução dos juros também para os caminhões e porque a atividade econômica do País voltará a crescer e puxará as vendas", concluiu Belini.

Cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontam que a redução do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos, em vigor desde o final maio, trouxe uma renúncia diária de R$ 8,3 milhões em impostos para o governo federal. Segundo a entidade, o valor é a diferença da perda diária de receita de R$ 20,3 milhões com o renúncia do IPI, compensada pelo aumento na arrecadação do PIS/Cofins, de R$ 12 milhões por dia, graças ao crescimento nas vendas de veículos.

No entanto, se forem considerados os ganhos de Estados com o Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), houve um aumento total na arrecadação de impostos no País, pós-queda do IPI, de R$ 5,7 milhões por dia.

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Segundo o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, a média diária de vendas saiu de 12,4 mil de automóveis e comerciais leves antes da queda do IPI para 16,9 mil depois da redução, uma alta de 35,2%. "Esperamos que essa média siga até outubro (quando deve acabar o benefício fiscal)", disse Belini. O nível de emprego no setor automotivo cresceu de 145 mil postos, em maio, para 147,7 mil, em agosto. "A medida alavancou ainda outros setores, já que existem cerca de 200 mil empresas na cadeia", disse.

De acordo com Belini, as montadoras e o governo não discutem medidas para que a redução no IPI ou qualquer outro imposto seja permanente. "Infelizmente é a realidade, e vamos sentar no final de outubro e negociar. Uma queda permanente depende de ampla reforma fiscal e não sai do dia para a noite", afirmou.

O setor automotivo encerrou o mês de agosto com 147.731 empregados, o que representa uma alta de 0,1% em relação a julho, segundo divulgou nesta quinta-feira (6) a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na comparação com agosto de 2011, houve avanço de 2,1% no contingente de empregados, considerando autoveículos e máquinas agrícolas.

O segmento de autoveículos registrou crescimento de 0,1% ante julho no contingente de empregados, totalizando 127.747. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 2,0%. O segmento de máquinas agrícolas teve estabilidade no número de empregados na comparação com julho e registrou 19.984 funcionários. Na comparação com agosto de 2011, houve uma alta de 3,1%.

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A colheita de soja e outros produtos agropecuários ajudaram a elevar em 5,91% as vendas de caminhões em agosto na comparação com o mês anterior. "Tivemos uma safra de 66 milhões de toneladas de soja que justificam isso", disse o presidente-executivo da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr.

Mas, segundo ele, o avanço no segmento de pesados pode ser justificado também pela retomada da atividade do próprio setor automotivo, que utiliza caminhões para transportar peças, componentes e os veículos produzidos. "Tivemos uma pequena retomada da indústria automobilística que resultou em aumento no transporte de componentes e veículos fabricados, que é feito por caminhões", explicou após divulgação de dados do setor.

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As vendas no segmento de pesados, no entanto, seguem em queda no acumulado deste ano, ante o mesmo período de 2011, por conta de mudança de tecnologia de motores - que encareceu os veículos nas concessionárias - e da redução da atividade econômica do País. O recuo, nos oito meses até agosto, é de 20,17%. Para a Fenabrave, nem a recuperação da economia brasileira esperada para o segundo semestre pode mudar o quadro de licenciamentos no segmento: a Fenabrave projeta um recuo de 19% nos emplacamentos de caminhões neste ano sobre 2011.

Assumpção Jr. elogiou medidas tomadas pelo governo federal para alavancar o investimento em infraestrutura no País, como as concessões para rodovias e ferrovias, e pacotes de estímulo específicos para caminhões, a exemplo da redução da taxa de juros do Finame, linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele deixou claro, no entanto, que o segmento não tem uma resposta tão rápida quanto o de veículos leves, que bate recorde de vendas com a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "O caso do caminhão é moroso", disse, lembrando que é um produto bem mais caro e que está diretamente associado ao nível de atividade e de investimentos no País.

As vendas de ônibus, em agosto, subiram impressionantes 54,88% na comparação com julho. De acordo com Alarico, o desempenho pode ser explicado pelas encomendas de ônibus rodoviários, historicamente maiores no segundo semestre. "O encarroçamento demora de 70 a 90 dias. Isso justifica o volume elevado em agosto", afirmou.

A Fiat liderou as vendas de automóveis e de comerciais leves em agosto, seguida pela Volkswagen e General Motors, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A montadora italiana vendeu 81.460 automóveis, o que representou 25% do mercado em agosto, e 16.752 comerciais leves, ou 21,01% do total de unidades comercializadas no mês passado.

Segunda colocada, a alemã Volkswagen teve 76.495 automóveis vendidos em agosto, o que representou 23,48% do movimento do mercado. Nas vendas de comerciais leves, foram 12.270 unidades vendidas, ou 15,39% do total. A General Motors foi a terceira empresa que mais vendeu automóveis e comerciais leves no mês. Foram 64.251 (19,72%) de automóveis e 11.613 (14,57%) de comerciais leves. A venda de automóveis e comerciais leves em agosto, de acordo com a Fenabrave, foi o melhor mês da história do setor com um total de 405.518 emplacamentos.

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A Ford fechou o grupo das quatro maiores montadoras nacionais com 8,53% do mercado em agosto, o que significou 27.789 automóveis vendidos. Em relação aos comerciais leves, a empresa norte-americana ficou em oitavo lugar em agosto, que 3.289 unidades vendidas (4,13%).

Motos e caminhões

No mercado de motocicletas, a Honda foi responsável por 78,74% dos emplacamentos registrados em agosto, o que representa 110.738 unidades. A Yamaha, segunda colocada no ranking do mês, comercializou 15.138 motos, ou 10,76% do mercado.

No ranking de caminhões, o mercado de agosto foi dominado pela Volkswagen, com 3.120 unidades vendidas, o que representa 27,46% das vendas registradas no mês. A Mercedes-Benz teve um desempenho próximo ao da líder, com 2.868 caminhões emplacados, ou 25,25% do total. As vendas de caminhões em agosto somaram 11.360 unidades, o que, de acordo com a Fenabrave, é o quarto melhor resultado para meses de agosto já registrada pela série histórica.

A Fenabrave informaou ainda que as vendas de ônibus em agosto somaram 3.223 unidades, o que faz do resultado também o melhor para o mês de toda a série histórica. As vendas de ônibus aumentaram 54,88% em relação a julho e 2,58% na comparação com agosto do ano passado.

As vendas registradas em agosto, no entanto, ainda não foram suficientes para levar os emplacamentos de ônibus em 2012 ao terreno positivo. No acumulado do ano até agosto, as vendas ainda apresentam uma queda de 9,31% em relação a igual período do ano passado. Neste ano foram comercializados 20.241 ônibus, ante 22.320 registrados nos oito primeiros meses de 2011.

Começa nesta segunda-feira (27) o Seminário do Setor Automotivo, na Escola Técnica Senai Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O encontro é promovido pelas empresas de amortecedores Cofap e de Injeção Eletrônica Magneti Marelli, em parceria com o Senai Caruaru.

Durante o evento, profissionais das duas empresas farão palestras para um público formado por alunos, docentes e convidados da área, como representantes e comerciantes dos produtos das marcas.

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No dia 27 de agosto, o tema da palestra ministrada por um profissional da Cofap será “Linha Moto”. Na terça-feira (28), um profissional da Magneti Marelli falará sobre “Injeção” e na quarta-feira (29), encerrando as atividades, outro colaborador da Cofap ministrará palestra sobre “Suspensão”. Os encontros serão realizados das 19h às 22h.

De acordo com a assessoria de imprensa, os assuntos abordados atendem as necessidades dos participantes e também dos cerca de 60 alunos do curso técnico de manutenção automotiva do Senai, que irão participar do evento. 

E a parceria será estendida. Os alunos e docentes dos cursos técnicos irão receber materiais didáticos e peças das empresas para uso nas aulas e treinamentos da escola.

Os estoques da indústria automobilística caíram de 29 dias em junho para o equivalente a 27 dias de venda em julho. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o estoque de unidades nas montadoras chega a 329 mil, o que o presidente da entidade, Cledorvino Belini, classifica de um nível "bom para a indústria".

A redução de dois dias no volume total deve-se à queda dos estoques das concessionárias, que passaram de 22 dias em junho para 20 no mês passado. Na indústria, os estoques permaneceram em patamar equivalente a sete dias de venda. "Com o ajuste dos níveis de estoque, a tendência é de crescimento da produção de veículos, que deve ser mais forte já em agosto", disse nesta segunda-feira o dirigente, em entrevista à imprensa para divulgação dos resultados de julho.

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Com a retomada da produção, a expectativa é de aumento de empregos no setor, que neste ano acumula até julho saldo positivo de 3.100 vagas, com a maioria dos postos criada em junho e julho. "Estes empregos foram criados a partir do final de maio, após da redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI)", explicou. Em julho, a indústria automotiva empregava 147.714 pessoas, um aumento de 0,5% sobre junho e de 2,7% perante julho de 2011.

Sobre a General Motors e os riscos recentes de demissão de funcionários, Belini disse que é uma questão da empresa e ressaltou o saldo positivo no setor ao longo do ano. O presidente da Anfavea declarou ainda que a crise da montadora na unidade de São José dos Campos, interior paulista, não atrapalha a estratégia da entidade de reivindicar a prorrogação do benefício fiscal gerado pelo IPI menor. "O caso da GM não atrapalha, porque o acordo diz respeito ao nível de emprego de todo o setor, que está crescendo."

As vendas de automóveis, comerciais leve, caminhões e ônibus bateram recorde para o mês de julho, ao atingirem 364.196 unidades, o que representa uma alta de 3,1% sobre junho e de 18,9% ante julho de 2011. Além disso, o resultado visto em julho também foi o segundo melhor para todos os meses da história, perdendo apenas para dezembro de 2010, quando foram emplacados 381.700 veículos.

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, os recordes apresentados no mês passado se devem à política de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), válido desde o fim de maio. Segundo ele, este quadro deve levar agosto a bater recorde de vendas e também de produção, superando, neste caso, agosto de 2011, quando foram fabricados 326.162 veículos.

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A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mercado brasileiro somou 297.789 unidades em julho, número que representa uma alta de 8,8% na comparação com o mês de junho, mas recuo de 3,6% ante o mesmo período de 2011.

Apesar do resultado positivo no mês passado, a produção acumula queda de 8,5% nos sete primeiros meses de 2012 em relação a igual período de 2011. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

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Considerando apenas automóveis e comerciais leves, a produção chegou a 282.203 unidades, alta de 8% ante o mês anterior, porém queda de 0,8% sobre julho do ano passado. A produção de caminhões atingiu 12.499 unidades, elevação de 42,9% ante junho e queda de 37,2% sobre julho de 2011. No caso dos ônibus, foram produzidas 3.087 unidades, diminuição de 11,7% em relação a junho e recuo de 28,1% ante julho do ano passado.

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus aumentaram 3,1% em julho ante junho, ao somar 364.196 unidades, e avançaram 18,9% na comparação com julho de 2011. No acumulado do ano até julho, os emplacamentos chegaram a 2.081.112 unidades, uma alta de 1,8% sobre o mesmo mês do ano passado.

As medidas de estímulo anunciadas mais cedo, após acordo entre bancos, governo e montadoras, podem levar o setor automotivo a manter a previsão de crescimento nas vendas em torno de 4% neste ano, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini.

Até abril, o setor acumula queda de 4,5% nas vendas mas acredita que é possível compensar o resultado nos próximos meses. "Temos de esperar um pouco mais e ver a reação dos próximos meses. Nessa revisão, esperamos poder confirmar o crescimento em torno de 4% neste ano", afirmou, após acompanhar o anúncio feito pelo Ministério da Fazenda, em Brasília. "Com essas medidas devemos vender mais para compensar essa perda."

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Belini declarou ainda que há espaço para aumentar o número de veículos por habitante. O Brasil tem sete pessoas por veículo. A Argentina, cinco e os Estados Unidos, 1,5. Avaliou que as exportações continuam prejudicadas por conta da queda na demanda externa, de mercados que tradicionalmente compram do Brasil. Por isso, acredita que é preciso fortalecer o mercado interno.

Os veículos com motor 1.0 devem ficar cerca de 10% mais baratos com a redução de tributo e o desconto acertado entre governo e montadoras, conforme cálculo do presidente Anfavea. Para veículos com motor acima de 1.0 e de até 2.0 cilindradas, os preços devem cair 7%. Já veículos utilitários devem ficar cerca de 4% mais baratos.

No que depender dos bancos, não faltará liquidez para o financiamento do setor automotivo, seja na venda de veículos, seja no aumento da produção. A afirmação é do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, feita em comunicado à Agência Estado, em que avalia as medidas de estímulo anunciadas na noite desta segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Devemos arregaçar as mangas para que o Brasil seja uma referência global de crescimento econômico, com desenvolvimento social", disse o presidente do Bradesco. Para ele, a disposição do governo em "enfrentar o desafio do crescimento num contexto de incerteza global", com medidas estruturais e pontuais de estímulo, como as divulgadas mais cedo em Brasília, é muito bem-vinda.

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"Medidas de incentivo à indústria e ao consumo são possíveis porque o Brasil tem fundamentos sólidos e qualidade de gestão. Estamos vivendo um momento importante, que exige abnegação, sacrifício e trabalho", destacou o executivo.

Os efeitos positivos do conjunto de medidas de incentivo à indústria automobilística são vários, avalia Trabuco. O primeiro é a geração de empregos, diretos e indiretos, que beneficiam uma longa cadeia produtiva. O segundo fator é o estímulo ao investimento num setor que tem gerado inovação, ganhos tecnológicos e competitividade. O terceiro é o benefício aos consumidores, que poderão continuar a contar com uma oferta adequada de produtos e preços acessíveis.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira a redução da carga tributária que incide sobre veículos no País. As medidas valerão até 31 de agosto. Para carros com motorização de até 1.000 cilindradas, a alíquota do IPI cai de 37% para 30%, no caso dos veículos fora do regime automotivo. Para aqueles que fazem parte do regime, o IPI, que é de 7%, fica zerado.

"Para a maioria das montadoras, o IPI será zerado", afirmou o ministro, durante a divulgação das medidas de incentivo para o setor automotivo e para bens de capital, no auditório do Ministério da Fazenda, em Brasília.

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Para veículos flex com motorização entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o IPI será reduzido de 41% para 35,5%. Para os que fazem parte do regime, o IPI diminui de 11% para 6,5%. Para veículos movidos a gasolina fora do regime automotivo, o IPI cai de 43% para 36,5%, e para os que fazem parte do regime, de 13% para 6,5%.

Para utilitários, o IPI cai de 34% para 31%, no caso dos veículos fora do regime automotivo, e para aqueles que integram o regime, de 4% para 1%. Segundo Mantega, a renúncia fiscal estimada é de R$ 1,2 bilhão.

O ministro anunciou ainda a redução da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre os financiamentos para pessoa física, de 2,5% para 1,5%. "O IOF volta para aquilo que era no início de 2011", afirmou. A renúncia fiscal prevista, no caso do IOF, será de R$ 900 milhões.

Contrapartida - Mantega informou que o setor privado automobilístico terá que fazer contrapartidas às medidas anunciadas pelo governo. Segundo ele, as montadoras darão descontos na venda de automóveis até 31 de agosto.

Carros até mil cilindradas terão um desconto de 2,5% sobre a tabela em vigor atualmente. Entre mil e duas mil cilindradas, o abatimento será de 1,5%, e para utilitários, de 1%.

Mantega disse que a redução no preço dos automóveis poderá chegar a quase 10%, considerando a desoneração de IPI concedida pelo governo. "O setor se compromete com promoções especiais e fez um acordo de não demitir trabalhadores", declarou o ministro.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta terça-feira que o regime automotivo prevê que a partir do ano que vem as empresas do setor invistam pelo menos 0,15% de sua receita operacional bruta em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). "Quem não conhece o setor, pode achar que é pouco, mas, infelizmente, a maior parte das empresas investe menos do que isso e a média mundial é de 0,30%", comparou, durante anúncio no Brasil Maior. A expectativa é de que essa exigência suba para 0,5% em 2017. "Isso é muito acima da média do setor mundial", comentou.

A partir de 2013 também entrará a exigência de investimento de 0,5% da receita operacional bruta das empresas de engenharia e tecnologia industrial básica em P&D, segundo o ministro. Em 2017, esse porcentual estará em 1% da receita operacional bruta. Em relação às etapas fabris, o Plano Brasil Maior conta com a realização de oito etapas das 12 etapas no caso de veículos leves com componentes domésticos, enquanto na de veículos pesados, serão dez de 14. Em 2017, serão 10 de 12 para veículos leves e 12 de 14 no caso dos pesados. "Há um grande esforço de internalização de empresas e produtos", disse Pimentel.

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O ministro destacou que não há nenhuma alteração do IPI este ano porque o regime só vale a partir de janeiro de 2013. Ele enfatizou, porém, que poderá haver redução da base de cálculo do IPI em até 30 pontos porcentuais com base nas compras internas e de insumos. "Pode chegar a 30% e anular o IPI adicional que foi criado, desde que o volume de compras no País ou no Mercosul chegue até os limites que serão acordados em decreto", disse Pimentel. Ele disse ainda que poderá haver uma redução adicional de dois pontos porcentuais no IPI com base no cumprimento de metas de gasto em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

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