Há 17 anos o movimento “Grito dos Excluidos” mobiliza as principais capitais brasileiras com reivindicações por justiça social e pela garantia dos direitos humanos. O tema deste ano foi “Pela vida grita a Terra. Por direito, todos nós”. No Recife, por volta das 8h dessa quarta-feira (7), o movimento se concentrou na praça Oswaldo Cruz, bairro da Soledade. Em seguida percorreu a avenida Conde da Boa Vista (Centro), concluindo o percurso no final da manhã, na praça do Carmo. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas participaram da passeata, que teve a presença de dois trios.
O protesto levantou várias bandeiras: a defesa da Amazônia, os direitos LGBT e o fim da homofobia, o combate à poluição, o direito à Alimentação, à Saúde Pública e à Educação. À frente da manifestação, sindicatos, organizações não governamentais e movimentos comunitários.
O Movimento Gay Leões do Norte estava representado, defendendo a aprovação do projeto de Lei 122, contra a homofobia. De acordo, o coordenador do movimento Victor Gomes, essa lei permitirá que o cidadão brasileiro seja punido em caso de discriminação contra gays, lésbicas, transexuais e transgêneros.
Na luta pela redução da poluição e de ampliação da mobilidade no Recife, o grupo Bicicletada Recife participou com várias bicicletas. “Nossa luta é por uma cidade livre, com infra-estrutura e menos carros e mais bicicletas”, afirmou a representante do grupo, Raissa Feitosa.
Entre várias ongs que trabalham pelo direito à Educação, estava a organização não-governamental Casa Herbert de Souza, que trabalha com crianças e adolescentes da comunidade do Tururu, no bairro do Janga, em Paulista.
A novidade deste ano foi a presença do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social de Pernambuco (SINDSAÚDE-PE). “Somos contra a privatização da saúde, e a roubalheira na construção de hospitais, que são uma verdadeira máquina de fazer dinheiro”, declarou o presidente do sindicato, Thiago Oliveira.
Há 3 anos, a União dos Estudantes Secundaristas de Caruaru (UESC), participa do Grito. Segundo o presidente Davi Lira, a principal demanda é pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro na Educação. A mesma bandeira é levantada pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). “Para se ter uma ideia, no ano passado o governo gastou 4% do orçamento total com a educação esse ano pedimos mais”, ressaltou Jair Pedro, representante da legenda.
A presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Pernambuco, Luiza Batista, levou à rua a reivindicação da classe, para atingir a igualdade com no regimento de FGTS, seguro-desemprego e abono-família de outras categorias.