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Os ministros de Relações Exteriores da Europa concordaram nesta segunda-feira em colocar o braço militar do grupo xiita libanês Hezbollah na lista de organizações terroristas da União Europeia. Contudo, o bloco europeu deverá manter contato com a liderança política do grupo.

A decisão significa que os recursos vinculados ao braço militar do Hezbollah podem ser congelados na Europa. Além disso, indivíduos com relação com o grupo também podem perder seus vistos.

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As autoridades da UE disseram que precisam de alguns dias para descobrir exatamente a quem impor as medidas uma vez que tentam fazer a distinção entre as alas militar e política do grupo.

Foram impostas duas condições a decisão: que os Estados membros sejam autorizados a manter conversações com a liderança política do Hezbollah e que ela não afete a ajuda bilateral da UE para o governo do Líbano. O Hezbollah desempenhou um papel central no último governo libanês. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Novos esforços do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de fechar a prisão de suspeitos de terrorismo de Guantánamo intensificaram as expectativas de governos estrangeiros de trazer de volta aos seus países prisioneiros de longa data.

O Kuwait contratou lobistas para ajudar a trazer ao país dois prisioneiros. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, pressionou Obama pessoalmente na cúpula do G-8 (grupo das oito maiores economias do mundo), no mês passado, para libertar o último detento do Reino Unido. Além disso, o destino dos afegãos detidos na prisão militar americana tem sido tema primordial de negociações de paz entre os EUA, o Taliban e o Afeganistão.

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A administração Obama está no processo de determinar quais os detentos que apresentam o menor risco em relação à prática de atividades terroristas, considerando tanto suas histórias pessoais quanto as condições de segurança nos países para os quais retornarão.

Mais de 100 dos detidos participaram de uma greve de fome nesta semana para protestar contra o tempo indeterminado de confinamento. Após a manifestações, várias dezenas de presos foram alimentados à força por um tubo nasal. Segundo a polícia, eles já voltaram a se alimentar normalmente na sexta-feira, 12.

A criação de Guantánamo elevou a tensão com alguns aliados importantes dos EUA particularmente no mundo árabe, a terra natal de muitos dos 166 detentos. Tunísia, Egito e Iêmen estão entre os países que têm pressionado os EUA para que libertem os seus detentos. Fonte: Associated Press.

O juiz federal Alvin Hellerstein, de Manhattan, disse que irá decidir se os donos do World Trade Center (WTC) poderão fazer com que várias companhias aéreas e outros acusados do setor paguem bilhões de dólares pelos danos causados pelos ataques terroristas do dia 11 de setembro de 2001.

O julgamento, que começa na segunda-feira, vai decidir se as propriedades do WTC e suas afiliadas podem receber mais do que os US$ 4,9 bilhões em receitas de seguros que eles já obtiveram. Fonte: Associated Press.

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O Serviço Secreto dos Estados Unidos informou que interceptou nesta quinta-feira uma carta suspeita enviada à Casa Branca. A correspondência seria similar às que foram enviadas ao prefeito de Nova York, Michael Bloomberg.

A carta foi entregue para a Força Tarefa Conjunta de Terrorismo do FBI para testes e investigação. Ainda não ficou claro se a carta interceptada na Casa Branca também continha ricina, uma das mais potentes toxinas de origem vegetal.

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Duas cartas contendo a espécie de arma química foram endereçadas a Bloomberg e para o escritório do grupo que defende o controle de armas, fundado por ele, em Washington. As cartas anônimas foram abertas na última sexta-feira e no domingo, segundo a polícia.

Já no mês passado, autoridades de Washington interceptaram uma carta dirigida ao presidente Barack Obama que continha uma "substância suspeita". A correspondência era semelhante a uma outra, enviada ao senador republicano do Estado do Mississipi, Roger Wicker, e que teve resultado positivo para presença de ricina. As informações são da Associated Press.

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O julgamento de apelação do venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido por Chacal, começou nessa segunda-feira (13), em Paris. Ele é acusado de terrorismo, por quatro atentados cometidos na França há 30 anos e que deixaram 11 mortos e quase 150 feridos. O próprio acusado não permitiu que a sua defesa, composta por dois advogados franceses e um venezuelano, participasse da audiência.

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Segundo Sánchez, a recusa das autoridades do seu país em assumir os gastos de sua defesa é considerada uma "sabotagem". Ele pediu que advogados de ofício o representassem na continuidade do seu julgamento, que deve ir até o final de junho. Entretanto, esses podem se recusar a defender o réu, o que adiaria o julgamento.

A polícia egípcia prendeu três membros de uma suposta célula terrorista ligada à Al-Qaeda e que planejava atacar uma embaixada ocidental e outros alvos no país, disse neste sábado (11), o ministro do Interior do país, Mohamed Ibrahim. Ele não identificou a embaixada, mas afirmou que o ataque era iminente e seria realizado por um homem-bomba ou por meio da detonação de uma bomba feita com nitrato de amônio - um fertilizante comum.

Segundo Ibrahim, os suspeitos foram capturados com 10 quilos do fertilizante e um computador contendo instruções para a fabricação de bombas. Ainda de acordo com o ministro, eles vinham mantendo contato com Kurdi Dawud al-Assadi, que é "o líder da Al-Qaeda em alguns países do Oriente Médio".

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Um dos suspeitos tem ligações com membros da Al-Qaeda na Argélia e recebeu treinamento de uma organização no Paquistão e no Irã, disse Ibrahim, acrescentando que os suspeitos também mantinham contato com a Al-Qaeda no Paquistão e com um facilitador do grupo terrorista na fronteira turca.

O advogado dos suspeitos, Mamduh Ismail, disse que presenciou o interrogatório e que não foram apresentadas provas. "Não havia provas, nada", disse. "Isso é só um caso do aparato de segurança tentando mostrar seu valor." Ele contestou a acusação de que os suspeitos foram presos com explosivos.

Segundo a agência oficial de notícias MENA, dois dos suspeitos devem permanecer detidos por pelo menos mais 15 dias e o terceiro está em prisão domiciliar. As informações são da Dow Jones.

Sete pessoas morreram na manhã deste domingo (5) em Mogadiscio, capital da Somália, quando um suicida tentou jogar um carro cheio de explosivos contra um comboio militar, que escoltava uma delegação de quatro pessoas do Catar.

O general Garad Nor Abdulle afirmou que os integrantes da delegação catariana, que era escoltada pelo comboio do Ministério do Interior, não se feriram e foram levados em segurança para o hotel. Segundo Abdulle, o ministro do Interior não estava no comboio.

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Mohamed Abdi, oficial que estava no local da explosão, disse que quatro civis e um soldado perderam a vida imediatamente. Outras duas pessoas morreram no hospital e 18 ficaram feridas, disse o doutor Duniya Mohamed Ali, do Hospital Medina.

A delegação de representantes do Catar está envolvida no desenvolvimento de projetos em Mogadiscio, informou o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud. Ele responsabilizou o grupo militante al-Shabab, ligado à Al-Qaeda, pelo ataque e disse que "suspeitos" foram detidos.

Em outro incidente, quatro soldados somalis ficaram feridos neste domingo quando uma bomba colocada à margem de uma via atingiu um veículo do governo no distrito de Deynile, noroeste de Mogadiscio, informou Ali Jimale, capitão da polícia somali. As informações são da Associated Press.

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A segunda-feira (22) foi de portões fechados nas escolas da cidade de Leiden, na Holanda. Isso porque, na noite deste domingo (21), uma ameaça de ataque contra um colégio e um docente circulou na internet. Com medo de uma possível investida, cerca de 20 instituições mantiveram as atividades suspensas.

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O suspeito de ser o autor da postagem é um ex-aluno de uma escola secundária britânica no país e já está detido. Ele foi expulso da instituição por incidentes ligados ao seu comportamento. O jovem alegou que se tratava de uma brincadeira.

Policiais armados foram enviados para as escolas. A prefeitura de Leiden explicou que as medidas de segurança foi uma precaução.

A Corte Europeia de Direitos Humanos (CEDH) negou nesta terça-feira a extradição para os Estados Unidos de Haroon Aswat, acusado de terrorismo e internado por esquizofrenia em um hospital da Grã-Bretanha.

A Corte considerou que sua provável detenção em uma prisão de segurança máxima nos Estados Unidos poderia "exacerbar" sua esquizofrenia.

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Haroon Rashid Aswat, de 39 anos, foi detido em agosto de 2005 na Grã-Bretanha a pedido dos Estados Unidos.

Aswat foi indiciado pela justiça americana por cumplicidade com Abu Hamza, ex-imã da mesquita de Finsbury Park (norte de Londres).

Ele é acusado de cumplicidade com um projeto de instalação de um campo de treinamento jihadista em Bly (Oregon, EUA).

Em abril de 2012, a Corte europeia autorizou a extradição aos Estados de Abu Hamza e de outras quatro pessoas indiciadas por terrorismo, mas adiou a decisão a respeito de Aswat por sua doença.

O ataque a um tribunal da Somália neste domingo (14) deixou 14 mortos, incluindo os nove militantes que organizaram o ataque. Também neste domingo uma bomba explodiu em um carro e matou cinco pessoas, em um dos mais violentos dias dos últimos meses na capital do país, Mohadishu.

No primeiro ataque, seis pessoas detonaram bombas suicidas e outras três foram mortas por tiros durante confronto com forças de segurança. Segundo testemunhas, houve duas explosões no tribunal e militantes fizeram diversos reféns enquanto trocavam tiros com as forças de segurança do governo. Os conflitos duraram pelo menos 90 minutos. Não se sabe, até o momento, o número de pessoas feitas reféns.

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A maior parte dos ataques de militantes em Mogadishu é orquestrada pelos extremistas do al-Shabab, grupo islâmico ligado à Al-Qaeda. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

Pelo menos 53 pessoas morreram nesta quarta-feira (3) em um ataque a um complexo do governo afegão que resultou em horas de tiroteio, disse nesta quarta-feira Akram Akhpewak, governador da província de Farah, no oeste do Afeganistão. Dos 53 mortos, nove foram identificados como agressores.

O tiroteio começou depois que homens-bomba vestindo fardas do exército afegão atacaram um tribunal em Farah numa aparente tentativa de libertar mais de dez integrantes da milícia fundamentalista islâmica Taleban.

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Seis homens usando coletes com explosivos chegaram de carro ao centro da capital da província, que também se chama Farah, em veículos do Exército, o que permitiu a eles passar pelos postos de verificação, disse o chefe de polícia Agha Noor Kemtoz.

Dois dos atacantes detonaram os explosivos no interior de um dos veículos, enquanto quatro saltaram do segundo e correram na direção do tribunal e do escritório da promotoria, disse ele. Os guardas abriram fogo, matando um dos participantes do ataque, mas outros três fugiram para prédios próximos e iniciaram um violento combate, que impediu os funcionários de deixarem seus escritórios.

Segundo Kemtoz, o ataque tinha como objetivo libertar 15 prisioneiros do Taleban que eram transferidos para um tribunal, onde seriam julgados. "Definitivamente, o plano era libertar os prisioneiros com o ataque, mas graças a Deus, ele não conseguiram", afirmou. "Nenhum prisioneiro fugiu", assegurou.

O vice-governador da província, Yonus Rasouli, declarou que uma explosão provocada pelos invasores danificou muitos prédios governamentais. O porta-voz do Taleban, Qari Yousef Ahmadi, assumiu para o grupo a responsabilidade do ataque, em mensagens de texto enviadas para os jornalistas.

Akhpewak, o governador, identificou os 53 mortos como 34 civis, dez agentes de segurança e nove agressores.

A ação evidencia a contínua capacidade do Taleban de atacar instituições governamentais. A província de Farah, que faz fronteira com o Irã a oeste e divisa com a volátil província afegã de Helmand a leste, tem registrado um aumento no número de ataques contra o governo nos últimos meses.

Na noite de terça-feira, homens do Taleban atacaram uma patrulha de polícia na província de Paktika, no sudeste do país. Seis supostos insurgentes foram mortos, segundo comunicado do governo local. Uma bomba colocada à margem de uma estrada atingiu um veículo policial que deixava a área, matando quatro patrulheiros.

Quatro policiais também foram mortos e um ficou ferido na terça-feira quando o veículo no qual estavam atingiu uma mina na província de Kunar, nordeste afegão, durante uma operação para retirar explosivos da área, informou o porta-voz do governo, Wasifullah Wasifi. As informações são da Associated Press.

Sulaiman Abu Ghaith, o porta-voz carismático da Al-Qaeda, arrecadador de fundos e genro de Osama bin Laden, dever ter provavelmente um vasto acervo de conhecimento sobre a central de comando da rede terrorista, mas não informações muito úteis sobre as ameaças atuais ou enredos da organização, disseram funcionários de inteligência e outros especialistas.

Abu Ghaith se declarou inocente na sexta-feira de acusações de ter conspirado para matar norte-americanos em vídeos de propaganda, que alertaram sobre ataques adicionais contra os Estados Unidos como os devastadores atentados contra o World Trade Center e o Pentágono em 11 de setembro de 2001, que mataram cerca de 3.000 pessoas.

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Considerado mais um player estratégico no círculo íntimo de Bin Laden, do que um conspirador operacional, Abu Ghaith seria o mais alto escalão da Al-Qaeda a ser julgado em solo norte-americano desde os ataques de 2001. Funcionários de inteligência dizem que ele pode ser capaz de lançar uma nova luz sobre o funcionamento interno da Al-Qaeda - relativa às relações obscuras da organização no Irã durante a última década, por exemplo - mas, provavelmente, ele tem poucos detalhes sobre ameaças específicas, ou iminentes, em curso.

Ele deu uma declaração de 22 páginas às autoridades norte-americanas depois de sua prisão, em 28 de fevereiro, na Jordânia, de acordo com os promotores, que não forneceram mais detalhes.

Barbudo e careca, Abu Ghaith falou pouco durante a audiência de 15 minutos na Corte Distrital dos EUA, em Nova York. Através de um intérprete, o juiz Lewis A. Kaplan perguntou se ele entendia seus direitos. Abu Ghaith concordou e disse: "sim". Perguntado se ele tinha dinheiro para contratar um advogado, ele balançou a cabeça e disse que não. Ele também balançou a cabeça e disse sim quando foi perguntado se havia assinado uma declaração descrevendo a sua situação financeira.

Kaplan prometeu marcar a data do julgamento, quando o caso voltar ao tribunal no dia 8 de abril. A fiança não foi solicitada, e nenhuma foi definida. O advogado de Abu Ghaith se recusou a comentar o assunto após a audiência.

O fato de o réu estar sendo julgado na Corte Distrital é controversa em si mesma. Os republicanos estão criticando o governo do presidente Barack Obama de trazer Abu Ghaith para Nova York em vez de mandá-lo para os militares no centro de detenção na Baía de Guantánamo, em Cuba. As informações são da Associated Press.

O campo de gás operado pela britânica BP, pela norueguesa Statoil e pela argelina Sonatrach, que foi palco de um ataque terrorista que deixou 37 reféns mortos em janeiro deste ano, retomou parcialmente sua produção neste domingo, data que marca o aniversário da nacionalização da indústria de petróleo da Argélia, ocorrida em 1971.

O primeiro-ministro da Argélia, Abdelmalek Sellal, ligou uma das três bombas de gás no campo de Ain Amenas, que agora opera a 35% de sua capacidade, de acordo com a rádio estatal argelina.

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No último dia 16 de janeiro, um grupo de militantes da Al-Qaeda atacou o complexo e fez dezenas de trabalhadores reféns. Após um confronto que se estendeu por quatro dias, o Exército da Argélia invadiu o local, matou os 29 terroristas e capturou outros três. Pelo menos 37 reféns, incluindo um trabalhador argelino, morreram no confronto.

O presidente da estatal Sonatrach, Andelhamid Zerguine, afirmou que o ataque destacou a fraqueza da segurança que a companhia espera enfrentar, particularmente a ausência de seguranças armados para proteger as instalações. "Fizemos uma revisão para tentar determinar onde podemos ser mais fortes", afirmou. As informações são da Associated Press.

Militantes disfarçados como policiais e usando coletes explosivos atacaram o escritório de Mutahir Zeb, importante político no noroeste do Paquistão nesta segunda-feira, matando cinco pessoas. No sudoeste do país, milhares de muçulmanos xiitas protestaram, pelo segundo dia consecutivo, contra um bombardeio que deixou 84 mortos.

Mutahir Zeb, político da região tribal do Khyber, realizava uma reunião em seu escritório em Peshawar no momento do ataque, mas não ficou ferido. Quatro homens abriram fogo contra os policiais que faziam a segurança do local e conseguiram entrar no escritório, informou o policial Sajad Hussain. Em seguida, três deles detonaram os explosivos que levavam junto ao corpo, mas não está claro o que aconteceu com o quarto militante.

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Os corpos das cinco vítimas mortas no ataque foram levados para um hospital local, assim como as sete pessoas que ficaram feridas no ataque, informou Jamil Shah, porta-voz do hospital. De acordo com o oficial de polícia Noor Mohammed Khan, dentre os mortos estão quatro policiais e um ancião civil; já os feridos são quatro policiais e três civis.

Shahid Shinwari, que testemunhou o ataque, disse que tudo aconteceu quando uma van com prisioneiros chegou ao local e que os militantes tentaram libertar os detidos. O local é aberto do público às segundas-feiras e estava lotado no momento do ataque.

Já em Quetta, sudoeste do país, mais de 4 mil homens e mulheres xiitas realizaram um protesto no local onde ficava um mercado, que foi atacado com bombas no sábado. Nesta segunda-feira, o número de mortos subiu para 84. Os manifestantes xiitas se recusam a enterrar as vítimas até que as autoridades tomem atitudes contra os militantes que realizaram a ação.

Os xiitas, que são minoria no Paquistão, têm sido cada vez mais alvo de militantes radicais sunitas, que não os consideram verdadeiros muçulmanos. O grupo Lashkar-e-Jhangvi assumiu a responsabilidade pelos dois ataques recentes em Quetta. Grupos de direitos humanos e integrantes da comunidade xiita têm acusado o governo de não fazer o suficiente para combater os militantes.

Muitos dos ataques acontecem na província do Baluquistão, da qual Quetta é a capital. A província tem a maior concentração de xiitas do país. Muitos deles são Hazaras, grupo étnico que imigrou do Afeganistão mais de um século atrás. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Um avião não tripulado matou no mês passado, na província de Shabwa, no leste do Iêmen, a principal autoridade religiosa para Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês), disse nesta terça-feira uma fonte próxima do grupo. "Um ataque de drone atingiu o veículo do xeque Adel al-Abab, mas ele escapou e fugiu para uma região montanhosa, onde um ataque por outro avião não tripulado o matou imediatamente", afirmou a fonte à France Press, na condição de anonimato.

Abab se formou em um centro de estudos islâmicos em Sanaa e serviu como principal clérigo da Al-Qaeda na Península Arábica. Os ataques com os aviões não tripulados dos EUA contra militantes da célula extremista são frequentes no Iêmen, lar de um grupo que é visto pelos EUA como a mais mortal e ativa rede jihadista.

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O AQAP é liderado por Nasser al-Wuhayshi, que em julho de 2011 reiterou a lealdade do grupo a Ayman al-Zawahiri, diretor da rede internacional da Al-Qaeda desde a morte de seu fundador, Osama bin Laden, em maio. Os ataques de drones americanos no Iêmen quase triplicaram em 2012 ante 2011, pulando de 18 para 53, de acordo com a New America Foundation, de Washington. Em outubro de 2000, militantes da Al-Qaeda atacaram a marinha dos EUA no porto iemenita de Aden, matando 17 marinheiros e ferindo outros 40. As informações são da Dow Jones.

Distribuidores de cinema e redes de televisão paquistaneses estão boicotando um filme indicado ao Oscar sobre a caçada a Osama bin Laden e populares séries americanas para evitar ofender o público ou provocar uma reação violenta de seus cidadãos. O Paquistão pode ter um papel de destaque em A Hora Mais Escura, de Kathryn Bigelow, que conta a história da caçada de 10 anos da CIA em busca do idealizador dos atentados de 9 de setembro de 2011, mas cinemas locais estão se mantendo distantes de um filme que, segundo eles, pode fazer as pessoas se sentirem humilhadas.

Um distribuidor de tv a cabo também está bloqueando a transmissão da série Homeland, estrelada por Claire Danes, e de Last Resort por serem contra o interesse nacional. Os boicotes são a mais recente forma de censura não oficial no país conservador, onde o YouTube foi bloqueado por quatro meses devido ao trailer do filme americano, considerado ofensivo aos muçulmanos. A Hora Mais Escura chegou ao topo das bilheterias americanas e recebeu cinco indicações ao Oscar. Mas, no Paquistão, a ação para matar Bin Laden é considerada um dos incidentes mais constrangedores da história do país.

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Uma equipe SEAL da marinha americana matou o chefe da Al-Qaeda em seu esconderijo, localizado perto de uma academia militar do país, no dia 2 de maio de 2011, constrangendo os líderes paquistaneses, que insistiam que Bin Laden estava morto e expondo seu exército a acusações de incompetência e conluio com a Al-Qaeda. "Nós não trouxemos e mais ninguém comprou 'A Hora Mais Escura'", afirmou Mohsin Yaseen, um representante da distribuidora de filmes Cinepax.

Ele descreveu a produção como "pró-americana", apesar das controvérsias nos Estados Unidos sobre as chamadas "técnicas de interrogação avançadas", amplamente vistas como tortura. "Ele tem várias cenas que poderia nos fazer sentir humilhados. É contra os interesses da nação paquistanesa", afirmou Yaseen. O chefe do Conselho de Censores do Filmes disse à AFP que não analisou "A Hora Mais Escura" porque não houve nenhum pedido para isso.

Em 2010, os censores baniram a comédia indiana de Bollywood "Tere bin Laden", que satirizava o líder da Al-Qaeda, sob alegações de que poderia ofender muçulmanos e incitar ataques suicidas. A Max Media, que tem os direitos no Paquistão da rede de televisão a cabo Star World, se recusa a transmitir Homeland e o drama Last Resort. Enquanto Last Resort mostra ataques nucleares americanos contra o Paquistão, o país é citado apenas brevemente em Homeland, série estrelada por Damian Lewis, um militar americano que também é suspeito de ser um agente da Al-Qaeda.

"Acreditamos fortemente que programas como 'Homeland' e 'Last Resort' são contra nosso interesse nacional, valores culturais e ideologia", afirmou um funcionário da Max Media que não quis se identificar. Ele disse que os programas foram suspensos de acordo com um código de conduta da Autoridade Reguladora de Mídia Eletrônica do Paquistão e advertiu que mesmo "uma referência vaga sobre o Islã pode inflamar a violência no Paquistão".

Mas um próspero comércio de DVDs piratas permite que paquistaneses assistam o que quiserem na privacidade de suas casas, e A Hora Mais EscuraHomelandLast Resort são grandes vendedores. "Não temos quaisquer ameaças ou preocupações, e ninguém nos fez parar de vender esses DVDs", afirmou um vendedor em uma popular loja de Islamabad.

O Twitter suspendeu a conta em inglês dos rebeldes islamitas somalis shebab, que recentemente haviam postado a foto de um soldado francês morto durante uma operação de comando para libertar o refém.

A conta "HSMpress" possui a seguinte informação: "Sentimos muito, o perfil que está tentando consultar foi suspenso".

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Os shebab confirmaram a informação e denunciaram a suspensão da conta ironizando sobre "uma nova prova da liberdade de expressão do Ocidente" em sua conta em árabe, que continua ativa, assim como a somali.

O Twitter prevê a suspensão de uma conta se achar que certas normas foram violadas, como a publicação de ameaças diretas de atos violentos.

Os shebab, afiliados à Al-Qaeda, usavam sua conta em inglês, criada em dezembro de 2011 e com mais de 20.000 seguidores, para difundir comunicados de imprensa e também fotos e vídeos.

Os shebab estão presentes no centro e no sul da Somália, onde combatem as frágeis autoridades de Mogadíscio, apoiadas por uma força da União Africana e por um contingente de soldados etíopes.

O saldo de mortos da tomada por terroristas da instalação de gás de Ain Amenas, na Argélia, e da subsequente intervenção do Exército argelino elevou-se a pelo menos 81 neste domingo, quando soldados que revistavam o local em busca de explosivos encontraram 25 corpos. No sábado, depois de forças especiais argelinas tomarem o complexo que havia sido invadido por militantes islamitas na quarta-feira, o governo havia anunciado que 32 terroristas e 23 reféns haviam morrido, mas que o número final provavelmente seria maior.

Segundo o ministro argelino das Comunicações, Mohamed Said, os guerrilheiros que tomaram a usina vieram de seis países diferentes, estavam armados para "causar o máximo possível de destruição" e minaram as instalações da refinaria com explosivos. Said disse em entrevista à rádio estatal argelina que os terroristas "planejavam explodir o complexo e matar todos os reféns".

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Poucos detalhes foram divulgados sobre a operação militar do sábado, mas o número de reféns que morreram no ataque, sete, é o mesmo que os guerrilheiros haviam dito pela manhã que ainda estavam em seu poder.

De acordo com a agência estatal de notícias argelina, durante o ataque final deste sábado os guerrilheiros mataram sete reféns, antes de 11 deles serem mortos pelas forças especiais. O Ministério do Interior disse que 685 argelinos e 107 estrangeiros foram resgatados ao longo dos quatro dias da ocupação da usina. O grupo de sequestradores seria formado por 32 guerrilheiros de seis nacionalidades diferentes.

Um oficial das forças de segurança da Argélia disse que 25 corpos foram encontrados pelos esquadrões antibombas neste domingo. Segundo ele, os corpos estavam tão desfigurados que era difícil dizer se eram sequestradores ou reféns. Ele ressalvou que o número de mortos ainda não é a contagem final oficial. Um refém romeno que havia sido resgatado no local morreu neste domingo, elevando o total contado até agora para 81 mortos.

A autoria do ataque foi assumida pela Brigada Mascarada, grupo fundado pelo argelino Moktar Belmoktar. Em vídeo datado da quinta-feira e postado no site Sahara Media, baseado na vizinha Mauritânia, Belmoktar diz que sua organização é associada à rede terrorista Al Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra os EUA. "Nós, da Al Qaeda, somos responsáveis por essa operação que abençoamos", diz Belmoktar no vídeo.

O governo dos EUA advertiu que há ameaças plausíveis de novas tentativas de sequestro contra ocidentais que trabalham no Norte da África, e especialmente na Argélia, país que tem uma fronteira extensa com o Mali. A França está intervindo militarmente no Mali para combater forças islamitas que tomaram o controle do norte do país.

No ataque à usina de gás de Ain Amenas, os guerrilheiros mantiveram trabalhadores argelinos por apenas um breve período e se concentraram nos estrangeiros. "Agora, é claro que as pessoas vão levantar questões sobre a reação da Argélia a esses acontecimentos, mas eu diria que a responsabilidade por essas mortes é totalmente dos terroristas, que lançaram um ataque cruel e covarde", disse em Londres o primeiro-ministro britânico, David Cameron. Três cidadãos britânicos morreram e acredita-se que outros três tenham sido mortos, ou pelos guerrilheiros ou na intervenção das forças argelinas.

O presidente da França, François Hollande, manifestou apoio à ação das forças argelinas, dizendo que elas eram "as mais adaptadas para reagir à crise" e que "não poderia haver negociação com os terroristas".

A ação do Exército da Argélia foi consistente com seu histórico de confrontar violentamente movimentos islâmicos armados, em vez de negociar. Desde o início do incidente, na quarta-feira, vários países manifestaram preocupação com seus cidadãos que estavam entre os reféns. As tropas argelinas lançaram dois ataques às áreas da usina onde os guerrilheiros mantinham reféns, na quinta-feira e no sábado, aparentemente sem tentar qualquer negociação.

Uma gravação de um diálogo por telefone entre oficiais argelinos e o líder do grupo que tomou a usina, Abdel Rahman al-Nigiri, indica que os sequestradores pretendiam fazer uma troca de prisioneiros com o governo do país. "Você vê, nossas exigências são tão fáceis, se vocês quiserem negociar conosco. Queremos os prisioneiros que vocês mantêm, os camaradas que foram presos 15 anos atrás. Queremos cem deles", diz Al-Nigiri na gravação. Pessoas que conhecem pessoalmente o líder guerrilheiro confirmaram que a voz na gravação é dele.

Em outro telefonema, Al-Nigiri diz que metade dos guerrilheiros envolvidos na operação morreu no primeiro ataque das forças argelinas, na quinta-feira, e que ele estava disposto a explodir os reféns remanescentes caso houvesse nova operação militar.

Pelo menos 22 pessoas morreram nesta quarta feira após a explosão de carros-bomba no norte da Síria, informaram meios de comunicação estatais e ativistas. Os ataques quase simultâneos na cidade de Idlib mostram que os ataques desse tipo chegaram a segundo maior centro urbano do país, um dia após uma enorme explosão que deixou 87 mortos numa universidade na cidade de Alepo.

Há relatos conflitantes sobre o número de explosões desta quarta-feira em Idlib, onde os rebeldes - que lutam para derrubar o presidente Bashar Assad - controlam a maior parte da área rural, enquanto as forças do regime mantém o controle sobre a parte urbana da cidade.

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A agência estatal Sana disse que dois suicidas explodiram seus carros em duas rotatórias da cidade, matando 22 pessoas e ferindo 30. Segundo a Sana, forças de segurança impediram outros dois homens que tentaram repetir a ação na zona rural.

Um funcionário do governo sírio disse, porém, que houve três explosões numa importante rodovia e numa rotatória em Idlib, que mataram 22 pessoas.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres, também relatou a explosão de três carros, mas disse que os alvos eram veículos que estavam perto de uma sede das forças de segurança e um posto de verificação. Pelo menos 24 pessoas morreram, a maioria integrantes do setor de segurança, informou o grupo.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelas explosões desta quarta-feira, mas o Jabhat al-Nusra, grupo afiliado à Al-Qaeda, assumiu a autoria de ataques suicidas anteriores contra alvos do governo.

O Exército sírio intensificou suas operações contra os rebeldes no norte após os ataques, afirmando te matado dezenas de "terroristas mercenários" nesta quarta-feira em Alepo. Em comunicado, os militares prometem continuar a "perseguir o terroristas remanescentes e limpando sua sujeira". O governo costuma se referir aos rebeldes como terroristas.

O Ministério da Educação Superior sírio suspendeu as aulas e os exames nas universidades de todo o país, um dia depois das explosões ocorridas na Universidade de Alepo. Ainda não está claro o que causou as explosões, que ocorreram enquanto os alunos faziam seus exames.

O Observatório disse que 87 pessoas em Alepo foram mortas e advertiu que o número pode subir ainda mais, já que médicos encontraram pedaços de corpos no local e alguns dos 150 feridos estão em estado grave. As informações são da Associated Press.

A televisão estatal síria informou que houve uma explosão na principal universidade da cidade de Alepo, norte do país, nesta terça-feira. A emissora não forneceu detalhes sobre o que aconteceu, nem informou o número de vítimas, mas um grupo ativista afirmou que 15 pessoas foram mortas.

Alepo é a maior cidade da Síria e antigo centro comercial, mas tem sido uma frente importante na guerra civil do país desde julho, com batalhas frequentes entre tropas e rebeldes que lutam para derrubar o presidente Bashar Assad.

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O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo sediado em Londres, disse que não está claro se a explosão aconteceu dentro ou fora da universidade e se foi resultante de uma explosão ou ataque com bombas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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