Participei, semana passada, em Montevidéu, da primeira sessão do Parlamento do Mercosul, que é constituído por parlamentares do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Lá, tive a oportunidade de ouvir alguns discursos que analisavam a conjuntura internacional e, particularmente, a do continente latino-americano. Por coincidência, no mesmo dia, assisti pela TV, ao vivo, a um pronunciamento do presidente Hugo Chaves, em Caracas.
Nesses dois eventos, não foi difícil perceber o quanto a América Latina é impregnada pelo discurso populista. É sempre a mesma ladainha de responsabilizar os “invasores” ou os “imperialistas” pelas nossas mazelas. Claro que tivemos uma colonização baseada na expropriação das riquezas locais e na escravidão de indígenas e africanos, mas já é hora de ter atitude de nação e trabalhar, para o futuro, projetos nacionais de desenvolvimento.
Foi exatamente isso que fizeram os asiáticos, que ao longo da história também foram explorados por potências ocidentais. Lá, a opção foi pelo investimento em capital humano e infraestrutura e na atração de capitais privados para o setor produtivo.
Não se constrói um país com lamentações ou discursos para a arquibancada. Um projeto nacional exige investimento em educação, ciência, tecnologia, infraestrutura, e instituições que mereçam a confiança da sociedade. Sem isso, não há possibilidade real de desenvolvimento.
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