Adriano Oliveira

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Conjuntura e Estratégias

Perfil:Doutor em Ciência Política. Professor da UFPE - Departamento de Ciência Política. Coordenador do Núcleo de Estudos de Estratégias e Política Eleitoral da UFPE.

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A importância do Diagnóstico Estratratégico

Adriano Oliveira, | ter, 09/08/2011 - 09:49
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Fernando Haddad e Marta Suplicy disputam a indicação do PT para disputar a prefeitura de São Paulo. Haddad tem o apoio de Lula e assevera que é o novo. Marta tem o aval de parte do PT e não é o novo. Ambos têm certeza do sucesso eleitoral.

Em minha opinião, Haddad tem mais condições de vencer a disputa em São Paulo. Tenho esta intuição (não tenho argumentos baseados em pesquisas) em razão de que Fernando Haddad representa o novo. É um professor universitário. Contribuiu para a ampliação das universidades públicas. É jovem. Tem o aval de Lula.

Haddad, e isto é uma hipótese, tem condições de crescer em todos os segmentos econômicos. Ao contrário de Marta, a qual tem forte rejeição nos segmentos A e B
Intuições precisam ser testadas empiricamente. Portanto, recomendo ao PT paulista que realize um Diagnóstico Estratégico para verificar qual candidato é mais competitivo.

O Diagnóstico Estratégico verifica o ânimo do eleitor, constrói e avalia cenários eleitorais, verifica a rejeição, identifica a imagem dos competidores, aborda os aspectos emocionais do eleitor e descobre as demandas da população. Através do cruzamento e avaliação dessas variáveis, é possível prognosticar quanto às chances de sucesso de cada candidato.

Competidores, costumeiramente, e com o aval de publicitários, optam por avaliar numa pesquisa eleitoral apenas a intenção de voto. Para eles, quem “tem mais” é o favorito. Portanto, o melhor candidato para adentrar na disputa. Engano! Pesquisas realizadas neste instante devem ter o objetivo de verificar as potencialidades de cada competidor em variados cenários.

Muitos políticos se decepcionam quando as urnas são abertas. E responsabilizam os institutos de pesquisas. A razão disto ocorrer é o raciocínio falso de que a variável intenção de voto é suficiente para garantir a candidatura de um ator político.

Na disputa de 2012, variados competidores ficarão surpresos com os seus resultados, pois acreditaram na intenção de voto e esqueceram de avaliar as potencialidade da sua candidatura junto ao eleitorado. 

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