Janguiê Diniz

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O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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O luto da arquitetura mundial

Janguiê Diniz, | sex, 07/12/2012 - 17:32
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Morreu, esta semana, o centenário Oscar Niemeyer. Aos 104 quatros, Niemeyer foi, sem dúvidas, o arquiteto brasileiro de nome mais influente na arquitetura moderna. E aqui não falamos apenas da arquitetura nacional, mas sim internacional. Suas obras estão espalhadas pelo mundo.

 

Niemeyer foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas do concreto armado, técnicas muito além do seu tempo. Seu trabalho foi marcado pelas curvas, que tornavam seu estilo inconfundível e, por este motivo, teve grande fama nacional e internacional desde a década de 1940. Grande amigo do ex-presidente Juscelino Kubistchek, seus trabalhos mais conhecidos são os edifícios públicos que projetou para a cidade de Brasília, a pedido do então presidente.

Profissional, político e visionário. Curiosamente, grande parte das obras mais importantes de Niemeyer, repletas de traços marcantes e modernos, serviu a projetos políticos: o Conjunto da Pampulha, o parque Ibirapuera e Brasília, com os prédios do Itamaraty, da Alvorada, do Congresso, da Catedral, da Praça dos Três Poderes e tantos outros.

Há muitos anos o reconhecimento de Oscar Niemeyer ultrapassou as barreiras brasileiras e seu nome entrou para a história da arquitetura. Um grande marco de sua carreira foi o desenvolvimento da sede da ONU em Nova York, nos Estados Unidos.

O arquiteto costumava falar que não é era o ângulo reto que o atraia, nem a linha reta. Niemeyer falava que era atraído pela curva livre e sensual, encontrada nas montanhas do Brasil, no curso sinuoso dos rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. Definitivamente um apaixonado pelo Brasil e que soube, das belezas do nosso país, extrair o seu melhor.

Seu prestígio foi e será sempre grande, seu nome é histórico. Não à toa, ele recebeu todos os prêmios imagináveis da arquitetura, incluindo o Pritzker em 1988 e a Ordem do Mérito Cultural. Feliz comentário do cantor Chico Buarque ao comentar que o arquiteto “foi um dos maiores artistas do seu tempo e um homem maior que a sua arte”. Mas que isso, Niemeyer foi uma inspiração, um revolucionário.

"A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem", dizia Oscar Niemeyer. Poucos homens sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecerem como ele. A história de Niemeyer ficará eternizada nos traços, na beleza de suas obras e em cada uma de suas magníficas construções, todas alheias a uma arquitetura ideal, desobediente a princípios preestabelecidos. Este era Oscar Niemeyer.

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