Raul Henry

Raul Henry

Contraponto

Perfil: Economista, com mestrado em Gestão Pública pela UFPE, Raul Henry foi vice-prefeito e secretário de Turismo, Cultura e Esportes do Recife. Ocupou também os cargos de secretário de Educação e Cultura, e de Planejamento de Pernambuco. Foi deputado estadual e hoje está no segundo mandato de deputado federal pelo PMDB.

Os Blogs Parceiros e Colunistas do Portal LeiaJá.com são formados por autores convidados pelo domínio notável das mais diversas áreas de conhecimento. Todos as publicações são de inteira responsabilidade de seus autores, da mesma forma que os comentários feitos pelos internautas.

Sobre a “privatização” dos hospitais universitários

Raul Henry, | seg, 16/07/2012 - 11:09
Compartilhar:

Tenho sido acusado de ser a favor da “privatização” dos hospitais universitários. Sobre o assunto, gostaria de esclarecer:

Nem votei pela privatização dos hospitais universitários, nem pelo pagamento de taxas para os serviços prestados por esses hospitais. Essa acusação é absolutamente improcedente.

O que aconteceu, de fato, é que foi criada uma empresa pública para melhorar a gestão dos hospitais universitários. Esse modelo, inclusive, tem inspiração em experiências já adotadas em vários governos estaduais, prefeituras e no próprio governo federal, de realizar a gestão de órgãos públicos através da instituição de Organizações Sociais.

Como é de conhecimento geral, um dos grandes problemas do Estado brasileiro é gastar muito dinheiro com o custeio da máquina e prestar serviços públicos de péssima qualidade, especialmente os de saúde, educação e segurança. O Brasil tem carga tributária de primeiro mundo e serviços públicos de quarto mundo. No meio desse “nó” está a incompetência da gestão pública, que gera enorme desperdício de recursos.

 A experiência com OSs, instituições filantrópicas e outras entidades do terceiro setor, iniciadas por Mario Covas em São Paulo na década de 1990, apresentaram uma considerável melhoria da eficiência na prestação dos serviços públicos. Em Pernambuco, um bom exemplo desse modelo é o IMIP e as novas UPAs, que, indiscutivelmente, prestam um melhor serviço do que as unidades públicas de saúdes tradicionais.

O que defendo e sempre defenderei é que a população tenha um serviço público compatível com a altíssima carga tributária que ela paga. O corporativismo de setores sindicais enxerga primeiro o seu interesse, depois o interesse do país. Nós, que representamos a sociedade brasileira, temos a obrigação de defender em primeiro lugar o interesse do país. E foi isso que fizemos ao aprovar a empresa pública que vai administrar os hospitais universitários.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

LeiaJá é um parceiro do Portal iG - Copyright. 2024. Todos os direitos reservados.

Carregando