Na semana passada, estive muito envolvido com a perspectiva de votação da Lei de Responsabilidade Educacional (LRE), de cujo projeto sou relator, e que, lamentavelmente, não foi votado esta semana, ficando apenas para fevereiro de 2014. Por essa razão, infelizmente, não pude juntar a minha voz a tantas outras que homenagearam Nelson Mandela no Congresso Nacional. Faria hoje o discurso abaixo, mas um senador faleceu e a sessão foi encerrada.
Mandela é, simplesmente, o maior homem do nosso tempo.
O século XX foi um período marcado por grandes acontecimentos. O historiador Eric Hobsbawm, grande especialista no tema, batizou o século XX, em um de seus livros, como a Era dos Extremos. Em outro, denominou esse mesmo século de Tempos Interessantes. Realmente, o século XX foi um tempo de grandes acontecimentos: tragédias monumentais, como as duas grandes guerras, o sonho do socialismo, com as revoluções da Rússia e da China, o fim do colonialismo na África e na Ásia, um desenvolvimento científico e tecnológico como nunca houvera no passado e o surgimento de grandes líderes mundiais.
Mas nenhum deles teve a dimensão de Mandela.
Mandela foi exemplar em tudo.
Mandela foi exemplo de coragem, ao enfrentar a opressão, a violência e a brutalidade do regime do apartheid.
Mandela foi exemplo de perseverança, serenidade e altivez, ao enfrentar as condições degradantes do cárcere e dos trabalhos forçados.
Mandela foi exemplo de generosidade, ao conduzir o processo de conciliação com seus algozes.
Mandela foi exemplo de liderança, ao persuadir na direção da paz e do reencontro uma nação que queria a guerra e a revanche.
Mandela foi o exemplo maior de desprendimento, ao abrir mão do poder, quando tinha todas as condições para permanecer soberano absoluto em seu país.
Mandela foi, enfim, o exemplo maior de coragem, perseverança, altivez, liderança, serenidade, generosidade, desprendimento, elegância, nobreza e elevação espiritual.
Viva Mandela, o maior homem do nosso tempo!
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