Telefone celular é uma necessidade para quase todo mundo nos dias atuais. Em contrapartida, ter uma ou mais linhas de celular pode ser uma fonte de problemas. O Brasil encerrou 2012 com mais de 260 milhões de linhas de celular ativas. Desse total, 210 milhões são de celulares pré-pagos, 50 milhões pós-pagos e os usuários de internet 3G totalizam 62,5 milhões, segundo dados divulgados pela Anatel.
A maior parte das linhas continua concentrada em São Paulo - são 63.313.527 ou 151 linhas para cada 100 habitantes, bem acima da média nacional que ficou em 132 linhas a cada 100 habitantes. A Bahia lidera o número de linhas no Nordeste com mais de 17 milhões de linhas ativas, porém a maior média por cada 100 habitantes da região é do Rio Grande do Norte, com 133 linhas. Pernambuco tem quase 12 milhões de linhas ativas e uma média de 130 a cada 100 habitantes.
Por outro lado, a telefonia fixa se mantém estabilizada em cerca de 40 milhões de linhas, principalmente pelo elevado preço da assinatura básica e pela falta de competitividade entre as empresas para este segmento da telefonia.
Apesar de números tão altos, o serviço de telefonia móvel no Brasil é um problema. Em 2012, a telefonia celular liderou as reclamações nos Procons do País, atingindo 9,17% do total das queixas. Foram mais de 2 milhões de protestos e a falta de cobertura é a principal delas. Seguida por cobranças indevidas, dificuldades de acesso à internet, etc.
Ainda no ano passado, na tentativa de amenizar os problemas e forçar as operadoras a melhorarem o serviço prestado aos consumidores, a Anatel proibiu, por um curto período, que algumas operadoras do País comercializassem novas linhas. Durante a proibição, os usuários perceberam um pouco de melhora nos sinais. Mas, apenas isso. Após a retomada das vendas, os problemas voltaram.
Há alternativas para a crise instalada nas telecomunicações do Brasil? Sim, há muitas. Mas nenhuma com eficiência suficiente para mudar, a curto prazo, o cenário de descrédito que o setor encara atualmente. Pegando novamente o gancho da Copa do Mundo, vale questionar como seremos capazes de oferecer o serviço 4G, se a realidade da cobertura oferecida pelas operadoras ainda não beneficia a transmissão de dados em alta velocidade?
Nosso papel como cidadãos é o de exigir que a Anatal e as operadoras do País tragam soluções, não só para os problemas ligados à tecnologia compatível, mas também para a melhoria do atendimento e da qualidade dos serviços prestados.
LeiaJá é um parceiro do Portal iG - Copyright. 2024. Todos os direitos reservados.