Janguiê Diniz

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O mundo em discussão

Perfil:   Mestre e Doutor em Direito, Fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional, Presidente do Instituto Exito de Empreendedorismo

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A importância das cidades

Janguiê Diniz, | qua, 30/01/2013 - 08:52
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Suspeita-se  de que exista uma cultura institucional no Brasil que responsabiliza fortemente as ações da União. Neste caso, o Brasil só melhora, se o presidente da República agir. Obviamente que presidentes precisam governar bem. Entretanto, o bem-estar do brasileiro não é responsabilidade exclusiva do presidente da República. Este representa mais um instrumento para a oferta do bem-estar.

Pensar estruturadamente as estratégias de desenvolvimento do país não é tarefa fácil, mas é essencial para se encontrarem saídas para a situação complicada em que nos encontramos. Presidentes da República são responsáveis pelas reformas macros do País. Como por exemplo, a reforma do Estado – reformas nos âmbitos fiscais e de gestão. O presidente deve vir a liderar reformas institucionais, que virão a modificar o sistema político - neste caso, a reforma política. Os presidentes são responsáveis pela política econômica. Esta, aliás, nas últimas eleições presidenciais, tem representado o principal incentivo que determina a escolha do eleitor.

O presidente deve também ser um indutor do desenvolvimento econômico através de ações na área de infraestrutura. Mas, ele não é única peça presente nos mecanismos que proporciona tal desenvolvimento. Os prefeitos também são peças fundamentais nestes mecanismos. Esta assertiva parece complexa, mas não é. Presidentes, governadores e prefeitos são peças institucionais que possibilitam, caso ajam corretamente, o desenvolvimento do País. É por este motivo que as administrações municipais têm um papel cada vez mais importante no âmbito local, regional e mundial. 

Neste ano de 2013, os gestores municipais iniciaram os seus mandatos. Os primeiros meses são voltados para organização das administrações. De acordo com notícias advindas da imprensa, várias cidades estão falidas, algumas em razão do descompromisso público dos gestores anteriores, outras em virtude da redução dos recursos federais repassados pela União. Diante deste quadro, o qual parece desolador, o que os novos prefeitos farão? 

Os cidadãos desejam ação. E os prefeitos que não agirem sofrerão consequencias negativas na disputa pela reeleição em 2016. É evidente que qualquer gestão necessita de recursos financeiros, mas diante da ausência deles, urge a criação de instrumentos que permitam que o fluxo de caixa municipal torne-se positivo. Mas para isto ocorrer, três palavras devem passar a fazer parte da mente dos prefeitos: economicidade; prioridade; inovação.

A economia de recursos públicos ocorre com a definição de prioridades. Quantas secretarias o governo deve ter? Quantos cargos comissionados podem ser extintos? Faz-se necessário lembrar que o estado não deve ser encarado como cabide de emprego. As prioridades dos gestores precisam ser a economicidade e as áreas da educação, saúde e manutenção da cidade. Os repasses constitucionais obrigatórios já garantem o bom funcionamento das duas primeiras áreas.

A inovação deve estar presente em cada secretário municipal. Então, regras devem ser instituídas para controlar a atividade dos funcionários. Com isto, a eficiência será instalada na gestão. Parcerias público-privadas precisam ser constituídas para facilitar a realização de obras de infraestrutura. E campanhas institucionais conscientizando os moradores da necessidade de reformas na organização da cidade devem ser realizadas constantemente.

São ações simples, que se realizadas tornam o governo eficiente. Portanto, um país melhor não começa nos presidentes. Mas, começa em cada ação dos gestores municipais.

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