Djalma Guimarães

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Seu Bolso

Perfil:Economista pela UFCG e Mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Docente, Projetista e Consultor Empresarial da i9 Projetos.

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Tomate mais caro para os mais pobres

Djalma Guimarães, | qua, 24/04/2013 - 08:28
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Muito se tem falado nos últimos tempos sobre o preço do tomate. De anedota a discurso político, o fato é que tal legume é um dos símbolos deste período de aceleração da inflação neste primeiro trimestre de 2013.

Muitas justificativas são dadas para tal elevação de preços: Ano passado tivemos uma safra recorde que diminuiu o preço do produto abaixo da média de períodos anteriores, fatores climáticos, etc.

Mas de fato, um dos principais resultados da nova ordem na distribuição de renda no país com a emergência das classes médias é a elevação no consumo de alimentos. Restaurantes que eram recintos restritos para ocasiões especiais para boa parte da população brasileira, hoje são lugares que fazem parte do cotidiano de uma parcela significativa de brasileiros. Aliado a tal aumento na demanda, temos uma ineficiência na oferta, em grande parte pela infraestrutura e logística que corroboram para o desperdício de tão “valiosa” mercadoria nestes dias.

Este aumento do tomate é tudo isto que estão falando?

R – Segundo a pesquisa de Cesta Básica do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), o impacto de tal aumento é sentido de forma diferente pelos diferentes segmentos da sociedade. A tabela abaixo apresenta a variação do preço mínimo, médio e máximo do tomate em Recife.

 

Preço mínimo

Preço Médio

Preço Máximo

Variação (%)

out/12

1,55

4,14

5,89

280,0

nov/12

0,99

3,28

5,45

450,5

dez/12

1,88

3,33

5,45

189,9

jan/13

2,49

4,28

5,98

140,2

fev/13

1,99

4,45

5,89

196,0

mar/13

2,39

4,89

6,79

184,1

  Fonte: Pesquisa de Cesta Básica – Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau

Como se vê o preço médio do tomate se elevou 14% em 2013 e o percentual acumulado de aumento é de 23% nos últimos 6 meses. No entanto, a maior alta ocorre exatamente nos preços mínimos do tomate, percentual acumulado de 86,2%, entre os preços máximos tal percentual foi de 16%. Ou seja, a elevação do preço do tomate está pesando mais nos estabelecimentos de preço mais baixo, logo a incidência de tal aumento tende a ser mais intensa nas famílias de renda mais baixa, que adquirem seus produtos em estabelecimentos de preços mais populares.

Como driblar o tomate mais caro?

R – A resposta para esta questão está na última coluna da tabela apresentada acima, a diferença entre o quilo do tomate entre os estabelecimentos varia pelo menos 140%, ou seja, alguns recifenses adquiriram tomate a R$ 2,39 enquanto que outros adquiriram a R$ 6,79 no mês de março. Logo, existem boas oportunidades para a aquisição de tomate mais barato, mas isto requer atenção e pesquisa do consumidor recifense.

Uma outra alternativa é a busca por produtos que venham a substituir/diminuir o uso do tomate, até que os preços de tal legume voltem ao normal.

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