Luiz Mendes

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Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Fidelidade tática

Luiz Mendes, | seg, 20/01/2014 - 11:16
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Regularidade é a palavra que rege qualquer debate sobre futebol. Manter o mesmo nível de jogo por muito tempo, permanecer com um estilo de atuação, tudo isso é pedido e pregado pela imprensa especializada e por quem está dentro das quatro linhas.

O discurso ao redor do mundo é mesmo. Um time tem que ter uma identidade. Uma forma de jogar fixa, independente de quem esteja no comando da equipe e para isso a manutenção dos jogadores se faz necessária. O exemplo mais usado é o do Barcelona. A equipe do toque de bola e do jogo ofensivo. Seja com Rijkaard, Guardiola ou Martino a forma de jogar dos catalães é a mesma.

Sem muita pretensão parece que o Santa Cruz também conseguiu encontrar um estilo e um sistema de jogo para chamar de seu. O 4-5-1, com três meias e um único atacante, se tornou a principal formar de jogar do time do Arruda.  A fórmula foi encontrada pelo então treinador tricolor Marcelo Martelotti nas semifinais do Campeonato Pernambucano de 2013 contra o Náutico.

Mesmo com a chegada de Vica, na série C, e a opção, no papel, de um sistema com dois atacantes, o que se via dentro de campo em várias situações do jogo era o “pseudo” atacante Siloé atuando com um terceiro homem de meio-campo. A trinca de ás tricolor tem como base Renatinho, Raul e Natan e mesmo com as constantes lesões do último, a forma de jogar permanece.

Outro detalhe que para muitos é uma mera coincidência é a postura coral em campo. O time comandado por Vica sempre tenta abrir o placar no início da partida, antes dos 15 minutos do primeiro tempo. Isso pode ser visto na estreia da Copa do Nordeste, no último sábado contra o Vitória da Conquista e também nas oitavas de final da Série C contra o Betim. Em contrapartida, essa posição faz com que o time relaxe e chame o adversário para o seu campo e isso reflete nos resultados dos jogos, quase sempre apertados.

Ter um perfil de jogo fiel e definido não torna nenhum time infalível, pelo contrário, o pragmatismo pode levar os adversários a conhecer melhor e anular as principais forças de uma equipe um pouco mais óbvia. Porém, entrosamento e repetição levam a resultados planejados.

3 dentro

- Náutico. A pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau e publicado pelo LeiaJá mostra que o clube alvirrubro é que tem o menor número de torcedores no Recife. Mas os torcedores do Náutico são os que, proporcionalmente, mais se associam e comparecem ao estádio.

- Cristiano Ronaldo. A fase do português do Real Madrid impressiona. Desde que foi premiado no semana passada como o melhor jogador do mundo na temporada 2013, o atacante continua fazendo belos gols e sendo essencial para a sua equipe.

- Barcelona. Ao invés de construir uma nova e moderna arena, o clube catalão preferiu pela reforma do Camp Nou. Os dirigentes ouviram o pedido de parte da torcida para manter o tradicional estádio que está na história do time, em episódios que vão além do futebol.

3 fora

- CBF. Toda a imoralidade de quem comanda o futebol nacional veio à tona através de uma matéria da ESPN Brasil. Um documento comprova que a CBF ofereceu R$ 4 milhões para a Portuguesa não entrar na justiça comum pedindo para voltar a Série A. A manobra atesta a culpa da CBF na lambança na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013.

- Torcida Jovem do Sport. Mesmo proibida de entrar no estádio com bandeiras e camisas no jogo contra o Botafogo-PB, ontem em João Pessoa, a torcida organizada protagonizou mais cenas de violência nas arquibancadas. O jogo foi teve que ser interrompido por conta da confusão.

- Calendário. O reflexo do aperto nas datas para jogos no Brasil em 2014 apareceu logo nos primeiros jogos da temporada. Bahia, Vitória-BA, Grêmio, São Paulo, Fluminense, Botafogo e Vasco perderam na estreia de suas respectivas competições para times de menor expressão. 

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