Anteontem tivemos um dia histórico com a delação do senador Delcídio do Amaral sendo homologada pelo ministro Teori Zavascki comprometendo muita gente, inclusive a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Fato que consolidou a ida de Lula para um ministério a fim de ganhar foro privilegiado. O movimento só foi oficializado ontem, quando a presidente decidiu nomear Lula para a Casa Civil.
Mesmo indo de encontro a opinião da maioria esmagadora da população, petistas apostavam que havia sido uma "jogada de mestre", um xeque-mate no juiz Sergio Moro, desconsiderando que Dilma ao nomear Lula estava trazendo o crime para dentro do Palácio do Planalto. Lula, por sua vez, assinou o seu atestado de culpa, enquanto Dilma já assinara o atestado de óbito do seu governo.
Quando o Palácio do Planalto comemorava a ida de Lula para o ministério e a consequente fuga das mãos de Sergio Moro, vieram à tona áudios de uma conversa do futuro ministro com a presidente, onde Dilma afirmou pra Lula que o termo de posse estava pronto e que ele poderia utilizá-lo quando fosse necessário, dando a entender que a nomeação foi claramente com o objetivo de obstruir o trabalho da justiça.
O restante dos áudios interceptados chega a ser absurdo. Lula tira onda do Supremo Tribunal Federal, do Procurador Geral da República Rodrigo Janot, do presidente da Câmara Eduardo Cunha, do presidente do Senado Renan Calheiros, isso sem contar com frases machistas contra Clara Ant, sua assessora, contra Marta Suplicy, etc.
O vasto material causou perplexidade e insatisfação generalizada entre as pessoas, que prontamente foram protestar ainda na noite de ontem contra o governo, o PT e Lula, pedindo a renúncia de Dilma Rousseff. Definitivamente tivemos uma quarta-feira ainda mais complicada para a nossa república e consequentemente para o nosso país. Lula chega a zombar do povo brasileiro debochando das instituições. Lula age como se fosse Deus, e Dilma Rousseff é cúmplice de todas as canalhices que este cidadão pratica contra o país, quando o nomeia para a principal pasta do seu governo.
O impeachment há muito tempo deixou de ser um pleito de parte da sociedade para ser extremamente necessário, sendo a única saída para dar um basta na republiqueta de bananas que o PT pretende implantar no país. Por muito menos Fernando Collor caiu. Depois dessa quarta apocalíptica, o fim do governo Dilma está decretado.
Instalação - A comissão que analisará o impeachment será composta por 65 deputados e os partidos serão representados conforme a proporcionalidade da sua bancada na Câmara Federal. PT e PMDB ficam com oito deputados, cada. PSDB com seis, PP com cinco, PSD e PR com quatro, PTB e DEM três, PRB, PROS, SD, PSC e PDT dois, e os demais partidos com representação na Câmara um representante cada. A instalação da comissão será feita hoje.
Solidariedade - O deputado estadual licenciado e secretário de Saneamento da PCR Alberto Feitosa trocou o PR pelo Solidariedade, a sua filiação foi oficializada ontem. Feitosa saiu do PR após o deputado federal Anderson Ferreira dar o comando do partido no Recife ao cunhado Fred Ferreira. Segue com Feitosa o empresário Francisco Eduardo Cavalcanti, irmão do ex-governador Joaquim Francisco e pré-candidato a vereador do Recife.
PRB - O PRB, que em Pernambuco passou a ser comandado pelo deputado Sílvio Costa Filho, decidiu ontem que vai entregar o ministério dos Esportes e consequentemente sairá da base de apoio ao governo Dilma Rousseff. Esse é apenas o primeiro dos muitos partidos que tendem a pular do barco de Dilma, que a cada dia afunda mais.
PMDB - O PMDB, que é liderado pelo deputado Leonardo Picciani (RJ), terá direito a oito vagas na Comissão do Impeachment. No acerto com a bancada ficou definido que além de Picciani serão quatro deputados governistas e três oposicionistas os indicados para a comissão que avaliará a procedência do impedimento de Dilma na Câmara.
RÁPIDAS
Filiações - O PSD, que recentemente recebeu os deputados Alvaro Porto e Romario Dias, e pode receber Kaio Maniçoba, vai oficializar a filiação de mais um prefeito. Trata-se do prefeito de Canhotinho Felipe Porto, que foi eleito em 2012 pelo DEM, sendo o único prefeito do partido eleito naquele pleito. Outro que ingressará na sigla é o vice-prefeito de Custódia Manuca, que foi candidato a deputado estadual em 2014 e será candidato a prefeito em outubro.
Medo - O ex-presidente Lula, em conversa com o deputado Wadih Damous (PT/RJ) afirmou que o juiz Sérgio Moro tem que ter medo, sabendo que deputados do PT estarão na cola dele fazendo representação contra ele no STF, dizendo que tinha que achincalhar o juiz responsável pela Lava-Jato.
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