O ex-presidente Lula construiu uma trajetória invejável no mundo político ao sair do agreste pernambucano para São Paulo, virar líder sindical, formar o partido mais popular do país e chegar ao cargo máximo da república. Porém, isso não foi o bastante pra Lula, que utilizou das práticas escusas que tanto combateu, primeiro no mensalão, depois no Petrolão, com o único objetivo de manter-se no poder a um custo absurdo para a sociedade.
Uma hora a fatura iria chegar. Primeiro com a impopularidade da sua sucessora, posteriormente com o impeachment dela que se tornou inexorável, e agora se inicia o fim de um ciclo para Lula, que é a volta dos autos do processo que envolve o ex-presidente para o juiz Sergio Moro, definida ontem pelo ministro do STF Teori Zavascki.
É possível que todo esse movimento culmine na prisão de Lula, o que seria um fim melancólico para uma trajetória esporadicamente vista na política mundial. Lula é o maior responsável por isso tudo, porque se achou acima do bem e do mal, um legítimo inimputável. Viu seus companheiros de partido caírem, um a um, por escândalos de corrupção, e mesmo assim acreditou que sairia ileso de todo esse processo.
Processo este que se iniciou com o mensalão, que já poderia ter mandado Lula pra fora da política, mas a conjuntura econômica favorável e um discurso apelativo feito por Lula de que não sabia de nada acabaram influenciando a sociedade a dar mais uma chance ao PT e ao próprio Lula. Uma não, na verdade três, pois os dois mandatos de Dilma foram vendidos como uma continuidade do legado de Lula.
Ele não se deu por satisfeito e quis ser maior do que realmente era, com isso perdeu a chance de ficar na história do país para terminar seus dias na carceragem de Curitiba, pois é pra lá que as evidências e os desdobramentos dos acontecimentos apontam o seu destino.
Prisão - Por falar em Lula, em Brasília corre a informação de que Lula poderá ser preso ainda esta semana pelo juiz Sergio Moro. Caso se confirme, será o tiro de misericórdia nas chances de Dilma Rousseff voltar ao cargo de presidente, que já são bastante remotas. Sem Lula no circuito, Dilma não tem a menor condição de liderar qualquer articulação neste sentido.
Fragilizado - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perdeu apoio do Palácio do Planalto, do PMDB e do Centrão na luta para manter o mandato. Antes poderoso, o presidente afastado da Câmara está acuado por antigos aliados, que o pressionam para que renuncie ao cargo na direção da Casa, e pela Operação Lava Jato.
Retração - O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país – deve fechar 2016 com uma queda de 3,5% e não 4% como previsto anteriormente. A perspectiva foi apresentada ontem pela coordenadora técnica do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Silvia Matos, no Seminário de Análise Conjuntural de 2016, organizado pela entidade.
Violação - O secretário de macroavaliação governamental do Tribunal de Contas da União (TCU), Leonardo Albernaz, disse ontem que o governo deveria ter feito acompanhamento ao longo do ano de 2015 do cumprimento da meta fiscal para evitar a perda de controle das contas públicas e, ao não fazer isso, o governo Dilma violou a Lei Orçamentária, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Constituição Federal.
RÁPIDAS
São João - O gestor de Gravatá, Mário Cavalcanti, foi o entrevistado desta segunda-feira (13) no Programa Folha Política, da Rádio Folha, no Recife. Na oportunidade, o interventor garantiu que a cidade serrana terá seus festejos juninos. Até o final da semana a programação oficial será divulgada. A festa acontecerá nos dias, 23, 24, 25 e 26 de junho.
Força - O vereador Fernando Resende, pré-candidato do PR a prefeitura de Gravatá, está bem posicionado nas pesquisas internas realizadas pelo Palácio do Campo das Princesas. Ele está atrás apenas do ex-prefeito Joaquim Neto, que apesar de liderar as pesquisas, está inelegível por responder a processos no Tribunal de Contas do Estado.
Inocente quer saber - Geraldo Julio conseguirá ser reeleito?