A cidade do Recife já teve como governadores de Pernambuco ex-prefeitos como Joaquim Francisco, Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes e Gustavo Krause, eles antes de chegar ao Palácio do Campo das Princesas ocuparam o Palácio Antonio Farias, a exceção a regra foi Roberto Magalhães, que foi primeiro governador para depois ser prefeito do Recife.

Governar a capital pernambucana, além de ser uma vitrine política serve também de trampolim político para governar o estado, e por isso o nome que vier a conquistar a prefeitura do Recife em outubro, exceto Geraldo Julio que por motivos óbvios será obrigado a marchar com a reeleição de Paulo Câmara, será constantemente lembrado para a disputa em 2018, que dependerá do nível de aprovação do prefeito eleito e principalmente da situação política que estiver o governador Paulo Câmara.

De todo modo, quem for vitorioso poderá disputar a reeleição em 2020, e em caso de reeleição do governador Paulo Câmara em 2018, será o nome natural para 2022 quando o Palácio do Campo das Princesas estará novamente em jogo. Mas muito mais do que vencer a disputa e se tornar um candidato a governador, o prefeito do Recife que for eleito em outubro deverá desempenhar o papel de lider político, inclusive o próprio Geraldo Julio, que se em 2012 foi eleito por mérito de Eduardo, caso seja reeleito o mérito será todo seu, e ele passa a ter uma estatura política ainda maior.

Pernambuco vive uma carência de líderes, uma vez que Eduardo Campos ofuscou todos os demais com seu "brilho excessivo", os políticos com perfil majoritário já estão na casa dos sessenta e setenta anos, como os senadores Fernando Bezerra Coelho e Armando Monteiro, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes e o ex-prefeito João Paulo, que caso se eleja em outubro, ressurgirá como uma fênix e se torna um nome natural rumo ao Palácio do Campo das Princesas.

Caso o nome seja Daniel Coelho ou Priscila Krause, estaremos com grande possibilidade de um ciclo de quatorze anos de poder majoritário para ambos, pois eles tendem a buscar a reeleição e uma vez alcançado o objetivo, se tornam o nome consequentemente natural para ocupar a cadeira de Paulo Câmara, se não em 2018 mas em 2022.

Lembrado - O secretário das Cidades André de Paula, que faz um excelente trabalho na pasta, também recebe elogios pela forma como comanda o PSD estadual, que apesar de ser um partido jovem, tem grande relevância no estado. Vez por outra André de Paula tem seu nome lembrado para disputar o Senado na chapa de reeleição do governador Paulo Câmara em 2018.

Educação - Considerado um dos melhores vereadores da cidade do Recife, André Régis (PSDB) elaborou um projeto chamado Raio-x das Escolas, mapeando a situação de todas as escolas do Recife. O evento de lançamento do e-book no Colégio Santa Maria contou com a presença dos ex-governadores Joaquim Francisco, Roberto Magalhães e João Lyra Neto e do prefeiturável Daniel Coelho.

Moreno - A Coligação “Todos juntos por Moreno” confirmou o nome do ex-prefeito Vavá Rufino para concorrer em outubro à Prefeitura do município. A convenção ocorreu na tarde do último domingo, na sede do antigo Clube Societé, no centro da cidade. Para compor a chapa como candidato a vice-prefeito, foi escolhido o advogado, pós-graduado em Direito do Trabalho, Arthur Mendonça.

Seminários - Os pré-candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Heraldo Selva (PSB), e a vice, Conceição Nascimento (PSDB), dão início nesta terça-feira a uma série de seminários temáticos para ouvir a população jaboatonense. Para esta primeira reunião, de um total de oito encontros, moradores, formadores de opinião, lideranças locais e especialistas de diversas áreas se mobilizarão para discutir proposições e políticas públicas para melhorar a vida na cidade.

RÁPIDAS

Carochinha - É conto da carochinha a tese de Michel Temer de que não disputará a presidência da República em 2018. Ele afirma isso com o objetivo de não melindrar os aliados, mas superado o impeachment e se o seu governo conseguir ajustar a economia, ele não tem motivo algum para não tentar a reeleição ao Planalto. O argumento dele será o de manter a unidade política do país, e os demais presidenciáveis abrigados no governo terão que adiar seu projeto para 2022.

Aposta - O ex-prefeito do Recife João da Costa, que conhece como a palma da mão a cidade do Recife, afirmou em off para aliados que essa eleição para prefeito está com cara de que cairá no colo de Daniel Coelho. João disse que se Daniel não ganhar dessa vez não ganha mais nunca.

Inocente quer saber - Qual será o tamanho de Armando Monteiro após as eleições municipais?