Sou daqueles que acredita que vários fatores definem a qualidade de um filme e que grande parte deles não está no filme em si, mas nas pessoas que os assistem e no como elas os assistem. Fui ao cinema com minha filha adolescente, que chorou horrores ao ler o livre e que estava ansiosa e com altíssima expectativa para ver o filme. Ela o adorou e eu, talvez um pouco sob influência de suas lágrimas, também adorei.
Mas o filme é realmente extraordinário e conta a história de Auggie Pullman (Jacob Tremblay), um garoto que nasceu com uma deformação no rosto e que depois de 27 cirurgias plásticas chega, aos dez anos, ao seu primeiro dia de aula em escola regular. Se começar em uma escola nova nesta idade já é complicado normalmente, imagine para uma criança como ele e que nunca frequentou qualquer escola, sempre estudando em casa com sua dedicada mãe.
O filme fala sobre os desafios dessa fase, fala sobre bullying, sobre família, amizade e principalmente sobre superação. É baseado no livro de mesmo nome, de autoria de R. J. Palacio, Best-seller que conquistou uma legião de fãs em todo o mundo, inclusive na minha casa.
Confesso que não li o livro antes de entrar na sala de cinema, mas fiquei com vontade. Como em toda adaptação de obras literárias, ajustes são feitos para permitir que a trama se desenrole dentro do tempo de um longa metragem. Muita coisa é cortada, mas muita coisa também foi inserida, e tudo se encaixou com muita precisão.
O elenco também é extraordinário. Além do brilhante Jacob Tremblay no papel principal, Julia Roberts, Owen Wilson, Izabela Vidovic e Noah Jupe lideram um time estelar, que conta com a participação da brasileira Sonia Braga.
São muitos personagens ricos e com histórias que dariam vários filmes. Mas Stephen Chbosky roteirizou e dirigiu um só, que reuniu o melhor da obra de Palacio e ainda acrescentou elementos narrativos bem hollywoodianos (ou melhor, bem Nova-Iorquinos). E para entrar no clima do filme que chega ao circuito comercial brasileiro no próximo dia sete, pela Paris Filmes, confira o trailer. Só lembrem de levar um lencinho ao cinema pois definitivamente a minha filha não foi a única a chorar na sessão. Se emocionar, inclusive, foi a regra.
E você, já leu o livro? Já viu o filme? Deixe seu comentário!
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